Nayana 17/07/2023Belo, porém raso.Capa dura e dourada, um dos livros mais belos que comprei!
?Sidarta é um espírito rebelde, seguidor dos ensinamentos de Buda, fiel à sua própria alma. Em sua busca pela verdadeira felicidade, o filho de brâmanes, favorecido na aparência, na inteligência e no carisma, torna-se um asceta. Para isso, segue um caminho tortuoso que o leva, através de um sensual caso amoroso com uma cortesã, das tentações à autocompreensão.?
Estava com muita expectativa para esse livro e me decepcionou absurdamente. Foi o livro escolhido para o mês de maio do clube do livro do trabalho e só por isso terminei de lê-lo (na raiva). No próprio debate percebi que muitas pessoas amaram e conseguiram extrair lições de vida desse livro, o que acho ótimo. Mas aqui trago realmente questões pessoais do que achei.
Há tempos um livro não me tirava tanto do sério e me irritava na leitura, tive que ir parando a cada 5-10 páginas para respirar e confesso que entender o propósito de um personagem principal ser tão irritante me escapou.
Achei o próprio Sidarta extremamente raso, superficial e com síndrome de superioridade, os capítulos não fluíam de forma natural e o personagem que mais me trouxe admiração e reflexão ? o balseiro ? achei que foi pouco desenvolvido também.
O livro em trouxe uma reafirmação boa sobre o desapego e a coragem, mas também me trouxe raiva sobre a arrogância e egoísmo do personagem, falta de senso coletivo ao tomar (sempre) somente o que precisava de cada um e não pensar nas consequências.
Se você busca inquietude e está curioso(a), recomendo a leitura atenta, refletindo sobre os ?pecados? e ?julgamentos? que ele traz.
Trechos que justificam meu desgosto (e sentimento em toda a obra):
?nossa existência é uma questão que diz respeito unicamente a cada um de nós como indivíduo?
?sempre e sempre prosseguia sentindo-se diferente dos outros e superior a todos?