Resenhas - Bola de Sebo

cristophxavier 23/02/2024

França 1870.
Ótima leitura. O autor transforma em tema literário a guerra entre a França e a Prússia, 1870, denunciando o absurdo da guerra.

VitAria1313 26/05/2024

Magnífico e genial:
Amanhã vou tratar do conto com os meus alunos do ensino-médio, estou animada para conferir as leituras de cada um. Para mim,este conto é genial. Tem muitas muitas camadas e a escrita é elegantérrima.

Kelly02844 02/06/2024

Maravilhoso
"Bola de Sebo," de Guy de Maupassant, é um conto que explora a hipocrisia e a moralidade da sociedade francesa durante a Guerra Franco-Prussiana. A história segue uma prostituta, apelidada de Bola de Sebo, que inicialmente é desprezada pelos outros passageiros de uma diligência, mas se torna uma heroína quando sacrifica sua dignidade para garantir a segurança do grupo. Maupassant critica a superficialidade e o egoísmo da burguesia, destacando a complexidade das relações humanas e a injustiça social.

ErranteLiterári 01/02/2013

Henry René Albert Guy de Maupassant nasceu em 1850 na comuna francesa de Fécamp, na Alta-Normandia/França. Com saúde debilitada, morreu aos 43 anos, em um manicômio por conta de problemas relacionados com a sífilis.

Amigo de Gustave Flaubert, Maupassant deixou uma vasta obra com romances, novelas, peças de teatro e mais de trezentos contos, dos quais destaca-se Bola de Sebo, um dos mais famosos. Com escrita fluida e agradável, Maupassant agrupa em suas obras intrincadas situações psicológicas e ferrenha crítica social.

O conto Bola de Sebo se passa durante a guerra franco-prussiana, enquanto dez moradores da cidade francesa de Rouen tentam fugir do exército invasor. Bola de Sebo também é o apelido dado à personagem principal, uma prostituta cujo nome verdadeiro é Elisabeth Rousset, e que, por conta do acaso, acaba em uma diligência dividindo espaço com comerciantes, burgueses, nobres, políticos e irmãs religiosas.

A história apresenta uma trama de intriga, distorção da realidade, bondade e egoísmo, em que os personagens representam os membros da sociedade e a batalha moral entre os mais fortes e os mais fracos.

Para aqueles que gostam de bons contos e são curiosos em relação à obra de Maupassant, Bola de Sebo é um ótimo começo!

Enfim... recomendado!

BLOG: http://oerranteliterario.blogspot.com.br

http://oerranteliterario.blogspot.com.br/2013/01/bola-de-sebo-guy-de-maupassant.html

Fernando 08/10/2015

Belo retrato.
O cenário descrito por Maupassant é aterrador. Desde os primeiros parágrafos, já mostra como está esfacelada aquela França sob jugo inimigo. Os soldados esfarrapados, os oficiais --em sua maioria reservistas-- completamente desajustados à sua nova condição, os comerciantes impedidos de realizar seu serviço por conta da situação. Então, o autor deslinda as relações travadas entre os invasores e a população da cidade, estes obrigados a receber, abrigar e até alimentar os ocupantes prussianos. Este ambiente opressivo é o ponto de partida do conto e, por sua natureza, repele os protagonistas que fogem rumo a outras paragens menos desgraçadas. Então, revela-se a personagem que dá nome ao texto: Elisabeth Rousset, ou Bola de Sebo. A moça, rechonchuda e erótica é descriminada pelos demais viajantes devido sua profissão ser muito antiga... Porém, os soberbos invadidos e fujões acabam por desistir da sua atitude quando a fome aperta e só a prostituta se precaveu com uma carga de comida e bebida. Por conta do tempo, eles param numa estalagem, mas lá há um alemão que os impede de seguir viagem. A condição de liberá-los é que Bola de Sebo transe com ele. Daí, é que o problema do conto é apresentado aos leitores. Pois, a senhorita Elisabeth não quer se submeter... meter... ao inimigo, mas o respeito angariado dias antes junto aos companheiros de viagem vai esvanecendo, eles usam de vários subterfúgios para convencê-la a se foder pelo grupo, literalmente. No dia seguinte nenhum dos alforriados lhe dirige a palavra, ou lhe oferece comida e nem mesmo agradece o seu gesto abnegado. A moral da história seria: Não espere nada de ninguém.

Aécio de Paula 16/04/2019

Bola de Sebo - Guy de Maupassant
Soldados prussianos impedem uma diligência de franceses de passar adiante. Para continuar a viagem, o tenente que satisfazer um capricho que é transar com uma prostituta, a Élisabeth Rousset, apelidada de Bola de Sebo por ser gorda. Ela se recusa. Daí começa a tramoia e os incentivos irônicos dos outros passageiros para ela aceitar, pois todos precisam urgentemente sair daquele lugar perigoso. ( Você já é uma prostituta, o que que tem!) Ela continua a recusar, para o ódio e o desespero dos viajantes que temem serem presos ali. O livro é bom, mostra como as pessoas são falsas em querer satisfazer apenas os seus interesses.

Isa 04/03/2021

Um conto impressionante sobre generosidade, hipocrisia e crueldade. Ele é a inspiração para a música "Geni e o zepelim" e depois de ler o conto, posso dizer que gosto ainda mais da música.

Gabriela.Galski 30/04/2021

Um conto solicitado para a aula de literatura... Achei interessante a ideia transmitida e fiquei fervendo de raiva com o final.
Porém não é o meu tipo de livro.

abibliotecadamica 09/09/2023

Excelente.
Durante a Guerra Franco-Prussiana, uma diligência repleta de burgueses da cidade francesa de Rouen inicia uma jornada para fugir dos invasores. Entre eles está Bola de sebo, uma prostituta assim apelidada por causa de suas curvas. Desnecessário narrar que os personagens obrigados a partilhar o espaço com a moça inicialmente não foram muito gentis com ela; até que o carro, preso na neve, não consegue mais avançar e percebem que a jovem é a única que possui uma cesta cheia de alimentos. Famintos, os soberbos fujões se aproveitam de sua generosidade.
Após, tendo em vista o péssimo tempo, acabam presos durante a noite em uma estalagem, e o oficial prussiano de plantão exige dividir a cama com Bola de sebo para deixar o carro partir; solicitação que ela recusa, para desespero desses companheiros de viagem. O grupo, então, a incita a ceder à chantagem sexual do prussiano, que mantém a diligência como refém.
Um pequeno clássico naturalista de leitura rápida, que demonstra claramente a sociedade de classes e a misoginia da época (ou de todas as épocas, não é mesmo?). Com diálogos memoráveis, Maupassant retrata a hipocrisia e covardia humana. É preciso ter o coração muito duro para não sofrer as últimas páginas junto com a protagonista. Leitura imperdível.