Terra Ardente

Terra Ardente Janice Diniz




Resenhas - Terra Ardente


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Raquel Machado 08/08/2012

Terra Ardente de Jnaice Diniz
Primeiramente quero elogiar a autora por ter conseguido desenvolver uma história um tanto o quanto diferente do que estamos acostumados a ver por ai. A criatividade dela em criar toda uma cidade, vários personagens complexos e interessantes tornou a história agradável de ser lida. E como eu comentei acima por isso mesmo aos poucos conhecendo um pouquinho da vida de cada uma vamos nos tornando uma partezinha dessa cidade e desse mundo, escolhendo nosssos vilões e mocinhos...que na verdade passam a ser pessoas comuns com suas características e peculariedades.
Nova cruzou as pernas sobre a mesa da cozinha, avaliando a expressão do homem que lia o Jornal do Cerrado com a testa franzida. Tentou adivinhar suas emoções. Cris não era uma pessoa difícil de ler, bastava não levar em conta alguns estereótipos. Agora, por exemplo, segurava numa mão o jornal de poucas páginas e na outra uma maçã. Vestia uma calça de moletom cinza, puída, e uma camiseta com gola V, que lhe emprestava uma aparência gay. Descalço, à mesa, após dormir por apenas cinco horas, descansava diante de um farto café da manhã para retornar ao hospital à noite.

Matarana, e uma cidadezinha situada no Brasil onde se vive como no velho Oeste ainda...bem interessante isso...uma parte do mundo diferente do que estamos acostumados, lá encontramos fazendeiros, delegados e moças valentes e sobreviventes. Cada uma contando suas histórias de vida e achando sua maneira de viver. Acompanhamos na história de Janice diferentes cidadãos da cidade.

Lá conhecemos Karen uma mulher forte e independente que não deixa homem nenhum lhe mandar, mas que para isso e muitas vezes taxada de vulgar. Em uma outra ponta temos Nova uma jornalista doce e romântica que pretende achar o verdadeiro amor de sua vida dentro da cidade. Os galãs são uma história a parte e posso dizer que o Capitão Rodrigo realmente me conquistou com todo seu charme e sua maneira de ser cowboy. Cris é o médico conceituado mas que realmente me irritou muito pelo seu jeito covarde de encarar as situações que a vida lhe prega.
Dinheiro não era problema, ela enfatizou para si mesma, servindo-se da bebida quente e tornando a sentar-se no mesmo lugar. Sim, dinheiro não era problema. O que não se comprava, não se vendia, não se roubava: isso, sim, era um verdadeiro problema. Ainda havia uma ultima opção, a fuga. Pegar o primeiro ônibus de volta ao sul e nunca mais olhar para trás. O que se fazia em Matarana, ficava em Matarana.

No meio disso tudo muitas intrigas, lutas por terras, assassinatos, romances, traições, paixões sorrateiras e muito mais nessa história que nos traz seu jeito único de ser.

Um dos pontos negativos que posso citar foi que alguns parágrafos foram extensos demais para mim alguns preenchiam até uma folha, as vezes se tornou um pouco cansativo. Outro fator foi a mistura dos personagens e de suas histórias no mesmo capítulo, às vezes a autora esta falando de um e de repente pula pra o outro demorei um pouco a me acostumar com isso. Uma peculariedade que me incomodou foi o uso de palavrões principalmente pelas mulheres. No início da leitura estava um lenta talvez pelo seu tom introdutório ou por eu não estar acostumada com o jeito da autora mas depois consegui me envolver e a história me convenceu.

Pontos positivos após chegar a uma determinada parte realmente me senti vivendo na cidade, torcendo e entendendo a história de cada um...O jeito de eles se portarem de levarem suas vidas, a gente vai se afeiçoando a cada um deles de uma maneiras diferentes e torcendo para que cada um consiga encontrar seu final feliz.

Mais infomrações em: http://leiturakriativa.blogspot.com.br/2012/08/terra-ardente-de-janice-diniz.html
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Julia G 01/08/2012

Terra Ardente - Janice Diniz
Resenha publicada originalmente no blog http://conjuntodaobra.blogspot.com

"[...] Quem gostava de meter a mão numa colméia: tinha Karen. Não duvidava que tivesse ido à fazenda para atirar em Dolejal. E também não duvidava que se ele soubesse que ela o faria, jamais teria ido a leilão algum. Estaria lá, à espera. Que tipo de amor havia entre eles? Parecia mais com orgulho, com uma queda-de-braço. O primeiro que precisasse do outro: perdia." (pág. 67)

Matarana é uma cidade localizada no cerrado brasileiro, com terras muito produtivas nas mãos de poucos latifundiários. O clima quente e as estações peculiares da região centro-oeste, junto à guerra silenciosa e cotidiana pelo poder e pela sobrevivência, faz com que os que vivem no lugar, todos forasteiros, tenham que aprender ao seu próprio modo maneiras de se defender.

Karen, por exemplo, não é exatamente o que se pode chamar de mulher decente. Com um filho de 15 anos e amante do segundo homem mais rico da região, Thales Dolejal, em virtude de negócios, deixa-se governar apenas por seus impulsos, inclusive quando eles a levam a "enfeitar" a cabeça desse homem. Um caubói em pele de mulher, não admite perder para homem, mas sabe que seria considerada um canalha se fosse de outro sexo. Por essas razões, aceita bem a denominação que recebeu de "vaca-louca".

Nova, por sua vez, enterrou a carreira jornalística que tinha em Belo Horizonte e deixou tudo para trás para não sair do lado do homem que amava, Doutor Cristiano. Mas quem pensa que o veio acompanhando como sua mulher não poderia se enganar mais. Ele a olhava apenas como amigo, e o medo de o perder, de uma maneira ou de outra, a deixava resignada com a sorte que tinha. O medo era, por mais irônico que pareça, o que movia sua vida.

E a partir da vida que levam essas duas mulheres intrinca-se uma teia de outros personagens tão complexos quanto, como Rodrigo, o delegado de polícia viúvo e charmoso, que vive com sua irmã Valéria e sua sobrinha Sabrina; Franco, o diabo-loiro capanga de Dolejal, que tem pouco mais de vinte anos, mas uma frieza rara; Mendes, Coronel Marau, Lucas, Bronson, e vários outros que desempenham papéis fundamentais nessa história.

Talvez a melhor maneira de definir a forma como a narrativa de Janice Diniz se desenha em Terra Ardente seja pelas características da própria Matarana: árida, ríspida e seca, sem economizar na língua afiada que se vê nos moradores, na ironia por trás de cada palavra, e quente; pegando fogo, como as queimadas frequentes naquela terra. E é por essa intensidade colocada em cada vírgula da história que não se torna possível deixar de se envolver.

Um faroeste diferente e cativante, com a medida exata de ação, mistérios e romance. Janice conseguiu montar toda a obra com pausas nos pontos certos, que nos deixam ansiando por mais o tempo todo. Narrado em terceira pessoa, permite conhecer mais a fundo cada personagem. E mesmo quando a narrativa leva por um caminho totalmente diferente do que se espera e se imagina, é possível se flagrar diversas vezes com um sorriso bobo ou apaixonado no rosto.

Eu odiei profundamente cada personagem. E os amei ainda de maneira ainda mais impetuosa. Porque por trás de cada máscara que eles ergueram para tentarem se proteger dos mais fortes, talvez até de si mesmos, havia uma humanidade infinita, que tornava a todos belos e apaixonantes. Esse contraste tão bem delineado pela escrita da autora foi uma surpresa maravilhosa, principalmente porque ela criou, por meio de suas palavras, humanos: com momentos de força e fraqueza, de amor e ódio, de acertos e erros.

E surpreendo a mim mesma dizendo isso, mas eu já ficaria satisfeita se a série se resumisse a esse livro, pois ele foi tão perfeito e significativo que dispensaria continuação. Mas esta existirá e, claro, há pontas soltas a serem resolvidas. Então só posso torcer para que Céu Chamas venha logo e ainda melhor que o primeiro, para matar saudades de todos os caubóis que me deslumbraram. Para os que não leram, estão esperando o quê?
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Rapha 31/07/2012

Terra Ardente no blog Doce Encanto
Um livro de faroeste em pleno século XXI, que se passa na cidade de Matarana, cerrado brasileiro, marcado por personagens com personalidade forte e por “cawboys” super sexys. Assim é Terra Ardente.

Apesar de eu falar em faroeste, não pensem que se trata de um clássico bang-bang, pois como disse, Terra Ardente se passa nos dias de hoje, então é modernizado. Acredito ser de faroeste, pois, pela descrição minuciosa feita pela autora Janice Diniz, imaginei como cenário uma cidade antiga, com ruas de terra batida, um clima seco, céu alaranjado e muita poeira, típico cenário de filme de faroeste, né? hehehe

Muito embora a estória aconteça no nosso século, o que impera em Matarana, cidade fictícia do centro-oeste do Brasil, é o coronelismo com a conhecida Lei dos mais dos fortes, sendo a cidade controlada por dois grandes coronéis: De um lado temos o Coronel Marau, o maior e mais temido latifundiário do local, do outro temos Thales Dolejal, que pretende se tornar o único “dono” de lá.

Uma coisa que gostei bastante é que não há apenas um único personagem principal, ou um casal, mas vários e cada um tem muita importância. Durante a leitura vamos acompanhando a trajetória de vida deles; cabe ressaltar que foram muito bem contruídos! A Janice Diniz conseguiu transmitir os sentimentos mais adversos do ser humano. Eles cometem falhas, brigam, se apaixonam, surtam, enfim.. acabam sendo super real!

Nova Monteiro e Karen Lisboa são as personagens femininas principais, mas não fazem, nem de longe, o estilo boa moça. Enquanto Karen tem um péssima fama na cidade, por ficar com vários homens e beber muito, Nova Monteiro se arrisca investigando, tanto o passado da cidade - que não é dos melhores - quanto a vida do Coronel Marau, suspeitando de trabalho escravo.

Já nossos cawboys dos dias atuais são: Rodrigo Malverde, o delegado gato, muitas vezes mais parecido com um xerife; Cris, o médico bonitão - e o único personagem com uma personalidade duvidosa, sem aquele tcham.. ô homem xoxo, rs.; Thales Dolejal, ele mesmo, o 2º homem mais poderoso de Matarana; e Franco, um subordinado de Thales que tem muita importancia na estória.

O livro é narrado em terceira pessoa - ponto positivo! Se fosse em primeira pessoa não poderíamos tirar nossas conclusões a respeito de cada personagem e ficarímos preso a visão de apenas um. E a autora optou por intercalar os capitulos, falando em cada um sobre determinado personagem, bom.. aí fica minha crítica a autora, como eu sou meio "devagar" acabava ficando confusa e, às vezes, me perdia na estória, porque não tinha uma sequencia cronologica - terminava um capitulo, que teria continuação dali alguns outros, e no seguinte já falava sobre um outro personagem. Acho que tiveram pessoas que não viram problema nenhum com isto, mas eu ia preferir se seguisse em ordem.

Todos os outros elementos do livro me agradaram: a capa combina muito, a letra é de um tamanho bom, e o enredo é super original! Sem contar que é nacional *-*

Se você está procurando por um livro diferente e com uma trama original, leia Terra Ardente!

Confira outras resenhas em: rapha-doceencanto.blogspot.com.br
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It Cultura 24/07/2012

Sabe aquele tipo de coisa que você gosta tanto que não consegue reunir as palavras certas para externar isso? Foi o que aconteceu com Terra Ardente. Ele é um romance com uma mistura de elementos que podem tornar o livro um best-seller. E para isso, sabemos que ele não precisa ter elementos de outro mundo, narrativa complicada e rebuscada; basta ter os certos. Ok, ok, eu admito… Ele me ganhou mais ainda por ser nacional. Eu tenho o maior prazer e satisfação de ler uma história tão bem escrita por um autor nacional. E se me permitem um parênteses para falar diretamente a autora: Janice, nem tenho como agradecer pelo presente que foi ter lido sua obra. Amei! Desculpe a demora em resenhá-lo. Queria guardá-lo mais tempo na minha memória, e sem saber explicar muito bem o porque mas tentarei: é como se depois que o resenhasse, eu libertasse minha mente para um próximo livro, pois eu fico martelando as palavras certas para por na resenha e acabo relembrando mais do livro. Porém, tenho certeza que não esquecerei de Terra Ardente. Karen e Rodrigo me ganharam. Ah! Já falei no twitter quando acabei a leitura e falarei aqui também: quero mais, quero continuação! Acalenta um coração e diz que fará logo. rs

Acho que depois desse enorme parágrafo eu nem preciso mais resenhar, né? Mentira! Tenho mais a falar! A começar pela personagem principal, Karen, que embora ambientada em um cenário latino com direito a fazendeiro milionário, capangas e um delegado para lá de machão, ela chama a atenção do leitor por não se tratar de mais uma mocinha indefesa. Mãe solteira, mulher feita (literalmente, ela não é mais nenhuma mocinha), dona de uma pousada que está mais para lá do que para cá e se vê toda enrolada e sem dinheiro nem para terminar a pintura do seu estabelecimento. Para melhorar a situação, depois de 10 anos sendo amante do ricaço (e insuportável) da cidade, é jogada de escanteio e expulsa da vida dele, ou melhor, expulsa de sua própria cidade. Logicamente, como era de se esperar, ela não aceitará isso nunca, pelo menos, não sem antes tentar de todas as formas impedir que isso aconteça.

Aqui o foco principal não é o romance entre Karen e Rodrigo, e aliás, não sabemos como, quando e nem se isso acontecerá. O que deixa a história mais interessante ainda. E é muito gostoso acompanhar a quimíca entre os dois que é quase palpável. Ele é irresistível. Imagine só: delegado, herói, machão, corpo de admirar e implicante. Existe melhor que isso? Sim, só dois disso! haha Então, devaneios à parte, a coisa toda gira em torno dela, em que situações ela irá se meter para se livrar dos capangas do seu ex-amante, como reerguer a sua vida pessoal e profissional e ainda cuidar do seu filho e sua avó – e, quem sabe, de si mesma. Com uma ajudinha, quem sabe…

Citei apenas os dois protagonistas anteriormente, mas os secundários merecem um destaque também. Eles fazem parte de uma história que preenche e complementa bem o foco principal. Além de serem bem construídos e cheios de carisma, e com características que se encaixam perfeitamente na ambientação.

Uma história envolvente, com toques de romance, amores não correspondidos, drama, um pouco de suspense, e o que eu acho melhor: cotidiano – apesar de ser um cenário um pouco distante do nosso. Entendem o quero dizer? Elementos simples e que nos conquistam fácil. Fiz a leitura tranquilamente mas pensando em todo momento que não queria que acabasse logo. Esse é o tipo de livro certo, que você não sente o tempo passar, nem quer se desapegar. Hoje mesmo, depois de algum tempo, me pego lembrando, querendo mais daqueles personagens que fizeram parte de alguns dias da minha vida. E fico aqui aguardando a continuação…
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Adriana 15/07/2012

Intenso
Acho que só a sinopse já deixou todo mundo com água na boca, foi o que aconteceu comigo, e não me decepcionou. O livro gira em torno de Karen e Nova em seu relacionamento com a misteriosa cidade de Matarana. São duas personagens muito diferentes entre si; Karen é durona, foi marcada por uma vida difícil e por isso não entrega seus sentimentos facilmente, já Nova é a típica romântica, abandonou sua vida em Minas Gerais e foi morar em Matarana (Um fim de mundo sem lei) para ficar perto de seu amor de infância, apesar de saber que provavelmente o relacionamento deles nunca passará de amizade. Mesmo sendo tão diferentes as duas protagonistas tem algo em comum, uma força e um destemor diante das injustiças da cidade que as coloca em situações perigosas que nos deixam sem fôlego a cada página...
Resenha completa no blog: http://hobbyecletico.blogspot.com.br/2012/07/terra-ardente-janice-diniz.html
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Joelma Alves 10/07/2012

Terra Ardente
Entrei em contato com Terra Ardente pela primeira vez através do blog Fotos & Livros, que estava fazendo a divulgação na época. De cara achei a história interessante e original, afinal um livro de um autor nacional que se passa no Brasil não é algo tão comum assim (pelo menos quando falamos de jovens/novos autores).

Me inscrevi no BookTour e em Junho recebi Terra Ardente. A história se passa em Matarana, uma cidade fictícia do centro-oeste brasileiro, que foi muito bem ambientada. Eu ficava com calor e falta de ar enquanto lia, devido às descrições das altas temperaturas da cidade, somadas a poeira e fumaça causada pelas queimadas.

Acompanhamos a trajetória dos habitantes da cidade, que foi colonizada por pessoas em busca de uma vida melhor, que acabaram vendo seus sonhos indo por água abaixo quando homens inescrupulosos como os da Família Dolejal e o Coronel Marau começaram a dominar as suas propriedades e consequentemente suas vidas.

"Sim, dinheiro não era problema. O que não se comprava, não se vendia, não se roubava: isso, sim, era um verdadeiro problema." pág. 41

As protagonistas são Karen Lisboa e Nova Monteiro, duas mulheres guerreiras que lutam por seus ideais e por sua independência. Karen veio para Matarana ainda criança, com os pais, e hoje cuida de um bangalô com sua avó e seu filho Jhonny. Nova é uma Jornalista que veio da Capital com seu amigo Cris, os dois fugindo de casamentos fracassados.

Mas confesso que meus personagens preferidos foram todos masculinos, começando pelo pistoleiro lindodemorrer Franco, com seu jeito bruto, rústico e sistemático, como dizem por aqui, passando pelo Delegado Rodrigo Malverde, o típico xerife gatíssimo linha dura, e o fazendeiro ricasso Thales Dolejal, dono de um temperamento forte e amante de Karen nas horas vagas.

O foco de Terra Ardente está nas relações entre seus personagens, como eles pensam, sentem e agem em relação uns aos outros. De todas as passagens do livro, minhas preferidas, as que eu ficava torcendo para aparecerem logo, foram as de Thales Dolejal e Franco, esses homens são nitroglicerina pura, gente (palavras da autora!). Franco tem uma adoração por Tales (já levou até tiro por ele), já que este o acolheu quando ele ainda era uma criança e sua mãe morreu atropelada por um caminhão. Thales também é um pouco do homem que Franco gostaria de ser: rico, poderoso e respeitado/temido por todos em Matarana. Grande parte das reviravoltas do livro envolvem esses dois personagens, então, fiquem de olho neles!

Janice Diniz soube conduzir uma trama interessante, que deixou vários ganchos para os dois próximos livros da Série (Céu em Chamas e Fogo no Cerrado). Terra Ardente aborda temas “como a liberdade individual da mulher, o capitalismo espoliador, a desigualdade social, a distribuição de terras, grilagem, assassinato por encomenda, coronelismo” e muito romance onde nem os fortes tem vez!
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Lola 26/06/2012

O mundo é dos que têm coragem para admitir suas fraquezas.
"Matarana, a cidade das aparências, onde nem sempre o mocinho é bom e o vilão, mau. Um romance country contemporâneo com mulheres fortes, homens destemidos, pistoleiros, matadores de aluguel e paixões devastadoras.
A humanidade posta à prova em situações-limite..."

Nunca busquei ter um estilo literário, de ler apenas esse ou aquele gênero de livro. Confesso que alguns enredos não me atraem. Por exemplo faroestes, bag-bang’s, caubóis e toda essa coisa meio EUA nunca fez minha cabeça.

Eis que um belo dia li a resenha de um livro nacional super bem indicado pela blogueira Mi, do Inteiramente Diva que me fez querer dar uma chance aos caubóis.

Um tempo depois surgiu a oportunidade de participar do BookTour do livro “Terra Ardente – Amor e Ódio onde nem os fortes têm vez.” E aqui estou para contar para vocês a primeira coisa mais importante que descobri: o livro não é um faroeste fajuto que imita a cultura do Texas apenas abrasileirando os personagens.

Janice Diniz construiu o que há muito está em falta no mercado literário: um romance tipicamente brasileiro, ambientado em uma cidade pequena localizada no cerrado, com homens rústicos e mulheres que aprendem desde cedo a ser fortes. Porque afinal Matarana nunca foi o lar de ninguém.
Uma terra colonizada por influência do governo e onde a lei costuma encontrar dificuldades para se sobrepor aos bandidos disfarçados de ricos latifundiários.

As desconfianças que eu tinha eram a respeito da forma que a autora usaria para ambientar esse enredo, bem como a respeito de sua forma de escrita.
Já no prólogo acabaram-se as desconfianças. Janice utiliza uma linguagem que oscila entre o coloquial e o rústico. Apesar de tudo se passar em uma cidade relativamente pequena ela teve o cuidado de não inserir em seus personagens características forçadas que os deixassem inverossímeis.

O delegado Rodrigo Malverde é o “viúvo convicto” cobiçado pelas mulheres da cidade, que ama a lei acima de tudo. Graças ao seu bom caráter, possivelmente ele não esteja em segurança.

Como é mesmo que dizem, que alguns amigos são lobos vestidos em pele de cordeiro?

Eu definiria assim Thales Dolejal, o 2º homem mais poderoso da cidade. Ele tem ao seu dispor homens dispostos a tudo para obter o reconhecimento do patrão.
Qual será a sensação de ter alguém capaz de tomar um tiro por você?

Talvez Franco, ou melhor, o nosso diabo loiro, possa te dar essa resposta. Do alto da sua masculinidade ele tem um passado que o atormenta. Mas o chefe da segurança de Dolejal quer mais do que reconhecimento. Aparentando ser um homem destemido, talvez sua vida esteja a perigo já que ousou meter-se com a amante do patrão.

E por falar em amante, logo conhecemos Karen, uma mulher que aprendeu a ser forte e controlar suas emoções. Pois se não fosse assim de que forma administraria sua propriedade, suas dívidas, um filho adolescente e uma avó para lá de desligada? Apesar da má fama e dos poucos amigos seu coração almeja o melhor para aqueles que ama. Custe o que custar.

Por outro lado Nova Monteiro, a jornalista da cidade, não tem nem de perto a mesma fama de Karen. Uma mulher de constituição física pequena, mas cheia de amor por Cristiano Bittencourt, o charmoso pediatra e seu melhor amigo. Uma pena é que ele não esteja disposto a romper as amarras de medo que o prendem.

E é como todos sabemos: muitas vezes criamos uma ilusão e de tanto depositarmos nossas esperanças nisso, acabamos acreditando que a vida só terá sentido se aquele sonho tornar-se real.

Porém, o que é a vida senão um conjunto de fatos surpreendentes?
E é nesse clima de romance, perseguições, revelações e perigos que nossos protagonistas serão envolvidos, e no final será impossível tirar do rosto do leitor aquele sorriso de canto e aquela sensação de que na vida aquilo que nos faz feliz, sempre vale a pena lutar.
Um romance sensual sem ser vulgar, uma narrativa em 3ª pessoa que agrada, transmite o íntimo de cada personagem sem tornar-se dramática em excesso nem detalhista demais.

Terra Ardente quer mostrar que ser fraco e ser forte em nada tem a ver com força física, mas sim com caráter. Forte é quem tem coragem de assumir suas próprias fraquezas, é aquele que jamais desiste dessa tal felicidade. Mesmo que demore, mesmo que hajam inúmeros obstáculos.
Forte é quem se joga de cabeça em águas turvas, que deixa o passado e vem sonhar com o futuro e viver o presente da melhor forma possível.
Lutar por aqueles que você ama, ainda que isso lhe custe a vida: esses são os fortes. Esses são os sobreviventes de Matarana.


Resenha Originalmente Postada no seguinte Blog: http://adventurerpenelope.blogspot.com.br/2012/06/booktour-terra-ardente-janice-diniz.html
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May 22/05/2012

Nacional de dar orgulho!
Sabe aquele tipo de coisa que você gosta tanto que não consegue reunir as palavras certas para externar isso? Foi o que aconteceu com Terra Ardente. Ele é um romance com uma mistura des elementos que podem tornar o livro um best-seller. E para isso, sabemos que ele não precisa ter elementos de outro mundo, narrativa complicada e rebuscada; basta ter os certos. Ok, ok, eu admito… Ele me ganhou mais ainda por ser nacional. Eu tenho o maior prazer e satisfação de ler uma história tão bem escrita por um autor nacional. E se me permitem um parênteses para falar diretamente a autora: Janice, nem tenho como agradecer pelo presente que foi ter lido sua obra. Amei! Desculpe a demora em resenhá-lo. Queria guardá-lo mais tempo na minha memória, e sem saber explicar muito bem o porque mas tentarei: é como se depois que o resenhasse, eu libertasse minha mente para um próximo livro, pois eu fico martelando as palavras certas para por na resenha e acabo relembrando mais do livro. Porém, tenho certeza que não esquecerei de Terra Ardente. Karen e Rodrigo me ganharam. Ah! Já falei no twitter quando acabei a leitura e falarei aqui também: quero mais, quero continuação! Acalenta um coração e diz que fará logo. rs

Acho que depois desse enorme parágrafo eu nem preciso mais resenhar, né? Mentira! Tenho mais a falar! A começar pela personagem principal, Karen, que embora ambientada em um cenário latino com direito a fazendeiro milionário, capangas e um delegado para lá de machão, ela chama a atenção do leitor por não se tratar de mais uma mocinha indefesa. Mãe solteira, mulher feita (literalmente, ela não é mais nenhuma mocinha), dona de uma pousada que está mais para lá do que para cá e se vê toda enrolada e sem dinheiro nem para terminar a pintura do seu estabelecimento. Para melhorar a situação, depois de 10 anos sendo amante do ricaço (e insuportável) da cidade, é jogada de escanteio e expulsa da vida dele, ou melhor, expulsa de sua própria cidade. Logicamente, como era de se esperar, ela não aceitará isso nunca, pelo menos, não sem antes tentar de todas as formas impedir que isso aconteça.

Aqui o foco principal não é o romance entre Karen e Rodrigo, e aliás, não sabemos como, quando e nem se isso acontecerá. O que deixa a história mais interessante ainda. E é muito gostoso acompanhar a quimíca entre os dois que é quase palpável. Ele é irresistível. Imagine só: delegado, herói, machão, corpo de admirar e implicante. Existe melhor que isso? Sim, só dois disso! haha Então, devaneios à parte, a coisa toda gira em torno dela, em que situações ela irá se meter para se livrar dos capangas do seu ex-amante, como reerguer a sua vida pessoal e profissional e ainda cuidar do seu filho e sua avó – e, quem sabe, de si mesma. Com uma ajudinha, quem sabe…

Citei apenas os dois protagonistas anteriormente, mas os secundários merecem um destaque também. Eles fazem parte de uma história que preenche e complementa bem o foco principal. Além de serem bem construídos e cheios de carisma, e com características que se encaixam perfeitamente na ambientação.

Leia a resenha na íntegra: http://www.itcultura.com/2012/05/terra-ardente-de-janice-diniz
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House of Chick 06/05/2012

A história de “Terra Ardente” se passa na cidade de Maratana, localizada no interior do centro-oeste do Brasil. Uma cidade controlada por grandes latifundiários que exploram não só as terras do lugar como também os habitantes. Um local onde os ricos são extremamente ricos e os pobres passam por muitas necessidades. O clima é extremamente quente, castigando todos os – poucos – moradores.
É fácil nos identificarmos com algumas características dos personagens, pois além de serem muito bem desenvolvidos, apresentam personalidade de “gente como a gente”, que tem erros e acertos e que não podem ser considerados apenas mocinhas e vilões, mas sim seres humanos como qualquer outro. No início, por exemplo, eu não gostei muito das atitudes de Karen, mas no decorrer da história fui conseguindo entender mais a sua visão sobre a vida e até passei a gostar dela.
Apesar de ser um livro mais focado nesta personagem, todos os outros trazem bastante importância para a história, uma vez que seus dramas e conflitos valorizam a narrativa de uma forma bem explicativa e que aproxima o leitor da trama e enriquece ainda mais a leitura de uma forma muito agradável.
Karen Lisboa é uma mulher forte que vive com a avó e seu filho adolescente. Ela é bem determinada e não gosta que ninguém dê palpite em como viver a sua vida. Uma mulher muito bonita e cobiçada, porém com uma regra que lhe rendeu uma má fama pela cidade: ela só sai com alguém por 3 encontros e nunca mais. Karen cuida de uma pensão cheia de problemas e não deixa que ninguém conquiste seu coração.
Além disso, dois fazendeiros estão querendo as suas terras. Um deles é o Thales Dolejal, um homem super ganancioso e rude que faz tudo por dinheiro e poder. Ele comanda um grupo de capangas e por seu temperamento forte está sempre batendo de frente com Karen. Mesmo com todas as brigas eles vivem uma relação conturbada de amor e ódio, já que mantêm um relacionamento sexual que sempre faz com que Karen se “arrependa” e vá procurar sexo com outros homens no bar da cidade.
Rodrigo Malverde é o delegado do local, um forasteiro que resolveu criar raízes em Matarana. Justo e sensato ele é um homem bom e honesto que não concorda com muitos dos esquemas feitos por Thales e pelo coronel Marau. Bonito e viúvo ele arranca suspiros de muitas mulheres da cidade, porém não demonstra muito interesse em nenhuma delas, já que Karen parece ser sempre o centro de suas atenções.
Outro personagem muito cativante é a Nova Monteiro, uma jornalista de personalidade forte de Minas Gerais que acabou se mudando para a cidade para acompanhar um amigo de infância e grande amor, o doutor Cristiano Bittencourt (um médico que só tem tempo para seu trabalho). Buscando uma grande reportagem que possa alavancar a sua carreira, ela divide seu tempo em dois empregos: é jornalista em um pequeno jornal da cidade e à noite é cantora de músicas country no bar do Gringo.
Franco, também conhecido como diabo loiro, é outro personagem importante na história. Fiel escudeiro de Thales Dolejal, teve uma infância triste e em consequência disto é um homem amargurado. Ele deixa as mulheres loucas, já que é muito bonito.
Janice escreve muito bem, e claramente podemos ver isso em todo o livro. Os personagens são ótimos e muito bem escritos. A história em geral nos prende de uma maneira super gostosa. O livro é narrado em terceira pessoa e contém características presentes no nosso dia a dia, como a existência do Facebook, além de apresentar diálogos bem atuais. Durante toda a leitura nutri diversos tipos de sentimentos, uma que vez que fiquei aflita, sorri, me revoltei, etc. O amor e o ódio estão andando de mãos dadas em todas as linhas.
Esse é um romance intenso que nos prende de uma forma que não conseguimos largar até terminar de ler a última linha. Me apaixonei pelo cenário por ser um bem diferente do que estou acostumada a ver, vivenciar e, até mesmo, ler. Os personagens fogem dos estereótipos criados por nossa imaginação quando pensamos em caubóis e são perfeitamente bem elaborados assim como envolventes e viciantes na medida certa.
Apesar de ser uma trilogia, o livro dá uma boa conclusão para tudo e deixa também um gostinho de quero mais para o próximo, fazendo com que a gente se delicie neste volume e implore para ler mais sobre Matarana e seus personagens. Agora é ficar esperando pela continuação desta maravilhosa obra. Os próximos livros são “Céu em Chamas” e “Fogo no Cerrado”. Por favor, Janice, lance logo o resto da trilogia, pois tenho certeza de que todos os leitores, assim como eu, estão ansiosos para ler mais dessa incrível história.
Super recomendo o livro para todas as pessoas. “Terra Ardente” mistura aventura, romance, humor e muito mais na medida certa. Se você quer algo diferente, envolvente e que pode te viciar, leia este maravilhoso livro, pois quando começamos a ler não conseguimos mais parar.

Essa resenha também pode ser lida em : http://www.houseofchick.com/2012/03/terra-ardente-janice-diniz.html
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Vanessa Vieira 25/04/2012

Terra Ardente_Janice Diniz
O livro Terra Ardente, de Janice Diniz, nos conta a saga de duas mulheres, Karen Lisboa e Nova Monteiro, na cidade de Matarana, localizada no centro-oeste do Brasil.

Karen não possui uma boa reputação, por conta de seus milhares de envolvimentos amorosos, além de ter altas dívidas que podem levá-la à falência. Sua vida afetiva também não é das melhores e ela está envolvida com dois fazendeiros da cidade - Coronel Marau e Thales Dolejal - que ambicionam tomar sua propriedade como parte do dinheiro que ela lhes deve. Um deles, Dolejal, possui também um envolvimento sexual com Karen. Sua vida corre risco, e tudo o que ela quer é viver pacificamente ao lado do seu filho Johnny e de sua avó Ninita. Em busca de segurança e paz, ela acaba se envolvendo com Rodrigo Malverde, o delegado local. Rodrigo ficou viúvo há alguns anos, e desde então nunca se envolveu com nenhuma mulher. Ele é um homem robusto, estonteante e muito másculo, além de se comportar como um típico xerife americano.

A jornalista Nova também precisará da proteção de Rodrigo. Ela veio a Matarana investigar a exploração de trabalhadores pelo latifúndio local e também para ficar perto do homem que ama intensamente, o médico pediatra Cristiano. Cris foi traído pela ex-esposa, o que resultou em sua separação. Amargurado pelos encalços da vida, ele não pensa em se envolver com mais ninguém, focando-se exclusivamente no trabalho e enxerga Nova apenas como sua amiga, o que não corresponde em nada os sentimentos da moça. A investigação sobre os poderosos de Matarana colocará Nova em grande perigo, ao mesmo tempo em que o seu coração sangra pelo amor não correspondido. Ela fará inúmeras descobertas e precisará fazer uma escolha importante.

Terra Ardente é um livro incrível! Personagens bem construídos e de arrancar suspiros da primeira à última página. Janice Diniz conseguiu nos entreter com caubóis maravilhosos, sexys e que transbordam masculinidade em cada gota!

Karen é vista com maus olhos pela cidade inteira, por ter dormido com quase todos os homens do local. Ela é uma mulher determinada e de garra, que só busca a felicidade de sua família. Tentando arrumar a sua vida, acabou arranjando ainda mais contratempos, e foi parar nas mãos dos dois homens mais poderosos do local. Quando passa a se envolver com Rodrigo, descobre sua verdadeira feminilidade e encontra proteção e fogo nos braços fortes e no tórax bem esculpido do delegado. Rodrigo é um homem másculo e que provoca arrepios em muitas mulheres, mas é bem criterioso em suas escolhas. A princípio, ele busca apenas proteger Karen, como um bom mocinho que se preze, mas dia após dia se sente cada vez mais envolvido no corpo da bela mulher e enlaçado por uma forte paixão.

Nova é uma mulher feminina e romântica, além de ser uma jornalista brilhante. Ela não suporta injustiças e decide investigar os donos de latifúndios de Matarana com ímpeto, mesmo que tenha que pagar por seus atos com a própria vida. Alimenta uma paixão platônica por Cris, que a trata como se ela fosse sua irmã caçula. Cris é um homem que se fechou para o mundo desde a traição de sua esposa, e que tem como válvula de escape o seu trabalho no centro médico. Ele trabalha sem descanso, por horas à fio, para que não tenha tempo de dar vazão aos seus sentimentos. Foi um dos personagens que não me encantaram na trama. Achei ele muito mole e inseguro, além de fazer Nova sofrer com a sua postura.

Agora, um personagem que vale a pena ressaltar (e como vale!) é Franco, mais conhecido como Diabo Loiro. Com apenas 22 anos, aparentemente desprovido de sentimentos e um dos homens de confiança de Dolejal, ele toca terror por onde passar, amedrontando todos ao seu redor. Mas ao longo da história, ele acaba mostrando a sua verdadeira importância e se tornando um homem com H maiúsculo. Sedutor, amoroso e com o tipo de pegada que desarma qualquer mulher. Como a própria autora disse, ele foi criado como coadjuvante, mas acabou se destacando e se tornando um dos personagens mais especiais da trama.

Terra Ardente é uma leitura prazerosa e envolvente. Um romance bem estruturado em um clima de faroeste sem proporções, com muitas cenas hot, de tirar o fôlego, e caubóis que transpiram sensualidade. Sem dúvidas, é um livro que tem tudo para virar um ótimo filme e ser recorde de bilheteria, além de nos provar como a literatura brasileira é maravilhosa, vasta e agrada a todos os gêneros. Recomendo, com certeza!

http://www.newsnessa.com/
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Fernanda 19/04/2012

Resenha: Terra Ardente (Janice Diniz)


Boa noite, Caçadores!
Tudo bem com vocês?
Após meu vídeo mais do que animado, apresento para vocês:


Ed. Multifoco
ISBN: 9788579616839
286 Páginas
Skoob
Compre com a autora

Classificação:
Capa: 8.5
Conteúdo: 8.5
Diagramação: 7.5

Sinopse: Karen tem má fama na cidade. Envolvida com corridas de cavalo, dívidas que podem levá-la à falência e uma vida afetiva que segue a regra dos três encontros e nunca mais, ela não pode fracassar. No seu encalço, dois fazendeiros ambicionando tomarem-lhe a propriedade. Com a vida em risco e sozinha num lugar hostil, ela tenta sobreviver e cuidar da avó e do filho. Se for preciso, seduzirá o delegado de polícia de Matarana para protegê-la – um caubói da lei que se comporta como um xerife durão do velho-oeste americano. Mas Karen não é a única mulher em apuros. A jornalista Nova Monteiro investiga um latifundiário suspeito de aliciar trabalhadores. Abandonou o sudeste para ficar ao lado do homem que ama desde a infância. Um amor que tem tudo para não se concretizar. O que Nova não sabe, porém, é que, segundo boatos, a chuva de cinzas na estação do estio não é somente das queimadas, mas também dos corpos dos forasteiros que se metem com os poderosos da região. Assim, ela faz duas descobertas: que luta pela causa errada e que o amor verdadeiro é um sentimento bruto que pode nascer do medo. Matarana, a cidade das aparências, onde nem sempre o mocinho é bom e o vilão, mau. Um faroeste moderno com mulheres fortes, homens destemidos, pistoleiros, matadores de aluguel e paixões devastadoras. A humanidade posta à prova em situações-limite.
Terra Ardente apresenta a cidade de Matarana, uma campeã em produção de grãos e que vive para o agronegócio.
Uma cidade com 13 mil habitantes, porém que somente algumas pessoas se destacam...
Karen Lisboa é uma mulher forte, guerreira e dona do seu próprio nariz, porém apesar de ser Mulher Macho, como a Mi do Inteiramente Diva citou, a mesma sofre preconceito da cidade inteira, até mesmo do então amante namorado Thales Dolejal, um homem rico, que além de disputar acúmulo de poder com o Coronel Marau, ainda tem tempo para fazer o papel de homem carrapato, pé no saco... ciumento, que tenta de todas as formas "domar" a protagonista Karen

Link da resenha completa: http://www.cacadoradelivros.com/2012/04/resenha-terra-ardente-janice-diniz.html
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Rafaela Regis 16/04/2012

Terra Ardente - Janice Diniz
Amor e ódio, onde nem os fortes têm vez!

Recebi o convite da Janice para participar do booktour do livro Terra Ardente e confesso que fiquei curiosa e super ansiosa para lê-lo, e como no booktour você tem que esperar bastante para que os outros participantes leiam, a curiosidade só fazia aumentar e cada resenha lida então nem se fala!

Terra Ardente possui vários personagens chaves, que passamos a conhecer ao decorrer da leitura, e claro você se identifica mais com uns do que com outros e há aqueles também que você não gosta e pronto!

Matarana (que eu erroneamente chamava de Maratana) é uma cidade pequena dominada por dois grandes fazendeiros, que só pensam em aumentar cada vez mais o seu poder, sem se importar com quem está no meio dessa queda de braço em que nenhum dos dois quer sair perdendo.

E no meio dessa busca de poder, do tipo o que tiver mais hectares de terra ganha, temos os pequenos latifundiários que a cada dia que passa têm a sua situação agravada devido à várias taxas, sem falar das pressões sofridas para que se “rendam”.

Logo no primeiro capítulo conhecemos a mulher da vida e a amiga do médico. A mulher da vida é Karen Lisboa, uma mulher forte e corajosa que não teme nada e nem ninguém, também conhecida na cidade como “vaca louca”.

Karen é aquele tipo de mulher que faz de tudo para sobreviver, pois além de ter que cuidar do filho adolescente e da avó, tem que manter a propriedade que foi a única coisa deixada pelos pais. No entanto manter essa propriedade não vai ser nada fácil, pois os poderosos da cidade já estão de olho nela, o que não quer dizer que Karen vai se render facilmente.

A amiga do médico é a jornalista Nova Monteiro, que veio para Matarana acompanhando seu melhor amigo Cristiano, por quem ela nutre um amor que é totalmente não correspondido. Nova é uma mulher decidida, que não suporta injustiças e como qualquer jornalista que se preze tem um faro super afiado para “captar” algumas coisinhas erradas!

Nessa cidade onde nem tudo é o que parece, você passa a perceber que existem muitos tons de cinza e que os papéis de mocinho/vilão se alternam quando menos se espera.

Janice Diniz escreve uma história diferente, que leva o leitor a conhecer até que ponto o ser humano chega para poder sobreviver. Mostra que os fracos podem sim ser fortes e os fortes também podem ter o seu momento de fraqueza.

Com personagens fortes e muito bem estruturados e que ao decorrer do texto vão se tornando mais reais a cada virar de página.

Gostei muito da Karen, que apesar de toda a sua história controversa é a prova de que as mulheres são fortes e não fraquejam ao primeiro buraco no meio do caminho. Já a Nova, só fui simpatizar com ela lá para o final do livro quando ela realmente descobre o que quer!

Vocês devem ter percebido que eu não falei/citei nenhum dos personagens masculinos. Poxa Rafa, por que não? Por que assim que eu comecei a ler percebi que eles já eram previsíveis (costume de quem lê muito romance), então para mim não teve muita novidade. Mas posso dizer que o Cristiano foi um dos que mais me desagradaram.

Confesso que esperava muito mais do livro e senti falta de alguns personagens que no transcorrer do livro simplesmente sumiram.

A diagramação do livro também deveria ter recebido uma atenção especial, porque sinceramente eu não encontrei nenhum errinho no texto e se encontrei foi muito besta, mas o que me deixou arrasada foi a falta de parágrafos nas páginas, o que cansou muito a leitura. No entanto não tira em nada o brilho da história que é muito bem escrita.

Terra ardente é o primeiro livro da série Matarana, uma série recheada de paixões devastadoras, ação, intrigas, homens destemidos e mulheres fortes e determinadas no cerrado brasileiro.

Recomendo!
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Babi 02/04/2012

http://www.romanceseleituras.com/2012/04/terra-ardente-janice-diniz.html

Sempre julguei ser mais difícil falar sobre um livro que não gostei a dissertar sobre um que tenha conquistado meu coração. Mas confesso que escrever sobre Terra Ardente está sendo uma árdua tarefa. Fiz e refiz alguns esboços (como de costume) tentando encontrar as palavras certas para transmitir, ou tentar, toda a emoção que os caubóis de Matarana despertaram em mim. Tenho certeza que, por mais que tente, não vou conseguir.

Decidi então, jogar na lixeira todas as palavras escolhidas e simplesmente deixar essa emoção fluir, numa tentativa de retribuir, de alguma maneira, as maravilhosas horas que passei encantada com essa história tão real que chega a ferir. E seja o que Deus quiser (risos).

Janice Diniz nos transporta, sem pedir licença, para Matarana: uma terra de homens poderosos que comandam, controlam, desafiam e matam. A autora nos apresenta uma realidade que, por ser totalmente distante da nossa, fingimos não existir: o controle dos coronéis, a exploração de trabalhadores, impunidade, machismo... Poderia citar vários pontos explorados pela autora, mas prefiro que você, que está lendo essa resenha, sinta o impulso de largar tudo e mergulhar fundo nessa história.

Em Terra Ardente, conhecemos Karen Lisboa, uma mulher desiludida, que está constantemente bêbada e tem uma péssima reputação na cidade. Apesar de tudo isso, é forte e luta para cuidar do filho e do patrimônio deixado por seus pais. Conhecemos também a história de Nova e Cris, ela jornalista e ele médico da cidade. Os dois vivem juntos, porém, como amigos e já enfrentaram muitos problemas ao longo do tempo que se conhecem. Temos ainda o delegado Rodrigo Malverde e sua aplicação em fazer cumprir-se a lei e a disputa de poder entre dois coronéis. Para completar, temos o desenrolar de amores platônicos, arrebatadores, impulsivos e... inesperados.


Melhor impossível, concordam?


Outro ponto que não posso deixar de citar é a narrativa envolvente e o uso impecável da língua portuguesa, além de uma revisão perfeita. A editora também fez um excelente trabalho quanto à diagramação. Até comentei na caixinha de correio da semana passada sobre a qualidade do papel utilizado e minhas primeiras, e boas, impressões que só se confirmaram com o decorrer da leitura.

Finalizo fazendo uma ressalva para a incrível quantidade de títulos com os quais nos deparamos todos os dias nas livrarias, esperando para serem lidos e apreciados. Infelizmente, muitos de nós acabam por dar preferência a obras de escritores renomados e estrangeiros, deixando de dar uma oportunidade para o trabalho de nossos autores. BRILHANTES, diga-se de passagem. Janice Diniz, com certeza, figura entre eles.

Terra Ardente (284 páginas, Editora Multifoco) é o primeiro livro de uma trilogia que promete ser um um enorme sucesso.
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Nise 01/04/2012

Resenha do blog Diamante Literário
Matarana é o local onde a estória do livro se passa, uma cidade praticamente sem lei, onde tudo o que é ilícito acontece a olhos vistos. É nesse inóspito lugar que o delegado Rodrigo tenta botar ordem, eu disse praticamente sem lei, porque o delegado tenta de tudo para que a justiça e a lei se façam presentes nessa cidade. Muitos de seus problemas de baderna vem de Karen, uma mulher de má fama com muitos problemas financeiros e que tenta de tudo pra sair do buraco. Ela e Rodrigo são amigos de longa data, mas agora que Rodrigo não quer mais viver como um viúvo solitário e Karen precisa de um homem para protegê-la, a amizade deles pode seguir por um outro caminho.

"-Faria amor com você a noite inteira, mas do que sexo. Entende a diferença, moça?
-Não, nunca fiz amor. Como é Rodrigo, como é isso?
-Um dia eu lhe mostro."

Nova foi parar em Matarana junto com seu amigo Cris porque decobriu que seu marido a estava traindo com a mulher do amigo. E claro, porque nutri um amor por ele de infância. Ela acreditava que com o tempo as coisas pudessem ser diferente e que Cris a visse como mulher e não amiga. Mas as coisas se complicam quando Nova se mete em assuntos dos peixes grandes e corre perigo. Um dos fazendeiros poderosos da cidade irá designar um segurança para ela e Nova descobrirá que o amor pode nascer de onde menos se espera, e ter a força necessária para mudar até o coração mais arisco.

No começo, eu fiquei um pouco perdida na narrativa, pois são vários pontos de vista, ou seja, vários personagens contando sobre a mesma estória. Mas depois que peguei ritmo (depois das 40 primeiras paginas) a leitura fluiu muito bem. A linguagem dele não é complicada, pelo contrário, é um livro bem simples de entender e que por isso vai ser fácil das pessoas se identificarem. Ele possui alguns palavrões e algumas cenas sensuais, mas sendo um livro de caubóis e que trata dos fatos de uma forma aberta (ríspida até), isso é totalmente compreensivel e não me desagradou nem um pouco.

"Matarana é um vespeiro enevenenado. Só que quando a gente é picado não morre por causa do ferrão; a gente se torna outra vespa e passa também a espalhar o veneno."

Percebi o uso de ums estratégia literária muito comum em casos de livros com um pouco de suspense, o uso de capítulos em foma de novela. Quando estamos chegando ao desfecho de alguma cena, o próximo caítulo já é sobre outro ponto de vista. Isso ás vezes nos deixa com raiva, mas também cresce a curiosidade na leitura e o acelera. Você acaba lendo muito mais rápido para saber o que vai acontecer.

Embora o livro tenha vários personagens, 4 se destacam: Karen, Rodrigo, Nova e um personagem surpresa. Karen e Nova são as que mais narram e é com elas que acontecem os principais conflitos do livro. Particularmente me identifiquei mais com a Nova, mesmo querendo ser como a Karen. A Nova é sonhadora, e passou a vida toda querendo que um amigo se tornasse mais do que isso. Não aceita o que de errado acontece em Matarana e quer que tudo seja do jeito certo, mesmo que pra isso sua vida esteja em risco. O persnagem surpresa que fará par com Nova, é como o estou descrevendo, uma encantadora e desafiadora surpresa. Um personagem que chega de fininho e parece conquistar o coração de todas as leitoras (A fila é grande minha gente).

"Nova era como um girassol em busca de luz. E ela, Karen, era mais como uma mariposa queimada. Verdade universal: luz demais cega ou feria."

Por fim só posso deixar os meu parabéns a autora Janice, pelos personagens maravilhosos, um enredo inteligente e que prende o leitor, e por me proporcionar ótimos momentos e porque não dizer sonhos, já que sempre me imagino na personagem que mais me identifico. Estou muito ansiosa pelo livro 2, Céu em Chamas e que ele siga essa mesma linha que deu muito certo, com romance, intrigas e muitos caubóis pra nos fazer suspirar.

"Somente saberá se dormiu com o herói ou com o vilão quando já for tarde demais para se arrepender ... ou não."
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