Cinzas Na Neve

Cinzas Na Neve Ruta Sepetys




Resenhas - A Vida em Tons de Cinza


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Caroline 16/11/2021

Olhar sensível sobre uma história ignorada pelo mundo
Li este livro há alguns dias, mas sinto que não posso deixar de fazer uma resenha sobre o quanto gostei desta leitura. Iniciei sem grandes expectativas e sem entender direito do que se trataria... pensei que fosse apenas "mais uma história sobre a guerra". E, sim, é um romance histórico sobre uma velha guerra, porém sobre uma parte ainda desconhecida (e omitida) por muitas pessoas: o horror sofrido pelos cidadãos dos Países Bálticos durante a 2ª Guerra Mundial. A autora trabalha muito bem ao contar com a perspectiva de uma jovem artista que vai vivenciando os horrores da deportação ocorrida durante a anexação destes países à União Soviética.
A escolha desta protagonista artista nos dá um olhar ainda mais sensível sobre a violência sofrida pelos povos bálticos, sua luta pela sobrevivência e o acalento da esperança a que eles se agarram para resistirem. Por vezes, ao passo que Lina vivencia a escravização imposta por Stalin e faz comparações e rememorações saudosas sobre sua "vida antiga" e "normal" antes da guerra, foi impossível não se colocar no lugar dessas pessoas e se indignar com esta parte horrorosa da história da humanidade. Após a leitura e recado passado pela autora, é de suma importância que possamos conhecer mais sobre a ocupação das repúblicas bálticas, relegadas ao esquecimento pelo restante do mundo e que demoraram meio século para reconquistarem sua independência. Recomendo muito essa leitura (e a pesquisa pós leitura que ela incitará)!
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Isabella.Wenderros 15/11/2021

Forte, impactante e envolvente.
No século 20, a União Soviética de Stalin anexou ao seu território alguns países europeus, entre eles, a Lituânia. Enquanto o mundo se concentrava na Segunda Guerra Mundial, milhões de pessoas foram consideradas traidoras do regime, presas e enviadas para campos de trabalho forçado na Sibéria. Apesar de não existirem documentos que digam o número exato de vítimas, é provável que a maioria tenha sucumbido diante de tanto sofrimento. Para aqueles que sobreviviam – depois de décadas de abusos inimagináveis – a volta para casa era agridoce: eram vistos como criminosos, suas casas pertenciam aos agentes do regime, até mesmo seus nomes, em alguns casos, tinham sido roubados. O silêncio era essencial para evitar ser assassinado ou voltar para o lugar onde tinham ficado por anos. É nesse contexto que a autora apresenta Lina Valkas e sua família.

Lina, com 15 anos, impressiona com seu talento espantoso para o desenho. Prestes a ingressar em um renomado curso de arte, vê sua vida desmoronar quando sua casa é invadida na madrugada pela NKVD e ela é levada juntamente com sua mãe e seu irmão para um trem de carga sem saber qual o motivo ou seu destino. Desse ponto em diante, o terror em que ela é jogada com milhares de desconhecidos é chocante – em alguns momentos, eu me peguei pensando sobre o nível de crueldade no qual a humanidade pode chegar.

Em contrapartida, existia tanta empatia e bondade entre a maioria das pessoas, que dava uma sensação de esperança. Elena, mãe da protagonista, foi alguém por quem eu torci muito. Ela era uma luz no meio de tanta escuridão, sempre pronta para estender a mão e acolher alguém – mas não era a única. Como podiam, todos tentavam aliviar o fardo tão pesado que precisavam carregar juntos, inclusive, crianças e idosos.

O assunto tratado por Ruta Sepetys foi uma novidade pra mim, algo sobre o qual nunca tinha ouvido falar. Com capítulos curtos, a leitura fluiu rapidamente, apesar do tema pesado. Além disso, me envolvi tanto com os personagens que não consegui largar até descobrir o que aconteceria com eles. Fiz mil pesquisas no Google, marcando outros livros que falam sobre esses campos soviéticos e assisti a adaptação de 2018 – muito boa no começo, morna no meio e gostei bem pouco do final; apesar disso, valeu a pena.

Acho que a conclusão poderia entregar um pouco mais de informações – existe epílogo do epílogo? Foi uma ótima leitura, que me surpreendeu e apresentou um episódio da história humana que eu desconhecia. Fiquei emocionada e tocada. Uma das minhas melhores leituras do ano.
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Kev 31/10/2021

Ruta Sepetys não decepciona nunca
"Nós estávamos no fundo do oceano, mas ainda assim tentávamos alcançar o céu. Percebi que, se erguêssemos uns aos outros, talvez conseguíssemos chegar um pouco mais perto."

Esse livro e "O Sal das Lágrimas" deveriam ser leituras obrigatórias! Eu simplesmente amo a forma como Ruta da voz para a dor vivida por esses pessoas, sua escrita é maravilhosa. Nos permite uma reflexão necessária.
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Katia 30/10/2021

Amei
Sempre odiei aulas de história, mas amo absurdamente livros históricos, onde posso conhecer a história através da perspectiva de personagens que trazem mais realidade as histórias... e essa dura história contada aos olhos de uma menina de 15 anos faz toda a diferença...
Maravilhosamente bem escrito, bem contada a dura realidade mesmo com toda leveza da escrita.
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Rêh 24/10/2021

Perfeitamente emocionante
Um dos melhores que eu já li, sem dúvidas, é muito lindo o jeito que a Ruta trouxe esses relatos reais de pessoas que viveram esse pesadelo, com muito respeito. Lindo e triste, impossível não se emocionar, principalmente nos capítulos finais. Histórias que não podem ser apagadas e esquecidas, para não se repetir!!
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girlatbook 11/10/2021

sem palavras, livro incrível
o tanto que esse livro é importante não tá escrito.

eu não tava nem mesmo procurando ler algo sobre o assunto, mas o nome acabou me chamando atenção, e graças a deus que isso aconteceu. sem dúvida uma das minhas melhores leituras esse ano.

é absurdamente comovente, a dor que os personagens sentem é palpável justamente por sabermos que não são apenas personagens. que isso já aconteceu na nossa história. que as pessoas já perderam a humanidade a esse ponto em algum momento da vida. e o que mais me assusta é que esse assunto não é tão falado hoje em dia para que não se repita. quem garante que não está se repetindo? eu tenho minhas dúvidas.

cada momento foi como um soco no estômago. a narração da personagem tão bem colocada me fez sentir o que ela sentia na maioria das vezes; obviamente não na mesma intensidade. as pessoas que ela perdeu no caminho, outras que conseguiu conhecer, uma que conseguiu recuperar. não consigo imaginar como deve ter sido para essas pessoas (e tantas outras) viver numa corda bamba constante, onde todo segundo era um segundo de terror e angústia sem fim, vendo a terra que eram obrigados a cavar cobrir tudo o que um dia foi seus sonhos, seus desejos, suas vidas.

acima de tudo, grande admiração por cada um. nada no mundo, nem todo o dinheiro existente seria capaz de se redimir com os anos perdidos no inferno que passaram a maioria dos dias. a dívida não é apenas dos russos. é de toda a humanidade. e mesmo com tantos empecilhos e cuspes, pontapés, neve mortalmente congelante, palavras grosseiras e uma neblina cegamente onde não conseguiam encontrar a si mesmos, mesmo perdendo tudo e mais um pouco, eles nunca perderam a principal coisa. a coisa mais importante.

a esperança.
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Ana Luiza 24/09/2021

Livro com uma escrita leve, a leitura flui, não da vontade de parar de ler.
A história é bem triste, de momentos angustiantes, mas que faz refletir bastante.
A criação dos personagens são bem feitos e descritos.
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Andréa 17/09/2021

O terror das guerras
Um livro tocante. Os horrores de uma guerra contados por uma menina de 17 anos. Todo o seu sofrimento, dor e a esperança de sobreviver
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Malu 14/09/2021

Um livro muito bem escrito! Trás um retrato detalhado da crueldade dos soviéticos. Triste, extremamente triste...
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Ana Lara 14/09/2021

Angustiante
Um livro sobre o poder da amizade, do apoio e da vontade de viver.

O grupo de deportados a que Lina e sua família se juntam acabam formando uma família que está lado a lado, dividindo suas angústias, medos e raríssimas alegrias.

Como todo livro sobre guerras este é muito triste e no traz relatos da maldade dos soviéticos com os cidadãos de países invadidos pela União Soviética durante a Segunda Guerra.
Triste
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Jessica 13/09/2021

Uma leitura necessária
GENOCÍDIO. Uma palavra forte e impactante que bem representa seu significado - extermínio deliberado, parcial ou total, de uma comunidade, grupo étnico, racial ou religioso - mas que cada dia mais tem sido utilizada de forma vazia. Ruta Sepetys nos lembra, de forma arrebatadora, o horror que é o genocídio, o extermínio de parcela dos povos bálticos da Lituânia, Letônia e Estônia, logo após a anexação destes países pela União Soviética, acusados de fascismo pela oposição ao regime de Stalin.

Recém Nascidos? Fascistas!
Crianças? Fascistas!
Idosos? Fascistas!
Professores? Fascistas!
Médicos? Fascistas!
Famílias inteiras acordadas no meio da noite por oficiais armados, despojadas de tudo, taxadas de criminosas e mandadas para campos de trabalhos forçados nas regiões mais áridas do território russo. Muitos morreram de frio, de fome, de doenças, de tristeza.

Apesar de fictícia, a história ecoa os relatos de tantas vitimas que nunca tiveram voz e que viveram a realidade de suas pátrias encurraladas, de um lado, pelo horror do avanço nazista, e de outro pelo abominável domínio soviético. Uma leitura necessária!
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Mari.Vasconcelos 05/09/2021

Um livro digno de contextualização
Um livro emocionante, de uma leitura rápida e que te prende. Apesar do foco ser sobre o domínio de Stalin sobre(no caso) os países bálticos, a autora retrata a força do patriotismo, mas sobretudo, o que uma guerra faz com a alma das pessoas, o que ela pode arrancar à força e a força daqueles que não deixam arrancar suas almas.
O que mais me impressionou, tendo em vista, que esse seja um assunto tão repercutido, é o apelo que Ruta faz, para que não deixemos essas histórias virarem apenas histórias. Foi uma guerra que devastou literalmente países inteiros e que ao contrário da invasões nazistas, o domínio monstruoso da Lituânia não podia ser amplamente divulgado. Os sobreviventes, mesmo muitos anos depois, ao voltarem ao seu país natal eram tidos como criminosos sujeitos a prisão ou novas deportações, caso apresentassem ou sugerissem provas dos maus tratos sofridos. Vale a pena uma pesquisa sobre esse assunto, o livro despertou em mim esse interesse; vou começar assistindo ao filme, aposto que assim como o livro seja bastante instigante.
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Amanda 01/09/2021

Eu adorei esse livro, teve varias cenas que eu fiquem com do, eu so queria mais do final...


É um livro um pouco forte, quem gosta da temática vai adora o livro
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