Fábulas ao Anoitecer

Fábulas ao Anoitecer Georgette Silen




Resenhas - Fábulas ao Anoitecer


10 encontrados | exibindo 1 a 10


Cristiano Rosa 15/07/2012

Diário CT: Fábulas ao Anoitecer
Misturar fábulas com mistério e suspense. Fiquei curioso para saber o resultado dessa junção literária e li Fábulas do Anoitecer, da escritora Georgette Silen, lançado no primeiro semestre desse ano pela Giz Editorial. Analisando a capa e a sinopse no próprio livro, temos a ideia de uma coletânea mais sombria, com envolvimento e tensão. Porém, às vezes, é somente lendo a obra mesmo para poder dizer sobre o que ela se trata.

O livro contém onze contos da autora, distribuídos pelas 160 páginas com diagramação simples. As narrativas se ambientam em escola, casa, castelo, reino, floresta, navio, labirinto, e contém diversos personagens diferentes, desde adolescentes, ladrões, escritora, alquimista e marinheiro, até deuses, guerreiros, fantasmas, fada, piratas, rei, rainha, Medusa, anjos e diabo.

Entre sombras, brumas, vozes, medos, surpresas e segredos, o leitor é levado a outros mundos e também outros mundos são trazidos até ele. As histórias narram, em primeira e terceira pessoas, situações fantásticas, algumas mais simples, outras mais elaboradas, porém sem apresentar muitas novidades.

Os contos não mantém uma linearidade, na verdade é uma mistura de gêneros fantásticos, ora mais aventura, ora mais suspense, ora mais romance e ora mais drama. O leitor nunca sabe o que vai ler, o que vai sentir na leitura. E dependendo de quem lê, isso pode ser algo positivo ou negativo, visto que o título e sinopse do livro delimitam as tramas.

Senti falta de um pouco mais de originalidade nas narrativas, algumas se baseiam em histórias já contadas e conhecidas por muitos de nós, como a lenda do Jack (um dos símbolos do Halloween), contos do Rei Arthur e a espada de Excalibur, lenda pirata, conto de Hans Christian Andersen e até mesmo da vida de Nicholas Flamel – o alquimista da Pedra Filosofal.

O livro é ótimo para jovens leitores, sem muita bagagem literária, pois traz essas referências que podem indicar novos caminhos para sua vida com os livros, e algumas das narrativas se ambientam no meio dos adolescente também. Mas para os que já praticam a leitura – principalmente a do gênero -, não acrescenta muito, e pode até mesmo cansar.

A coletânea Fábulas ao Anoitecer é uma boa mistura dentro da literatura fantástica. Não há terror, como alguns podem esperar, mas há muito suspense e entretenimento ao leitor. Considero que a obra pode iniciar muitos jovens ao mundo da leitura, pois ela propicia diversão e conhecimento, e mostra que, com um pouco de imaginação vinda de cada um de nós, podemos transformar o nosso mundo em um lugar melhor para viver e sonhar.

Fonte: http://www.blogcriandotestralios.com/?p=17335
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Cat 17/05/2012

Mais um para a lista de favoritos
Como todos estão cansados de saber, eu amo literatura fantástica e autores nacionais (Independentes). Então na semana passada fui a um evento literário aqui na minha cidade (3º Salão do livro de Guarulhos). Fui ao salão com a intenção de encontrar algum livro de autor nacional. Não queria os autores clássicos ou badalados, como: Paulo Coelho ou Jô Soares. Queria os independentes, que é claro é muito difícil de encontrar. Mas para minha sorte encontrei três livros e até conheci pessoalmente a autora Georgette Silen.




Ela se aproximou da minha sobrinha para falar do livro dela e enquanto ela falava, o comichão da viciada em livros me dominou. Era um livro de fantasia com fadas, elfos, dragões e histórias horripilantes. É claro que eu não ia perder. Então comprei o livro. E que livro!




Nele você vai encontrar 11 contos com criaturas mágicas e da noite.
Agora vou falar um pouco de cada conto (Eu sei, a resenha vai ficar longa. Não reclamem)



Até Que Os Anjos Nos Separem: Neste conto vemos 4 amigas brincando com forças ocultas. Tudo para descobrir quem irá convidá-las para o baile de formatura. E pensar que quando eu tinha 16 anos eu e umas doidas (Minhas amigas) também brincamos com uma tábua de ouija (Ui! Medo!).


Olhos do Dia e da Noite: Neste conto vemos uma fada, um ladrão, um elfo atrás do tesouro de um dragão, que já matou diversos pretendentes.
O conto me lembrou um pouco o mito de Perseu e o Minotauro. Um labirinto misterioso e escuro.


O Anel e a Pérola Solitária: Neste conto vemos Moira, uma garota de 15 anos, que ouve vozes a noite enquanto dorme.
Ela foi criada pelo pai, que sempre lhe contava histórias de fadas.
Na manhã de seu aniversário de 15 anos, ela é humilhada pelos seus colegas de escola e então ela joga uma praga sobre eles que se realiza.


Jack: Neste conto vemos um rapaz chamado Jack, que faz um pacto com o Senhor dos Mortos – Samhain.

A Princesa de Mangaleão: Neste conto vemos o mundo mágico de Azurath e suas 12 ilhas, mas em particular a Ilha de Mangaleão. Governada por um rei justo, mas sem filhos. O conto me lembrou um pouco As Crônicas de Nárnia.

A Senhora do Lago: Neste conto vemos uma nova versão da história de Excalibur, mas com um toque de ficção cientifica. Apesar de ser uma mistura inusitada foi muito criativa.

Uma Quase Tragédia Grega: Neste conto vemos a história de Medusa – Sim, Medusa da mitologia grega. Ela e suas irmãs abandonam a Grécia e vem para o Brasil. Novamente muito criativo.

O Holandês Voador: Neste conto vemos piratas e navios fantasmas.

A Menina dos Fósforos: Confesso que dois dos 11 contos me assustou. E este foi um deles. O conto me lembrou um pouco a Série de Tv Sobrenatural, com um fantasminha nada camarada.

Alquimia Perfeita: Esse conto também mistura ficção cientifica com um personagem lendário.

A Folha Em Branco: De todos os contos esse é o meu favorito (E o outro que me assustou).
Ele conta a história de Alice, uma escritora que está sofrendo da crise: Falta de Imaginação.
Então numa noite em que ela tenta vencer a crise seus personagens saem das páginas e decidem bater um papinho com sua criadora.
Agora uma confissão de escritora: Se isso acontecesse comigo, eu teria um papo cabeça com os Saint-Claire, mas desse de cara com a Charlotte, sairia correndo feito uma louca pela rua.

http://catalinaterrassa.blogspot.com.br/2012/05/resenha-fabulas-ao-anoitecer-georgette.html


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Leitora Viciada 06/02/2013

A capa é mais bonita ao vivo, pois o título é em relevo e a ilustração mais viva.
Um livro de Fantasia recheado de contos e fábulas variados. São onze histórias, cada uma com uma linda ilustração em preto-e-branco. Um livro belo na qualidade do material, tanto gráfico quanto no conteúdo das histórias mágicas e atraentes. Um sumário é indispensável em um livro de contos e Fábulas ao Anoitecer o possui.

Todas as histórias são de Fantasia, porém o livro é um passeio diversificado por vários caminhos que a magia pode levar o leitor. Um livro recomendado para o público juvenil que busca por histórias com seres ricamente criados e mergulhados em aventuras perfeitas para atiçar a imaginação. Ótimo livro para ser lido à noite, antes de ir dormir para fazer o leitor prolongar a leitura através de sonhos.
O interessante é que embora a temática seja a mesma em todo o livro, cada conto possui suas próprias características e estilos. Concluindo: é um livro de Fantasia, porém abrangente nos temas e com vários estilos de narrativa e ingredientes de vários gêneros.
Eu já li alguns contos da autora antes e gostei de todos, portanto minhas expectativas sobre o livro eram grandes. Eu já tinha lido uma das histórias desse livro.
Todos os contos são originais, embora alguns sejam releituras de histórias já existentes; e outros, baseados em algum mundo já criado, mas com a assinatura da Georgette. Isso é muito interessante principalmente aos leitores que desconhecem tais histórias originais, isso pode criar curiosidade e fazê-los ler clássicos e buscar pelas lendas.

O primeiro conto é Até que os Anjos nos Separem. Essa é a história mais adolescente do livro. Quatro meninas se reúnem para entrar em contato com os mortos por um motivo tão simples, mas que costuma deixar adolescentes com insônia. E nessa idade, a curiosidade e a ousadia sempre estão em grandes escalas.
A narrativa é feita pela menina nerd, mais careta e menos empolgada com a brincadeira macabra. E é logo ela que se envolverá em um caso sobrenatural.

Em Olhos do Dia e da Noite a autora muda completamente o estilo com um conto que me agradou muito mais que o primeiro. Um labirinto escuro, uma pequena fada, um ladrão, um elfo poderoso e dragões e tesouros. Um conto maravilhoso e épico. O cenário é empolgante, os acontecimentos são frenéticos e as personagens excelentes. Uma das melhores descrições de um dragão que já li está neste conto.
Me lembrei bastante de O Hobbit (ladrão, elfos, tesouro, dragões) e Aladin (ladrão, tesouro, mistério).
Nota dez para o conto, o meu segundo preferido do livro.

O Anel e a Pérola Solitária é o conto que eu já havia lido, mas em uma antologia mista. E não me esqueci dele, porque é incrível. Reli o conto e continuo a ter a mesma opinião e é o que mais gostei em Fábulas ao Anoitecer. A história também começa à noite.
Através de uma narrativa ágil e bela, interligando a natureza a seres fantásticos, a autora complementa a trama com elementos juvenis, como as dúvidas da adolescência, o bullying e as descobertas. No caso da protagonista, essas descobertas vão muito além... do comum. Poderia gerar um livro Young Adult sobrenatural muito melhor que vários do mercado. Semelhante ao estilo de Juliett Marillier em A Dança da Floresta, que eu amo.

O quarto conto é Jack, baseado na lenda irlandesa de Jack-o'-Lantern que faz parte da base original do Halloween, ou Samhain. Um conto que atinge o equilíbrio entre o fantástico e o suspense. É ao mesmo tempo sensível e dramático, sem necessariamente assustar, mas também sem perder o fio levemente sombrio da história.

Em seguida vem A Princesa de Mangaleão. Um dos contos onde a Fantasia é mais pura e lúdica. Um mundo mágico que envolve reis e rainhas. Conhecemos o reino de Azurath, formado por doze ilhas.
Este conto se parece realmente com uma fábula, onde tudo se interliga e tem vida e sentimento.
Narrativa e enredo extremamente poéticos.

O título do próximo conto, A Senhora do Lago logo me fez pensar na saga de Avalon iniciada por Marion Zimmer Bradley e finalizada por Diana L. Paxson. Com certeza Georgette pensou nela e criou sua própria história, misturando incrivelmente Ficção Científica à Fantasia e misticismo.
Uma recriação do mito da Excalibur muito diferente, ousada e criativa. Com certeza uma ambientação antes nunca utilizada para mostrar Merlin e Morgana.
A autora poderia criar um livro a partir desse novo mundo criado.

Uma Tragédia Quase Grega também carrega ousadia no desenvolvimento e a autora novamente se baseia em um mito já existente. Embora seja uma lenda muito antiga, a da Medusa, Georgette escreve uma versão moderna, atual, teen e com um pouco de humor. Embora seja inusitada e diferente, o clímax e desfecho da aventura não me empolgaram como pensei que o fariam.

O próximo é outra lenda existente: O Holandês Voador. Dessa vez a origem da história é um navio fantasma e a autora soube explorar bem a ideia em um conto breve. Uma boa leitura para quem gosta de mistério, ação e pirata, mas sem surpresas.

A Menina dos Fósforos é um dos meus contos de fadas preferidos. Originalmente foi escrito por Hans Christian Andersen e se chamava A Pequena Vendedora de Fósforos. Adoro qualquer interpretação dessa história que marcou minha infância.
Embora eu já tenha lido várias versões, para adultos ou crianças, esta da Georgette conseguiu me prender do início ao fim e é completamente diferente. Ela foge das similaridades com versões já existentes, embora mantenha o ar trágico. Recriou a história em um cenário atual e mais escuro.
Eu diria que esse conto é a continuação do original!

O penúltimo conto é Alquimia Perfeita e mistura lendas, História e Ficção Científica. O mito da Pedra Filosofal de Nicholas Flamel ganha uma nova roupagem. Existe ainda um clima de ação contínua e até um rápido romance. Gostei do conto, principalmente da personagem feminina de destaque e adoraria que a história fosse mais longa e explorada.

O último conto é A Folha em Branco, uma aventura em forma de susto protagonizada por uma escritora com uma homenagem à figuras tradicionais da Literatura Fantástica! A autora aborda com humor negro um problema que aflige todo escritor: A falta de ideias. Nada como a ajuda das próprias personagens no meio da noite para ajudar na elaboração do texto, não seria ótimo? Só lendo para saber...

Contos que mais gostei: Olhos do Dia e da Noite, O Anel e a Pérola Solitária e A Menina dos Fósforos.

+ resenhas em www.leitoraviciada.com
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Bianca S. Bonatto 16/07/2012

Fábulas ao Anoitecer é simplesmente FANTÁSTICO...
Resenha completa: http://noiterubra.blogspot.com.br/2012/06/resenha-fabulas-ao-anoitecer.html

...em todos os sentidos que a palavra puder abrigar. A Georgette fez um lindíssimo trabalho ao nos apresentar a contos onde há elementos que já conhecemos, mas em uma trama diferenciada, ou até mesmo “abrindo” nossos olhos (como no caso do conto Alquimia Perfeita).
Não sei se foi intencional ou não, mas em cada conto podemos sentir uma “pegada” de outras histórias, como no primeiro conto “Até Que os Anjos nos Separem”, que começa como apenas mais uma história de adolescente que mexeram com a tábua Ouijá, mas que depois ganha um toque “à lá Dan Brown” e que evolui para algo mais “apocalíptico”. Ou como em “Uma Quase Tragédia Grega”, com sua essência meio Percy Jackson.
O livro é acima de tudo, muito inteligente! Não são contos soltos, com personagens soltos, são contos com uma base bem sólida, que permite tal... moldagem e que foi muito bem feita. É cultura! Hahaha

Eu estava muito ansiosa para ler e quando comecei me senti... “em casa”, é essa a sensação que se tem ao ler Fábulas ao Anoitecer, tão familiar, mas tão inusitado e diferente ao mesmo tempo. Você imagina o que está para acontecer ou que sabe o que vai acontecer, mas a Georgette dá um novo rumo.
E uma coisa que não pude deixar passar ou ignorar foi a “ponte” entre um conto e outro. São histórias totalmente independentes, que se passam em universos tão distintos e cada um envolve histórias e personagens que não estão ligados ao conto anterior ou ao que está por vir. Maaasss, eu percebi que haviam... certas palavras, que ao ler você meio que faz essa “ponte” com o outro conto. Porém não são coisas tão “relevantes”, é que elas “saltavam” quando as lia e eu pensava “Own, tinha isso no outro conto...”.

O livro é um prato cheio para quem curte mitologia, lendas, seres encantados vindos de todas as partes do mundo.
Eu não sou muito fã de Ficção Científica, mas o que a Georgette fez foi algo incrível! Em alguns contos há ambos os elementos, a Ficção Científica e a Fantasia, trabalhados de forma tão harmoniosa que dá aquele gostinho de quero mais e você fica triste porque o conto acabou.

Não tenho como dizer qual dos contos é o meu preferido, não tem como escolher apenas um. O que dá para fazer, no máximo, é “ordená-los” por preferência, mas mesmo assim fica difícil. No entanto, com toda certeza, Jack e Alquimia Perfeita estão no topo... dividindo lugar com os outros... hahaha.
Eu simplesmente AMEI o livro, essa é a verdade... ainda mais porque o meu está autografado!
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Ednelson 16/01/2013

Autora: Georgette Silen
Editora: Giz Editorial
Origem: Brasileira
Ano: 2011
Edição: 1ª
Número de páginas: 160
Skoob
Sinopse: Você sabe o que acontece na escuridão da noite? Que mistérios se escondem sob a luz do luar? Fábulas ao Anoitecer é uma seleta de narrativas fantásticas que têm como cenário principal o manto da escuridão, que assume seu reinado após o pôr do sol. Terror, amor, magia, criaturas fantásticas como fadas, bruxos, dragões, elfos, e até ficção científica surgem de suas páginas. Mitologia e lendas folclóricas mundiais são revisitadas e conduzem o leitor pelo maravilhoso mundo da Literatura Fantástica Brasileira. “Fábulas ao Anoitecer” é para ser lido debaixo das cobertas, com lanternas acesas, num clima de mistério e segredo. Mas tome cuidado com as janelas. Mantenha-as bem fechadas...
Onde comprar? Informações aqui.

Análise:

“—Queremos que termine a história [...] Queremos existir, ter um corpo, um começo, um meio e um fim.”
—Pág. 166.

Saudações, caros leitores! A nossa espécie é naturalmente fascinada pelo desconhecido, há quem se acomode e para de buscá-lo, mas este não é o nosso caso. Sempre estamos ansiosos por experimentar alguma coisa nova, por isso que sempre estamos lendo. Mas qual o porquê de sempre estarmos sedentos pelo que é abraçado pela sombra? Como seres que se baseiam em pensamento, além de instinto, será que nos sentimos desafiados a desvendar tais elementos? Ou será que somos como bravos aventureiros? Há muitas respostas possíveis, cada um carrega uma. O importante é que a fantasia sempre foi parte essencial na vida do ser humano, influenciando-o na religião, artes, educação, política, convivência social etc, mas vou me ater ao que é importante no momento: “Fábulas ao Anoitecer”, uma coletânea de contos cuja proposta é envolver o leitor em uma atmosfera cativante com algumas das mais célebres criaturas mágicas em viagens pelo terror, suspense, relatos românticos, épico etc. Querem me acompanhar nessa jornada? Um instante, por favor, Caronte está se aproximando...

Agora, adentre a embarcação, vamos passar os portais para a fantasia.

Até que os anjos nos separem:

O conto começa ao redor de um grupo de amigas (adolescentes) que usam um Tabuleiro Ouija para descobrirem quem as acompanhará no baile da escola. Alguns já devem estar perguntando-se: “Mas não é banal demais mexer com isto por um motivo tão fútil?” Bem, vamos dar um desconto para as garotas, uma vez que nessa fase os hormônios costumam falar mais alto. Depois o foco se ajusta em especificamente uma das meninas, a típica “Nerd” que se sente desfocada, apesar de andar com pessoas populares. Aquela que se torna a protagonista cria empatia no leitor justamente por mostrar-se vulnerável sentimentalmente. Quem nunca achou que não encontraria alguém que lhe amasse de verdade? Os personagens podem ser aqueles tradicionais de muitos filmes de terror americanos, mas o desenvolvimento e desfecho são narrados de modo ímpar e garante ampla satisfação em um terreno já conhecido.

Olhos do dia e da noite:

Um salto de gênero. Nessa história, a Georgette já passa para o épico, mas é uma oscilação suave em que o cenário se forma lentamente. Nessa situação, o personagem principal (um ladrão) é arrebatado de sua vida comum e jogado em uma aventura maior do que qualquer coisa que esperava. Acredito que esse seja o sonho de muitos leitores, então buscamos em nosso mundo algo que possa equivaler em intensidade. Diante desse contexto é impossível não se sentir impulsionado à leitura. O ponto de virada final é surpreendente, posso dizer apenas que há uma inversão de polos.

O anel e a pérola solitária:

Enxergamos as coisas a partir da visão de uma menina que passa por experiências incomuns, como ouvir vozes em seu quarto à noite. Mas quem ou o que seriam essas coisas/pessoas? Inicialmente não sabemos de nada, sequer recebemos pistas. Cheguei até a cogitar que se tratava de uma coisa (sem detalhes para evitar spoiler), contudo fui surpreendido. É interessante perceber a integração entre a parte mais intimista (protagonista) e pública (cenário) no texto, ficou belíssima.

Jack:

Provavelmente, muitos de vocês devem conhecer a lenda do Jack’O, comumente associado ao Halloween. A autora cria a sua própria versão da figura assustadora, mas de uma maneira tão peculiar que faz com que criemos certa condolência pelo miserável que agiu somente por um sofrimento atroz. Porém, a nobreza de sua intenção não o exime de um futuro negro, guiado por forças do além. Sensível e aterrador, duas palavras que podem definir bem o que achei.

A princesa de Mangaleão:

Acredito que já esteja mais do que provado como fartura de bens não implica em felicidade e esta história nos reafirma. Histórias de reis e rainhas sempre estão nos rondando e a obra não deixa esta possibilidade escapar. Em um reino onde a fartura impera e a população vive em paz, os seus soberanos vivem um enorme drama: não conseguem obter um descendente. O enredo é simples, mas cheio de características da fantasia. As coisas mais simples exalam mistério e magia (as lágrimas da rainha criam nascentes de água, por exemplo). A conclusão guarda algo ainda mais marcante.

A senhora do lago:

Aqui está uma recriação da lenda de Arthur, onde a inovação fica por conta do acréscimo da tecnologia nesse cenário já mágico. Entretanto, o conto não foi transportado para os nossos tempos, algo que torna a dicotomia tecnologia-mundo medieval muito intrigante. Confesso que apreciaria saber o que aconteceria depois do final. Será que a autora um dia pode aproveitar a ideia em um romance?

Uma quase tragédia grega:

O próprio nome já nos permite vislumbrar o que iremos encontrar. O mito abordado é uma dos mais conhecidos da Grécia, mas, como seria de se esperar após o que já li, a escritora reveste as coisas com um ar atual. Não precisam temer um desvirtuamento do símbolo mítico, pois estamos diante de um trabalho pensado milimetricamente, ao menos é a sensação que tive. O que me conquistou foi o desenrolar até um ponto da aventura, em que ocorreria uma batalha, mas fica em aberto.

O holandês voador:

Vingança é um tema que constantemente dialoga com obras fantásticas ou não, mas que costuma deixar leitores interessados. Somos dotados da capacidade de criar valores e termos emoções e ambas as coisas guiam a nossa vida, mas o que aconteceria se elas se perpetuassem mesmo após o fim de nosso corpo? Com uma ambientação típica de narrações sobre piratas (taverna, mar, grandes barcos e personagens enigmáticos) somos “colocados na prancha” e caímos em páginas de grande deleite.

A menina dos fósforos:

Esse é um conto baseado em “A pequena vendedora de fósforos” (clique no título para ver o texto original) de Hans Christian Andersen. A Georgette recria o clima do conto original, deixando ainda mais arrepiante o que já era. As singularidades na escrita é o que torna isto uma homenagem ao Hans Christian Andersen, mas também uma demonstração de criatividade, afinal reinventar algo e imprimir o seu “eu” naquilo não é uma tarefa fácil.

Alquimia perfeita:

Este é um conto inspirado na história do alquimista Nicholas Flamel. Fiquei admirado como a resignificação desse personagem histórico, a quem se atribui a criação da pedra filosofal, ficou boa. Apesar de ter achado o conto curto, acredito que daria para explorar mais os personagens, fiquei satisfeito. O final pega gancho nas supostas declarações de que o alquimista foi visto em várias ocasiões ao longo de séculos, querem saber como? Só lendo!

A folha em branco:

Ao começá-lo, já me perguntei: “Estou lendo uma história dentro de uma história?” para em seguida dizer empolgado: “Legal!” Parece-me que a própria escritora se fez personagem nas últimas páginas. No decorrer de seis páginas é como se cavássemos um túnel para o centro da mente de um escritor em crise na sua atividade. Uma vez que escrevo também, senti-me ali retratado nas vezes em que tentava retirar da cartola ao menos uma boa ideia, mas tudo parecia débil demais. Foi um término perfeito para o livro.

O livro conta com ótimas ilustrações, trabalho de Walter Tierno, antes de cada conto e na capa (o dragão espreitando a escritora deixa visível o conceito da coletânea); diagramação perfeita; revisão excelente, não tenho observações a fazer. Enfim, leitura mais que recomendada! Ganhou cinco selos cabulosos.

Escrevo no: http://leitorcabuloso.com.br/
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MÁRSON ALQUATI 06/02/2013

Excelente Coletânea
Um excelente livro de contos de terror e suspense com histórias capazes de envolver o leitor e remetê-lo ao incrível universo da ficção. Adorei todos os contos, muito bem escritos... Recomendadíssimo!
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Flavinha 11/03/2013

Resenha: Fábulas ao Anoitecer - http://www.chatadoslivros.blogspot.com.br
Este livro da autora nacional Georgette Silen nos trás um apanhado de contos dos temas mais diversos, que segundo a autora, devem ser lidos debaixo da coberta com uma lanterna acesa, pra criar todo um clima de mistério e segredo.

Os contos são escritos de forma simples, e ao contrário das Crônicas de Kira, a linguagem é bem mais fácil de ser compreendida, as palavras usadas são mais simples e os contos bem objetivos.

Este livrinho tem apenas 168 páginas e é composto por 11 contos. Os temas dos contos vão desde fadas, piratas, mitologia grega a steampunk e alquimia.

Os meus preferidos foram:

“Jack” – um rapaz aceita ser o guardião do ano novo, noite em que os espíritos podem passar pra este mundo, em troca de ficar sempre com a sua esposa falecida neste dia.

“A Princesa e o Mangaleão” – Uma rainha muito triste por não conseguir ter filhos do modo natural acaba gerando um bebê em seu coração, feito do amor e da angústia que ela sentia.

“O Holandês Voador” – Uma história sobre um pirata maquiavélico que morreu de modo trágico e que clama por vingança.

“A Menina dos Fósforos” – Uma moça encontra uma garota perdida e com frio no meio de uma nevasca, ela tenta de tudo para ajudá-la a se aquecer, mas mal sabia ela que estava encarando seu fatídico destino.

Esse último conto foi o que mais ficou na minha mente, achei bem assustador, muito bem escrito.

A leitura deste livro é muito rápida e por ser em forma de contos, o interesse aumenta à medida que você vai terminando cada história. Os contos são curtinhos, cerca de 4 ou 5 páginas cada um e quando você se dá conta, já leu todos.

Três estrelinhas pra este aqui ;)

http://www.chatadoslivros.blogspot.com.br
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Leitor Cabuloso 15/03/2013

http://leitorcabuloso.com.br/2013/01/resenha-fabulas-ao-anoitecer-abra-as-portas-e-janelas-para-que-a-fantasia-lhe-inunde/
Saudações, caros leitores! A nossa espécie é naturalmente fascinada pelo desconhecido, há quem se acomode e para de buscá-lo, mas este não é o nosso caso. Sempre estamos ansiosos por experimentar alguma coisa nova, por isso que sempre estamos lendo. Mas qual o porquê de sempre estarmos sedentos pelo que é abraçado pela sombra? Como seres que se baseiam em pensamento, além de instinto, será que nos sentimos desafiados a desvendar tais elementos? Ou será que somos como bravos aventureiros? Há muitas respostas possíveis, cada um carrega uma. O importante é que a fantasia sempre foi parte essencial na vida do ser humano, influenciando-o na religião, artes, educação, política, convivência social etc, mas vou me ater ao que é importante no momento: “Fábulas ao Anoitecer”, uma coletânea de contos cuja proposta é envolver o leitor em uma atmosfera cativante com algumas das mais célebres criaturas mágicas em viagens pelo terror, suspense, relatos românticos, épico etc. Querem me acompanhar nessa jornada? Um instante, por favor, Caronte está se aproximando…

Agora, adentre a embarcação, vamos passar os portais para a fantasia.

Até que os anjos nos separem:

O conto começa ao redor de um grupo de amigas (adolescentes) que usam um Tabuleiro Ouijapara descobrirem quem as acompanhará no baile da escola. Alguns já devem estar perguntando-se: “Mas não é banal demais mexer com isto por um motivo tão fútil?” Bem, vamos dar um desconto para as garotas, uma vez que nessa fase os hormônios costumam falar mais alto. Depois o foco se ajusta em especificamente uma das meninas, a típica “Nerd” que se sente desfocada, apesar de andar com pessoas populares. Aquela que se torna a protagonista cria empatia no leitor justamente por mostrar-se vulnerável sentimentalmente. Quem nunca achou que não encontraria alguém que lhe amasse de verdade? Os personagens podem ser aqueles tradicionais de muitos filmes de terror americanos, mas o desenvolvimento e desfecho são narrados de modo ímpar e garante ampla satisfação em um terreno já conhecido.

Olhos do dia e da noite:

Um salto de gênero. Nessa história, a Georgette já passa para o épico, mas é uma oscilação suave em que o cenário se forma lentamente. Nessa situação, o personagem principal (um ladrão) é arrebatado de sua vida comum e jogado em uma aventura maior do que qualquer coisa que esperava. Acredito que esse seja o sonho de muitos leitores, então buscamos em nosso mundo algo que possa equivaler em intensidade. Diante desse contexto é impossível não se sentir impulsionado à leitura. O ponto de virada final é surpreendente, posso dizer apenas que há uma inversão de polos.

O anel e a pérola solitária:

Enxergamos as coisas a partir da visão de uma menina que passa por experiências incomuns, como ouvir vozes em seu quarto à noite. Mas quem ou o que seriam essas coisas/pessoas? Inicialmente não sabemos de nada, sequer recebemos pistas. Cheguei até a cogitar que se tratava de uma coisa (sem detalhes para evitar spoiler), contudo fui surpreendido. É interessante perceber a integração entre a parte mais intimista (protagonista) e pública (cenário) no texto, ficou belíssima.

Jack:

Provavelmente, muitos de vocês devem conhecer a lenda do Jack’O, comumente associado ao Halloween. A autora cria a sua própria versão da figura assustadora, mas de uma maneira tão peculiar que faz com que criemos certa condolência pelo miserável que agiu somente por um sofrimento atroz. Porém, a nobreza de sua intenção não o exime de um futuro negro, guiado por forças do além. Sensível e aterrador, duas palavras que podem definir bem o que achei.

A princesa de Mangaleão:

Acredito que já esteja mais do que provado como fartura de bens não implica em felicidade e esta história nos reafirma. Histórias de reis e rainhas sempre estão nos rondando e a obra não deixa esta possibilidade escapar. Em um reino onde a fartura impera e a população vive em paz, os seus soberanos vivem um enorme drama: não conseguem obter um descendente. O enredo é simples, mas cheio de características da fantasia. As coisas mais simples exalam mistério e magia (as lágrimas da rainha criam nascentes de água, por exemplo). A conclusão guarda algo ainda mais marcante.

A senhora do lago:

Aqui está uma recriação da lenda de Arthur, onde a inovação fica por conta do acréscimo da tecnologia nesse cenário já mágico. Entretanto, o conto não foi transportado para os nossos tempos, algo que torna a dicotomia tecnologia-mundo medieval muito intrigante. Confesso que apreciaria saber o que aconteceria depois do final. Será que a autora um dia pode aproveitar a ideia em um romance?

Uma quase tragédia grega:

O próprio nome já nos permite vislumbrar o que iremos encontrar. O mito abordado é uma dos mais conhecidos da Grécia, mas, como seria de se esperar após o que já li, a escritora reveste as coisas com um ar atual. Não precisam temer um desvirtuamento do símbolo mítico, pois estamos diante de um trabalho pensado milimetricamente, ao menos é a sensação que tive. O que me conquistou foi o desenrolar até um ponto da aventura, em que ocorreria uma batalha, mas fica em aberto.

O holandês voador:

Vingança é um tema que constantemente dialoga com obras fantásticas ou não, mas que costuma deixar leitores interessados. Somos dotados da capacidade de criar valores e termos emoções e ambas as coisas guiam a nossa vida, mas o que aconteceria se elas se perpetuassem mesmo após o fim de nosso corpo? Com uma ambientação típica de narrações sobre piratas (taverna, mar, grandes barcos e personagens enigmáticos) somos “colocados na prancha” e caímos em páginas de grande deleite.

A menina dos fósforos:

Esse é um conto baseado em “A pequena vendedora de fósforos” (clique no título para ver o texto original)deHans Christian Andersen. A Georgette recria o clima do conto original, deixando ainda mais arrepiante o que já era. As singularidades na escrita é o que torna isto uma homenagem ao Hans Christian Andersen, mas também uma demonstração de criatividade, afinal reinventar algo e imprimir o seu “eu” naquilo não é uma tarefa fácil.

Alquimia perfeita:

Este é um conto inspirado na história do alquimista Nicholas Flamel. Fiquei admirado como a resignificação desse personagem histórico, a quem se atribui a criação da pedra filosofal, ficou boa. Apesar de ter achado o conto curto, acredito que daria para explorar mais os personagens, fiquei satisfeito. O final pega gancho nas supostas declarações de que o alquimista foi visto em várias ocasiões ao longo de séculos, querem saber como? Só lendo!

A folha em branco:

Ao começá-lo, já me perguntei: “Estou lendo uma história dentro de uma história?” para em seguida dizer empolgado: “Legal!” Parece-me que a própria escritora se fez personagem nas últimas páginas. No decorrer de seis páginas é como se cavássemos um túnel para o centro da mente de um escritor em crise na sua atividade. Uma vez que escrevo também, senti-me ali retratado nas vezes em que tentava retirar da cartola ao menos uma boa ideia, mas tudo parecia débil demais. Foi um término perfeito para o livro.

O livro conta com ótimas ilustrações, trabalho de Walter Tierno, antes de cada conto e na capa (o dragão espreitando a escritora deixa visível o conceito da coletânea); diagramação perfeita; revisão excelente, não tenho observações a fazer. Enfim, leitura mais que recomendada! Ganhou cinco selos cabulosos.
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Literatura 16/10/2013

Quem nunca brincou de bruxa?
Eu acreditava que não gostava de livros juvenis, mas de uns tempos para cá tenho me rendido à liberdade de ler de tudo! As capas de alguns livros atreladas a uma boa diagramação têm me fascinado. E tal desempenho atinge principalmente o público jovem. Quando vi o livro Fábulas ao anoitecer de Georgette Silen (Giz editorial) imaginei logo que fosse um livro infanto-juvenil, mas a capa em sua perfeição foi o que me fascinou...




Sou professora e trabalho, no momento, com jovens de 11 e 12 anos, então preciso estar bem informada. E esse é um daqueles livros que fisgam professor e alunos, casamento perfeito! O terror e a fantasia aliados a seres fantásticos são o tempero mágico da obra. Eu digo que a autora foi feliz na escrita!

A leitura é rápida e direta por se tratar de contos curtos, e poucas horas li essa bela obra, mas as histórias perpetuam por dias na nossa cabeça. A sensação nostálgica foi forte, lembrei-me daquela brincadeira do copo que fazia com minhas amigas... E o desfecho de cada história é radiante.

Veja resenha completa no site:

site: http://www.literaturadecabeca.com.br/2013/10/resenha-fabulas-ao-anoitecer-quem-nunca.html
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C. Aguiar 27/04/2014

Eu já deveria ter feito essa resenha a algum tempo, mas antes tarde do que nunca!
Li esse livro ano passado quando fui a Bienal do Rio de Janeiro, por sinal achei a autora uma fofa e muito educada, inclusive sai de lá com o livro autografado.
Esse livro que por sinal tem uma capa linda (deveriam ver pessoalmente), vem recheado de histórias de fantasia que fazem o leitor ter um leque de possibilidades a sua frente, pois os contos descritos nesse livro são diversos e abrangem vários personagens fantásticos.
Cada conto tem sua particularidade, então resolvi citar alguns por aqui, mas só alguns para não estragar a surpresa na hora da leitura.
Temos o conto do Jack, um conto baseado na história do famoso Jack Esqueleto, aquele Jack descritos nas histórias de Halloween. Posso dizer que o mesmo envolve uma pitada de suspensa, magia e não é necessariamente assustado, mas tem "quê" de sombrio no mesmo, e ainda sim é um conto "feliz" porque o Jack tem um objetivo bonito no final das contas.

O conto que se intitula Uma Tragédia Quase Grega, é um dos meus favoritos! Aonde temos uma versão bem moderna que envolve mitologia Grega, que por sinal tem é uma das minhas paixões, apesar de não ser um conto com um desfecho incrível eu gostei dele.
E por último vou falar de um conto que para mim foi o mais sinistro de todos. A autora escreveu sua versão sobre A menina dos fósforos (que originalmente tem o título A pequena vendedora de fósforos e foi escrito por Hans Christian Andersen) essa versão foi para mim muito assustadora e fiquei um pouco nervosa ao ler, é de prender do inicio ao fim esse conto e tenho certeza que não irá decepcionar o leitor.
No mais é um livro rápido, legal e que vale para uma tarde rápida de leitura. Um livro com um tom de terror, uma pitada de mistérios e com lindas ilustrações no decorrer da leitura.
Recomendo!

site: http://www.seguindoocoelhobrancoo.com.br
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