O céu é logo ali

O céu é logo ali Lilian Farias




Resenhas - O céu é logo ali


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Francine 07/05/2016

Mas o céu? Ah, o céu é logo ali... Está ao alcance das nossas escolhas.
Tive o prazer de ler O Céu é Logo Ali depois de ter o blog acolhido como parceiro da Lilian Farias. Já acompanhava o belo trabalho que a autora desenvolvia na defesa das minorias e, especialmente, das mulheres. Depois da leitura só posso dizer que, mesmo com minhas altas expectativas, a narrativa dela conseguiu me encantar desde as primeiras páginas!

Poético, irreverente, provocativo, dialógico e inédito... É assim que defino O Céu é Logo Ali. O primeiro diferencial a ser destacado é o estilo narrativo. Conhecido como fluxo de consciência, a técnica adotada pela autora envolve desnudar a subjetividade dos seus personagens incluindo nas entrelinhas suas próprias impressões pessoais. Eu gostei muito de ampliar meu ponto de vista sobre os fatos a partir do agradável diálogo da autora com seus leitores.

Mas qual é a história que encontramos n'O Céu é Logo Ali? Várias. A minha, a sua, a de todas as mulheres que já sonharam encontrar a felicidade. Conhecemos duas principais protagonistas: Dolores e Clarice. Ambas são tão diferentes uma da outra e, ao mesmo tempo, tão parecidas.

Dolores muito sofreu e pouco viveu. Não pôde aproveitar sua juventude, tampouco experimentar o doce sabor das paixões passageiras. Sozinha no mundo, precisou trabalhar desde cedo e recusar ao coração a alegria de sonhar. Dolores se sente presa, sufocada, talvez perdida... Ela nunca se permitiu fugir das responsabilidades ou do recato. Mas segue em frente, como todos fazemos quando não se pode sequer voltar. Podemos dizer que Dolores não se descobriu mulher.

Por outro lado, temos Clarice. Ah, doce Clarice. Bela, vivaz, sedutora e feliz Clarice. Uma jovem que, diferente de Dolores, se descobriu mulher muito antes de sê-lo. Descobriu os prazeres da vida e deles não se privava. Um olhar, um sorriso, e todos se cativavam. Sendo tão perfeita, não se permitia pertencer a ninguém. O problema? Numa vida sem grandes quedas, faltam também grandes profundidades. Clarice, tão querida e amada, era rasa. E quem poderia condená-la?

O livro não apresenta apenas Dolores e Clarice, mas outras mulheres e seus relacionamentos. Cada uma delas está numa fase peculiar, descobrindo-se em sua identidade. Lilian Farias não se contém em lhes impor dificuldades, mas a vida naturalmente também não o faz. Sentimos que tudo é possível durante a leitura.

A mensagem de O Céu é Logo Ali me tocou profundamente. Senti-me na pele de seus personagens. Vi-me presa em mim mesma, depois libertei-me de minhas próprias amarras. Não soube o que fazer com tamanha liberdade. Então, recuei. Abusei da beleza, achei que a vida estava ganha. Amei sob as estrelas e fui amada. Depois chorei. O coração partido pareceu-me insolúvel. Descobri, enfim, que nunca fui uma borboleta. Mas o céu? Ah, o céu é logo ali... Está ao alcance das nossas escolhas.

Como fragilidade aponto o que também se faz uma potencialidade: o excesso de poesia. A mesma linguagem poética que me fez encantar pela narrativa, também deixou aos leitores algumas lacunas. Entendo que a autora, experiente literata, não fez nada impensado. Considero que cada lacuna foi previamente planejada e, com liberdade poética, a autora não se prendeu à tradicional verossimilhança que esperamos da literatura. Infelizmente, a revisão apresentou falhas, o que não influencia a boa leitura e tampouco minha avaliação.

É uma excelente obra que recomendo para leitores sensíveis, capazes de se entregar às entrelinhas e ver seu próprio reflexo na humanidade de cada personagem.

Resenha postada no blog My Queen Side:

site: http://www.myqueenside.com.br/2016/05/resenha-145-o-ceu-e-logo-ali.html
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Reniére 21/04/2016

O Céu é Logo Ali, por Lilian Farias
Em um misto de poesia, filosofia e muito sentimentalismo, Lilian Farias apresenta aos seus leitores as vidas distintas de duas mulheres: Dolores e Clarice. A primeira, já com trinta anos e farta de sua vida de monotonia decide exteriorar seu eu feminino através da vaidade; a segunda, com uma vida perfeita e tudo o que qualquer pessoa poderia desejar, vê sua vida cair aos pedaços abruptamente. Ambas mostram faces de realidades diferentes de diversas mulheres do mundo e ensinam a quem lê que o viver vai muito além do ter e do desejar.

O livro de Lilian pode ser curto em suas cento e poucas páginas, mas seu conteúdo é extremamente denso. Não somente pela narrativa resbuscada e complicada que, confesso, em alguns momentos me fez reler alguns parágrafos, mas também pela carga emocional presente em sua obra. É possível perceber, através da leitura, o quanto de si Lilian depositou em suas palavras. Sua vivência de mulher, seus anseios, inseguranças e certezas.

Sendo muito sincera, O Céu é Logo Ali não foi uma leitura fácil de ser feita. Isso porque a história não é de compreendimento imediato, as intenções de Lilian para com os caminhos de suas personagens, bem como a mensagem que pretende passar, só são inteiramente entendidas e interiorizadas através de uma leitura cautelosa. A autora exige que você pare um pouco, respire e desfrute de seus escritos.

Um livro tocante, belíssimo e muito profundo que eu certamente indico aos leitores menos apressados em ser capturado pelo enredo logo a princípio.

site: www.palavrasradioativas.com
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@ARaphaDoEqualize 19/01/2012

[Resenha] Encontros para Liberdade
RESENHA ESCRITA PARA O BLOGhttp://equalizedaleitura.blogspot.com PROIBIDA COPIA TOTAL OU PARCIAL.

Eu recebi o livro em parceria com a autora Lilian Farias.

Na leitura rápida de Encontros para Liberdade, vamos conhecer a vida de duas personagens: Clarisse e Dolores. Ao longo da narrativa vamos descobrir o que elas duas tem em comum apesar de nunca terem se conhecido e de suas diferenças: uma tem tudo o que deseja, um marido, uma família, riquezas. A outra trabalha e recebe pouco, não tem pessoas a elogiando em todos os momentos e não acha que seja a mais bela das mulheres. Uma é totalmente feliz com a vida, a outra procura melhorar. Clarisse sabe que com o seu charme e inteligência poderá conseguir tudo de qualquer pessoa. Dolores utiliza da sua humildade e simplicidade para conquistar as pessoas ao seu redor. As alegrias, tristezas, frustrações, desejos, sonhos que vão levar apenas a um dos sentimentos que as duas procuram infinitamente: a liberdade.

Seu coração era frágil, as agressões já lhe tinham sido muitas, mas ela continuava viva e ninguém se importava. Tudo aquilo parecia parte de um mundo no qual Dolores não cabia, uma imensidão proposital e infinita. Os dias e noites eram infinitos, toda a cidade ‘era’ e ela não sabia ‘ser’. Ninguém saberia se ela seria um dia.


A Lilian escreve com uma sutileza de palavras que chega a ser poético. Elas são tem bem escolhidas e se encaixam perfeitamente no contexto, fluem com facilidade, dando a leitura não apenas palavras e uma história para absolver, mas também sentimentos para serem buscados e sentidos. É lindo, por que essa liberdade que as personagens procuram se assemelha a liberdade que tem as borboletas, uma metáfora tão bem introduzida no contexto da história (e de singular importância!). E a Lili não mistura apenas os dois opostos que são as personagens centrais: ela traz outros temas bem humanos como a dor da perda, o relacionamento entre as famílias e a importância da mesma, o ser e o estar, o fazer e o deixar, o querer e o amadurecer.

Um livro maduro, com uma história muito bem escrita. Que supera a imaginação de quem pensa que já leu algo realmente belo. Os significados desse livro só serão impressos em cada um que ler, com significados diferentes para cada pessoa. É único. A Lilian é uma autora distinta em sua escrita, já que esse texto é tão impregnado de sentimentos quanto estamos acostumados a ler.

Tem a diagramação simples, mas não vi nenhum erro de digitação ou concordância. Eu apenas sugeriria outra capa, uma que dissesse mais a respeito da própria história, que é rica e poderia ser mais explorada nesse sentido.
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Driely Meira 02/04/2016

O céu é logo ali
Dolores é uma mulher solitária, sem família, sem hobbies, sem sonhos a serem alcançados, e seu único amigo é um rapaz esquizofrênico que pensa que ela é a sua esposa. Mas ela sente uma necessidade muito grande de liberdade, e, aos poucos, ela vai descobrindo pequenas coisas que a fazem demasiadamente feliz, como pingos de chuva, e o sentimento de ser livre.

Conhecemos também Clarice, uma mulher que sempre tivera tudo: notas altas, um namorado perfeito que os pais apoiavam, era amada por todos e conseguia realizar todos os seus caprichos com um sorriso. Mas a vida lhe deu uma rasteira, e, agora, ela não sente vontade de viver, tudo o que quer, é a liberdade de ir embora.

Nos olhos, não encontrávamos mais tempestade, só esperança. Ergueu-se, abanou para o amigo, virou as costas e, em doce gargalhada, sentiu-se borboleta. página 17

Duas mulheres totalmente diferentes, mas com um desejo em comum. Ambas querem ser livres, ambas querem abrir as asas e voar para longe, onde poderão, finalmente, ser quem são.
As histórias são contadas simultaneamente, e, ao mesmo tempo em que vai nos apresentando Clarice e Dolores, a autora também menciona e conta sobre os personagens secundários, pais, amigos, namorado, etc. Gostei disso, a autora não focou só nas protagonistas, mas deu um espacinho para as pessoas ao redor delas também. Mas achei que isso ficou um pouco confuso, pois numa hora estávamos acompanhando Dolores, e, então, sem aviso nenhum, já estávamos em outro lugar, com outro personagem.

Que bom que ainda restam os sonhos. página 82

Outra coisa que também me incomodou foram os erros, não sei se de revisão, mas eles estavam lá. Eram pequenos, mas não foram um ou dois, foram vários, e isso me incomodou. Não chegou a atrapalhar muito a leitura, até porque o livro (infelizmente MESMO!) é pequeno, mas achei que era necessário mencionar.

A escrita da autora é poética, é suave e nos faz refletir com as metáforas e figuras de linguagem que usa, e eu, por mais que não seja muito fã de escritas assim, gostei bastante do que encontrei aqui. Mas eu só consegui gostar dos personagens (de todos) no final, nas últimas páginas, para ser mais precisa, então fiquei decepcionada quando o livro acabou *-* queria muito que ele fosse maior...hehe

Morra e ressuscite. Esse é o seu caminho. Essa é a sua história. página 18

O que eu mais gostei no livro foi o final, apesar de eu ter ficado um pouquinho confusa de início, mas logo o entendi. Acho que não havia jeito melhor de finalizar o livro, e adorei o jeito que a autora fechou a história. Gostei mesmo.

Enfim, é isso. O livro é muito bom, mas faltou bastante para ele se tornar um favorito, porém, é uma obra que eu recomendo aos amantes de uma boa poesia, e de uma história libertadora.


site: http://shakedepalavras.blogspot.com.br
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Fernanda @condutaliteraria 02/04/2016

Poético!
"Quem interrompe o processo de metamorfose, deixa uma borboleta sem asas."

O céu é logo ali narra a história de duas mulheres em busca da liberdade, um livro curto, mas muito intenso!

Dolores é uma jovem batalhadora que sempre se fechou para o mundo e nunca aproveitou o que a vida lhe ofereceu. Até que um dia, dá seu basta e resolve mostrar ao mundo do que é capaz e de se deixar apaixonar.

"Agora é hora de voar. Ninguém segura uma borboleta pronta para o seu primeiro voo. Ninguém cala uma voz que foi sufocada e que está pronta para o primeiro grito."

Clarice, o oposto de Dolores, sempre foi uma jovem expansiva, a garota perfeita, que sempre aproveitou tudo que pode da vida, até que seu mundo desmorona após um acidente.

As histórias das duas se encontram em algum momento nos presenteando com um enredo envolvente e profundo. A trama é desenvolvida de forma rápida, porém muito bem trabalhada.

"O coração de uma mulher nunca deveria deixar de ser menina."

O livro me surpreendeu muito. Não achei que em tão poucas páginas fosse sentir tantas emoções.

Lílian é poética, escreve com a alma e consegue passar uma mensagem que mexe com a gente, você sente como se a história fosse a sua história. Como se a transformação das personagens, o descobrir-se e a busca pela liberdade fossem seus. O seu recomeço!

A capa do livro é muito delicada e perfeita! Não encontrei nenhum erro durante a leitura.

Escrever uma resenha para O céu é logo ali não foi fácil. Ele tem que ser lido e sentido!

Fiquei apaixonada pela escrita da Lílian e com certeza quero conhecer outras obras da autora.

Leitura mais que recomendada!!
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Michelle Trevisani 09/02/2016

Leve
"Quem interrompe o processo de metamorfose, deixa uma borboleta sem asas".

O livro, O Céu é Logo Ali da Lilian Freitas não é um livro que agradará a todos. É um livro diferente, intercala duas histórias, mas que se mesclam no final. Alguns trechos são bem reflexivos, e traz assuntos de nosso cotidiano como perda, o que há depois da perda, perdemos apenas pessoas ou também perdemos quando não colocamos sentimentos nas coisas? também nos perdemos de nós mesmos e muitas vezes deixamos o sonho escapar por medo. Um livro profundo e de leitura leve. Um tanto poético, um tanto questionador, mexe com nossa zona de conforto. Livre - como um bater de asas de borboleta.

"Quem criou as gaiolas vendeu a própria alma, quem se submete a uma gaiola não possui alma."
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Paula Juliana 27/10/2014

Resenha: O céu é logo ali - Encontros para liberdade - Lilian Farias

''Deduziu que todas as palavras de sua vida nunca foram desprovidas de sentimentos! Que nunca encontrou um grito sem resposta! Que o silencio também é um grito! Que todas as vezes que remou contra a maré, a maré a guiava! Que para o erro não existia justificativa, mas que todo erro era proposital a um acerto! Que a saudade doía, mas que pertencia aos bons! Que a noite é bela e profunda, e que o dia brilha para todos! Que todo suicida é louco! Que a vida é curta! Que os poetas interpretam a sabedoria divina!''

A sutileza. A poesia. As palavras. Os sentimentos. As metáforas. Dor, perda, família, relações. Se conhecer. Se encontrar.
A Obra O céu é logo ali - Encontros para liberdade, da autora, Lilian Farias, fala sobre isso e muito mais. Aproveitar e viver intensamente o aqui e o agora. Se descobrir. Se transformar. Se libertar das nossas próprias gaiolas.
Ser podada. E Passar por dificuldades para assim achar a força que há em si mesma.
Se sentir Borboleta, isso é: Se sentir livre. LIBERDADE! Seja fiel a você e seus princípios! Se transforme!

O livro é um tremendo show e um tapa na cara. Talvez não vá agradar a todos, ele tem que ser lido de coração aberto, e é feito não exatamente para ser entendido, mas sim, sentido! Sentir cada palavra e linha!
Duas mulheres que fizeram o caminho inverso na jornada de suas vidas, e no fim, mesmo com as trajetórias e destinos totalmente diferentes, o resultado foi a transformação e a liberdade.

'' O coração de uma mulher nunca deveria deixar de ser menina.''

Dolores é uma mulher solteira, solitária, sem família, poucos amigos, misteriosa e fechada no seu próprio mundo, mas um pessoa boa e alegre.
Nela é personificado a alegria e a magia do ser feliz com as pequenas coisas, só o ato de sair e sentir o vento na sua pele, desligar totalmente ao ouvir o som de uma canção, esquecer onde está, lembrar e sorrir sozinha. Dolores é uma personagem linda. Eu simplesmente me vi um pouco dentro dela.

Dolores não se enxergava. E ninguém mais olhava para ela. Ela se anulava e nem percebia.
Dolores se olhou no espelho! E acordou dentro de si mesma! Uma transformação de dentro para fora!

''Será que eu fechei todas as janelas para o mundo? - murmurou Dolores. - O que está acontecendo? O que eu fiz comigo? (...)
Uma mulher não se acaba. Não entrega as cartas antes do fim do jogo. Ela tinha brasa de desejo, só não sabia onde escondeu. Agora que as águas ascenderam a paixão da vida, a festa era certa. As portas foram abertas. As verdades rasgadas e queimadas. A dança da mulher subversiva deu as caras.''

Clarice é uma mulher de boa família, inteligente, linda e vaidosa.
Amada, cobiçada e invejada por todos. Mimada. Tinha o mundo em suas mãos.
Porém, tudo acaba! Nada é para sempre! Uma tragédia leva o amor de Clarice, leva seus movimentos, duas vidas e sua vontade de viver!

''As borboletas são as almas dos mortos que aguardam a passagem pelo purgatório.''

Dolores acorda para a vida. E Clarice prefere o mundo dos sonhos.
A dualidade sonho e realidade. As verdades e mentiras.
O que criamos dentro de nós e para nós, é uma verdades absoluta, ou um sonho idealizado?
Morrer vivendo? Ou viver morrendo?
Morrer e ressuscitar é uma das belas metáforas empregadas na obra. Falando em metáforas, o livro é repleto, ele é rico, é subjetivo, é reflexivo, é para se perder nas interpretações e mensagens da história.

Entre os secundários, queria dar destaque a Clementino, o amigo que tem esquizofrenia de Dolores. Ele é um apaixonado pela vida, mesmo que viva em seu próprio mundo, afastado da realidade, vivendo em seus próprios filmes, suas próprias histórias, ingenuo, verdadeiro, ''morto nos mundos dos vivos''. E eu me pergunto quantas pessoas não vivem assim? Será que são felizes? Será que é mais fácil? A realidade muitas vezes machuca tanto! Clementino foi uma peça chave na história!

Fiquei tocada com o pai de Clarice, contando histórias, dando sonhos de presente para a filha.'' Todas as pessoas seriam suas. Todas as pessoas seriam ela.'' Fiquei encantada com o homem sem nome de Dolores, que deu valor a beleza da moça, que soube olha-la pela primeira vez, que parou e escutou o que a mulher/menina/sonhadora Dolores tinha para dizer. E ela tinha muito a dizer!

A escrita da autora é simplesmente linda. O livro é rápido, é direto, é interpretativo, faz você pensar, durante e depois da leitura. Ontem eu coloquei a cabeça no travesseiro, e foi a lição dessa obra que imundou meus pensamentos, fiquei pensando nas personagens, nas principais e nos secundários, em como um livro que apesar das poucas páginas pode dizer tanto, pensei no final, e em como me surpreendeu, fiquei em dúvidas se entendi bem, ou se li de uma forma própria. Por fim parece que deixamos de ser leitores e viramos personagens. Eles são tão reais, e seus sentimentos e ações tão verdadeiras que me deu uma louca vontade de viver intensamente a minha vida depois da leitura. Ser borboleta!

Em O Céu é logo ali, Lilian Farias mostra como abrir a janela, a alma e o coração, abrir o casulo. Simplesmente viver e ''ser'' você na sua essência, aprendendo a importância de se perdoar no caminho! Um história linda de transformação e liberdade que me arrancou lágrimas e apertou meu coração em várias partes do enredo!
Morte, vida, casamentos, recomeços, voar, sentir, BORBOLETAR... Ser LIVRE!

''Não dá para morrer agora: preciso domar um cavalo; tocar piano para uma plateia lotada; viajar para o outro lado do mundo; ser entrevistada por Marília Gabriela; escrever um livro. Disseram que eu poderia ser feliz! Não dá para morrer agora: preciso catalogar todas as espécies de borboletas existentes; matar um dragão; inventar uma receita inusitada; ser dançarina; posar para fotos de família. Disseram que eu podia ser feliz! Não dá para morrer agora: preciso compor a minha música; correr em direção ao além; achar o pote de ouro do arco-íris, morar em uma casa de biscoitos; ser rainha de alguma coisa; escrever poesias. Disseram que eu podia ser feliz! Não dá para morrer agora: preciso nadar no rio; nadar no mar; quebrar o braço; correr pelada; morrer de amores; ser amada; contar histórias. Disseram que eu podia ser feliz!''

Paula Juliana

site: http://overdoselite.blogspot.com.br/
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Priscila 22/09/2014

Diferente e reflexivo
No livro conhecemos personagens com histórias distintas: Dolores, que perdeu a família e vive sozinha, num trabalho normal, com uma vida normal e sem muito brilho. E Clarice, seu oposto, com uma família que a ama, mimada toda a vida, amada por tudo e todos e brilho é o que não faltava a ela. A única coisa que tinham em comum era a vontade de transformação, a liberdade.

"Quem criou as gaiolas vendeu a própria alma, quem se submete a uma gaiola não possui alma."

Esse desejo não estava com elas desde o início. Dolores ansiava por mudança e começou saindo do trabalho mais cedo, soltando o cabelo, ousando comprar uma roupa mais cara e conhecer alguém especial. Clarice só sentiu essa vontade após sua vida mudar e perder tudo o que mais amava.

Eu poderia dizer que uma começou no casulo até virar borboleta (muito citada no livro), e a outra, que era borboleta, fez o sentido contrário, mas que torna a sair do casulo novamente... Seria possível uma borboleta se fechar num casulo e virar borboleta de novo? Aposto que vocês estão pensando: "Então ela era uma lagarta e não borboleta", mas digo que Clarice era tão fantástica que lagarta fica sendo pouco pra ela.

"Quem interrompe o processo de metamorfose, deixa uma borboleta sem asas."

O livro é bem filosófico, é feito para refletir, não há como negar! Lilian te instiga a pensar e dizer se concorda. A história é muito bonita e a mensagem mais linda ainda.

No início eu tive uma certa dificuldade para entrar no ritmo da leitura. O fato dela te fazer raciocinar e escrever de forma um pouco diferente do que estou acostumada, me deixaram um pouco "fora da zona de conforto", mas com o passar de páginas você se acostuma.

Ele é bom e recomendo a quem gosta de refletir e conhecer belas histórias. Que tal sair um pouco da "zona de conforto" e conhecer coisas novas?! Eu adorei a experiência!


site: http://soueupri.blogspot.com.br/
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Arca Literária 23/03/2014

O céu é logo ali
“O céu é logo ali” se desenvolve em um turbilhão de sentimentos, em facetas representadas por duas personagens e o que as cercam, com desejos, sonhos, lembranças, descobertas e inquietações marcando um encontro em que histórias paralelas se unem pelo mesmo ideal: liberdade! Mas, o que é a liberdade? O que aprisionava Dolores e Clarice para que o encontro pudesse salvar suas almas encarceradas? Ao adentrarmos nos mundos distintos dessas duas jovens, mergulhamos numa profusa miscigenação de anseios, lutas, estratégias de sobrevivência. A história de duas mulheres que unidas pelo destino resolvem aflorar todo fluxo de sobrevivência do “ser”, do corpo, da alma, da mente, que advém quando se é permitido ser livre. Liberdade, essa, assemelhada a quem saboreia o vôo das borboletas.

Mais um livro de book tour, o Céu é logo ali é simples, meigo, um livro para se refletir.

Depois de ler duas vezes, sim duas, ele é fino 120 páginas, fiquei com um aperto no peito. A história é linda, de duas mulheres: Dolores é uma mulher mais velha, sem recursos, sem amigos e Clarice é mais nova, mimada, cheia de tudo. Mulheres de vidas opostas que só querem uma coisa, liberdade.

A autora escreve lindamente como se cada palavra formasse uma parte de uma linda dança. Eu fiquei completamente apaixonada pelo livro. Pena ter que colocar de volta no book tour (risos)

Super recomendo para pessoas que não tem medo da busca da liberdade, da felicidade sem amarras.

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Resenha desenvolvida por Daniele Cabral, resenhista do Arca Literária e do Blog Estante do Manuel

site: http://estantedomanuel.blogspot.com.br/
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Paola 03/03/2014

O livro conta a história de Clarice e Dolores, mulheres que estão em busca de liberdade. São histórias distintas, mas que tem algo em comum: o desejo de transformação!

A autora escrever com muita intensidade! Todas as palavras usadas foram de forma única, singular, ímpar!! Ela mostra nessas páginas como o processo de transformação em muitos momentos é algo doloroso. Pois para mudarmos temos que sair da nossa zona de conforto. Precisamos fazer o processo da borboleta... Ficarmos em um casulo e depois batermos asas para a liberdade tão aguardada!

A transformação exige mudanças. Mudanças estas que em muitos momentos não estamos prontos para encarar. E é exatamente isso que a autora mostra nas histórias de Clarice e Dolores.

É uma leitura reflexiva... Um livro para se pensar em seus próprios paradigmas. Afinal o que vale a pena quando o assunto é querer ser livre? Vale pensar na opinião das pessoas? Vale manter preconceitos? Ou simplesmente deixar levar-se pelo momento?

São questões que me veio a mente e que tenho certeza que vocês farão as mesmas perguntas! Um livro que deve ser apreciado de modo leve!

Parabéns a Lilian pelo belo livro!
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Fernanda 13/02/2014

Resenha O Céu é Logo Ali
Olá!

Leitores, hoje trago a resenha do livro O Céu é Logo Ali de nossa parceira Lilian Farias.

Simples, mas cheio de conselhos e ideias, para uma vida cheia de liberdade. Neste livro o que representa a liberdade são as borboletas.
Dolores e Clarice são mulheres que buscam tal liberdade.

Dolores é uma mulher de muitas experiências, de vida simples e sem amigos. O único que possui é esquizofrênico e a trata com muito carinho.


Clarice é cheia de mimos e sempre teve de tudo, mas o que as liga são suas tribulações de sentimentos e busca por liberdade.

Dolores fica encantada com o mais simples dos gestos, um pingo de chuva sobre sua pele faz dela a pessoa mais feliz e livre do mundo. Já Clarice tem a vida dos sonhos, mas o destino pode destruí-lo com rapidez.

O livro da Lilian é profundo e tocante. Ele nos mostra que devemos aproveitar o momento porque tudo pode acabar em um piscar de olhos.


site: http://fernandabizerra.blogspot.com.br/
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GianiPlata 26/01/2014

O CÉU É LOGO ALI - Lilian Farias
Olá!

Essa semana viajei nas asas de uma borboleta que me mostrou de perto a história de duas mulheres que viveram a mesma história, mas ao contrário.

De um lado, Clarice, moça jovem e bonita que sempre aproveitou todas as oportunidades que a vida lhe deu!
De outro, Dolores, uma mulher madura que sempre esteve fechada em seu casulo e acabou deixando a vida passar sem ser notada.

A história das duas é contada em poucas páginas na forma de poesia. Não sou fã de poesias, mas a Lili escreve de uma maneira tão doce e simples que é impossível não se emocionar com as lutas, perdas e vitórias das personagens.

A autora nos mostra desde a alegria do nascimento até a libertação que a morte pode proporcionar, e também vice e versa.

A história dessas duas mulheres nos ensina que não devemos desistir de nossas vidas, mesmo quando nada mais parece importar. Mesmo que nossa perda tenha sido monstruosa, não estamos sozinhos, existem pessoas que se machucam com nossa dor.

Não sei como falar sobre um livro de poesia, pois ela tem uma ideia fixa, mas sua interpretação depende do estado de espírito de quem a lê.

Recomendo essa leitura para aqueles que precisam de um momento para refletir sobre suas vidas.

Beijokinhas Poéticas da Giii

site: http://aestranhaestantedagi.blogspot.com.br/
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Caroline 04/12/2013

Muito bom!
Bom dia leitores.

Hoje trago a resenha do livro da escritora nacional Lilian Farias, O Céu é logo ali. Eu conheci a autora na Bienal do Livro aqui na Bahia, e logo depois comprei o ebook, fiquei interessada no livro.

O céu é logo ali trata da vida de duas mulheres paralelamente. Uma dessas mulheres "tem tudo" e "não tem nada" e a outra, "não tem nada" mas "tem tudo". Confuso? Um pouco para aqueles que não captam o teor altamente filosófico do livro. Se você captar ficará maravilhada como eu.

Dolores é uma mulher madura, cuja a aparência o tempo já castigara; sem família, e trabalha numa lanchonete. É necessariamente sozinha, não tem amigos, a não ser que possa ser considerado como amigo um assíduo freguês esquizofrênico. Não, ela é totalmente sozinha. Mas algo que a Dolores sempre apreciou fora a liberdade. Liberdade essa que ela apreciava nos mínimos detalhes. Ela é o tipo de pessoa que fica encantada e extasiada com o simples toque da chuva em sua pele; que gira em torno de si esperando poder intensificar as sensações de ser livre, de poder contemplar tal acontecimento de forma sublime. Mas a Dolores sentia falta de ter alguém; sua realidade começa a mudar após um dia aparentemente comum nessa mesma lanchonete a que se dedicava diariamente.

Do outro lado, temos a Clarice, uma jovem "perfeita" aos olhos de qualquer pessoa, detentora de uma beleza estonteante de causar inveja a qualquer mulher. Sempre teve tudo do bom e do melhor e os pais sempre a trataram como rainha. O melhor carro, as melhores roupas, popularidade, o namorado dos sonhos, estava prestes a realizar um sonho, o de sedimentar o seu conto de fadas, que era basicamente a sua vida por completo, até que essa mesma Vida ou o Destino se imcumbe de trazê-la a realidade. Afinal a própria biblia fala " No mundo terei aflições..." (João 16:33), com ela não seria diferente, mas Clarice só descobriu isso quando sentiu na própria pele.

"...Que para o erro não existia justificativa, mas que todo erro era proposital a um acerto...".

"...caminho do fracasso segue o da vitória, por isso nunca devemos baixar a guarda imaginando que vencemos a batalha..."

"...Quem não se transforma, massacra e assassina a própria sorte..."

" Quem interrompe o processo de metamorfose, deixa uma borboleta sem asas".


Minhas impressões:

Me surpreendi com esse livro. Não esperava ser tão profundo como ele é. Não conhecia a escrita da autora mas posso dizer que gostei bastante. O céu é logo ali aborda várias coisas, mas o tema principal é a liberdade.
Quantas vezes vemos pessoas que vivem em "seus mundos perfeitos" que de perfeição não tem nada pois no primeiro tremor suas vidas se esvaem como água.
Todos nós necessitamos passar por tribulações na vida, porque é justamente nesses momentos que encontramos respostas, que crescemos e que podemos compreender o mundo como um todo. Você não pode sentir a dor do outro se não tiver sentido essa mesma dor, você não saberá lidar com problemas se não conviver com eles. Você não terá capacidade de escolher se não for inserido em situações que exijam tal comportamento.

Como a Lilian citou no evento Mochila Literária na Bienal, a capa do livro, que por sinal é belíssima, mostra o final do livro na verdade. Momento em que "essas" mulheres puderam então gozar da liberdade, sentiram o sabor verdadeiro da vida. Ele trata de como, por exemplo, a vida das pessoas muitas vezes estão conectadas por laços tão frágeis; como temos a capacidade de se auto superar; como as adversidades são capazes de construir o ser humano.

Super recomendo esse livro, ele nos faz refletir bastante.

site: blogandolinhas.blogspot.com.br
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Poesia na Alma 07/09/2013

O céu é logo ali
Compre na livraria Cultura: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=42138958
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Anna de Leão 19/02/2012

Encontros para Liberdade
“ O coração de uma mulher nunca deveria deixar de ser menina.” (pg. 52)

Como me identifiquei com esta frase do livro Encontros para Liberdade, de Lilian Farias! O livro é forte, sofrido e muito poético. A autora mostra que sabe escrever e que tem um estilo próprio.

A obra conta a hisória de duas mulheres ligadas por um destino bem peculiar. Uma é praticamente o oposto da outra, mas mesmo assim com muitas coisas em comum, talvez a própria essência feminina, que permeia toda mulher, mesmo que esta não tenha consciência dela. Lilian retrata o ser mulher de uma forma bem profunda o que inegavelmente enaltece a sua trama.
“ Foram para um motel. Quem diria, Dolores em um motel? Ela estava se sentindo uma prostituta, adorou a sensação, queria saber tudo o que elas sabiam, o mais rápido possível, queria todos os segredos de mulheres. Não compreendia porque via as prostitutas com caras tão tristes, mas isso era muito para a sua mente limitada compreender...” (pg.79)

A autora ousa na narrativa em que escolheu fazendo um paralelo da vida das duas protagonistas. Vai ao passado, volta ao presente, narra trajetórias de vários personagens em capítulos específicos. Mas Lilian ousa mais ainda quando em um mesmo capítulo mistura as passagens das personagens . Mesmo assim, o tempo todo parece que as duas histórias nunca irão se encontrar, mas Lilian dá o xeque-mate no leitor com um final surpreendente e instigante, que ao meu ver enriquece de maneira sublime a obra.

“Quem criou as gaiolas vendeu a própria alma, quem se submete a uma gaiola não possui alma. Os caminhos podem parecer estranhos, mas são o batismo do homem para consigo, calar-se para si é suicídio mórbido e gradual, que pode ser abruptamente corrigido quando nos permitimos “ser”. E para “ser” é necessário, cá dentro, o perdão contínuo por tudo que deixamos de fazer.”(pg. 67)


Um livro sensível, bem cuidado e profundo!

Resenha por Anna Leão
http://blogdarainhadafloresta.blogspot.com
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