Evy 25/08/2020Mea Culpa!Este foi o primeiro livro de contos que li do autor. Dele, só tinha lido até então Elogio da Sombra e muitas citações. Além disso, o conheço pelas obras de Manguel, ambos apaixonados pelos livros e pelas bibliotecas! Tudo que li de Borges até este livro tinha uma relação extremamente apaixonada com essa temática e por isso imaginei que, com certeza, seria um dos meus favoritos diante de tantos elogios que encontrei pela internet.
Não aconteceu. Obviamente não por culpa de Borges que é um escritor fantástico, com uma narrativa lindíssima, que beira a uma obra de arte. A escolha das palavras em sua narrativa é quase poética e descreve pinturas imaginárias sem igual! Porém, por uma falha minha e humana, não tenho bagagem suficiente para compreender toda a grandeza da obra de Borges.
Neste livro em específico, ele traz contos que brincam entre a realidade e a fantasia/misticismo e são recheados de referências muitas vezes desconhecidas a mim, e portanto, de difícil compreensão. Ele traz assuntos bastante comuns a sua escrita, como percebi em minhas pesquisas, como: Deus, eternidade, livros, biblioteca, labirinto. Seus textos são de uma qualidade sem igual e tenho absoluta certeza que com mais bagagem, e talvez daqui a alguns anos, este livro entrará facilmente ao meu hall de favoritos!
Destaquei dois contos que gostei e acredito que compreendi melhor, que foram "A casa de Ásterion" e "A escrita do deus", marquei diversas passagens que achei lindíssimas, pois como disse, a narrativa é tão bela como uma obra de arte e o conto que dá nome ao livro "O Aleph" tem um significado muito lindo para esta palavra que gostaria de deixar registrado:
"O lugar onde estão, sem se confundirem, todos os lugares do planeta, visto de todos os ângulos".
É material suficiente para se refletir por um bom tempo! As quatro estrelas são Mea culpa, pois o livro é maravilhoso e por minha falta de bagagem pude usufruir pouco desta leitura, que com certeza visitarei novamente alguns anos mais tarde!!