Joylande 17/04/2014A Escolha foi realmente a escolha certaÉ muito difícil ouvir o nome Nicholas Sparks e não pensar em seus romances literários mundialmente populares, zelados e respeitados. Todos gostam, mas há controvérsias.
Pelo menos eu, já presenciei diversas criticas a respeito do escritor, sobre seus clichês e estórias que não pegam de maneira alguma ao gosto de uns aqui e ali. Normal. Cada autor tem uma maneira de lidar com suas muitas vidas e descrevê-las como bem entender e dessa forma única que ele me agrada. Sendo útil a sua escrita. A sua vida bem vivida.
Certo momento quis que o Sr. Sparks tivesse em minha frente como pessoa física para que pudesse chutá-lo até implorar por misericórdia, pois em alguns ocorridos que vinha a trama, o fato de que me deixava furiosa a cada nova frase, cada novo capítulo era provavelmente o fim, mas a sua maneira algo se ajeitava. Já me vi cochilando em livros como Querido John em que foi maçante do início ao meio do livro, apenas no final que tomei atenção ao rumo que aquilo levava. Ao John e Savannah. Ao final dramático.
Quem lê, quem assiste aos filmes, quem sabe um pouco sobre suas escritas lidas, ouvidas, deve pensar que o cara gosta de ferrar com as emoções das pessoas, com seus corações fragilizados, vulnerabilizando a mente, mas ao contrário do que dizem traz certa reflexão e esse livro que irei resumir diz que nem todo final no Estilo Sparks De Ser acaba de forma aterradora, triste e sem fim esperado: feliz. A Escolha veio para nos trazer o bem-estar e a esperança no verdadeiro amor:
Resumo
Em uma cidade pequena de Beaufort um rapaz cujo nome é Travis Parker nativo do local, aventureiro, intenso, informal e desajustado a modo normal de rotina tendo como a sua, passeios com parapente, snowboarder, corridas diárias, finais de semanas alegres em praias e esportes quase radicais com seus amigos de infância juntamente com suas respectivas famílias.
Ele tem como vizinha, Gabby Holland, uma moça normal, vivendo uma vida normal, que cresceu com pessoas normais o que fora normal, pois para ela que tinha sua cultura materno-paterna de que a passagem deles na Terra era simplesmente: nascer, crescer, casar, reproduzir e morrer não conhecia outros mundos como o de Travis. Era isso ou viver como a ovelha negra da família. Essa era ela. Que ao invés de se comportar como tal moça delicada que brinca de boneca e encera o chão decide criar sua própria vida normal, sendo tudo aquilo que os pais impuseram, só que de forma não opressora, ou seja, que tudo aquilo acontecesse devido suas fases. Dessa forma ela conquistara o que tinha e até mesmo o namorado, Kevin, que praticamente a enrolava ou fugia do assunto: Casamento. Devido à doença do pai, o rapaz assumiu os negócios do mesmo dificultando às visitas a casa da então namorada há quase quatro anos. E que enrolação. Ele se distanciou mesmo assim Gabby se manteve firme e forte.
O motivo que aproximou os residentes da área foi à mudança física da cadela Molly que a cada dia que passava ficava maior. Gabby tinha quase certeza de que ela estava grávida e desconfiava do cão do então sossegado Travis, o Moby, em 60 segundos de fúria ela nunca pensara estar fazendo aquilo, mas aconteceu foi até seu deque e a primeira impressão então ficou, pois indo de encontro a ele a bola de esporte que o rapaz manuseava a encontrou primeiro e de certeira na sua cabeça, ela caiu. O ápice de sua raiva. Explodiu, e a conclusão é: Falou o que não devia e o que era desnecessário aos ouvidos do seu vizinho não deixando opção de resposta e foi embora depois de vomitar todas as palavras e frases desconexas que estava entalada ela sofria um também quase assedio do colega de trabalho também, o que ocasionou toda essa bola de neve em cima do rapaz enfim, depois de repensar no seu ato sentiu-se arrependida.
Nessa conversa ele não ficou totalmente sem resposta, quando Gabby citou sua cachorra Travis aconselhou-a de que devia levar ela ao veterinário. Ela mal sabia que ele seria o veterinário. Destino? Só mesmo o Sr. Sparks para criar todo esse cenário após diversos desentendimentos, decidiram recomeçar e com um Olá prazer e Eu te convido a passar um final de semana com meus amigos e eu, uma linda história de amor se inicia, claro que, com ajuda de Stephanie a Irmã de Travis.
Nas seguintes páginas achei que o motivo do título A Escolha se devia a escolha da moça: Kevin vs Travis. Por quem valeria a pena optar, roí as unhas já dramatizando de que ela decidiria pelo Kevin, afinal, ela mesma dizia que não tinha tanta certeza com Travis, mas para minha alegria e surpresa foi Travis Parker por quem Gabby Holland foi tomada de imediato. O grande amor da sua vida.
Anos se passaram, o casal teve duas filhas: Christine e Lisa. Eram uma família linda e unida, a dos sonhos para Gabby. Um lar como o de todos que são realmente felizes, fotos de momentos resplandecentes, paredes de cores viva, uma áurea de amor, carinho e afeto. Nada poderia separá-los ou servir de obstáculo, ou fora o que pensaram.
Um grave acidente de carro acontece com Travis e Gabby, ele sai ferido mais nada se agravou, mas ela não teve a mesma sorte e sofreu no leito vegetativo. A moça se encontrava em coma, dependente e sem vida, apenas respirava para mostrar a todos que estava ali, literalmente estava, mas sua essência e personalidade não tudo que um dia fizera com que o jovem rapaz se apaixonasse pela mulher encontrava-se em sua mente, alojada em busca de uma saída para a realidade.
A escolha foi sobre o estado de Gabby, pois ambos fizeram política. Um contrato de que após três meses de completo nada deveriam desligar os aparelhos. Isso teve inicio devido ao rapaz que Gabby conhecera,Sr. Baker, ele tinha a mulher da mesma forma que atualmente se encontrava e pelo grande amor foi até o fim dos dias dela, mas aos poucos seu comportamento foi se modificando e ele já não estava mais em si, vivendo de dor, sofrimento e álcool. Gabby não queria isso para Travis. Foi o estopim das promessas e talvez um presságio para o que ela futuramente teria que passar.
Ela daquela forma e Travis natimorto também não literalmente fez com que a família tivesse também suas mudanças. Antes, quando aconteceu o acidente e as filhas pequenas não se conformaram, porque oras: eram apenas crianças, elas choravam muito antes de dormir, não sentia tanta confiança no que o pai fazia por elas, vivia a dependência dos amigos de infância do mesmo, passava diversos feriados monótonos e nem mesmo tinha a ajuda da mãe para construir A árvore de natal, sofriam que era de apertar o coração e depois, uma das cenas mais tristes foi à forma que a criança relatava em desenhos sua família o que no passado havia uma mãe, naquele momento eram apenas os três: papai, irmã e eu.
E vem o mais dramático da estória, estava crendo num final terrível como a grande maioria dos livros do escritor, mas como de iniciou citei uma volta de 360° e tanta. Logo depois de feita a escolha chorei pacas pensei que Gabby foi dessa para melhor, mas não. Ele deixou que ela ficasse daquela maneira e não queria se comparar ao Sr. Baker tal qual sua mulher citava anteriormente, pois ele seria diferente.
A vida da agora simples família estava de volta ao normal mesmo sem a companhia materna tudo foi se encaixando e Travis conseguiu ser um pai e tanto, trabalhando no seu consultório veterinário e cuidando da herança: as filhonas. Os dias se passaram e um incrível sol se abriu e a notícia então veio. Gabby estava de volta, meio zonza mais viva,o amor venceu, ambos aprenderam a darem valor a tudo os que tinham as meninas não acreditaram quando viram até mesmo pensaram que ela dormiria novamente, estavam receosas, mas de alguma forma aliviadas e felizes.
Foi o final feliz do ano, o que salvou. Hiper recomendo, mas a lógica é: goste do gênero romance e do escritor o resto é encarregado a você. Se não lhe agrada nenhum dos dois, não tente ler para não sair falando que o livro é lixo, não merece estrelas suficientes para estar entre os melhores/favoritos e a resenhista falou demais e pouco fez.
O livro diz muito sobre o limite do amor, o que somos capazes de fazer por ele, ou seja, até onde iremos a nome dele. Abri uma reflexão de que certas coisas na vida só se permitem acontecer para nos provar de que patamar estamos em quesito: sentimentos, nunca pensei na possibilidade de deixar alguém por mais dificultoso que tivesse sendo o relacionamento, mas em parte a mesma não caminha só, deve ter o apoio do casal, a base. E a base é o afeto e a compreensão. O amor não deve-se apenas a duas pessoas, no caso, um casal, mas entre pais e filhos, irmãos e irmãs, entre amigos, cão e homem.
Escolhas devem sim ser feitas, a dúvida existe e a opção é única. A última palavra é sempre sua. Nossa. De todos.
Título original: The choice
Tradução: A Escolha
Gênero: Romance
Páginas: 304
Editora: Novo Conceito
Classificação: 4/5