Luan 17/09/2023
A dança das tramas
Agora entendo o porquê de George Martin estar há mais de 10 anos escrevendo Os ventos do inverno. A narrativa, ao fim desse quinto livro, chega num nível de tramas e subtramas muito maior do que nos livros anteriores - pelo menos, essa é a impressão que tenho -. Por isso, emendar várias tramas num único fluxo narrativo - que é o sexto livro - para finalizar no sétimo (e previsto como o último) é complexo e demanda muitas nuances narrativas, criativas e incontáveis revisões. Algo muito complicado. Sobre esse quinto livro, ele é um pouco lento no início, mas isso serve para estabelecer e localizar os personagens, principalmente aqueles que não estavam presente em O festim dos corvos. Em contrapartida, do meio para frente, a narrativa, que insere os personagens do quarto livro, desenvolve-se de maneira fluída. Porém, há poucas conclusões em termos de arcos narrativos e tramas na segunda parte da obra. Aliás, esse livro deixa mais dúvidas e perguntas do que respostas e certezas, algo que não diminui a qualidade deste quinto volume. Por fim, vale muito a leitura e a longa espera pelo novo livro.