Guia Politicamente Incorreto da América Latina

Guia Politicamente Incorreto da América Latina Leandro Narloch
Duda Teixeira




Resenhas - Guia Politicamente Incorreto da América Latina


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Keiko 26/09/2011

Interessante.
Como todo livro que fala de história de algum lugar, ou de alguém, temos que ler imparcialmente. E do mesmo jeito que não devemos tomar as verdades apresentadas nos livros de história como fatos, não podemos fazer com esse. O autor escreve o livro num ritmo de reportagem, o que eu particularmente gosto, mas em alguns momentos fica um pouco vago e deixa alguns trechos incompletos. Devo dizer que fiquei impressionada com alguns fatos que não conhecia dos nossos "heróis". Mas temos que levar em consideração o contexto da época, o que acaba justificando alguns atos e pensamentos. Por isso da mesma maneira que não podemos dizer que eram santos e estavam certos, não devemos crucificá-los. Toda informação é relativa e deve ser lida com olhares críticos. Por fim, apesar dos apesares, achei uma boa leitura que conta a nossa tão conhecida história sob um ângulo diferente.
Thulio 30/01/2012minha estante
Concordo que devemos analisar este livro com um olhar cético, mas em nenhum contexto as atitudes desses "anti-heróis" - segundo o livro - são justificáveis, independente do contexto.


George Lall 16/05/2012minha estante
Concordo com o comentário de Estrela no instante em que fala da exposição jornalistica. Acrescento que por instante, a fartura de citações deixa a obra um pouco lenta. Com relação ao ponto de observação, sempre devemos consolidar e contextualizar nosso entendimento. A validação de ações e fatos do passado sob a perspectiva do presente além de ser incorreto é desonesto! Bom livro.




Rodrigo 30/07/2023

Pecados ao Sul do Equador
Eis um livrinho fluido e irônico, com uma proposta interessante, apesar de algumas confusões cronológicas e contradições. Os autores reescrevem a história oficial do continente, da colônia ao século XX,  trazendo fatos que foram apagados com o tempo para mostrar o lado cruel da formação dos países latino-americanos, e as reais intenções dos seus ditos heróis socialistas. Dois capítulos foram especialmente bons, por me trazerem temas novos: as origens do Haiti e a história da Argentina.

O Haiti, em 1790, foi a colônia francesa mais bem sucedida do Caribe, um território inteiro de fazendas a base de mão de obra escrava, e responsável por 40% do açúcar da Europa, em plena era dos ideiais da Revolução Francesa. Aí ocorrem levantes de escravos contra os fazendeiros europeus, que são caçados e mortos, e os líderes das revoltas se tornam os novos donos de escravos. A coisa foi só piorando: a França envia navios para tentar recuperar sua colônia e a Espanha aproveita a crise pra também tomar a ilha. E mais guerras, mais revoltas de escravos contra os novos senhores, num ciclo sem fim de genocídios.

Já a Argentina, nas primeiras décadas do sec. xx, foi um dos países mais bem sucedidos economicamente no mundo; Buenos Aires era uma mistura de Paris e Nova York, com arquitetura digna das capitais europeias e uma sociedade alegre e bon vivant, com seus vinhos malbec e bifes de chorizo. Eis que acontece um golpe militar nos anos 40, e surge então a figura do Peron, um militar com ideias populistas, fruto do tempo em que morou na Europa.

Fã do fascismo italiano, uma vez alçado a um cargo relevante, defendeu a criação de leis trabalhistas mais brandas, aos moldes do que Getúlio Vargas fez por aqui, ganhando assim uma popularidade que incomodou o regime militar. Chegou a ser preso, mas acabou solto devido ao apelo popular, e posteriormente, vira presidente eleito pelas urnas.

A partir daí, afunda o país na tentativa de implantar a "ditadura do proletariado" como na Itália de Mussolini, estatizando empresas e bancos, além de impôr gastos militares excessivos e assistencialismo sem freio, criando um clima de falsa felicidade; o povo, viciado em benefícios, apoiava o governo, enquanto os donos das fábricas fechavam as portas.

A produção despencou, o PIB foi pra vala e a inflação disparou, até que a crise bateu forte, e com ela vieram as greves, prisões,  controle da mídia de oposição, etc. Em meio a tudo isso, temos a primeira dama Evita, uma espécie de Janja portenha, que vivia fazendo filantropia com o dinheiro alheio e só falava besteiras, mas pelo menos era novinha.

O livro ainda mostra o lado B de vários outros personagens, como o presidente comunista chileno Salvador Allende, que eu conhecia apenas do livro "A Casa dos Espíritos", escrito pela sobrinha. Em resumo, um texto baseado em uma vasta pesquisa, e que, longe de ser espetacular, valeu pelo entretenimento, e por isso eu o recomendo aos que se interessam pela história e política latino-americanas.
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Felipe 03/07/2012

“Guia politicamente incorreto da América Latina” de Leandro Narloch e Duda Teixeira. Leya (2011), 311 páginas.
Assim como o original “Guia politicamente incorreto da história do Brasil”, este segundo livro da série também é uma reportagem de VEJA, feita por dois jornalistas que se formaram na escola da revista que tem entre suas fontes gente como Carlinhos Cachoeira. As fontes do livro em questão são tão confiáveis como o famoso bicheiro de Goiás.
Os autores, como de costume em VEJA, não se preocupam em mostrar os dois lados e sustentam suas posições em argumentos facilmente refutados. Neste livro, os dois jornalistas de VEJA tratam das figuras mais famosas da América Latina, como Che Guevara, Simón Bolívar, os Peróns, Pancho Villa e Salvador Allende. A idéia do livro em si é feliz, a de mostrar que estas figuras da história latinoamericana não foram heróis abnegados que dedicaram sua vida a uma grande causa. Mas pior que mostrá-los desta forma, é contrário, usar fontes pouco confiáveis para tentar diminuir a importância histórica deles.
No capítulo de Che, os autores narram vários episódios que têm como fonte pessoas contrárias ao regime dos castros em Cuba. Estes relatos são tratados como verdades incontestes e narrados como fatos devidamente apurados historicamente. Não é diferente nos capítulos seguintes. Como quando afirma que Pancho Villa adorava os Estados Unidos tendo como única fonte para afirmar isto uma entrevista, reproduzida no livro, em que Pancho dá declarações políticas e que em nenhum momento diz o que os autores afirmar que ele disse, típica manipulação da escola de VEJA.
Mas o pior fica para o final, na defesa velada do golpe militar do Chile dado por Pinochet. Um leitor desinformado pode ser levado a crer que a única saída para o Chile era destituir um governo democraticamente eleito porque tinha posições de esquerda que iam contra os interesses dos capitalistas, interesses estes defendidos com afinco até hoje por VEJA.
Enfim, o livro tem uma proposta que seria muito mais bem explorada por escritores que tivessem um pouco mais de bom senso, mais interesse em discutir episódios históricos, de mostrar os dois lados e não por dois jornalistas que usam o livro mais para defender sua posição ideológica e sem compromisso em informar e apurar os fatos. Ideia boa, mas muito mal executada pelos autores. Suas posições de direita reacionária causam tanto mal estar para eles próprios, que assumem que ser de direita é politicamente incorreto.
RaquelFMLopes 19/07/2012minha estante
Muito bom ter lido sua resenha, pois estava quase comprando a coleção inteira, numa promoção da submarino. Não que eu não vá ler o livro, vou ler assim que tiver oportunidade, mas gosto de comprar somente aqueles que eu tenho a perspectiva de reler algumas vezes e emprestar para os amigos. Vou tentar depois tomar emprestado em alguma biblioteca. Se realmente o livro for no estilo veja, não vale o investimento de 9,99, na verdade não vale nem 1,99. Eu simplesmente detesto as reportagens tendenciosas desta revista. Embora eu tenha grande simpatia pelo socialismo, não me importo em ler críticas sobre minha visão, acho até bem interessante, mas somente quando são bem fundamentadas. Um forte abraço Felipe, obrigada pela resenha.


Du 24/08/2012minha estante
Jornalistas da Veja?
Só seria interessante comprar se eles pudessem publicar o que "NÃO SE PUBLICA" na Veja.
Quase comprei esse livro.
Ainda bem que optei pelo Guia Politicamente Incorreto da Filosofia, que é escrito por um "Doutor em Filosofia da USP" em vez de pseudo-jornalistas.


Eduardo 31/12/2012minha estante
A partir de ''resenhas'' como essa, tal obra me dá certeza que eu necessitava - quando esquerdistas se coçam em pruridos de irritação - e só me faz crer que cumpriu o seu papel. Mal posso esperar pra ler.


thabell 01/01/2013minha estante
O livro só mostra "um lado" pois o outro supostamente o leitor já conhece, que é o difundido pelos livros de história que são recomendados na escola, ou por pessoas que apenas papagaiam o que leem sem simplesmente buscar o restante do conhecimento. Mostrar só um lado das coisas é coisa de comunista, e esse não deveria ser o papel de um historiador comprometido com os fatos e sobre como eles serão encarados pelas outras pessoas. Acabei de ler aqui "pseudo-jornalistas", só porque os dois autores trabalharam na veja isso faz deles pseudo-jornalistas?! A última coisa que eu digo, procurem ler sim o livro e tirar suas próprias conclusões, e não se deixar levar por resenhas dos outros que as vezes podem não ser compatíveis com sua opinião.


thabell 01/01/2013minha estante
O livro só mostra "um lado" pois o outro supostamente o leitor já conhece, que é o difundido pelos livros de história que são recomendados na escola, ou por pessoas que apenas papagaiam o que leem sem simplesmente buscar o restante do conhecimento. Mostrar só um lado das coisas é coisa de comunista, e esse não deveria ser o papel de um historiador comprometido com os fatos e sobre como eles serão encarados pelas outras pessoas. Acabei de ler aqui "pseudo-jornalistas", só porque os dois autores trabalharam na veja isso faz deles pseudo-jornalistas?! A última coisa que eu digo, procurem ler sim o livro e tirar suas próprias conclusões, e não se deixar levar por resenhas dos outros que as vezes podem não ser compatíveis com sua opinião.


Edison Garreta 12/05/2013minha estante
O Pondé escreve pra Folha, que nem é tão diferente assim da Veja... acho que o livro cumpre seu papel, o de contestar a história oficial, que supostamente o leitor já conhece. Convenhamos, seria realmente necessário abordar os dois lados num livro entitulado como "politicamente incorreto"?


Bruno 10/08/2013minha estante
Enfim, uma opinião sensata!


Edinho 26/11/2013minha estante
basicamente concordo com sua resenha Felipe.


Luiz Eduardo 06/12/2013minha estante
E o recalque de esquerdista/socialista? Todas as fontes são confiáveis, eu verifiquei muitas delas.


Marcos Brito 11/12/2013minha estante
HAHA as fontes são diários, documentos e vídeos do Che, mas ainda assim os caras têm a coragem de dizer que não são confiáveis KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKk


Matheus 11/07/2014minha estante
pra quem diz que o livro é confiável. eu faço história na UFMG e meus professores discordam da sua opinião. eu li metade, o livro é péssimo. o Felipe tem razão.


adrianoprospero 17/07/2015minha estante
Sinceramente, rasos estão os argumentos do Felipe. O livro apresenta muito mais argumentos do que os que ele cita, e todas as muitíssimas fontes citadas estão listadas no final de cada capítulo do livro. O livro é muito rico e se propõe a contar um lado da história que geralmente não é tão divulgado. A leitura vale muito a pena.




isamoreeuw 04/04/2021

DESSERVIÇO
Mais um desserviço pra humanidade perder tempo
Mais uma vez atendendo ao que a direita brasileira quer que seja ensinado às pessoas
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Lara 25/09/2011

Reflexões incômodas
Um livro que definitivamente não será bem aceito para os que elegem um lado favorito na história (como se história se tratasse de uma partida de futebol).
Trata-se de um livro que desmistifica os heróis latinos, apresentando suas gafes e seus defeitos (inclusive morais), tudo isso numa linguagem leve e bastante envolvente.
Como disse no título, provoca reflexões incômodas, porém saudáveis. Não defendo que se deva acreditar em tudo o que diz esse livro (ou em qualquer outro, aliás), mas se o leitor sentir-se instigado a pesquisar mais sobre o assunto acho que a leitura já valeu super a pena!


Obs: Muitos dizem que é um livro sem base científica, por não ter sido escrito por historiadores - as referências bibliográficas amplamente apresentadas a cada capítulo, porém, refutam qualquer mimimi que entre nessa linha.
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Lodir 24/11/2011

Após o sucesso do “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil”, nada mais esperado que uma “seqüência” embalada no sucesso. Leandro Narloch, jornalista com passagem por diversas revistas da editora Abril – entre elas Veja e Superinteressante – pegou onda no sucesso de Laurentino Gomes e ajudou a mostrar que livros de história vendem no Brasil – e vendem muito. Agora, o conceito de livro polêmico, que tem a intenção de mudar a forma como vemos a história aprendida na escola, passa a ter foco na América Latina. Assim como o autor colheu diversas passagens brasileiras no livro anterior, agora é a vez dos personagens e fatos que marcaram os nossos países vizinhos. Dessa vez, ele convocou um colega seu, outro jornalista da editora, para co-escrever o livro, uma diferença que pode ser facilmente notada com relação ao anterior.


Este guia traz personagens como Che Guevara, a família Perón, Salvador Allende, Hugo Chávez, Simon Bolívar, Fidel Castro e Pancho Villa, relatando os momentos da história que trouxeram esses personagens. Os grandes destaques são, como era de se esperar, os capítulos de Che, Perón e Bolívar, por serem os nomes mais conhecidos aos brasileiros, e por trazerem informações interessantes e relevantes sobre eles. O grande destaque da obra é o capítulo sobre Che Guevara. Ele, um personagem histórico pouco conhecido pela população em geral, acabou tornando-se um mito e uma figura simbólica que representou diversas revoluções, ainda que ninguém saiba dizer ao certo o motivo. Os autores mostram que, ainda que muita gente use a famosa foto de Che estampada em camisetas, a maioria não sabe do passado terrível e sanguinário que o ditador teve. Basta dizer que, além de todos os registros contra ele, há vídeos no Youtube com discursos do próprio Che onde ele confessa já ter fuzilado muitos de seus opositores – e que ele pretendia continuar fazendo isso.

Outras verdades são apontadas por Narloch e Teixeira sobre as demais figuras. A obra mostra que Perón abrigou nazistas, afundou a economia argentina quando ela vivia seu melhor momento e se envolveu com meninas de treze anos – em plena Casa Rosada, sob o conhecimento de todos. Bolívar, ditador que queria comandar toda a América Latina, aparece no livro com um perfil bem diferente ao que Hugo Chávez mostra aos venezuelanos hoje. Ao invés do homem libertador e preocupado, Bolívar é retratado como o homem arrogante que afundou todas as regiões em que fez política.

Este, no entanto, não é tão bom quanto o livro sobre o Brasil. Também é interessante e fácil de ler, principalmente tratando-se de um livro de história, mas não tanto quanto seu antecessor. A sensação que fica é que, quando escreveu o primeiro, o autor realmente tinha versões diferentes e contraditórias para contar, que batiam de frente com a história oficial que é ensinada. Já nesse segundo volume, talvez a maior inspiração tenha sido o apelo comercial após o sucesso de estréia, e provavelmente não havia tanta coisa nova sobre a América Latina. Capítulos como o sobre Salvador Allende, Pancho Villa e a civilização inca não apresentam nada de interessante, tornando-se enfadonhos a maior parte do tempo – exatamente como os livros de história da escola.

Esse fato pode preocupar, já que o próximo lançamento da dupla será sobre a história geral do mundo – ou não. Com um leque maior de possibilidades e opções, os autores talvez encontrem mais novidades para contar aos seus leitores – algo realmente novo e polêmico. Um argumento usado freqüentemente contra eles é o de que seus livros não têm boa base de pesquisa, o que não é verdade. Basta consultar a vasta bibliografia ao final de cada capítulo para constatar isso. O problema, contudo, é que a intenção dos autores é justamente vender polêmica e ir contra o senso comum, o que obviamente causa atritos. O tenso bate-boca entre Leandro Narloch e Fernando Morais que aconteceu na Fliporto agora em novembro, em Olinda, exemplifica isso. Morais, outro historiador best-seller, não gostou do que ouviu do jovem jornalista sobre Cuba, e partiu grosseiramente para o ataque. Polêmica vende, é claro. O difícil é convencer a pensar diferente quem já está acomodado com uma versão dos fatos.

MAIS RESENHAS DO LODIR:
www.lodirnegrini.com
Ricardo_PA 10/12/2011minha estante
Excelente resenha! Concordo com tudo, inclusive quando você diz que esse livro não é tão bom quanto o anterior do Leandro Narloch, sobre história do Brasil. Esse da América Latina foi visivelmente feito com menos cuidado, alguns capítulos até acabam de modo abrupto...




Guilherme 03/08/2020

Contramão do sistema
Assim como o guia politicamente incorreto da história do Brasil, contém diversas contraditórias daquilo ensinado nas escolas, mas também nos mostra que nem sempre os monstros eram realmente monstros e que os ditos heróis como Che Guevara não eram tão heróis assim. É bom ser imparcial na história de vez em quando.
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Graciela11 01/02/2021

A verdade liberta!
Quanta verdade que nunca saberia nas escolas! Como amo a verdade! Eu demorei anos para terminar de ler, pois deixei ele de lado e tem uma explicação: apesar de ser muito legal, ele tem muitos detalhesinhos que me deixaram cansada de ler. Teve momentos que eu ri, outros que eu fiquei enojada e horrorizada, mas foi muito bom ler. Recomendo a todos: de todas posições políticas. (Desafio 2021)
Lucas 06/08/2021minha estante
Estou terminando a leitura e tenho o mesmo pensamento! Triste ver as demais resenhas pendendo negativamente por pessoas que tiveram decepções políticas.




Jota 29/12/2021

Horrível
Como avaliar um livro escrito por Leandro Narloch?
Se pudesse, daria nota negativa. Algo como cinco negativo, para que o próximo livro dele já ganhasse nota zero automaticamente.

Quando li, fiquei com vergonha. Como alguém tinha coragem de escrever tanta porcaria? Como uma editora tinha coragem de publicar?
No fundo, o que importa mesmo é dinheiro. E pode ter certeza, eles ganharam muito, em cima da desinformação, da polarização burra, barata e gratuita.

Um autor especialista em descontextualizar um determinado fato ou personagem histórico, para explicar do ponto de vista político do autor. Independente do assunto, não importa a verdade, basta uma narrativa para atacar a esquerda e defender a direita.

Fake news, polarização, pós-verdade. Narloch já era bolsonarista antes mesmo do bolsonarismo surgir. Diante das críticas, diz que isso é consequência de "mostrar a verdade" e combater o marxismo; verdade essa que não é baseada na realidade. Ou seja, para combater algo que, segundo ele, é mentira, ele... mente, é desonesto em suas narrativas.

Não foi surpresa quando foi demitido da CNN Brasil, por comentários homofóbicos ao dizer que “Não há dúvida disso, os gays, os homens gays, eles têm uma chance muito maior de ter Aids, né?”. Tudo baseado na sua interpretação (como sempre errada e mentirosa) de uma pesquisa

Se esse livro serve para alguma coisa, é apenas para entender como aquilo que chamamos hoje de bolsonarismo surgiu e cresceu no país.

site: https://www.instagram.com/mundolivrosehq
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Josimar34 14/06/2020

Faltou transparência
A meu ver faltou na referida obra provas de muitas "informações" contida nela.. O autor baseou o livro em achismos. Faltou comprovar parte do que escreveu nas referências bibliográficas..Enfim, dá pra afirmar que trata-se de uma obra parcial.
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Marcel 22/11/2012

Muito bom para tirarmos o tapa olho!
Sim, como a maioria das resenhas sobre o livro Guia Politicamente Incorreto da América Latina dos autores Leandro Narloch e Duda Teixeira, deve ser lido com imparcialidade, concordo com isso.

Mas, estes guias (como também o da História do Brasil) nos tiram daquela mesmice que tudo foi lindo e maravilhoso nas tentativas de esquerdistas radicais ou de proletariados ditadores!

Vidas de glória e heróismo como as de Che Guevara e Simon Bolivar, já eram desmentidas há tempos ou pelo menos nos mostravam o outro lado da moeda!

Os autores fizeram uma pesquisa de dar inveja à qualquer autor bem como qualquer pesquisador, o livro não esta embasado somente na mente deles.

Eu tenho certeza que vale a pena a leitura, ainda mais para derrubarmos de certa forma, pelo menos parcialmente grandes mitos criados que mais atrapalharam e mataram do que ajudaram os que precisavam de ajuda!
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jsilveira 26/12/2022

Leitura raiz
Leitura necessária para entendermos como a história real, de fato, aconteceu. Interessante perceber como as distorções nasceram e tentam se perpetuar.
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Priscilla.Silva 18/12/2020

Parcialidade
O livro tem por objetivo relatar fatos históricos de líderes latino americanos, porém achei que os autores não se ativeram apenas aos fatos e situações, tecendo inúmeras opiniões políticas próprias sem embasamentos tangíveis, deixando a leitura parcial.
Prefiro livros que nos mostrem os relatos e deixem que pensemos por conta própria.
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Sally.Rosalin 29/08/2013

Lixo literário
A tentativa excessiva de ironia já é percebível na abertura intitulada de "Como deixar de ser latino-americano". Esse excesso cômico não era tão acentuado no primeiro livro de Narloch e ao finalizar o livro, acredito que a parceria com Duda Teixeira, também jornalista, foi muito infeliz. Aos historiadores que abominam livros escritos por jornalistas, preparem-se para odiar ainda mais ou nem leiam.
Na introdução, os autores explicam o surgimento do termo latino-americano e as principais semelhanças históricas: massacre de índios, escravidão negra, ditaduras - combatendo o criador do termo que usava como semelhança apenas o idioma. Após isso os autores citam em tópicos "a receita" para se preparar um bom latino-americano. Polêmico, ainda que engraçado. Para eles o livro tem como alvo o falso herói latino-americano e os capítulos estão divididos em: Che Guevara, incas maias e astecas, Simón Bolivar, Haiti, Perón e Evita, Pancho Villa, Salvador Allende.
O primeiro capítulo trata sobre Ernesto Che Guevara e sobre quatro contradições, segundo os autores, entre sua vida e a admiração que ela inspira. As fontes são extraídas das principais biografias e de instituições como órgãos de direitos humanos e associações de familiares de mortos e desaparecidos políticos. Também são citadas palavras de Guevara escritas em livros, manifestas e diárias. Inclusive, um dos discursos de Che sustentado pelos autores, não encontrei em minha pesquisa.
Sobre incas, maias e astecas (capítulo 2) foi banal citar o escritor mexicano Octavio Paz: “Aqueles que definem a conquista como um genocídio dos povos americanos cometem um erro grave", historicamente falando, ridículo da parte dos autores. No mesmo capítulo "Os índios conquistadores” o erro foi o quesito conquistas, claro que houve e há aqueles que ficaram/ficam do lado dos saqueadores, mas generalizar se utilizando do nome de um historiador aqui e outro acolá, é absurdo. Sim, houve os extermínios de vizinhos inimigos, mas a forma que esses autores findam o capítulo espetando o "presidente indígena de um certo país andino" é um vômito. Suas fontes são péssimas, antes tivesse assistido o filme do Mel Gibson.
O capítulo sobre o Haiti é o mais cansativo e dá-se a impressão de lacunas.
Sobre Evita e Perón, narra a vida do militar que comandou o país entre 1946 e 1955 e também entre 1973 e 1974. O autor vai desde a independência da Argentina em 1816 e os principais acontecimentos até 1920 que tornaram o país avançado em quesito renda per capita e educação, até que chegou Perón, segundo os autores, o nosso Getúlio Vargas.
Capítulo sobre Francisco Pancho Villa (Doroteo Arango), um dos protagonistas da revolução contra o ditador Porfírio Diaz (México). Muito interessante, o próprio Pancho interpretou (The Life of Pancho Villa) a si próprio em um filme norte-americano. O título já diz tudo: "O latifundiário mais famoso de Hollywood". Último capítulo sobre Salvador Allende com direito a citar o poeta Neruda e no epílogo, os restos mortais dos personagens narrados no livro. A intenção é nobre, não existe herói cem por cento, mas eu considero esse livro como uma aberração histórica, lixo literário e besteirol, tipo revista VEJA. Fico do lado de Fernando Morais na 7ª Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto):
“Foi então a vez dele contestar uma informação publicada por Morais sobre o episódio das larvas jogadas pela governo americano nas plantações de batatas em Cuba. “Use um pouco do dinheiro que você ganha com direitos autorais e vá até os Estados Unidos checar isso. Nós não vamos ficar aqui brigando pelas batatas cubanas”, finalizou Morais.
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2011/11/escritor-fernando-morais-da-uma_19.html
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