Andrea 24/02/2012Ai, que decepção com esse livro! Uma história com potencial, mas que foi mal desenvolvida. Agora fica a dúvida: é ruim porque foi escrita por duas pessoas ou o fato de duas pessoas terem escrito foi que a tornou ruim? Ou isso não tem nada a ver? Oh, dúvida cruel.
A capa é maravilhosa, mas só no final faz sentido. Eu fiquei o tempo todo, "mas gente, DE ONDE saiu essa tesoura?". Concordo que é bem chamativa, mas né, precisa fazer sentido também. Ponto positivo aí.
E a tradução até que foi boa, com revisão e tudo. Não tenho muito do reclamar da Intríseca nessa questão. Mas eu não gostei da história ser narrada no presente. Isso me cansou.
O início é realmente cativante. Te prende e você quer saber onde vai dar. No começo, me cansou que todo capítulo - geralmente curto, aliás - tem informando a data. Mas daí o período do dia volta, o ponto de vista muda, e então é algo útil. Lá na metade, eu já estava acostumada, apesar de ainda ser pega de surpresa com alguma mudança de data.
De cara, eu odiei uma personagem. E isso poderia ser um fator positivo, o autor-- os autores mexerem com a gente a ponto de termos sentimentos tão fortes - mas não creio que eles pensaram isso pra Simone. Acho que ela é um tipo de mocinha. Mas eu a odiei, com o todo o meu ser. E como ela aparece na história gente! Pra mais desgosto meu.
Mas o pior é que o livro tem duas historinhas. Normalmente, pelo menos com o que estou acostumada, funciona assim: duas historinhas que aparentemente não tem ligação e se mostram ligadas. Aqui, temos duas que parecem ligadas, mas no final, são basicamente independentes.
Eu comprei o livro pela historinha 1 que teve o desfecho mais boring ever! Se é que pode chamar de desfecho. Se é que pode chamar de historinha, no final, porque muita coisa não faz sentido, nem tem explicação. A primeira coisa que eu pensei quando terminei esse livro foi, "mas já acabou? E a a história número 1?". Achei que o autor - os autores, sempre me esqueço - tivessem esquecido dela, mas aí eu me toquei que o desfecho tinha acontecido já e era aquilo mesmo. Nenhuma surpresa, nenhuma reviravolta. Nenhuma explicação. Boring.
Joona, o detetive, é a única coisa que se salva do livro. Insistente, muito dedicado, um pouco convencido... (E loiro. ;-) E ele não tinha um segredo? Envolvendo um acidente de carro? Deixei passar batido?
E o que foi isso de colocarem todo mundo ruim? Toda criança que apareceu ou era doente ou retardada ou gótica ou má. Cadê as pessoas normais?
Quase 500 páginas de pura enrolação. Aposto que um bom autor conseguiria escrever uma história muito melhor com metade disso.
Provavelmente, esse livro estará num top 5 das minhas maiores decepções nesse ano.