Gotas de leitura 28/06/2020
O amor nos tempos do cólera. Gabriel García Márquez. 1985.
“Bastou ao médico um interrogatório insidioso, primeiro a ele e depois a mãe para comprovar uma vez mais que os sintomas do amor são os mesmos do cólera.”
Alguns dos principais sintomas do cólera são diarreia, vômitos, dor abdominal e febre, levando o paciente a desidratação e, nas formas graves, a óbito. Esses sintomas nada românticos, são os mesmos do amor!
É com o realismo de García Márquez, nessa obra menos fantástico que no clássico Cem Anos de Solidão, que acompanhamos histórias de amor em tempos do cólera (doença) e da cólera (guerra).
Após receber o Prêmio Nobel e passar um ano sabático em Cartagena, Gabo começou a escrever esse livro tomando como ponto de partida a história de amor dos próprios pais. Um telegrafista que enfrenta a oposição do pai da moça e cria uma rede de comunicação para alcançar a amada.
Florentino Ariza é o telegrafista que consegue declarar seu amor a Fermina Daza, usando a rede de telégrafos e cartas apaixonadas. No momento que Fermina volta da viagem planejada pelo pai e revê Florentino, se dá conta que não corresponde ao amor dele. Casa-se então com Juvenal Urbino e fica com ele mais de 50 anos.
A duração do casamento de Fermina é a mesma da espera de Florentino. Ele, no entanto, preenche essa espera com muitos “amores”, alguns bem controversos.
Com a morte de Juvenal, surge outra possibilidade de viver esse amor interrompido na adolescência. Já idosos, Florentino e Fermina embarcam numa aventura de amor e cólera.
Mais um livro incrível de Gabriel García Márquez, com escrita profunda, poética e fantástica!
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