marcilivros 21/10/2012
Laços ao invés de correntes
O que pode significar, ao fim de uma obra, o recebimento, pela protagonista, de um envelope contendo uma casca de árvore com algumas inscrições escalavradas com um canivete? O fim de uma história? Ou a reconstrução de várias vidas? Para saber, é preciso conhecer uma trama entrelaçada a outra: a de Caroline, iniciada no princípio do século XX, quando ela parte de Londres para casar-se com um jovem vaqueiro das terras selvagens do este americano, as infâncias de Beth, Erica, Dinny e Henry, que passavam verões na casa da avó chamada Meredite em uma mansão no campo e as vidas contemporâneas das duas mulheres já citadas que precisam voltar à casa de campo em que passavam suas férias e onde, em tempos que deveriam sempre ser felizes, uma tragédia aconteceu..... De que modo esta avó, já morta, e que deixou-lhe como herança mais do que uma casa em ruínas, pode ajudar estas mulheres a reconstituírem suas vidas, se quando elas estavam com esta senhora, nos tais verões, ela era tão tirana? Por que era assim esta mulher? Que relação tem a história da bisavó das meninas, Caroline, com este regresso?
Muitas perguntas precisam ser respondidas e deparamo-nos com múltiplos caminhos trilhados por estas personagens, os quais trouxeram dor, ódio, preconceito e uma grande necessidade de retomada, de volta, para que outras trilhas possam ser abertas, com escolhas diferentes, com sentimentos menos dolorosos, más correntes quebradas e laços firmes de união a serem tecidos....
Sem dúvida alguma, uma grande história, com fatos inesperados, um enredo envolvente e personagens interessantes....