Bonsai

Bonsai Alejandro Zambra




Resenhas - Bonsai


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Victor Piacenti 18/07/2012

Uma estranha realidade.
É um livro bem verdadeiro. Fala sobre relacionamentos rápidos, medos, frustrações e acima de tudo fala sobre a realidade (mesmo que por muitas vezes ela soe esquisita). Fala sobre como pessoas passam por nossas vidas, sobre pequenas atitudes que tomamos.. Enfim, ele fala sobre tudo um pouco, e pega bem no meio da nossa cabeça! Muito bom!
Heloisa.Agibert 05/02/2022minha estante
Um livro interessante sobre relações sem muitos compromissos. A relação do Bonsai, uma planta que precisa de muitos cuidados para ser tornar longínqua, mostrando o oposto das relações humanas.


Adriana 17/04/2024minha estante
Algumas verdades que engolimos sem ter tempo de degustar. Verdadeiro e cruel.




Maíra Marques 29/07/2022

?A seleção do vaso apropriado para uma árvore é, por si só, quase uma forma de arte, pensa e repete, até se convencer de que há, ali, uma informação essencial."

A narrativa é "enxuta": poucos personagens, capítulos curtos, poucas descrições (ambientais e psicológicas).
Não foi uma leitura que me prendeu, mas gostei da forma como a narrativa parece que transita por certos temas e depois retoma o que esperávamos. Isso frustra, mas dá fôlego à leitura.
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jota 10/06/2014

Bonsai não sei
Bonsai é sobre amores (às vezes é mais sobre sexo mesmo), livros e autores. Também é sobre bonsai, claro. É um livro pequeno (ou curto), e nisso mostra ser coerente com o título.

Mas querendo ser sobre coisas tão complicadas ou extensas e fazendo com que a forma predominasse sobre o conteúdo, me pareceu que acabou não indo a lugar nenhum ou não indo muito longe, feito um bonsai.

Melhor: acabou não tendo muita graça, emoção ou humor, enfim acabou não sendo lá muito interessante para mim. E pensar que iniciei a leitura bastante entusiasmado pelo que tinha lido sobre Zambra e seu livro, críticas positivas, etc.

Aconteceu que no balanço geral da leitura apreciei apenas algumas partes ou ideias que ele lança aqui e ali, não o livro todo. Pareceu-me que a obra do autor chileno se assemelha a um grande caderno (como os que Julio preenchia) cheio de ideias para outros livros, não sei.

Lido em 08 e 09/06/2014.
thais791 08/12/2015minha estante
compartilho da mesma opinião ^^


Daniel 06/06/2023minha estante
Concordo. Faltou alguma coisa. Estava "preparado" para me emocionar, mas não rolou.




Xi 15/01/2021

Inexplicavelmente envolvente
Bonsai, assim como a planta, que mais parace uma árvore, desenvolve-se naturalmente com histórias entrelaçadas, cheias de encontros e desencontros não lineares. É a vida em funcionamento. O que torna o livro realmente bom é como o Zambra consegue abordar a vida sem que ela seja uma fofoca de vizinha ou um emaranhado de informações, pois há muito o que dizer, mas poucas coisas realmente importam. E ele diz pra gente o que realmente importa. A cada folha do seu Bonsai, ele poda a história das personagens e nos conta o que os liga, o que os emociona e o que os parte o coração e suas relações. Espero que aproveitem a leitura dessa mini àrvore do Zambra.
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Tati 31/01/2013

Não captei a essência do livro. Achei a história vazia, superficial, sem emoção e surpresas, escrita com uma linguagem rasa.
Jana 28/01/2015minha estante
senti a mesma coisa. embora dê pra entender o que ele quis fazer, fiquei sentindo que foi tão rápido que nem ao menos criei um laço com a história.




Thawany.Marcelly 09/05/2021

Esse livro tem uma narrativa bem direta, eu o li em menos de 1 hora. É uma história de amor e é a história do fim deste amor.

"Um bonsai é uma réplica artística de uma árvore em miniatura. Consta de dois elementos: a árvore viva e o recipiente. Os dois elementos têm de estar em harmonia e a seleção do vaso apropriado para uma árvore é, por si só, quase uma forma de arte. A planta pode ser uma trepadeira, um arbusto ou uma árvore, mas naturalmente alude se a ela como árvore. O recipiente é normalmente um vaso ou bloco de rocha interessante. Um bonsai nunca é chamado de árvore bonsai. A palavra já inclui o elemento vivo. Uma vez fora do vaso, a árvore deixa de ser um bonsai"
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Anna Azevedo 08/06/2015

O resto é literatura
“NO FINAL ELA MORRE E ELE FICA SOZINHO, ainda que na verdade ele já tivesse ficado sozinho muitos anos antes da morte dela, de Emilia. Digamos que ela se chama ou se chamava Emilia e que ele se chama, se chamava e continua se chamando Julio. Julio e Emilia. No final, Emilia morre e Julio não morre. O resto é literatura”

O chileno Alejandro Zambra é aclamado pelo público e pela crítica como uma das grandes sensações da literatura latino-americana atual. No mês passado, a Cosac Naify lançou no Brasil Meus Documentos, aguardada coletânea de contos do autor. No entanto, o assunto de hoje é Bonsai, livro-árvore que Zambra plantou, sem flores ou floreios, no terreno da prosa contemporânea.

À primeira vista, a trama de Bonsai mostra-se até que bastante simples. Eis uma história de um amor; um desses amores em que dois se esbarram e se envolvem e se apaixonam; um desses amores em que dois desistem da leitura, viram a página, rumam para outros livros, histórias outras. Julio e Emilia. Nada muito complicado. A suposta simplicidade do enredo é, porém, uma armadilha em forma perfeita. O parágrafo que dá início à narrativa sugere a projeção completa do livro-árvore. Em verdade, é apenas a sua semente.

O resto é literatura. Desde a primeira página, o autor chileno cerca o leitor em um mosaico de digressões literárias; passagens de um ou outro livro, lido ou inventado, que se proliferam no campos férteis da imaginação ou da vida sexual de um casal leitor.

O resto é literatura. De “Tantalia”, o segundo capítulo de Bonsai, brota metaliteratura. Nele, o conto “Tantalia”, do argentino Macedonio Fernández, é o prenúncio do fim de um amor, esse amor entre dois, dois que poderiam ser Julio e Emilia. O enredo: um casal faz de uma planta o símbolo de seu relacionamento. Com o passar do tempo, o casal se dá conta de que o amor deles fatalmente irá acabar quando a planta morrer. Então, camuflam aquela plantinha em meio a outras idênticas, para que não presenciem o fim. Mesmo com o artifício, a perda e a morte da planta-amor são certas. Uma história, enfim, que os afeta profundamente. Uma história que se transmuta não em morte, mas na vida. A vida dos dois.

O resto é literatura. O resto é Julio. Julio sem Emilia. Um rapaz que começa a escrever um livro que não é seu. Uma representação. Uma projeção de livro-árvore. “Escrever é como cuidar de um Bonsai”.

O resto é literatura. O resto é o bonsai; réplica de árvore e, ainda assim, árvore; réplica de árvore que, ainda assim, se revela completa. Complexa. Árvore mínima, metonímia, de uma árvore maior, um livro maior.

Como a dor que se talha e se detalha, o processo de cultivo do bonsai é metáfora da criação literária. O livro-árvore é, pois, talhado e detalhado em uma escrita cuidadosamente lapidada, sem quês nem porquês. Clara como o que se vê, profunda como o que não. Literatura que se frui como quem admira a beleza compacta de um bonsai.

Zambra cultiva em sua jardinagem uma narrativa concisa, precisa, preciosa, valendo-se da ferramenta quase óbvia da polissemia das palavras. Tal qual Julio (cuja história não termina), “procura a maior sistematicidade, invadido que está por um vislumbre de plenitude”. Sem sobras, faz revelar uma única, porém riquíssima, textura na paisagem. Simples – mas em nada simplório -, o livro-árvore se ergue surpreendente: pequeno em sua grandeza, grande em sua pequenez.

Há quem diga que os “romances de capítulos curtos, de quarenta páginas, que estão na moda” sinalizam a morte das grandes narrativas, árvores da natureza. Alejandro Zambra mostra que a verborragia é dispensável ao romance. Seu Bonsai é o verso mínimo, a prosa poética, o pouco que diz muito. Da podagem, o resto. E o resto é literatura.

site: http://www.aescotilha.com.br/literatura/contracapa/o-resto-e-literatura-alejandro-zambra
Edu_H_ 01/09/2015minha estante
Muito bonita sua resenha. :)




Brisah 19/02/2020

Livro muito bom, a leitura e rápida e eenvolvente, a maneira que o autor entrelaça as histórias dos personagens é magnífica. O início do livro foi o que me motivou a ler, o autor ter exposto o final dos personagens já de início foi inovador. Adorei!
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nathaliart 01/08/2020

Um pouquinho decepcionante, mas bom
Bonsai é um livro que, assim como A vida privada das árvores, é recheado de metalinguagem, literatura e outras referências. É praticamente a história do livro dentro do próprio livro: algo que eu acho formidável.

A escrita de Zambra é muito fluida e sempre me agrada. Ele consegue brincar até mesmo com assuntos sérios e é um pouco debochado.

No entanto, essa história não me agradou tanto. Ela conta, basicamente, o início e o fim do relacionamento entre dois colegas de faculdade, Julio e Emilia. E já começa o livro dizendo como cada um deles acaba, o que reduz nossa expectativa e nos faz concentrar no que acontece no meio do caminho. Apesar de reconhecer que essa estratégia é interessante, não funcionou muito bem comigo.

Gosto do personagem de Julio, que é professor e aspirante a escritor - aparentemente Zambra gosta muito de criar personagens que talvez sejam parecidos com ele mesmo. No fim das contas, o livro acaba sendo mais sobre Julio e o bonsai do que sobre ele e Emilia, embora a história do casal seja agradável.

Enfim, acho que vale a leitura, especialmente porque é rápida e repleta de boas tiradas e referências, mas certamente não é a melhor obra do autor. Ainda prefiro o trabalho que ele fez em A vida privada das árvores (que, em várias ocasiões, alude ao livro Bonsai).
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liviavision 25/02/2022

Bonsai
Uma história sobre dois estudantes de letras que no início constroem um relacionamento rápido durante a época da faculdade. Porém, logo se passam alguns anos e cada um segue para um lado diferente. Durante as últimas semanas em que Julio está trabalhando na correção de um livro, ele lembra de Emilia constantemente e quando recebe a notícia, na qual o autor do livro já deixou bem claro na primeira linha do primeiro capítulo, ele fica sem reação e prefere pagar uma corrida de táxi sem rumo.

É um livro curto, uma história rápida e bem interessante. A forma como foi escrito entrega o que podemos esperar do conto que trás um história comum em certas partes e muito real em outras.

Ainda pensando sobre o que eu li... foi bem rápido mesmo.
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Sarah 21/11/2020

É um romance rápido, em todos os sentidos
É um romance rápido, em todos os sentidos. O nome Bonsai não é por acaso, trata-se de uma versão concisa de um romance, da mesma forma que um Bonsai é o resumo de uma árvore.

O ritmo também é rápido e a escrita, irônica e inteligente, cativa o leitor desde o primeiro capítulo.

Na obra acompanhamos o romance dos estudantes universitários Júlio e Emília e todos os clichês que acompanham - para o bem e para o mal - as histórias de amor jovem.

Como o ciclo natural de todas as coisas vivas, o romance nasce, cresce e morre. E renasce de outra forma.

Vou deixar um trecho do livro para vocês sentirem um gostinho do que estou falando: "Ambos tinham quinze anos quando começaram a sair, mas quando Emilia completou dezesseis, e dezessete, o lerdo continuou tendo quinze. E assim por diante: Emilia completou dezoito, e dezenove, e vinte e quatro, e ele quinze; vinte e sete, vinte e oito, e ele quinze, até os trinta anos dela, pois Emilia não continuou fazendo anos depois dos trinta, e não porque a partir de então tivesse decidido ir diminuindo a idade, mas porque poucos dias depois de completar trinta anos Emilia morreu, e então não fez mais aniversário porque começou a estar morta."

Nota: 10/10

site: www.instagram.com/invasoesgermanicas
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thaisameraki 14/01/2014

um livro sobre amor, livros ou um livro sobre quem ama livros?
um livro escrito sobre um livro que se está escrevendo, outros lendo, ou um livro pra se escrever uma (cinco) história (s) de amor? o chileno alejandro zambra, magistral e modesto, dedicou poucas (e densas) linhas (na edição brasileira: cosac naify, 64 páginas diagramadas em 92) a um romance feito por beiras, assim como a arte da poda, essencial no bonsai. maría, gazmuri, anita e andrés (miguel)aparecem, desaparecem, voltam e completam as páginas de julio e emilia.
são escritos, acima de tudo, pra quem compreende que amar dói, reconforta, faz desconfiar, acreditar, descobrir, inspirar e respirar. afoga. causa apneia e solidão. é o mundo, é ninguém. cotidianos complexos, rotina boa. distração, entusiasmo e destruição. afinal, "qual o sentido de ficar com alguém se essa pessoa não muda a sua vida?". se escrever é como a arte de fazer podas em plantas, viver um romance é como a busca das palavras que se encaixam. "Agora resta Emilia, sozinha, interrompendo o funcionamento do metrô".

"bonsai" é como o que queria ter escrito e que jamais chegarei próximo de fazer, infelizmente. e como a vida também pode ser justa, "bonsai" é algo que me faz ser melhor do que eu era antes.
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 09/01/2014

Alejandro Zambra - Bonsai
Editora Cosac Naify - 96 páginas - Tradução de Josely Vianna Baptista - Lançamento no Brasil em Maio de 2012.

O romance de estreia do premiado e jovem autor chileno Alejandro Zambra, publicado originalmente em 2006, parte da irresistível ideia de comparar literatura com a arte de cultivar um bonsai, já que como o próprio Zambra definiu em seu site: "escrever é podar os ramos até tornar visível uma forma que já estava ali". A comparação é perfeita e qualquer pessoa que já tenha passado pela experiência de desenvolver um texto e lidar com a eliminação de palavras, sejam elas substantivos, advérbios ou adjetivos, irá se identificar imediatamente com o paciente trabalho de criar uma réplica artística de uma árvore em miniatura.

A estrutura deste romance "miniatura" é construída sobre o intenso e breve caso amoroso de Julio e Emilia, que se relacionam tendo basicamente o sexo e a leitura como elo de ligação. O comprometimento de Zambra com a brevidade ou concisão da narrativa é tão firme que ele arrisca tudo já no primeiro e desconcertante parágrafo, oferecendo corajosamente ao leitor a própria conclusão do livro:

"No final ela morre e ele fica sozinho, ainda que na verdade ele já tivesse ficado sozinho muitos anos antes da morte dela, de Emilia. Digamos que ela se chama ou se chamava Emilia e que ele se chama, se chamava e continua se chamando Julio. Julio e Emilia. No final, Emilia morre e Julio não morre. O resto é literatura:"

Na verdade o argumento do romance é muito mais rico do que uma breve história de amor. Alejandro Zambra é um daqueles autores como Borges, Vila-Matas e outro chileno famoso, Roberto Bolaño, que sabem utilizar a literatura como personagem. Assim é que a aproximação de Julio e Emilia se dá através de Em busca do tempo perdido de Marcel Proust, romance que ambos fingem já ter lido; na cama os dois se esmeram para parecer Emma Bovary de Flaubert e a origem da separação do casal é o conto TanTalia de Macedonio Fernández — a história de um casal que decide comprar uma pequena planta para simbolizar o amor que os une, mas que percebe tarde demais que a morte da planta será também a morte desse amor.

"As extravagâncias de Julio e Emilia não eram apenas sexuais (que existiam), nem emocionais (que eram muitas), mas também, digamos literárias. Numa noite especialmente feliz, Julio leu, meio de brincadeira, um poema de Rubén Darío que Emilia dramatizou e banalizou até transformá-lo num verdadeiro poema sexual, um poema de sexo explícito, com gritos, com orgasmos. Então virou um hábito o lance de ler em voz alta — em voz baixa — toda noite, antes de trepar. Leram 'O livro de Monelle', de Marcel Schwob, e 'O pavilhão dourado', de Yukio Mishima, que foram razoáveis fontes de inspiração erótica para eles. Mas logo as leituras se diversificaram a olhos vistos: leram 'Um homem que dorme' e 'As coisas', de Perec, vários contos de Onetti e de Raymond Carver, poemas de Ted Hughes, de Tomas Tranströmer, de Armando Uribe e de Kurt Folch. Até fragmentos de Nietzsche e de Émile Cioran eles leram."

Alejandro Zambra, nascido em 1975, já é um nome de destaque na literatura chilena tendo sido selecionado pela revista Granta para a edição especial dos melhores jovens romancistas em língua espanhola em 2010 e visitado o Brasil em 2012 quando participou da FLIP em uma mesa especial com Enrique Vila-Matas, segundo informações da editora Cosac Naify, Zambra também é crítico, professor de literatura e, como não poderia deixar de ser, um diligente leitor de manuais, revistas especializadas e livros técnicos sobre o cultivo de bonsai, nada mal para um jovem autor.
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