Terra Ardente

Terra Ardente Janice Diniz




Resenhas - Terra Ardente


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Luh Figueiredos 30/12/2012

[Resenha] Terra Ardente By Biblioteca da Luh
Resenha…

“Como começar a escrever sobre Terra Ardente?”

Fiquei um dia inteiro pensando na resposta desta pergunta… E gente eu só consegui chegar a conclusão de que este é um livro ótimo!

Nos mostra a história de algumas pessoas que vivem na pequena cidade de Matarana. E que cidade heim gente… O título do livro e a capa tem tudo haver com a história.

Adorei as tramas que a autora colocou no decorrer da historia, amei a sensação de não saber o que esperar na próxima página porque praticamente nada é previsível, não tem nada na historia dos personagens e do próprio livro que vá te lembrar outro, ou outra autora e coisa assim. E querendo ou não isso é maravilhoso.

E não posso deixar de falar dos personagens… Tenho que compartilhar um pouquinho deles com vocês para que assim possam se deliciar, como eu com a historia de cada um deles.

E vamos começar pela Karen Lisboa, mãe de um adolescente de 15 anos, Jhony que é um fofo, e também neta da Dona Ninita, uma senhorinha bem namoradeira. Karen é conhecida na cidade como a “Vaca Louca” porque é o que ela é, o lema dela é sobreviver, pois ela consegue se meter em cada enrascada, mas que ainda assim, conquista a nossa admiração, por toda a sua força e garra que esta personagem nos mostra… Para conhece-la mais leiam o livro!

Depois nos temos a Nova Monteiro, ele é a personagem que não damos nada no inicio mas quando a mulher resolve fazer algo para mudar o seu destino, ou talvez segui-lo, não sei bem, ai sim ela mostra que que é muito mais que as aparências. E eu acabei gostando muito mais dessa romântica incorrigível.

E claro que temos os homens de Matarana e eles são impressionantes… Com este livro nos vamos conhecer o Rodrigo Valverde, o delegado da cidade (e o melhor personagem), o Dr. Cristiano, pediatra super desejado por todas, o Coronel Dolejal o homem que poderia ser o “cara”, o Pistoleiro Franco, que é o mais surpreendente e mais alguns que fazem parte da história.

Até agora eu não consegui parar de pensar nos personagens da Janice. Na verdade eu queria é mais, que ela se aprofundasse mais na história, principalmente da Karen… Que ainda tem muito pano para manga…

Este é com certeza um livro indicado pela Biblioteca. Conseguiu me tirar da mesmice literária, e eu adoro quando isso acontece!

Janice, muito obrigada pela oportunidade de poder conhecer Matarana, e seus moradores, foi uma viajem incrível, e se houver a possibilidade de voltar para lá em outras histórias, vou adorar!

Beijinhos e me fui!

Luh Figueiredos

Confira mais na Biblioteca da Luh - http://bibliotecadaluh.wordpress.com/2012/12/17/resenha-book-tour-terra-ardente/#more-5848
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Kéziah Raiol 01/07/2013

Não posso começar a falar desse livro sem simplesmente comentar sobre essa maravilhosa capa. E não estou me referindo apenas ao caubói, lindo, sarado, gostoso, sonho de consumo de muitas, maravilhoso, magnifico, sensual, apaixonante, arrebatador, belo, bonito... (Duas horas depois de muitos elogios). O composto em si da capa está maravilhoso, mas não se deixe seduzir apenas pela capa, o conteúdo de Terra Ardente é também uma delicia – em vários sentidos.

Em Terra Ardente conhecemos algumas histórias distintas, Janice criou um mundo com várias personalidades, algumas marcantes, outras nem tanto. O mais apaixonante de tudo é que Janice criou um mundo verdadeiro, cheio de altos e baixos, com pessoas normais assim como nós. Não espere por monstros, bruxas, vampiros, lobos... Espere apenas por seres humanos propensos a erros e acertos.

Conhecemos Maratana, uma cidade fictícia muito bem criada, situada no norte do Brasil, próximo do Pará/ Manaus. Em Maratana, temos vários conflitos entre pessoas que prezam por poder, riquezas e afins. Um típico interior onde o dinheiro fala mais alto. Encontramos nas páginas dos livros muita sensualidade, dramas de famílias e várias disputas. O clima em Maratana lembra muito um velho oeste, além do estilo de vida das pessoas, temos também aquela temperatura sempre alta, com muito calor, onde os caubóis andam com aqueles corpos – sarados – por ai. Aposto que a essa altura, todas as meninas querem ler esse livro. Bom, então prestem atenção; Na cidade existem muitos homens de se babar, e Janice soube como os descrever, mas aposto que vocês iram se apaixonar por ele.

Rodrigo, um caubói da lei, o delegado da cidade. Apesar de parecer durão, muitas vezes Rodrigo deixou transparecer seus sentimentos e me deixou babando de amores por ele.

Conhecemos também, Karen e Nova. As duas mulheres distintas, com personalidades diferentes. No decorrer ambas conhecem o avassalador poder do amor.

Uma coisa bem interessante é o nome do livro, que no começo da história não fazia muito sentido, mas conforme as páginas iam passando podemos ligar os pontos e perceber que maravilhoso esse nome é. E como caiu como uma luva para esse maravilhoso livro.

Em Terra Ardente temos ação, humor, romance, conflitos e muito mais. Indico demais, para você que está cansado de historias sobrenaturais, de coisas que não podem acontecer conosco. Leia Terra Ardente e viaje em direção aos mais lindos caubóis da sua vida. E claro, a uma maravilhosa história, construída de maneira esplendorosa.
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Aione 10/02/2012

Janice Diniz criou uma realidade que poderia perfeitamente coexistir em meio ao centro-oeste brasileiro. Matarana é uma terra habitada quase que exclusivamente por forasteiros, atraídos a ela pela promessa do cultivo de soja e a consequente ascensão financeira por ele proporcionada. O que reina na cidade, entretanto, é a lei do mais forte, e as únicas maneiras de se sobreviver são aceitar as regras e com elas conviver ou enfrentá-las de frente, sendo necessário ser ainda mais forte, nesse caso.
A escrita de Janice é tão bem estruturada e desenvolvida que, a todo o momento, fui capaz de sentir o calor pegajoso de Matarana em minha pele misturado à poeira e a terra, sensação essa muito bem descrita durante toda história. Ainda, acho que nunca li um livro cuja narrativa e personagens me lembrassem tanto o cenário e clima da história como em Terra Ardente. O uso de frases curtas, separadas por pontos, dão a sensação de rigidez, tão típica das personagens do enredo e das paisagens de Matarana. Outros dois fatores que contribuem para a construção tanto das falas quanto da própria história são a linguagem utilizada e as cenas eróticas. O constante uso de palavrões aliado a essas cenas poderiam ter vulgarizado o livro, porém, deram a ele um tempero ainda mais especial e completamente condizente ao contexto, simplesmente porque Janice soube como utilizá-los a seu favor.
As personagens são as mais diversas possíveis e, ao mesmo tempo, apaixonantes. Karen é a típica mulher mal falada, que age inconsequentemente por não se importar com a opinião alheia. No fundo, apenas usa essa máscara como uma proteção, com medo de sofrer e se sentir frágil. Nova, a jornalista e cantora, é sonhadora e romântica, porém, também é muito determinada e dona de uma personalidade forte, como todas as mulheres criadas por Janice. Os homens são um destaque à parte – com uma atenção especial para Rodrigo, o delegado de Matarana. Como dito na própria história, são verdadeiros machos e assim agem, independente de terem uma boa ou má índole. Aliás, a linha, aqui, entre o bem e o mal é tênue e subjetiva, uma vez que as personagens enfrentam situações de sobrevivência e, muitas vezes, fazem apenas aquilo que deve ser feito.
Algo que me agradou foi a contraposição, na história, da questão da auto-valorização da mulher. Karen é mal falada porque não tem critérios para sair com os homens, já dormiu com quase toda a população masculina de Matarana. Da mesma forma que é mal vista na cidade, vemos o quão batalhadora ela é, e que somente faz de suas aventuras amorosas uma distração e uma maneira de saciar os prazeres carnais. Por outro lado, há a contraposição: Nova, há tanto tempo se guardando para seu grande amor, mas que adoraria ter um pouco do jeito da Karen em si por sentir falta do prazer e, como tem sua fama preservada, é vista com bons olhos. Tanto Karen quanto Nova são mulheres fortes e admiráveis. Por que o simples fato de uma delas ter a mesma atitude de tantos homens por ai a torna depreciada? Caímos na antiga questão do preconceito e do tabu do sexo, o qual pode ser praticado sem julgamentos por homens, mas que desvaloriza a mulher que resolve ter as mesmas atitudes. E Janice fez questão de fazer da mulher mais falada a mais forte e fiel aos seus próprios princípios de toda sua história.
Terra Ardente é um livro que não foca apenas em uma personagem principal, narra muito bem todo o contexto da intricada teia que envolve suas tantas personagens. Toda a história é muito bem desenvolvida e nada fica mal explicado ou sem explicação. Conhecemos a fundo a história, não só de Karen e Nova, mas também de Rodrigo, Cristiano, Dolejal, Franco, entre tantos outros. Tantos detalhes e informações, ao invés de tornarem a história enfadonha, apenas a enriqueceram e deram a ela veracidade. Foi impossível não me envolver com a leitura e não imaginar Matarana e seus cidadãos.
O parágrafo final só completou minha sensação de como o cenário, a narrativa e a história estão interligados. Por toda a narrativa, o calor escaldante fazia uma metáfora para todos os problemas acontecidos: impossível de se fugir de ambos. Da mesma maneira, a constante fumaça das queimadas era responsável por tornar a visão da cidade tão nebulosa quanto a aparente resolução dos problemas. E então, a promessa da aproximação do inverno e das chuvas vem, ao final, ligada à ilusória sensação de calmaria e tranquilidade da mesma forma que vem conectada à fantasia dos novos forasteiros de fazerem, em Matarana, seu pote de ouro.
A obra de Janice Diniz me conquistou e só tenho a parabenizá-la e agradecê-la pela oportunidade de ter lido Terra Ardente. Essa é, sem dúvida, uma série recomendada e que quero continuar acompanhando.
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Books Friends & News 12/02/2012

Envolvente, Intrigante e Sensual
Toda a resenha é difícil de fazer, para mim que sou leiga, e as minhas resenhas são na base da emoção e o prazer que foi provocado pelo livro. Quando o autor é estrangeiro que não têm contato, a resenha se torna digamos mais tranqüila, mas quando o autor é nacional e você tem uma relação de amizade, no meu caso, eu tenho um bloqueio, receio e medo de muitas vezes fazer a resenha e mostrar uma decepção com o livro ou escrever uma resenha que não seja altura da obra.

No caso de Terra Ardente da autora Janice Diniz, me interessou a capa e depois li a sinopse eu realmente fique obcecada para ler o livro, até porque estava e ainda estou numa fase da série Homens do Texas da Diana Palmer, e sabe aqueles livros que você realmente tem uma impressão maravilhosa do livro sem ao menos ler???? Foi o que aconteceu com Terra Ardente.

Pode ser, ou melhor uma loucura da minha maneira de reagir, mas quando chegou o livro demorei a ler, como fiz da Carina na resenha de Perdida, vou confessar para autora que deu medo, de a expectativa criada pela narrativa me decepcionar... mas ainda bem, que não me decepcionei e muito pelo contrário me apaixonei...

Enrolei esses dois parágrafos de explicações e acho que vou enrolar mais umas frases, é para explicar que a resenha que irão ler, por mais absurdo que vocês possam não acreditar, ela é totalmente imparcial a minha amizade pela Janice e totalmente apaixonada pela narrativa que ela desenvolveu...

Quem já leu Diana Palmer, Linda Lael Miller, sabe que são livros com características de faroeste, mas sem aquele modelo de moçinho e bandido se duelando em frente ao bar com portas de vai-e-vem, é um faroeste denominado moderno, onde os cawboys (ou colocando no português, caubóis) nem sempre andam de botas, chapéu e cavalgando, até pode ocorrer já que a história se ambiente em meios rurais, porém em faroeste moderno os caubóis anda de caminhonetes cabine dupla com ar condicionado e muitas vezes a palavra “cavalo” se denomina a potência do motor...

A cidade onde se passa o livro Terra Ardente, chama-se Matarana, que é o nome título de uma série de 3 livros (confira acima da resenha os nomes e previsões de lançamento), uma cidade com poucos habitantes, onde há uma disputa de poder, praticamente uma cidade do estilo velho oeste, porém nos tempos atuais, apesar da autora não ter especificado um ano.

A trama ocorre em torno de 6 personagens (pelo menos nesse livro), com personalidades bastante diferentes entre si, com vidas diferentes porém se conectam no decorrer do livro, tanto que têm personagens nas primeiras páginas do livro que você não consegue enxergar como eles se unirão no final desse primeiro livro, e também algumas relações por mais sólidas que sejam, elas poderão sofrer rupturas nos próximos livros da série.

O que me passou da escrita da Janice, ela é bastante visceral, ela faz você escolher personagens e ficar ameaçando a autora de morte (\0/ Eu fiz!!!!) para dar ou também não retirar a felicidade de alguns personagens, acabamos escolhendo os preferidos por identificação pessoal por serem tão reais, apesar de serem ficcionais.

Em relação aos personagens por serem 6 no qual a autora manipula com a vida deles no decorrer do livro, e também para não ficar confuso, irei separá-los, tentarei passar a personalidade na minha visão de cada um deles, não se preocupem... Não terá spoilers.

Outra característica que me atraiu muito e com certeza irá atrair a mulherada “perva” são os personagens masculinos, homens fortes, com muita testosterona e muito amor para dar, ao mesmo tempo estilo Diana Palmer, não sabem amar e rude.
Há também motivos para atrair os homens, já que as personagens femininas, são fortes e ao mesmo tempo sensíveis, além de ocorrer diversos assassinatos bem no estilo de “Em Terra de cego, quem tem um olho é Rei!”.

" - Vou jantar a galinha, a que está solta ciscando ao meu redor, delegado.
Rodrigo voltou-se e estreitou os olhos, procurando absorver devagar a ameaça do meliante.
- É estranho um homem que nem sabe ao certo se sairá detrás das grades, fazer uma ameaça velada para um delegado de polícia. Você é o quê, Pedro, burro ou débil mental?
Diante da cela do aliciador, o delegado parou e pôs as mãos na cintura. Pedro continuava sentado à beira do catre, imóvel, fitando o vazio à sua frente.
- Não ameacei o senhor e ninguém, a não ser que a lei considere uma galinha um ser humano. – falou com calma.
- Entendi, você é supostamente poeta e deve cultuar figuras de linguagem, - debochou e emendou num tom de ameaça: - mas, de minha parte, como humilde agente da lei sem dotes artísticos, lhe digo que, se simbolicamente ou não, está se referindo à jornalista, espero que use o tempo que ficará aqui detido e, pelo visto, será muito tempo, para reconsiderar o que me disse. Para seu próprio bem... asno. – completou, com desprezo."

Além de tudo isso há humor, a autora faz comparações engraçadas e criativas, exemplo (“- Para falar a verdade, não sou muito boa com as automáticas. Só tive intimidade com um .38 com cinco anos de uso e problemas de travamento.”), rsrsrs... Sabem o que é isso??? Não??? Eu não vou dizer... Descubram... Como eu disse os diálogos são cômicos e muitas vezes a autora une essa comicidade com sensualidade.

Então vamos conhecer um pouco da população de Matarana???? A partir de agora a resenha será feita por personagens e suas relações e sua estória.


Karen Lisboa (mulher forte)

Essa é declarada minha personagem favorita, por incrível que pareça, ela é uma mulher, gostei muito das características da personalidade, apesar de parecer masculinizada, irresponsável e vulgar, na verdade no decorrer da trama irá se revelando uma outra mulher.
No início do livro a primeira impressão nos leva acreditar, preconceituosamente, que ela é uma espécie de prostituta da cidade, mas no fundo, ela era uma pessoa sem amor próprio, que levou tanto da vida, que a tornou uma mulher sem sentimentos, e na situação precária que se encontra atualmente.
Apesar de ser independente, proprietária de um hotel em ruínas e cheio de dívidas, cria um filho adolescente, Jonhhy, sozinha, ela sobrevive através de uma negociação com os dois homens poderosos da cidade para não perder o seu estabelecimento, um hotel, deixado pelos seus pais que vieram buscar uma vida melhor, como prometia Matarana.
Karen tem uma relação de amante de um desses homens poderosos da cidade, Thales Dolejal (homem estilo Diana Palmer, bonito, rico mas ordinário rsrsrs), um fazendeiro frio, rude e a trata como se fosse lixo.
Depois de um início deprimente a personagem irá evoluindo... e pode ter certeza que o leitor irá torcer por isso... porque realmente é uma personagem que te conquista, apesar de ser orgulhosa e rude, ela irá nos mostrar que é uma mulher sensível, vulnerável, que busca a felicidade porém não sabia encontra-la...


Thales Dolejal (fazendeiro e cruel)

Thales é um fazendeiro que disputa com o Coronel Marau, o título de homem mais poderoso e influente da cidade, e quase uma guerra, que muitas vezes é resolvida com armas de fogo.
Ele é frio, cruel e vingativo, não posso definir Thales como uma pessoal má, é um personagem que te confunde, muitas ações são justificáveis, mas ao mesmo tempo ele não toma as melhores atitudes para resolvê-las...
Foi o único personagem do livro que não tem uma conclusão, e muito aberto a probabilidades, e também têm o poder de interferir e manipular pelo seu próprio prazer, os relacionamentos de alguns personagens futuramente, não sei... a autora é muito má!!!! Não dá nem uma dica.
Mesmo sendo assim, ele te conquista, e sinceramente você acaba querendo que apareça uma mulher que derreta um pouco esse muro, quem sabe Karen???? Mas depois que lerem o livro vão ficar divididos... eu fiquei...


Karen Lisboa & Thales Dolejal (relacionamento doentio)

O relacionamento de Thales e Karen, acho uma palavra o define, "doentio".
Ambos tem personalidades fortes, também são muito orgulhosos, por exemplo, ela tinha vários amantes, paralelamente com a relação de ambos, talvez com intuito de demonstrar poder, que mesmo se relacionando com ele, ele não a dominava, pois financeiramente ele tinha esse poder sobre ela.
Como não considero Thales um homem mau, pois vemos nesse relacionamento com Karen, que ele têm sentimentos, porém tem uma maneira um tanto peculiar de demonstrar isso... Mas a falta de respeito já que a relação é baseada em apenas sexo, mas mesmo podendo haver sentimentos ambos não confiam um no outro, por haver uma relação bastante desgastada e cheia de desconfianças.
Acho que a história de ambos ainda não acabou, pelo que pude perceber no personagem, e vocês perceberão também, ele não gosta muito de perder... já que temporariamente ele a tenha perdido para o delegado.


Rodrigo Malverde (delegado responsável e um homem romântico)

Esse é o personagem que com certeza irá conquistar a maioria das leitoras, ele é delegado da cidade, bem a moda antiga, usa chapéu Stetson (só para caubóis rsrsrs), bota e camisa quadriculada, porém anda de caminhonete e não a cavalo.

É viúvo, e mora com a irmã e a sobrinha, perseguido pelas mulheres da cidade, mas ela prefere o distanciamento de relacionamentos, vive somente para o trabalho, e tem bastante, principalmente para proteção de duas mulheres, Nova e Karen.

"- Avise o delegado que a Karen vai ao Bar do Gringo arejar a cabeça.
- Humm, entendi.
A escrivã relançou m olhar curioso a Rodrigo, que falava ao telefone na sua sala. À porta, ela parou e disse a contragosto:
- Pretendia voltar mais cedo para casa hoje?
Ele pôs o fone no gancho e gemeu baixinho:
- Ai, o que aconteceu?
- Uma frase apenas: Karen Lisboa foi arejar a cabeça no Bar do Gringo.
A policial se pôs a rir ao ver a careta do delegado. Todas as vezes que isso acontecia, ele tinha de salvá-la de alguma briga. Noutras vezes, o próprio Dolejal mandava um de seus seguranças a fim de levá-la de volta a sua casa. Rodrigo suspirou, profundamente, e se afundou na poltrona. Telefonou pra o fazendeiro."

Mantém uma amizade com Karen Lisboa, pois foi amiga da sua esposa, e através de algumas lembranças de Rodrigo dessa época, vemos uma Karen bem diferente, mais sensata e responsável do que a atual.
Amigo do Thales (se é que se pode chamar de amizade), às vezes ele também serve de babá para Karen, quando ela bebe demais no Bar do Gringo, o point da cidade rsrs, ela se mete em confusão.
Mas amizade dele e Thales ficará abalada pelo relacionamento com Karen, e insisto mais uma vez, Thales não vai se conformar... e previno muitas mudanças e confusões nos próximos livros da série


Rodrigo Malverde e Karen Lisboa

Rodrigo valoriza e respeita Karen como mulher, e também é um homem que Karen respeita, através dos olhos de Rodrigo, enxergamos a Karen que ele vê, e talvez a verdadeira Karen
Acho que a cenas iniciais da Karen no livro são bem impactantes, e leva os leitores a conclusões precipitadas da personagem, que pode passar de uma mulher vulgar, masculinizada e incapaz de sentimentos.
Mas Rodrigo descobre nos mostra uma mulher carente, completamente perdida, e apesar da personalidade forte, e bastante vulnerável, e durante o desenvolvimento do relacionamento vimos uma nova Karen, ou a verdadeira Karen, pois não tem como saber... se Karen realmente encontrou a felicidade.
Rodrigo consegue quebrar barreiras, Karen tenta levar o relacionamento para o impessoal, porém Rodrigo quer um relacionamento sério e íntimo, a autora conseguir levar de uma maneira cadenciada sem apressá-lo...

"- Sou apenas uma mulher obcecada por um amor impossível.
- Não, você é durona, livre, impetuosa. – ele parou de dançar e tomou-lhe o rosto entre as mãos, encarando-a: - Você é capaz de jogar um homem na lona apenas com um olhar. – ele riu e emendou, soltando-a e pondo as mãos na cintura: - Falei alguma coisa com sentido?
- Sim, Rodrigo, mas não sou essa pessoa que disse.
Ele avaliou devagar o que Nova falou e, antes que esboçasse um contra-argumento, ouviu:
- Acabou de descrever a Karen."

Além da sombra de Dolejal, da resistência da irmã de Rodrigo que tenta atira-lo para Nova Monteiro (veremos em breve), e alguns atentados a vida de Karen, eles constroem um relacionamento forte e parcialmente estável, acredito que nos próximos livros terão algumas mudanças.
Rodrigo também surpreende pelo romantismo e a amabilidade, as cenas entre os dois são sensuais, e a autora instiga a nossa imaginação, nenhuma cena sexual é descritiva essencialmente, porém, os diálogos em si e a insinuação das cenas são carregadas de erotismo.


Nova Monteiro (jornalista e insegura)

Confesso que no início antipatizei por essa personagem, é a típica mulher frágil e insegura, que vive um amor platônico pelo seu melhor amigo Cris Bittencourt (nem vou comentar sobre essa pessoa), eles moram juntos, depois que ambos tiveram problemas em seus relacionamentos anteriores.
Nova é insegura, conformada em apenas ser amiga de Cris, mesmo sofrendo todos os dias por essa relação não ser a que idealiza, porém ela é conformada e não tem nenhuma atitude para modificar essa vida.
Mas em relação a sua profissão, como jornalista, era bem corajosa e decidida, e se mete em algumas enrascadas, pois está investigando com a intenção de denunciar os negócios ilícitos dos dois homens importantes da cidade, o que ocorre uma dualidade, na vida pessoal é frustrada e insegura, porém profissionalmente é segura e querendo mudar situações.
Não irei escrever uma parte especial para Cris, é um personagem que só vemos nesse livros, através de Nova, apesar de ter uma história, mas elas se interligam, e no inicio da resenha que a escrita da Janice é visceral, que ela conseguiu principalmente comigo, ter uma implicância total com Cris, pois na minha visão ele é um fraco e covarde, e se achamos Nova uma pessoa conformada, então Cris é o rei do conformismo.
Cris vive a renegando, mesmo quando Nova devido um fato, toma algumas atitudes chocantes na visão dele, ele continua a tratando como uma amiga, somente depois que Nova desiste do relacionamento deles, e acaba se envolvendo com outra pessoa, que ele começou a tomar uma atitude, mas somente quando a estava perdendo...
Apesar de Nova estar feliz e realizada com o relacionamento dela atual, mas acredito que a história entre eles não acabou... teremos muitas reviravoltas para os próximos livros, até numa possível reconquista de Nova, visto algumas atitudes tomadas por Cris.


Franco (O "Diabo Loiro")

Mulherada segurem as saias, está chegando um dos personagens mais interessantes do livro, se não me engano, foi um personagem adicionado de última hora, e Janice estava inspirada no momento que o descreveu, loiro, lábios carnudos, furinho no queixo, e uma "gostosura" bem distribuída e avantajada... rsrss... e é um menino de 22 anos, que coloca muito homem em Matarana no chinelo.
Inicialmente imagina que ele será apenas o homem de confiança de Thales e nada mais, o matador da cidade, um cara sisudo e que se mantem longe das pessoas, e muito próximo das mulheres rsrsrs... e temido pela cidade pela fama, porém ele surpreendeu, igualmente a Nova, há uma dualidade de personalidade.
Teve uma infância bastante complicada, foi ainda criança para fazenda de Dolejal, onde foi criado como empregado pelo "amável" Thales, e indiretamente através de uma sementinha da discórdia feita por Karen, descobre algumas ligações entre ele e Dolejal.
Ele é bastante sarcástico e irônico e tem um temperamento inconstante, porém tem uma sensualidade arrasadora.
Um personagem que cresceu muito no livro, através do relacionamento dele com Nova, nós conhecemos um outro lado de Franco, ele o tempo todo alterna entre homem e garoto, tem aquela irresponsabilidade da idade, mas ao mesmo tempo uma postura de homem adulto.

Obs.: A autora me falou que se a resenha não tiver uma porcaria ela vai mandar o diabo loiro para me pegar, então se a resenha tiver uma droga foi de propósito, ok ????


Franco e Nora Monteiro

E um relacionamento apaixonante, cativante e intenso, ambos se descobriram, e também se ajudaram a curar suas frustrações e carências.
O relacionamento é pura sensualidade, os diálogos deles são cheios de significados, com muita pitadas de sarcasmo e erotismo, e com aquele jeito moleque e ao mesmo tempo homem de Franco ele é um personagem que irá fazer as leitoras suspirar, talvez a palavra melhor é suarem...
Apesar de Franco ser uma pessoa taciturna ele se mostra a Nova, talvez pela fragilidade de Nova, ele tem um senso de proteção a ela, ao mesmo tempo mostra a mulher que ela escondia devido a insegurança do relacionamento frustrado com Cris, e Nova o retribui com carinho e amabilidade que faltava na vida de Franco.
Apesar da diferença de idade, já que Nova tem aproximadamente 35 anos enquanto o Franco tem 22... eles aprenderam com as diferenças encontrar um consenso comum, e um relacionamento sadio e maduro.

"(...) – Que relacionamento saudável? Devemos então moderar na maionese e nas frituras? Vai para o diabo! Eu falo de paixão, de amor, de tesão, de matar qualquer filho da puta que encostar um dedo em você! Falo de suor e de sangue! E da saudade que me vai foder a alma todos os dias como nessas duas semanas. E você vem me catequizar sobre relacionamentos? Não temos um re-la-ci-o-na-men-to, dona Nova! É mais que isso... é coisa do destino. Ninguém mandou a dona vir para a minha terra. Ninguém senão o destino. Isso é fato. – completou, por fim, encurvando-se por sobre ela.
Duas mãos embarafustaram-se por baixo do vestido dela e puxaram-lhe a calcinha. (...)"

Convocando as "pervas" de plantão, Franco é um homem de não pedir e sim tomar, no máximo ele exige um "pedágio", mas ao mesmo tempo é carinhoso e por incrível que pareça, posso dizer romântico, e trata Nova como uma verdadeira "Princesa".
Mas como todos os outros personagens do livro, o relacionamento deles também dará reviravoltas, apesar de terem um relacionamento sólido, possa sofrer mudanças... Mas isso só veremos nos próximo livros...

Conclusão
Terra Ardente para quem gosta de um faroeste moderno, estilo Diana Palmer, com um desenvolvimento coeso e bem elaborado, personagens perfeitamente construídos e envolventes, não podem deixar de ler o livro.

Eu tenho a mania de comparar obras nacionais com obras de autores estrangeiros, mas é apenas demonstrar um parâmetro, já que ainda os autores nacionais sofrem com preconceitos de uma parcela de leitores, por acharem que são obras com desenvolvimento e personagens inferiores e sem originalidade, mas originalidade é complicado, e nós leitoras sabemos disso, quantas séries e mais séries, tem o mesmo andamento, e só trocam como se diz "sexo dos anjos" porque no final é sempre o mesmo.

Citei tudo isso acima, porque Janice conseguiu originalidade num livro com um tema bastante popular, poderia dizer que ela é a "Diana Palmer brasileira", para chamar a atenção dos leitores mais preconceituosas com os "nossos nacionais", mas isso menosprezar um livro tão bem escrito, emocionante e visceral que Janice nos presenteou, sou uma leitora do gênero faroeste, e posso dizer que o livro Terra Ardente é para ser lido várias vezes (já reli ele duas vezes e isso que tenho uma pilha de livros para ler), tem uma história sólida e personagens, essencialmente personagens viciantes.

É uma série, porém pelo que pude perceber nesse, todas terão um final, óbvio que a autora deixou possibilidades mas não lacunas, e já que os personagens são tão reais em personalidade e sentimentos que como todo ser humano são mutáveis o que poderá render muitas histórias nos próximos livros.

A autora provoca o leitor a tomar partido, a torcer por um determinado personagem e se apaixonar por um determinado casal, é um livro ficcional, uma cidade que não existe, mas a autora conseguiu tornar a história real, e tenho certeza que ao terminar de ler o livro, todos irão querer comprar uma passagem para Matarana, e tenho certeza que irão "pagar um pedágio" prazeroso e inesquecível.

E ai autora ficou ruim??? Pode mandar o Diabo Loiro me pegar... rsrsrs

Para acessar a resenha completa com citações ilustrativas e também participar do sorteio acessem -->>>http://www.guardiadameianoite.com.br/2012/02/resenha-terra-ardente-janice-diniz.html
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Monique Martins 27/02/2012

TERRA ARDENTE: amor e ódio onde nem os fortes têm vez
Matarana é uma típica cidade do interior sem muitas perspectivas, apenas uma imensa extensão de Terra Ardente, controlada por grandes latifundiários, onde os ricos são muito ricos e os pobres beirando a miséria financeira e humana.

É neste cenário perdido no interior do Brasil que a vida de quatro homens e duas mulheres se cruza e entrelaça de maneira intensa e com conseqüências inesperadas. Seis pessoas com qualidades, defeitos, medos e inseguranças como qualquer ser humano, suscetíveis aos erros e acertos da vida.

Karen Lisboa é uma solteira cobiçada, a gostosa da cidade. Forte e corajosa é considerada por alguns como a “vaca louca”, uma mulher perdida; vulgar, cínica, amarga e disponível para quem desejar. Ou nem tanto, já que ela segue certas regras de relacionamento e é a protegida do poderoso Thales Dolejal.

Se “todas às sextas, após as 23 horas” era momento de sexo puro sem enfeites com Dolejal; todo sábado era dia do ‘antídoto’. Três encontros marcados e sexo com homens que ela conhecia no Gringo, o bar da cidade. Sem compromisso e sem comprometimento, sexo como substituto para emoções mais profundas e permanentes.

Por outra perspectiva vemos uma mulher confusa, insegura, cheia de problemas e complexos que se esconde entre suas duas personalidades. Lutando diariamente para criar o filho, manter uma propriedade decadente mas cobiçada pelos poderosos da cidade, Karen busca no Delegado Malverde proteção, mesmo que precise usar de seus encantos femininos para tanto. Porém, ela pode encontrar mais do que esperava ou desejava.

O amante fixo da Karen, o poderoso Thales Dolejal é um homem frio e obstinado, além de um dos latifundiários que domina Matarana com mãos de ferro. Sua influência na cidade é marcada pelo domínio da polícia e um código de conduta peculiar. É difícil entendê-lo e mais ainda defini-lo como mocinho ou bandido. Uma coisa é certa, ela rouba a cena e desperta sentimentos contraditórios.

A relação conturbada e destrutiva entre Karen e Thales, que dura mais de dez anos, permeada por amor e ódio, tapas e beijos, insultos e agrados; chega aparentemente ao declínio. Entretanto Dolejal, ao mesmo tempo em que abre mão da amante de forma humilhante, não parece satisfeito.

Toda cidade precisa de um mocinho de plantão e entra em cena Rodrigo Malverde, delegado boa pinta, carismático e querido; mais um forasteiro que veio para Matarana e decidiu criar raízes. Sério e honesto, Malverde demonstra estar acima dos esquemas orquestrados por Dolejal e o Coronel Marau; mas isso não impede que vez ou outra burle as regras e saia da linha se isso servir os seus propósitos.

Rodrigo Malverde age como um xerife típico do velho oeste americano, tem a aparência de um e por vezes assim se auto-denomina.

Com uma aparência dessas, aparentemente, usa a viuvez para se manter a salvo do assédio das mulheres da cidade. Gostei muito da ‘bronca’ que Val, a irmã de Rodrigo, lhe passa durante uma conversa:

Mas Malverde sente uma atração intensa por Karen, e só se mantém afastado devido à relação da moça com Dolejal. Afinal ele não é homem de uma noite só, ou mesmo três...
Quando a relação entre Thales e Karen finalmente se encerra é a chance que o delegado esperava para conquistá-la. Resta descobrir se ele vai conseguir e se Karen vai resistir ao péssimo hábito de se desmerecer e auto-sabotar. Temos então o primeiro triângulo que permeia boa parte da trama.

O segundo núcleo da trama é o triângulo amoroso, ou nem tão amoroso assim, integrado por Nova Monteiro, Cristiano Bittencourt e Franco.

A jornalista Nova Monteiro deixou Belo Horizonte e uma carreira promissora e foi para Matarana acompanhar o amigo e grande amor de infância Cristiano Bittencourt. Infelizmente as coisas não correram conforme ela esperava e ansiava.

Já no início da trama percebemos em Nova uma jornalista frustrada em busca do grande furo jornalístico que poderá deslanchar sua carreira no cerrado. Enquanto isso não acontece, ela canta algumas noites no bar no Gringo e se mete em confusões para manter-se ocupada.

Vive uma longa relação de amor platônico com Cris, médico pediatra devotado a profissão e dono do primeiro lugar na eleição dos solteiros mais cobiçados da região. Nova descobre-se apaixonada pelo melhor amigo após uma grande desilusão amorosa, mas apesar de morarem e até dormirem juntos, vivem como irmãos; motivo de raiva e frustração para moça.

O Dr. Cristiano é um enigma nebuloso em boa parte da trama e quando as nuvens se afastam e temos uma visão melhor do rapaz não posso dizer que ela agrade de todo. Aliás, diria até que fiquei com muita raiva dele. Bonito sim, mas diferente dos outros caubóis do cerrado o almofadinha é egocêntrico, tolo, covarde, frouxo e muito, muito egoísta. Lembrou-me tanto uma pessoa que conheço que só tenho uma frase para ele “quanta coisa perdemos por medo de perder”. Não merece nem mais um pensamento por enquanto.

Quando Nova finalmente abre os olhos e desiste de se arrastar atrás de quem não lhe dá valor enxerga em Franco uma possibilidade de futuro inexplorada.

E para completar time de caubóis temos Franco. Faz tudo de Dolejal, pistoleiro, assassino e psicopata; mais conhecido na cidade como o Diabo Loiro mais bonito que já existiu. Um rapaz de 22 anos criado desde sempre largado e a partir dos 12 na sombra de Thales pela fazenda.

A relação de Nova e Franco começa meio sem querer e desenvolve-se muito rápido, como que destinada a acontecer. A química entre ambos é perfeita e as cenas de dar água na boca.

Para completar meu deleite tem uma personagem secundária que aparece em uma única cena e me fez rir pelo estereótipo. Verônica, que trabalha na biblioteca pública da cidade e passou a tarde preparando o jantar para o delegado gostosão. A pobrezinha viu seus planos irem por água abaixo quando ele chegou com a Karen. Não desanima não fofa, ser bibliotecária não é fácil! No quesito romance já saímos em desvantagem, até na literatura.

Em Terra Ardente descobrimos que entre amor e ódio, devoção e desprezo a linha é tênue e facilmente cruzada, praticamente sem perceber. Um romance intenso, com características dos melhores best-sellers, que tem pegada da primeira a última página como os caubóis deliciosos de Matarana. Ao ler a história ficamos grudados e não dá vontade de largar mais.

A redação é muito bem feita e a narrativa desenvolvida de forma perfeita. Os capítulos são curtos e é fácil acompanhar as cenas de cada personagem.

Ainda que seja uma trilogia o livro em si é independente e a trama não deixa a desejar. É claro que mesmo assim espero os próximos volumes ansiosamente, afinal o livro e a autora já entraram para o rol dos favoritos.

Leia mais em: http://mimosliterarios.blogspot.com/2012/02/resenha-11-terra-ardente-janice-diniz.html
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Cynthia 17/01/2012

Terra Ardente - Janice Diniz
Matarana é uma cidade de poucos habitantes e dominada pelos latifundiários da região. Com ainda poucos anos de existência, podemos encontrar em Matarana um cenário que remete às histórias de faroeste e que conta apenas com uma delegacia e um hospital público. Pistoleiros, corridas a cavalo e matadores de aluguel ilustram uma cidade devastada pelo calor intenso e seus poucos nativos. A natureza hostil de Matarana faz jus à chamada do livro: amor e ódio onde nem os fortes têm vez. Não basta apenas ser forte para sobreviver. Sobreviver. É isso que Karen, uma mulher endividade e de má fama na cidade, procura fazer. Dona de um terreno cobiçado pelos dois maiores fazendeiros de Matarana, divide seu tempo entre a administração de seus bistrôs, os cuidados com a família, a bebedeira e as noites de sexo que utiliza como forma de conseguir o que quer e retardar o pagamento de suas dívidas. Além de Karen, temos também Nova, uma jornalista que veio do sudeste para Matarana e investiga um latifundiário suspeito de aliciar trabalhadores. As dificuldades para encontrar provas e com alguns pistoleiros à cola afim de manter sua boca fechada são apenas alguns dos obstáculos encontrados por ela. Um amor não correspondido, pelo menos não da forma como ela gostaria, acaba se tornando outro problema que ela precisa resolver. Além de Karen e Nova, outras personagens se tornam importantes para o desenvolvimento da história: Rodrigo Malverde, um delegado que se acha um xerife do velho oeste e eterno viúvo, possui síndrome de super-homem e se mostra sempre disposto a proteger as mulheres de Matarana. Thales Dolejal, homem mais poderoso de Matarana, é um machista duas-caras ambicioso cujos passos são incapazes de se prever. Cris Bittencourt, médico pediatra, dedica-se inteiramente ao seu trabalho no hospital e durante cinco anos divide casa com sua amiga Nova, por quem nutre um sentimento contraditório e difícil de se explicar. Franco, conhecido como diabo loiro, já sentiu na pele muito mais do que a maioria das pessoas na sua idade e possui uma fama de psicopata que esconde sua real natureza.

"[...] Matarana é um vespeiro envenenado. Só que quando a gente é picado não morre por causa do ferrão; a gente se torna outra vespa e passa também a espalhar o veneno". (Página 272)

Para um romance romântico contemporâneo, Terra Ardente tem muito mais do que histórias de amor. Além do desenrolar dos relacionamentos, existe a ambição que move os atos humanos, a hipocrisia, a contradição e a importância de se lembrar que primeiras impressões enganam. Acho que as segundas também.

Veja mais impressões sobre o livro e a leitura em: http://ninanoespelho.blogspot.com/2012/01/terra-ardente-janice-diniz.html
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Gi 10/03/2012

Terra Ardente
A primeira vez que vi a capa de Terra Ardente já fiquei interessada e fiquei muito feliz quando ganhei o livro da minha mãe de presente de aniversário no fim do ano passado. Nem preciso dizer que devorei o livro em questão de dias, mas não o resenhei antes por não saber como colocar em palavras o que senti durante a leitura.

O que mais me chamou a atenção e que foi, para mim, o ponto alto do livro, foram os personagens. Nada de mocinho, bandido, vítimas e donzelas em perigo, simplesmente pessoas, com problemas, vidas difíceis, sentimentos, julgamentos errados, mas principalmente que podem errar, se arrepender e mudar.

Assim começo falando sobre a Karen, uma mulher forte que tem controle sobre sua vida e não admite que lhe digam como vivê-la. Com uma avó que se comporta como uma adolescente e um filho adolescente que parece ser mais adulto que ela própria às vezes, Karen tenta levar sua vida cuidando de uma pensão cheia de problemas e reparos a serem feitos.

Sua vida amorosa é um caos e ela se recusa a deixar que alguém ganhe seu coração, portanto segue a regra dos "três encontros e nunca mais", que funciona muito bem para ela, mas que lhe rendeu má fama pela cidade.

Confesso que não gostei nadinha da Karen no começo. Muito dona de si ela realmente me irritou com seu comportamento rude, mas no decorrer da leitura nos tornamos "amigas" e nos entendemos muito bem e ela acabou se tornando minha heroína.

Mas se vocês pensam que os problemas dela param por aí estão muito enganados. Karen está com dois fazendeiros em sua cola que querem as terras dela. Um deles é Thales Dolejal, um importante latifundiário que possui um temperamento grosseiro e mandão, não é sem motivo que ele e Karen batem de frente sempre que podem e mesmo que os dois sempre terminem na cama as discussões vão bem além disso.

Com a vida em risco Karen conta com a ajuda de um grande amigo. Rodrigo Malverde é um típico homem da lei que vive como um xerife e faz de tudo para manter Matarana nos eixos. Viúvo ele arranca suspiros de muitas mulheres, mas Karen é sempre o centro de suas preocupações.

Thales se tornou o personagem que me fez amar odiá-lo, mas no fim do livro eu já estava analisando-o por outro ângulo. Rodrigo é a personificação do bom homem, com certeza muitos sorrisos são reservados para esse personagem que inspira confiança e paixão.

Mas Rodrigo não tem só Karen para se preocupar. Nova Monteiro, sua mais nova amiga jornalista, também tem garantido muita dor de cabeça para o delegado de Matarana.

Saída de um casamento fracassado ela abre mão de tudo para viver ao lado de seu grande amor, o doutor Cristiano Bittencourt, mas o médico só tem tempo para seu trabalho o vai frustrando-a cada vez mais.

Me identifiquei com Nova logo de cara, consegui compreendê-la muito bem, mas depois de um tempo já estava quase a esbofeteando por continuar batendo na mesma tecla. Depois de tanto tempo ela já devia ter percebido que o doutor só a via como uma amiga, mas se querem saber, Cristiano Bittencourt entrou para minha galeria de 'Idiotas para Espancar', leiam o livro e saberão a razão.

Mas Nova anda se metendo em assuntos sérios, assuntos que podem colocar sua vida em risco. Contratada por Dolejal ela sente que não foi uma escolha muito inteligente se envolver com o fazendeiro, principalmente depois de conhecer Franco, o diabo loiro. Um jovem intratável (e lindo), braço direito de Thales, que se torna guarda-costas de Nova.

Nem preciso dizer que ele se tornou meu personagem favorito, mas não é por menos, Franco amedronta, mas também encanta e sua história de vida só reforça o carinho que os leitores (ou melhor, leitoras) sentem por ele.

Mas podem ter certeza que não são apenas os personagens que são bons no livro. Janice Diniz nos narra uma história intensa, em que vidas são interligadas e muita ação acontece. O romance é forte e seduz e as passagens mais quentes são de tirar o chapéu! Ela nos leva a conhecer Matarana, uma cidade sem dono onde o dinheiro manda. Um lugar cheio de surpresas.
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Marcia-Rios 14/02/2012

Maratana é uma terra que arde em romance, ação, aventura, amor, ódio e segredos que apaixonam, divertem, emocionam e pede mais.
Os personagens:

Karen, uma linda mulher de 35 anos, mãe de Johnny, proprietária de uma pousada e "protegida" de Thales Dolejal.

Nova Monteiro, jornalista, "cantora", divorciada, que divide sua casa com o "amigo" e grande amor da sua vida, Dr. Cris.

Dr. Cris, médico pediatra, divorciado, envolvido com seu trabalho e atormentado com o fim do seu casamento.

Thales Dolejal, colonizador de Matarana, um homem que fazia as coisas acontecerem.

Rodrigo, "xerife" da cidade, viúvo a dois anos.

Franco, pistoleiro e braço direito de Thales Dolejal.

A autora me prendeu nas voltas e reviravoltas dos personagens com suas personalidades fortes, marcantes e com histórias de vida que fizeram minha opinião mudar durante a leitura e acabei...

Entendendo a forma bruta de agir de Thales Dolejal, a insegurança e indecisão do Dr. Cris, as atitudes do pistoleiro Franco (considerado por muitos um psicopata), a "recusa" do Delegado Rodrigo em se envolver emocionalmente, a vida "promiscua" de Karen e os anseios e desejos de Nova.


Maratana é uma terra que arde em romance, ação, aventura, amor, ódio e segredos que apaixonam, divertem, emocionam e pede mais.


Terra Ardente possui Book Trailer oficial, mas não resisti... se quiser assistir acesse http://www.apaixonadaporlivros.com/2012/02/terra-ardente-janice-diniz.html
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Babi 02/04/2012

http://www.romanceseleituras.com/2012/04/terra-ardente-janice-diniz.html

Sempre julguei ser mais difícil falar sobre um livro que não gostei a dissertar sobre um que tenha conquistado meu coração. Mas confesso que escrever sobre Terra Ardente está sendo uma árdua tarefa. Fiz e refiz alguns esboços (como de costume) tentando encontrar as palavras certas para transmitir, ou tentar, toda a emoção que os caubóis de Matarana despertaram em mim. Tenho certeza que, por mais que tente, não vou conseguir.

Decidi então, jogar na lixeira todas as palavras escolhidas e simplesmente deixar essa emoção fluir, numa tentativa de retribuir, de alguma maneira, as maravilhosas horas que passei encantada com essa história tão real que chega a ferir. E seja o que Deus quiser (risos).

Janice Diniz nos transporta, sem pedir licença, para Matarana: uma terra de homens poderosos que comandam, controlam, desafiam e matam. A autora nos apresenta uma realidade que, por ser totalmente distante da nossa, fingimos não existir: o controle dos coronéis, a exploração de trabalhadores, impunidade, machismo... Poderia citar vários pontos explorados pela autora, mas prefiro que você, que está lendo essa resenha, sinta o impulso de largar tudo e mergulhar fundo nessa história.

Em Terra Ardente, conhecemos Karen Lisboa, uma mulher desiludida, que está constantemente bêbada e tem uma péssima reputação na cidade. Apesar de tudo isso, é forte e luta para cuidar do filho e do patrimônio deixado por seus pais. Conhecemos também a história de Nova e Cris, ela jornalista e ele médico da cidade. Os dois vivem juntos, porém, como amigos e já enfrentaram muitos problemas ao longo do tempo que se conhecem. Temos ainda o delegado Rodrigo Malverde e sua aplicação em fazer cumprir-se a lei e a disputa de poder entre dois coronéis. Para completar, temos o desenrolar de amores platônicos, arrebatadores, impulsivos e... inesperados.


Melhor impossível, concordam?


Outro ponto que não posso deixar de citar é a narrativa envolvente e o uso impecável da língua portuguesa, além de uma revisão perfeita. A editora também fez um excelente trabalho quanto à diagramação. Até comentei na caixinha de correio da semana passada sobre a qualidade do papel utilizado e minhas primeiras, e boas, impressões que só se confirmaram com o decorrer da leitura.

Finalizo fazendo uma ressalva para a incrível quantidade de títulos com os quais nos deparamos todos os dias nas livrarias, esperando para serem lidos e apreciados. Infelizmente, muitos de nós acabam por dar preferência a obras de escritores renomados e estrangeiros, deixando de dar uma oportunidade para o trabalho de nossos autores. BRILHANTES, diga-se de passagem. Janice Diniz, com certeza, figura entre eles.

Terra Ardente (284 páginas, Editora Multifoco) é o primeiro livro de uma trilogia que promete ser um um enorme sucesso.
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Mirela L. 07/02/2012

Resenha que eu fiz para o Inteiramente Diva
A cada dia que passa, em que eu tenho oportunidade de ler algo dos escritores brasileiros, eu fico absurdamente feliz! Sim, a nossa literatura está surpreendendo cada vez mais, encantando cada vez mais e mostrando a potência que é! E antes de começar a resenha, gostaria de dizer que mesmo lendo só 1 livro da Janice Diniz, já virei fã! Caras divas, vocês não tem a mínima noção de como essa autora escreve bem! Porque uma pessoa que consegue criar uma estória onde a própria cidade é um personagem, as mulheres são destemidas, de personalidade forte e os homens (E QUE HOMENS, VIU?!) caubóis em pleno cenário nacional, só pode ser diva! rs. Comece a ler essa resenha e tenha certeza de que este livro apaixona, envolve e surpreende, por ser diferente.

Na primeira vez, em que eu tive a oportunidade de ver a capa deste livro, me encantei de cara! Eu, uma viciada em romances, quando vi este, sendo brasileiro e com caubóis, hm. Gamei na hora! *-* Mas como não gamar?! Daí, sempre quando via nas atualizações dos blogs “Terra Ardente” ou “Janice Diniz”, corria pra conhecer mais um pouco da estória, sempre ficava de olho nas atualizações da autora, catando informações, querendo saber mais sobre o livro… Daí você imaginam o quanto de expectativa que eu depositei em Terra Ardente né?! E daí fiquei apreensiva, porque sempre quando esperamos muito de algo, é mais fácil de não alcançar o objetivo, certo?! Mas no caso deste livro, não é certo MESMO! Superou completamente as minhas expectativas, me deixou completamente apaixonada por Matarana e seus personagens; e totalmente encantada pela narrativa “rebuscada” da autora.

Matarana é o palco onde vamos encontrar os caubóis do cerrado e mulheres super determinadas. Cenário de muitas disputas pelo poder e de personagens muito peculiares e diferentes de qualquer outro livro que eu já tenha tido a oportunidade de ler, são personagens que depositam as suas emoções de forma crua, “na lata” (e não pensem que essa característica é ruim não, pois pra mim foi um dos pontos altos da obra). A autora nos brinda com muitos detalhes da cidade, detalhes de uma cidade “governada” por dois homens muito poderosos. E ainda nos apresenta modos de vida, a hierarquia, o valor do poder e do ter.

Karen Lisboa é mãe e ainda é responsável pela avó. Mulher sem papas-na-língua e que tem má fama por ter inúmeros encontros com os homens de Matarana, e encontros que só chegam até 3. Ainda é envolvida com corridas de cavalos, tem dívidas até dizer basta e possui dois fazendeiros super poderosos “brigando” pela sua propriedade, uns minúsculos bangalôs. Pra mim o lema da Karen seria um forrozinho de Luiz Gonzaga: “Paraíba masculina mulher macho sim senhor…” Já Nova Monteiro é uma jornalista destemida que acaba se envolvendo em investigações sobre as contratações de mão de obra por esses fazendeiros (por vias erradas). Eu adorei a Nova, rs.

“Os fracos torravam ao sol de Matarana. Morriam de sede. Eram mortos pelos pistoleiros. Eram comidos pelo câncer de pele. Os fracos vacilavam diante da esfinge. Contavam verdades embrulhadas em celofane.”

Ah, as personagens da Janice são ótimas! Ela dá um “chega pra lá” nas mocinhas castas e virginais. São mulheres corajosas que tem suas vontades, gostos, pensamentos e fazem valer… E além delas, nós leitoras somos presenteadas com uns caubóis (que vou te contar, viu?!), com personalidades difíceis, corações sofridos, conflitos interiores, traumas,... Rodrigo é o delegado que tenta proteger Matarana, altamente sexy, sensato,… E ainda tem o MEU Franco, que apesar de não ser um personagem principal, vai ganhando vida na narrativa. E sabe aquela mistura de caubói revoltado, mas sensível porque nunca soube o que é ser amado na vida?! Bem esse é o Franco, também conhecido como “diabo loiro” *suspirando efusivamente*

“Por que está chorando? A pergunta a pegou de surpresa, e ela lutou para não desabar. – Porque não tenho ninguém. – falou, enquanto engolia uma lágrima. – Já estou chegando. – disse para acalmá-la. Ele, que quase a expulsara de sua vida. – Não demora. – pediu num gemido. Ela, que temera morrer em suas mãos.”

Terra Ardente é uma mistura de romance, aventura, paixões avassaladoras, sensualidade, humor e muito mais! É uma estória que quando se começa, parece que o leitor é transportado para o “universo Matarana”. A Janice nos presenteia com personagens bem desenvolvidos, com características próprias e reais do ser humano, com suas falhas; e o leitor consegue perceber a evolução e o amadurecimento de cada um deles. A leitura flui muito bem, mesmo não sendo um estilo de narrativa habitual (a Janice escreve utilizando o melhor da nossa língua portuguesa, podemos colocar assim). O leitor quer ler rápido e descobrir o desfecho, mas também quer ir devagar para curtir e não deixar esse universo ir embora. Não tem como acabar e não sentir falta, não precisar do próximo volume pra ontem,… Não há essa possibilidade! rs.

Obrigada Janice, pelo carinho! Obrigada por ter me dado a oportunidade de conhecer personagens tão fabulosos [caubóis deliciosos, rs.] e histórias tão gamantes! Terra Ardente entrou pros favoritos e ganhou o meu coração. Sem mais!

Confira mais: http://inteiramentediva.blogspot.com/2012/02/resenhando-42-terra-ardente-janice.html :D
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Adriana 15/07/2012

Intenso
Acho que só a sinopse já deixou todo mundo com água na boca, foi o que aconteceu comigo, e não me decepcionou. O livro gira em torno de Karen e Nova em seu relacionamento com a misteriosa cidade de Matarana. São duas personagens muito diferentes entre si; Karen é durona, foi marcada por uma vida difícil e por isso não entrega seus sentimentos facilmente, já Nova é a típica romântica, abandonou sua vida em Minas Gerais e foi morar em Matarana (Um fim de mundo sem lei) para ficar perto de seu amor de infância, apesar de saber que provavelmente o relacionamento deles nunca passará de amizade. Mesmo sendo tão diferentes as duas protagonistas tem algo em comum, uma força e um destemor diante das injustiças da cidade que as coloca em situações perigosas que nos deixam sem fôlego a cada página...
Resenha completa no blog: http://hobbyecletico.blogspot.com.br/2012/07/terra-ardente-janice-diniz.html
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Nise 01/04/2012

Resenha do blog Diamante Literário
Matarana é o local onde a estória do livro se passa, uma cidade praticamente sem lei, onde tudo o que é ilícito acontece a olhos vistos. É nesse inóspito lugar que o delegado Rodrigo tenta botar ordem, eu disse praticamente sem lei, porque o delegado tenta de tudo para que a justiça e a lei se façam presentes nessa cidade. Muitos de seus problemas de baderna vem de Karen, uma mulher de má fama com muitos problemas financeiros e que tenta de tudo pra sair do buraco. Ela e Rodrigo são amigos de longa data, mas agora que Rodrigo não quer mais viver como um viúvo solitário e Karen precisa de um homem para protegê-la, a amizade deles pode seguir por um outro caminho.

"-Faria amor com você a noite inteira, mas do que sexo. Entende a diferença, moça?
-Não, nunca fiz amor. Como é Rodrigo, como é isso?
-Um dia eu lhe mostro."

Nova foi parar em Matarana junto com seu amigo Cris porque decobriu que seu marido a estava traindo com a mulher do amigo. E claro, porque nutri um amor por ele de infância. Ela acreditava que com o tempo as coisas pudessem ser diferente e que Cris a visse como mulher e não amiga. Mas as coisas se complicam quando Nova se mete em assuntos dos peixes grandes e corre perigo. Um dos fazendeiros poderosos da cidade irá designar um segurança para ela e Nova descobrirá que o amor pode nascer de onde menos se espera, e ter a força necessária para mudar até o coração mais arisco.

No começo, eu fiquei um pouco perdida na narrativa, pois são vários pontos de vista, ou seja, vários personagens contando sobre a mesma estória. Mas depois que peguei ritmo (depois das 40 primeiras paginas) a leitura fluiu muito bem. A linguagem dele não é complicada, pelo contrário, é um livro bem simples de entender e que por isso vai ser fácil das pessoas se identificarem. Ele possui alguns palavrões e algumas cenas sensuais, mas sendo um livro de caubóis e que trata dos fatos de uma forma aberta (ríspida até), isso é totalmente compreensivel e não me desagradou nem um pouco.

"Matarana é um vespeiro enevenenado. Só que quando a gente é picado não morre por causa do ferrão; a gente se torna outra vespa e passa também a espalhar o veneno."

Percebi o uso de ums estratégia literária muito comum em casos de livros com um pouco de suspense, o uso de capítulos em foma de novela. Quando estamos chegando ao desfecho de alguma cena, o próximo caítulo já é sobre outro ponto de vista. Isso ás vezes nos deixa com raiva, mas também cresce a curiosidade na leitura e o acelera. Você acaba lendo muito mais rápido para saber o que vai acontecer.

Embora o livro tenha vários personagens, 4 se destacam: Karen, Rodrigo, Nova e um personagem surpresa. Karen e Nova são as que mais narram e é com elas que acontecem os principais conflitos do livro. Particularmente me identifiquei mais com a Nova, mesmo querendo ser como a Karen. A Nova é sonhadora, e passou a vida toda querendo que um amigo se tornasse mais do que isso. Não aceita o que de errado acontece em Matarana e quer que tudo seja do jeito certo, mesmo que pra isso sua vida esteja em risco. O persnagem surpresa que fará par com Nova, é como o estou descrevendo, uma encantadora e desafiadora surpresa. Um personagem que chega de fininho e parece conquistar o coração de todas as leitoras (A fila é grande minha gente).

"Nova era como um girassol em busca de luz. E ela, Karen, era mais como uma mariposa queimada. Verdade universal: luz demais cega ou feria."

Por fim só posso deixar os meu parabéns a autora Janice, pelos personagens maravilhosos, um enredo inteligente e que prende o leitor, e por me proporcionar ótimos momentos e porque não dizer sonhos, já que sempre me imagino na personagem que mais me identifico. Estou muito ansiosa pelo livro 2, Céu em Chamas e que ele siga essa mesma linha que deu muito certo, com romance, intrigas e muitos caubóis pra nos fazer suspirar.

"Somente saberá se dormiu com o herói ou com o vilão quando já for tarde demais para se arrepender ... ou não."
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Joelma Alves 10/07/2012

Terra Ardente
Entrei em contato com Terra Ardente pela primeira vez através do blog Fotos & Livros, que estava fazendo a divulgação na época. De cara achei a história interessante e original, afinal um livro de um autor nacional que se passa no Brasil não é algo tão comum assim (pelo menos quando falamos de jovens/novos autores).

Me inscrevi no BookTour e em Junho recebi Terra Ardente. A história se passa em Matarana, uma cidade fictícia do centro-oeste brasileiro, que foi muito bem ambientada. Eu ficava com calor e falta de ar enquanto lia, devido às descrições das altas temperaturas da cidade, somadas a poeira e fumaça causada pelas queimadas.

Acompanhamos a trajetória dos habitantes da cidade, que foi colonizada por pessoas em busca de uma vida melhor, que acabaram vendo seus sonhos indo por água abaixo quando homens inescrupulosos como os da Família Dolejal e o Coronel Marau começaram a dominar as suas propriedades e consequentemente suas vidas.

"Sim, dinheiro não era problema. O que não se comprava, não se vendia, não se roubava: isso, sim, era um verdadeiro problema." pág. 41

As protagonistas são Karen Lisboa e Nova Monteiro, duas mulheres guerreiras que lutam por seus ideais e por sua independência. Karen veio para Matarana ainda criança, com os pais, e hoje cuida de um bangalô com sua avó e seu filho Jhonny. Nova é uma Jornalista que veio da Capital com seu amigo Cris, os dois fugindo de casamentos fracassados.

Mas confesso que meus personagens preferidos foram todos masculinos, começando pelo pistoleiro lindodemorrer Franco, com seu jeito bruto, rústico e sistemático, como dizem por aqui, passando pelo Delegado Rodrigo Malverde, o típico xerife gatíssimo linha dura, e o fazendeiro ricasso Thales Dolejal, dono de um temperamento forte e amante de Karen nas horas vagas.

O foco de Terra Ardente está nas relações entre seus personagens, como eles pensam, sentem e agem em relação uns aos outros. De todas as passagens do livro, minhas preferidas, as que eu ficava torcendo para aparecerem logo, foram as de Thales Dolejal e Franco, esses homens são nitroglicerina pura, gente (palavras da autora!). Franco tem uma adoração por Tales (já levou até tiro por ele), já que este o acolheu quando ele ainda era uma criança e sua mãe morreu atropelada por um caminhão. Thales também é um pouco do homem que Franco gostaria de ser: rico, poderoso e respeitado/temido por todos em Matarana. Grande parte das reviravoltas do livro envolvem esses dois personagens, então, fiquem de olho neles!

Janice Diniz soube conduzir uma trama interessante, que deixou vários ganchos para os dois próximos livros da Série (Céu em Chamas e Fogo no Cerrado). Terra Ardente aborda temas “como a liberdade individual da mulher, o capitalismo espoliador, a desigualdade social, a distribuição de terras, grilagem, assassinato por encomenda, coronelismo” e muito romance onde nem os fortes tem vez!
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