A descoberta do mundo

A descoberta do mundo Clarice Lispector




Resenhas - A Descoberta Do Mundo


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maria.knieling 10/06/2024

Estou com saudade de mim. Ando pouco recolhida, atendo demais ao telefone, escrevo depressa,
vivo depressa. Onde está eu? Preciso fazer um retiro espiritual e encontrar-me enfim ? enfim, mas que medo de mim mesma.
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Idayane.Ferreira 10/06/2024

Vendendo a alma no jornal?
?A descoberta do mundo?, da Clarice Lispector, reúne em ordem cronológica crônicas e textos que ela escreveu para o Jornal do Brasil (JB) entre agosto de 1967 e dezembro de 1973.

Li em concomitante com outros livros e, lá se foram quase um mês e meio, aproveitando a miúde suas mais de 600 páginas. Brinco que este é ?um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o?, parafraseando um trecho do conto ?Felicidade Clandestina? da autora.

Depois de já ter lido praticamente todos os livros do box especial da Clarice, é muito interessante identificar textos, contos e trechos de outras publicações na sua coluna semanal, que ela publicava sempre aos sábados. Além de notar sua resistência e receio em soar pessoal demais escrevendo crônicas para jornal. ?[...] continuo um pouco sem jeito na minha nova função daquilo que não se pode chamar propriamente de crônica. [?] fico automaticamente mais pessoal. E sinto-me um pouco como se estivesse vendendo minha alma?.

Lendo ?A descoberta do mundo? muitas vezes tive a sensação de conversar ?olho no olho? com a Clarice, uma impressão intima e direta. Senti certa inveja dos leitores da sua coluna: ela recebia muitas cartas comentando os textos e, às vezes, respondia na própria crônica semanal.

Clarice, que tinha medo de soar pessoal demais, vendendo a alma no jornal e escrevendo por dinheiro, sempre trazia sua face mais humana. É essa humanidade e pessoalidade que nos fazem sentir como se fôssemos próximos a ela em muitos dos seus textos semanais no JB.
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Jhonatan 20/09/2012

Simples e Profundo
Apesar da relação de amor e ódio que tive lendo as crônicas, o livro cria uma atmosfera de reflexão. - Nua, crua e simples - Clarice, novamente, se mostra.
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Luciana 19/12/2012

Sempre Clarice...
Ler Clarice é sempre uma experiência interessante e, esse livro em específico,eu recomendaria para quem não conhece bem o trabalho da autora, pois é um livro de crônicas curtas e com uma linguagem bastante simplificada, mas sem jamais perder a essência dessa autora enigmática e de escrita forta e marcante.
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Eliane406 01/01/2024

A poética no cotidiano sendo incorporada
?Clarice é minha inspiração, tenho uma conexão com seus escritos que falam sobre alma e um dos meus estilos favoritos que é o fluxo de consciência. Porém, comecei este livro empacando pelo caminho, sentindo a morosidade que me provocava e aos poucos, páginas e páginas o fim se aproximava e esse sentimento foi-se diluindo, e o desejo é de que nunca termine, só para sentir mais um pouco o prazer de estar no cotidiano do Outro, de imaginar como Clarice escrevia naquele momento, sentada com sua maquina no colo, fumando e tomando café, enquanto divagava o senso comum.

?A Descoberta do Mundo é o que nos acontece todo dia, aos crônicas cabe a tarefa de enxergar os detalhes, a subjetividade que impera nos cantos da vida subordinada a rotina. O livro reúne algumas mensagens, pensamentos e crônicas publicadas no Jornal do Brasil , reunidas de por Paulo Gurgel Valente, de agosto de 1967 a dezembro de 1973. Mesmo com toda relutância que ela tinha em escrever crônica por necessidade, as reflexões eram observações atentas dessa nossa vida louca!!

?"A dificuldade de encontrar, para poder exprimir, aquilo que no entanto está ali, dá uma impressão de cegueira. É quando, então, se pede um café. Não é que o café ajude a encontrar a palavra mas representa um ato histérico-libertador, isto é, um ato gratuito liberta."pag.601
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C.R 10/09/2013

C
Um livro de crônicas, cada uma revela a grande personalidade da
autora de que uns tempos pra cá se tornou modinha na internet, infelizmente sabemos que as pessoas hoje em dia leêm frases sem saber o contexto, assim fica complicado perceber a grandiosidade de cada frase e cada texto escrito por ela e que o livro consegue transmitir muito bem.

Recomendo.
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Camila Faria 08/03/2015

O livro reúne 468 crônicas que a Clarice escreveu para o Jornal do Brasil, entre 1967 e 1973, e é muito curioso ver o estranhamento (e a genialidade) da autora nesse “novo” formato, que ela tanto questionou e lutou para dominar. Acho que esse livro pode ser lido de uma vez só ou aos pouquinhos, como pequenas pérolas de sabedoria. Definitivamente não se fazem mais seres humanos como Clarice.

site: http://naomemandeflores.com/os-tres-ultimos-livros-1/
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Su 28/01/2016

A descoberta do mundo é uma coletânea de crônicas publicadas pela Clarice no Jornal do Brasil durante os anos de 1967 a 1973. Vou falar um pouco sobre aquelas que eu mais gostei.
Em “Prece por um padre” Clarice nos conta sobre a oração que ela fez por um padre que lhe pediu que fizesse isso.
“Uma noite gaguejei uma prece por um padre que tem medo de morrer e tem vergonha de ter medo. Eu disse um pouco para Deus, com algum pudor: alivia a alma do Padre X..., faze com que ele sinta que Tua Mão está dada à dele, faze com que ele sinta que a morte não existe porque na verdade já estamos na eternidade, faze com que ele sinta que amar é não morrer, que a entrega de si mesmo não significa a morte, faze com que ele sinta uma alegria modesta e diária, faze com que ele não Te indague demais, porque a resposta seria tão misteriosa quanto a pergunta, faze com que ele se lembre de que também não há explicação porque um filho quer o beijo de sua mãe e no entanto ele quer e no entanto o beijo é perfeito, faze com que ele receba o mundo sem medo, pois para esse mundo incompreensível nós fomos criados e nós mesmos também incompreensíveis, então é que há um conexão entre esse mistério do mundo e o nosso, mas essa conexão não é clara para nós enquanto quisermos entendê-la, abençoa-o para que ele viva com alegria o pão que ele come, o sono que ele dorme, faze com que ele tenha caridade por si mesmo, pois senão não poderá sentir que Deus o amou, faze com que ele perca o pudor de desejar que na hora de sua morte ele tenha uma mão humana para apertar a sua, amém. (Padre X... tinha me pedido para eu rezar por ele.)”
“O caso da caneta de ouro” nos mostra o que aconteceu quando ela ganhou uma caneta de ouro.
“De repente, descobri. Pouco estava importando a caneta de ouro. O que importava é que um filho pedia e o outro não pedia. Retomei a conversa: “Vem cá, por que é que você não me pede coisas?” A resposta foi pronta e contundente: “Eu já pedi muitas e você não me deu nada.” A acusação era tão dura que fiquei estarrecida. Inclusive não era verdade. Mas, exatamente por não ser verdade, é que se tornava mais grave. Ele tinha uma queixa tão profunda que a transformara nessa inverdade.”
Na crônica “Pertencer” Clarice começa nos dizendo que um médico lhe contou que desde o berço a criança sente o ambiente.
“Exatamente porque é tão forte em mim a fome de me dar a algo ou a alguém, é que me tornei bastante arisca: tenho medo de revelar de quanto preciso e de como sou pobre. Sou, sim. Muito pobre. Só tenho um corpo e uma alma. E preciso de mais do que isso. Quem sabe se comecei a escrever tão cedo na vida porque, escrevendo, pelo menos eu pertencia um pouco a mim mesma. O que é um fac-símile triste.”
Sou mais do que suspeita para falar qualquer coisa sobre a Clarice. Gostei muito desse livro, principalmente por nos revelar um pouco do dia-a-dia dessa autora que acima de tudo é humana.

site: http://detudoumpouquino.blogspot.com
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Elizandra 15/12/2016

Clarisse diferente de tudo que li
Este livro é um compilado de crônicas que Clarisse escreveu quando trabalhava no jornal do Brasil em 1968. No inicio achei que a leitura seria bastante difícil pelo fato dos textos iniciais serem muito curtos e se encontrarem na mesma página e tratando-se de Clarisse, é quase impossível mudar de assunto (crônica) sem antes parar para fazer uma reflexão. Então decidi ler propositalmente somente algumas crônicas por dia. Se bem que foram encontrados no livro alguns contos de outros livros, como por exemplo Felicidade Clandestina.
Este livro mostra a Clarisse como ela mesma, vivendo situações inusitadas e até cômicas e também situações emocionantes, com personagens reais de pessoas com quem ela conviveu e até pessoas que ela ficou feliz por não ter convivido.
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Léia Viana 29/01/2017

É todo ela pulsando, página por página
Fui me despedindo aos poucos de Clarice, conforme avançava na leitura, talvez isso explique a lentidão que me dominou para arrastar ao máximo possível o término do livro.

Organizado em ordem cronológica, das crônicas, textos, reflexões e, porque não desabafo. Sim, achei que tinha mais da Clarice ali do que apenas uma ficção. O livro tem vida, tem certa rotina e o modo de sentir dela. É todo ela pulsando, página por página. Uma inquietação que a consumia, escrever era o que a salvava e a atormentava.

É um livro para suspirar, nos tirar de nossas próprias reflexões, nos fazer emergir na ansiedade do outro e submergir em nossas próprias angústias. É libertador, revelador, misterioso, íntimo e simples. É Clarice viva ali, em suas próprias palavras.

Leitura muito recomendada!
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Emerson.Soliz 23/03/2023

Clarice cotidiana
Tentei ler esse livro um pouquinho de cada vez para tentar ter um pouco de Clarice pelo maior número de tempo possível.
Coleção de todas as crônicas de Lispector no Jornal do Brasil de 1967 à 1973, é divertido ver Clarice se aventurando a ser cronista.
Sempre a achei muito misteriosa e foi uma experiência bem legal acompanhar uma espécie de Clarice cotidiana, conversando com Chico, Jobim, Bloch e alguns outros.
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Ana.luisa.campos 25/01/2022

Clarice rainha eu te amo juro!!!! Esse livro vai andar agora oara cima e para baixo cmg juro. O melhor dela leiam
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