Na natureza selvagem

Na natureza selvagem Jon Krakauer




Resenhas - Na Natureza Selvagem


470 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Cassio Kendi 26/02/2023

Sábado - Fizemos a trilha do Saco das Bananas, em Ubatuba. Foi bem cansativo, umas seis ou sete praias, e entre cada uma delas era uma subida e uma descida em terreno irregular. O guia nos mostrou algumas plantas locais que a gente podia comer, e instruiu também de onde podíamos beber água.

Domingo - tive caganeira de noite. Maldito guia, acho que deve ter sido a água daquela biqueira. Outras pessoas do grupo tiveram também, então com certeza foi isso, porque nem todo mundo estava comendo as plantas. Sorte que voltei mais cedo, se não teria me cagado na estrada.

Segunda - acordei e senti o tornozelo meio estranho. Liguei a luz e surpresa: estava o dobro do tamanho normal. "Parece um tornozelo de elefante", pensei. Quando andava, tinha a sensação de quando a perna está dormindo, foi bem desconfortável. Só aí que fui perceber a quantidade de picadas no local, umas vinte de cada lado, sem exagero. Não tinha passado repelente no tornozelo, e fiz trilha com meia baixa. Na hora, nem senti nada, mas parece que todas as picadas decidiram se juntar e fazer o efeito sincronizadas. Espero que passe logo, amanhã tenho um vôo longo pra pegar.

Terça - Não passou, ainda está difícil de andar. Mas deu tudo certo. Encontrei um casal de Joinville na conexão em Angola, tínhamos combinado pelo Facebook de dividir os custos de um 4x4 para viajar pela Namíbia. Falei do tornozelo, eles disseram que era tranquilo, primeiros dias seriam mais no carro mesmo.

Quarta - finalmente estou andando normal. Alugamos o carro com duas tendas em cima junto com um cara de Florianópolis. Passamos no mercado pra pegar umas coisas pra comer, e chegamos no primeiro camping. O casal ficou numa barraca, eu e o Floripa em outra. Não dormi quase nada, ele roncava alto demais, e a barraca era apertada. Era como se ele gritasse no meu ouvido.

Quinta - mal dormido, fui descer da barraca pela escada embutida e, desastre, rasguei a pele debaixo do dedão. Começou a sangrar, joguei uma água, e perguntei se alguém tinha kit de primeiros socorros pra fazer um curativo. Ninguém tinha. Perguntamos pros guardas do safári se tinha uma farmácia por perto, eles disseram que não, mas que havia um hospital não muito longe dali. Fomos para onde ele indicou, e parecia uma casa meio abandonada. Batemos na porta por um tempo, demos a volta no terreno e batemos palmas, até uma senhora vir ter conosco. Acho que ela não falava inglês, porque não disse uma palavra, só olhou pro machucado e fez sinal para que a seguissemos. Entrei numa sala com armários de vidro, sentei na cama, ela passou uma pasta que lembrava um melaço na ferida, e envolveu o dedão com uma bandagem. Me deu uns comprimidos (entendi que eram antibióticos), e mostrou a imagem de um sol e uma lua (entendi que era pra tomar um de dia e um de noite). Falou o preço, 50 dólares. 50 dólares, meu deus! Mas eram 50 dólares namíbianos, dava menos de 5 dólares americanos. Paguei satisfeito, e a ferida parou de arder

---
Vi o filme "Na Natureza Selvagem" (Into the Wild, em inglês) muito antes de saber que era baseado em um livro. As cenas do filme são em grande parte lindas e inspiradoras, tanto as de natureza, quanto as de conversas. Toda vez que assisto, me dá vontade de pegar uma mochila e sair viajando.
Mas entendo que a realidade é bem mais, por falta de uma palavra melhor, realista. Meu relato acima é exemplo das possíveis dificuldades que podem acontecer em uma viagem: doença, caganeira, picada, machucado, tudo no espaço de uma semana. E esses são sofrimentos bem pequenos se comparados ao que Chris McCandless passou em sua aventura pelo Alaska, como frio, fome, solidão e exaustão, o que aumenta minha admiração pelo que ele buscava alcançar.

Um dos temas centrais do livro é justamente se Chris é passivo dessa admiração, ou era apenas um moleque despreparado e prepotente que foi tentar algo muito maior do que as próprias capacidades; se ele tinha esse direito de sair viajando sem dar notícias, ou se era insensível ao sofrimento de seus próprios pais devido à sua ausência. Não é uma discussão com resposta certa, porque cada um traz um pouco de si quando vai julgar a vida de alguém, mas chega a ser irônico que uma pessoa que tinha como ideal viver sozinha na natureza, isolada da sociedade por um tempo, acabe se tornando tão popular pos-mortem com um filme/livro. Não acho que Chris tenha imaginado que sua vida se tornaria conhecida por tanta gente, e, pela descrição dele no livro, acredito que até tentaria evitar isso.
Naquele velho debate de filme x livro, aqui realmente não vejo um melhor, porque os escopos são bem diferentes. O livro é muito mais documental, não segue uma ordem cronológica clara, e mostra vários pontos de vista sobre a vida de Chris, com base em depoimentos de familiares, amigos e pessoas que cruzaram seu caminho durante seus quase três anos de andarilho. Já o filme tem começo, meio e fim definidos, sempre acompanhando a vida de Chris, quase como se fosse em primeira pessoa.

Para quem gosta ou sonha em viajar por vários lugares, minha recomendação seria ver primeiro o filme para se inspirar, depois ler o livro para ficar mais prudente, e depois ver o filme para se inspirar de novo e não ser tão prudente assim.

ps: outro filme com cenas bem inspiradoras de viagem é Walter Mitty, que se passa na maior parte na Islândia.
ps2: Um texto muito bom sobre filmes com essa linha narrativa geral de "pessoa que vai buscar o que quer na vida e se ferra por isso" é esse: www.papodehomem.com.br/elogio-ao-rebelde/
Katia Rodrigues 26/02/2023minha estante
"Pessoa q vai(...)" ??


Katia Rodrigues 26/02/2023minha estante
Acho q ele foi arrogante em vários aspectos, mas não de forma proposital. Ele queria tanto afirmar seu "ponto de vista" q não levou em consideração os outros e aí incluo a natureza. Enfim... triste demais ?


linasantos 01/03/2023minha estante
Achei sua semana bem brasileira: cheia de perrengues com saúde, alimentação e transporte. Um trabalhador pelo mundo rs


Laura Gariani 02/03/2023minha estante
nossa como habla


Laura Gariani 02/03/2023minha estante
e caga


Ju Ragni 10/03/2023minha estante
Comprei esse livro essa semana, quero muito ler. Aventuras radicais assim me atraem muito, ainda mais quando as histórias são verdadeiras. Uma sugestão que dou porque achei o livro excelente é A INCRÍVEL VIAGEM DE SHACKLETON. Só lendo mesmo para entender o que foi aquilo... Li em janeiro, quando estava na Patagônia para fazer a trilha da base das Torres del Paine. Enquanto eu me lascava na subida da trilha, ficava pensando no que Shackleton e sua tripulação passaram, e via que aquela minha dificuldade eles superariam com um pé nas costas e as mãos algemadas... Excelente livro. Outro muito bom foi sobre as expedições de Percy Fawcet na Amazônia, imaginem um filme de terror tipo Anaconda ou Piranhas, e ainda tem o adicional das formigas, mosquitos e vermes... Amo aventura, mas nesse lugar nunca vou pisar...


Gabriela M. 11/03/2023minha estante
Acho que um livro e filme muito legal e muito inspirador é Livre. Sem contar que conta também de pessoa não tão preparada mas com mais abertura para o outro.


Cassio Kendi 26/03/2023minha estante
Jussara, muito obrigado pelas recomendações, já adicionei na minha lista. Realmente quando a gente lê um livro de alguém que se ferrou mais que a gente, parece que relativiza um pouco o que a gente considera como dificuldade
Carolina, bem isso kkkkkk!
Katia, concordo, também acho que ele acabou tendo um excesso de confiança, acho que muito por conta do histórico de sucessos passados dele. O famoso "isso só acontece com os outros, não comigo"


Ju Ragni 28/03/2023minha estante
Esse livro tem alguma coisa que mexe profundamente com a gente, não sei se é a questão do desafio pessoal, a superação, ou a solidão do Chris, a dificuldade de conviver com a família, talvez seja a gente ficar imaginando as paisagens do Alasca, muito bem descritas pelo autor, não sei o que é, mais depois que li precisei ficar alguns dias em desintoxicação, porque não conseguia pensar em outro livro. Vi o filme, li as reportagens que achei na internet, li os comentários, só pensava nele. Agora já estou bem, comecei outro livro, mas esse vai ficar num lugar de honra nos meus preferidos.




Tainara 06/07/2010

Fantástico. O livro dá o toque histórico que faltou no filme, que foi mais poético. A narrativa se desenvolve clara, limpa, sem rodeios, apesar dos capítulos não seguirem a ordem cronológica. Pra falar a verdade, esse foi o diferencial do livro, resgatar histórias de semelhantes a Christopher, em meio a um deslocamento do tempo. As frases são incríveis, o autor deixa transparecer uma grande emoção, é como se pudéssemos estar ali, ao lado de Chris, torcendo por ele.

Isso sem falar nas citações literárias, que são incríveis. O autor encaixa ensinamentos de Roszak, Pasternak, Tolstoi, Thoreau, London, entre outros, em cada cabeçalho de capítulo, dando uma pequena introdução do que está por vir. Simpesmente maravilhoso.
Fabio 22/07/2012minha estante
Concordo com tudo o que disse..tanto o livro como o filme são fantásticos, da vontade de largar tudo tb!!


Vanessa 25/01/2013minha estante
Amei sua resenha, ela declara sua paixão pelo livro sem parecer boba e nos mostra o quanto o livro em questão é importante para você.
Na minha opinião o livro traz uma grande história de coragem, força e vida que terminou de maneira trágica, mas que nos ensina de uma forma rica e brilhante.


Adriane 05/04/2013minha estante
Depois de ler sua resenha fiquei com muita vontade de ler esse livro.
Parabéns ótima resenha(:


Luan.Ferreira 28/01/2022minha estante
Essa história mudou minha vida,é uma forma de ver o mundo linda eu me tornei outra pessoa através dessa história...




Marlonbsan 23/06/2020

Na Natureza Selvagem
Em busca de liberdade e numa viagem de introspecção e autoconhecimento, Christopher McCandless, após se formar, deixa tudo para traz, se afastando da civilização inicia sua peregrinação com ao se enveredar na natureza selvagem, vive no limite, intensamente, contemplando tudo em sua volta e é feliz, até encontrar o fim da sua história.

O livro é narrado em terceira e primeira pessoas na forma documental pelo autor, a partir de entrevistas e algumas suposições do que aconteceu com Chris. A escrita é densa em alguns pontos e a história é organizada de forma não-linear, assim, ter assistido ao filme ajudou a contextualizar.

Quando assisti ao filme pela primeira vez, logo me vi tocado pela história e vida de Chris, ainda mais quando na cena final tem sua foto em frente ao Magic Bus, mostrando que era baseado em uma história real, apesar disso nunca me aprofundei mais ou busquei saber a veracidade da narrativa ou outras informações, mas com a consciência de que os fatos não fossem exatamente os do filme.

O livro traz questionamentos e informações detalhadas sobre alguns fatos concretos ocorridos, mas há muita suposição feita pelo autor, pois o material deixado por Chris não era suficiente para saber exatamente o que ele queria, pensava, almejava ou fez durante sua jornada, então o que resta era tentar entender a partir do que as pessoas que o conheciam tinham a dizer. E é isso o que temos ao longo dessa leitura.

A complementação que o livro e o filme fazem é fantástica, consegui ter uma dimensão maior do longo trajeto que Chris realizou durante seus dois anos de peregrinação e conseguia enxergar claramente as cenas e os ambientes narrados. A introspecção, a busca incessante de seus objetivos e seguir suas crenças e verdades, além de aproveitar a liberdade da melhor forma possível estão presentes em cada trecho da vida de Chris.

Nessa edição temos o posfácio de 2015, que traz novas informações e estudos realizados para entender melhor as causas específicas do componente que contribuiu para o trágico desfecho.

Foto e resenha no meu IG, @marlonbsan, seguem lá :D
comentários(0)comente



andrei gurgel 30/11/2009

Google Earth
O livro é bastante interessante e uma forma de deixá-lo ainda mais legal é visualizar no Google Earth os locais que o autor cita ao longo de todo o livro: as cidades, lugarejos e estradas por onde passou McCandless em sua jornada. Estão todos lá - até mesmo o velho ônibus pode ser visto. Portanto, boa leitura.
maria 17/12/2009minha estante
Assisti ao filme esses dias, a trilha sonora é espetacular, mas vou ter quer ler o livro, nada substitui a leitura, ahhh no final do filme, tem uma foto dele, junto com o onibus magico..


Julyana. 09/04/2010minha estante
Acho que esse é um dos raros casos em que filme e livro se complementam. O livro traz toda a história do Chris, suas motivações. Parece um "documentário". Já a emoção fica por conta do livro.



Não cheguei a procurar no Google Earth, mas fui atrás das fotos dele e a última, praticamente morto e com um sorriso no rosto me impressionou muito.


Herson Alexandr 08/11/2013minha estante
Como tu achou o ônibus cara?




Paô 25/01/2022

Sempre fui muito fascinada pelo filme Into the Wild, e quando descobri que meu irmão tinha o livro, fui logo ler. É um livro cheio de frases que te fazem refletir, com inúmeras referências literárias. A história do Chris te faz pensar se ele estava sendo ou muito egoísta por fazer o que fez, ou se ele era apenas muito determinado e corajoso. A verdade é que não importa o que cada um pense desse menino que largou tudo e foi se aventurar por 2 anos na estrada, tendo como destino final o Alasca; ele mostrou que era capaz de ir atrás do que acreditava, e isso é admirável por si só. Infelizmente, todos sabemos como a história acaba. É um bom livro, mas nada de outro mundo.
Diego 25/01/2022minha estante
Não sabia que tinha livro!! Adorei o filme!!!


Caroline.Lima 25/01/2022minha estante
Não sabia do livro, penso até em ler, mas infelizmente sou um pouco resistente a ler livros quando já assisti ao filme.


Paô 25/01/2022minha estante
vale a pena a leitura! tem muitos detalhes que não tem no filme




Fenrir 18/07/2022

Arrogante ou inconsequente ?!
E um livro que cada pessoa tira a sua conclusão e se, você ler numa fase outra fase da sua vida , você terá outra conclusão ? e uma leitura obrigatória não só para montanhistas, mas também para qualquer um questionar sua relação social ? recomendo.
comentários(0)comente



LiteraLucas 19/11/2023

Inesquecível
O trabalho feito por Jon Krakauer é de tirar o chapéu, pois buscou tratar a história de Christopher McCandless de forma sóbria e respeitosa. Outro GRANDE mérito do livro é trazer diversas outras histórias parecidas que ajudam a elucidar o caso e a ampliar os horizontes. Destaque para a história de Everett Ruess, que é surpreendentemente pouco conhecida e igualmente interessante.
comentários(0)comente



cah 18/08/2010

Caminho agora para dentro da natureza selvagem
Eu sou completamente fascinada pela história do Chris. Assisti ao filme quando estava em repouso de uma cirurgia, li a sinopse e na hora pensei: está aí um BOM filme! Dito e feito, 'Na Natureza Selvagem' é o meu filme preferido e não hesito em dizer que é o melhor filme do mundo. Confesso que posso estar exagerando, mas a classificação 'o melhor' se encaixa perfeitamente.

Vamos ao livro agora. Como fazer uma resenha ou crítica sobre um livro cuja história relatada é verídica? Não se pode julgar uma história real por boa ou ruim, dizer que o final deveria ser diferente, ou que os personagens são comuns demais, enfadonhos. É uma história verídica, com personagens e momentos reais, nada poderia ser relatado de maneira diferente. Por conta disso, me limitarei a falar do livro em si, e não da história.

Krakauer me deixou um pouco confusa no começo, pois conta a história de trás pra frente (ou em ordem aleatória, mas, definitivamente, não é do começo que o relato da história do Chris começa). Acho que posso associar essa confusão toda devido ao fato de eu tentar, o tempo todo, relacionar o que LIA com o que tinha VISTO no filme. Não faça isso. Esqueça-se do filme, leia como se fosse a primeira vez que 'ouvisse' a história. Contudo, no desenrolar do livro, Krakauer consegue 'juntar' as peças e tudo fica muito fácil de entender.
É incrível como Krakauer nos apresenta detalhes da vida do Chris, relatos de outros jovens com história semelhante (largar a civilização para viver da terra a fim de encontrar um sentido para a vida é mais comum do que se imagina), e até o relato de sua própria vida que teve um momento 'McCandless'.

Leia o livro. Veja o filme. Essa é uma daquelas histórias instigantes que deveria ser do conhecimento de todos. Mas lembre-se, A FELICIDADE SÓ É REAL QUANDO COMPARTILHADA.
comentários(0)comente



GuiBatelochio 15/02/2022

Na natureza selvagem
Este é um daqueles livros que consegue te deixar ao menos pensativo sobre a vida.

Chris MCandless (ou Alex Supertramp) era um jovem rapaz de uma família com uma boa estrutura financeira e, após terminar a faculdade, deixou tudo e decidiu "sumir". Alguns anos depois, foi encontrado no Alaska, lugar onde sonhava conhecer e viver. A história é real, não se trata de um livro de ficção.

O autor refaz os passos de Chris e entrevista as pessoas que ele conheceu, procurando traçar seu jeito e os motivos de suas decisões. Ele o faz com grande comprometimento e não é leviano ao abordá-lo, de forma que nem busca degradá-lo e nem faz culto à personalidade.
Chris aliás, é uma pessoa bem interessante e com grande profundidade. Conseguiu cativar praticamente todos que tiveram contato com ele e demonstrava ter uma inteligência absurda, além de grandes referências como Tolstoi, Thoreau, etc. Ao mesmo tempo, a pouca idade pesou em algumas decisões que poderiam ser tomadas com maior maturidade.

Alguns capítulos no inicio parecem ser melhor aproveitáveis por quem conhece a geografia local dos EUA. Ainda assim, não é requisito saber para aproveitar o livro. Demorei para engrenar, mas perto do meio até o fim ficou fluído, e o final me deixou bem pensativo.

Recomento a leitura.
comentários(0)comente



ramslaymer 03/08/2020

Um documentário 'tribunal' sobre a vida e morte de Alex
O livro foi uma boa experiência complementar ao filme, mas não cumpre o mesmo papel do filme de um encontro com Alex Supertramp mas sim um documentário sobre a vida que ele levou até sua morte e querendo encontrar 'motivos' e explicações para tudo!
Eu entendi a revolta do autor por ver tanta gente o pintando como suicida, inconsequente e etc, e querer escrever esse livro para tentar provar de alguma forma que ele não é assim, mas para os que o julgaram não vai fazer diferença (porque provável não vão ler o livro) e aos que já comungam com essa alma não precisam de explicações.
Como eu não queria 'porquês' e sim achei que ia ter páginas de encontro com as memórias dele foi um pouco decepcionante, mas mesmo assim valeu a pena a jornada!
comentários(0)comente



Mairton.Rodrigues 10/08/2022

200 páginas nunca foram tão longas
Esse livro parece uma monografia que foi publicada. Imagine um livro chato pois eleve ao infinito. Inúmeras referências, muitas sem sentido. Parece mais que o autor estava querendo aumentar o número de páginas e fazer ser algo publicável.

Ademais, o autor vai defender ao máximo o protagonista. Que ele defende como merecedor de admiração por ser hetero, casto, "inteligente", jovem ... E outras características que ao meu ver não merecem ser tão admiradas.

O cumulo é ele colocar a culpa dessa imprudência de um homem com mais de 20 anos no adultério do pai antes que esse asno tenha nascido. Uma das piores experiências literárias da minha vida!
comentários(0)comente



Alan kleber 26/07/2022

O enigma Chris McCandless
A odisséia de McCandless vagando pelos Estados Unidos é corajosa, fascinante, e beirando o inacreditável. Seu objetivo era chegar no Alaska, a última fronteira. É uma jornada espiritual, filosófica, e social. Onde também foi necessária certa dose de egoismo para vivela, mas essa dose passou do limite. Os pais dele é que sabem de como passou.
Na natureza Selvagem é para se ter na estante. E não demorar muito para ler.
O livro também traz reflex?es sobre outros temas mais amplos: a atração que as pessoas sentem pelas regiões selvagens, o fascínio que jovens com um certo tipo de mentalidade sentem por atividades de alto risco, e os laços altamente tensos que existem entre pais e filhos.

No verão de 1990, logo após formar-se, com distinção, na Universidade Emory, McCandless sumiu de vista. Mudou de nome, doou os 24 mil dólares que tinha de poupança a uma instituição de caridade, abandonou seu carro e a maioria de seus pertences, queimou todo o dinheiro que tinha na carteira. Inventou então uma vida nova para si, instalando-se na margem maltrapilha de nossa sociedade, perambulando pela América do Norte em busca de experiências cruas, transcendentais.
Seria fácil estereotipar Christopher McCandless como mais um garoto com sensibilidade demais, um jovem maluco que lia livros em demasia e não tinha um mínimo de bom senso.
Mas o estereótipo não se encaixa. McCandless não era um indolente incapaz, perdido e confuso, torturado por desespero existencial. Ao contrário: sua vida estava cheia de significados e propósitos. Mas o significado que ele tirava da existência estava longe do caminho confortável.
Eliza.Beth 28/07/2022minha estante
?????
Adorei a resenha




Alexia 14/07/2020

Li este livro após ter lido Walden do Thoreau, e sinto que isso enriqueceu ainda mais a leitura. É ótimo para refletir sobre nosso modo de vida e sistema ao qual estamos submetidos. Recomendo demais!
Identifico-me, em alguns aspectos, com o modo de pensar do Chris. É incrível conhecer um pouco do que viveu, do que sentiu e do que pensou.
Dá para perceber que ele era carinhoso, sentia apreço e preocupação por algumas pessoas, e não era burro, como alguns tentam alegar. Ele apenas tinha a ilusão de que não iria morrer, característica da psique humana na infância e adolescência - alguns por mais tempo até, dependendo do amadurecimento.
comentários(0)comente



Habibks 19/01/2011

Não e tragico morrer fazendo o que se ama.
Apesar de o livro ter usado como protagonista Christopher Mccandless, o livro não é sobre ele, mas sim sobre um sentimento de liberdade, de comunhão com a natureza e principalmente sobre a jornada espirutual que cada uma dessas pessoas buscava ao se propor esse estilo de vida.



O autor(Jon Krakauer) usou a historia de Christopher pra tentar explicar a mente dessas pessoas que por um motivo ou outro não conseguem ser felizes(ou mesmo se ajustar) em sociedade.


Tem uma citação no livro que define bem, a mensagem que o autor ta tendando passar:

"So queria movimento e não um curso calmo de existencia. Queria excitação e perigo e a oportunidade de sacrificar-me por meu amo!: Sentia em mim uma superabundância de energia que não encontrava escoadouro em nossa vida tranquila"


E eu não concordo com as pessas que estão dizendo que ele procurava a si mesmo nessa jornada, eu acho que ele sabia exatamente quem ele era. Ele estava procurando um lugar no mundo onde ele pudesse se ajustar, onde ele pudesse ser verdadeiro consigo mesmo. Ele estava procurando verdade, honestidade e pureza. Procurando coisas que ele não tinha experimentado durante sua infancia.
comentários(0)comente



470 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR