Please look after mom

Please look after mom Kyung-Sook Shin
Kyung-Sook Shin




Resenhas - Please look after mom


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Liz 15/04/2012

Desafio literário 2012 - Abril (literatura oriental)
Esse livro tem um objetivo: mostrar como os seres humanos às vezes conseguem ser estúpidos a ponto de ignorar e quase esquecer de sua própria família e a sua importância. Bom, provavelmente, para aqueles que não tiveram uma família como ditam os costumes atuais, o livro pode não ser tão impactante; mas acho que nem por isso deixaria de ser tocante.

Park So-nyo é uma senhora que se perdeu. Ela tem cinco filhos e um marido que não se importam com ela do modo que deveriam. ela praticamente viveu por todos eles, não sabia mais descansar; seus sonhos foram reprimidos para que sua família tivesse conforto. Não que ela se arrependesse disso. Mas eles somente percebem tudo isso depois que ela não volta. E mais: notam o quanto não a conheciam direito. O tempo vai passando e maior fica o incrível arrependimento de não poder agradecer à mulher pessoalmente.

A linguagem do livro é bastante simples, não tive nenhuma dificuldade mesmo em lê-lo em inglês. Só que a história consegue ser bem pesada. Às vezes, até tive que fechá-lo e respirar bem fundo antes de continuar. A tristeza do pessoal e o sofrimento por não poder fazer nada pegou fundo, e o fato de So-nyo ser bem parecida com a minha própria mãe só piorava ainda mais. Não quero que isso aconteça com ela - que fique doente por falta de atenção das pessoas aqui de casa, e nem que ela deixe de comemorar seus aniversários em família para "não incomodar" os outros. Essa obra foi meio que um aviso, e eu pretendo não ignorá-lo.

Apesar de "Please look after mom" ser muito eficiente em passar sua mensagem e tenha uma ótima carga dramática, achei sua história razoável no geral. Só temos quatro capítulos e um epílogo, o que deixa a leitura meio cansativa e até repetitiva de vez em quando. O final também não me agradou nada: mesmo sendo bem interessante, se era para acabar daquele jeito, que não tivesse a história das sandálias de plástico azuis. Só deixou um gosto bem ruim na boca. E o fato de, dos cinco irmãos, só dois terem um bom aproveitamento, me deixou profundamente chateada. A autora praticamente ignorou outros dois deles.

Nem por isso o mérito do livro deve ser retirado. Acho que todo mundo deveria dar uma chance à essa história. É incrível, e ao mesmo tempo, comum, eu diria. Uma ótima leitura ao mesmo tempo em que mostra como não devemos dar valor ao que possuímos somente quando o perdemos. Se o problema é reconhecer o que devemos aproveitar, perceberemos quando alguém vem nos dizer desse jeito.

Resenha originalmente em: http://bit.ly/HMyNv8
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Ju 20/11/2022

Cuide da mãe
Através dos depoimentos dos filhos e marido conhecemos um pouco da vida de So-Nyo, que se perdeu do marido em uma estação de metrô quando eles tinham ido a Seul visitar os filhos.
É umas história muito bonita, triste e fácil de se relacionar, podemos enxergar um pouco das pessoas que nós conhecemos, e até um pouco de nós mesmos nos personagens, e talvez isso deixe a história ainda mais triste, porque ela é realista, e por mais que a gente deseje que dê tudo certo no final, já temos uma noção do que pode ter acontecido.
A pior parte de perder alguém é a sensação de que podíamos ter feito mais por ela, ter conversado mais, demonstrado mais o nosso amor, acho que é essa a dor que fica, saudade também, mas essa sensação de que podíamos ter feito mais é indescritível.
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Isabella770 22/06/2023

Quase passei mal
Chorei, quase engasguei de tanto soluçar, fiquei com dor de cabeça e quando lembrava de certas partes do livro depois de um tempo simplesmente começava a desabar de novo. Senti todas as emoções possíveis, é um livro que te faz pensar na relação entre mães e filhos, e como ignorante podemos ser em relação a vida de uma pessoa tão importante para nossa criação
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Debora696 07/04/2012

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Se fosse para definir esse livro em uma palavra seria remorso. A narrativa em segunda pessoa mostra a mãe como testemunha ocular de tudo o que acontece após seu desaparecimento, com os filhos e o maridos imersos em culpa por não terem conhecido, nem ouvido e muito menos valorizado essa mulher que passou por toda sorte de dificuldades para mantê-los alimentados e limpos. Ninguém nunca pensou na importância dela, nem em seus graves problemas de saúde, até ela se perder na estação de trem em Seul.
Creio que a lição que fica, que a autora quis passar é: cuidem de suas mães.
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EXPLOD 28/04/2017

As narrativas do arrependimento
A estrutura é interessante: quatro partes, cada qual narrada por um personagem que possui relação direta com a personagem principal - uma senhora de idade (mãe) que se perde numa grande estação de Seul.

É uma trama muito tocante e capaz de, verdadeiramente, fazer o leitor pensar sobre sua relação materna, principalmente se membro de uma família comumente considerada, de modo jocoso (infelizmente), tradicional.

Igualmente, é relato ficcional que traz à tona a natureza quase que sacrificial da maternidade, pois implica, muitíssimas vezes, em renúncia à própria alegria e satisfação pessoais em detrimento de bem querer que supera até a razão.

O texto não possui, precisamente, uma linha temporal regular, senão apenas pelo fato central - o desaparecimento. A partir de então as narrativas são construídas com base em memórias, pequenas lembranças (tanto que muitas são tão bestas que, penso, poderiam ser cortadas), frustrações, traumas, autorreflexão e, sobretudo, arrenpendimento.

Neste livro, a autora reúne, em especial, duas situações de extremo sofrimento, contudo, a meu ver, não são trabalhadas de forma a revelar a crueza que exigem: desaparecimento e arrependimento.

No caso, fica evidente que apenas um acontecimento trágico poderia fazer os parentes sentirem, em suas vidas, a importância que a mãe exercia em todo o núcleo familiar: desaparecimento ou morte. E o primeiro é até mais abrupto e angustiante, porquanto consolo não há e a esperança se esvai com o passar do tempo.

O tema é sensível e por si só prende o leitor; contudo, ou por isso mesmo (já que exigiria uma originalidade e manejo de maior destaque na literatura), não é uma obra excepcional. Por outro lado, com certeza vale a leitura, seja para passatempo, seja para conhecer um pouco da cultura oriental.
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Jacky 28/06/2022

A narrativa em segunda pessoa
Acredito que esse foi o primeiro romance em segunda pessoa que li. Essa construção tem a intenção de aproximar o leitor da narrativa, como se ele fosse um personagem pertencente a história.
A condução da narrativa nesse aspecto se torna extremamente intimista e em alguns momentos incomoda o leitor pela dificuldade de identificar-se com o personagem descriminado.
O romance é apresentado a partir de diferentes personagens que narram tanto em primeira e segunda pessoa quanto em terceira. A transição para primeira pessoa é extremamente sutil enquanto a segunda pessoa soa imperativa.
A autora consegue transmitir um sentimento de tristeza e reflexão de forma ainda mais incisiva através da narrativa em segunda pessoa.
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carlineeeee 08/01/2023

mais uma indicação do namjoon
esse livro era um dos que eu sabia que ia gostar muito de ler, mas sempre ficava postergando por saber que seria uma leitura muito triste e pesada. eu não tava errada, mas valeu muito a pena e recomendo a leitura se tu quiser ficar triste kkkkk
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