Bia Machado 06/06/2010Somando tudo, devo ter lido as cerca de 450 páginas do livro em poucas horas (umas 100 páginas por hora, no máximo). Não que eu tenha leitura dinâmica, mas o livro é que é dinâmico. Trata-se de um thriller policial. Nele, o Dr. Cross, policial e psicólogo (que já apareceu em "Na teia da Aranha", do mesmo autor) investiga a ação de dois (isso mesmo, não apenas um, mas dois) serial killers que matam moças bonitas e inteligentes, parecendo mesmo escolher a dedo suas vítimas. Um distante quilômetros do outro, mas incrivelmente próximos. E o pior: sua sobrinha é uma das vítimas (raptada, talvez morta) de um deles. Ou dos dois.
O ponto forte do livro, para mim, é a narração, que é eletrizante. Assim como acontece nos livros de Dan Brown, os capítulos são curtos, coisa de 3 páginas em sua maioria, passando dos 100 capítulos. Há a narração em 3ª pessoa, quando o Dr. Cross não está na cena e a narração em 1ª pessoa, quando o policial aparece. Mas não há como se perder por causa disso.
As cenas da ação dos assassinos em série são realmente aterrorizantes. Ler o livro me fez sentir como se eu estivesse assistindo a um filme desse gênero. Há até um certo clima de "who-dune-it?", pois não sabemos na maior parte do tempo quem são os assassinos. Eu quase acertei, rsss... Mas por culpa do autor, eu acho, porque ele não dá pistas suficientes pra isso. A intenção, pelo visto, não era que o leitor se empenhasse em descobrir a identidade verdadeira do Casanova ou do Cavalheiro Caller, apelido dos criminosos. A intenção clara era causar pânico, desespero em quem lesse o livro. E acho que isso ele conseguiu.
Para quem gosta do gênero policial pendendo mais para o thriller, não irá se decepcionar.