Ana 24/11/2013
Quando peguei a sinopse desse livro, me cativei logo de cara. Arrependo-me de não ter lido alguma resenha antes, porque, na boa, o livro me decepcionou bastante. A orelha do livro passa toda uma expectativa de trazer alguma reflexão sobre a adolescência, diferente de muitos livros clichês que vemos por aí, mas não passa de uma tentativa de descrição de várias histórias cotidianas quaisquer.
O pior de tudo é que o livro não consegue nem ser clichê: a escrita de Moccia é confusa, meio embolada, como se a personagem principal tivesse contando alguma coisa e então começasse a acrescentar detalhes aleatoriamente, em razão de tê-los esquecidos quando começou a narrativa, e tudo é muito superficial.
O livro não é dividido em capítulos, mas sim em meses-Carolina conta tudo o que se passou nos últimos 12 meses de sua vida, mostrando ao leitor porque ela tomou a decisão de fazer a coisa que está prestes a fazer. Ela conhece um cara, a quem chama carinhosamente de Massi, mas perde qualquer tipo de possibilidade de fazer contato com ele. Então, vai vivendo sem muita pressa, se encontrando com vários garotos e Moccia foca muito nas descobertas amorosas de Carolina. Descobertas essas, aliás, que me deixaram surpresa! A personagem é muito saidinha pra idade dela.
Não abandonei o livro pela leitura ser fácil, embora meio cansativa. O único personagem de quem gostei foi o irmão de Carol, que ela chama de R.J. Ele sonha em ser um escritor, me identifiquei um pouco com ele.
Quando terminei o livro, senti como se ele não tivesse me acrescentado nada, o que me deixou muito triste. O final é bem previsível, nada surpreendente. Não posso deixar de dizer que a narrativa, ou a tradução, ou a revisão, (não sei de qual parte foi o erro) é péssima. Há muitos erros de português, outros de concordância, e isso desanima qualquer um. Não conhecia o trabalho do autor, apesar de gostar muito das sinopses de seus livros. Como é de se imaginar, estou como um pé atrás de ler qualquer outra coisa dele agora.