O Silêncio do Túmulo

O Silêncio do Túmulo Arnaldur Indridason




Resenhas - O Silêncio do Túmulo


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Berenice 30/03/2012

Um novo nome no romance policial
Achei uma boa leitura, o autor sabe muito bem trabalhar a trama onde passado e presente se misturam harmoniozamente envolvendo o leitor a cada capitulo onde chega um momento que voce não consegue largar o livro até saber de fato o que aconteceu.E paralelo a investigação existe um conflito pessoal do personagem principal (investigador) que da um toque especial a trama.
Aprendia um pouco sobre a Islandia, onde se passa a trama, o autor fala de uma modo interessante que da curiosidade para saber mais sobre esse pais.

Recomendo a todos vale a pena conhecer, é uma otima leitura
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Juliana Pires 07/06/2012

O Silêncio do Túmulo - Arnaldur Indridason / Companhia das Letras
Hoje com 23 anos, eu só presenciei uma vez algum tipo de violência doméstica, foi quando eu era criança na casa de uma amiga, eu nunca me esqueci daquela cena, aquilo me deixou chocada, e hoje tanto anos depois qualquer tipo de violência doméstica ainda me deixa, mesmo que seja em um livro que é uma ficção, não consigo deixar de pensar quantas mulheres/crianças passam por isso e não tem a oportunidade de se defenderem, isso ao contrário do que muita gente gosta de acreditar não é uma realidade distante, não é algo que acontece só na periferia, pelo contrário esta entranhada em todas as camadas da sociedade.

Eu comecei com esse breve relato por que a violência doméstica é um tema abordado no livro, e é algo que me deixa tão revoltada com o ser humano de uma forma geral que eu precisava falar um pouco disso antes de começar a resenha de fato.

O Silêncio do Túmulo é um livro policial um pouco diferente, esta longe do ritmo frenético de alguns outros livros do gênero que eu já li, como os livros do Harlan Coben e James Patterson, se passa num país totalmente diferente e do qual eu só tinha “visitado” uma vez ao ler Viagem ao centro da terra, a Islândia e a investigação é de um crime que provavelmente ocorreu há mais de 70 anos.

Uma ossada humana é encontrada parcialmente enterrada em um terreno nos arredores de Reykjavík, de acordo com os especialistas a ossada deve ter por volta de 60/70 anos, então se houve de fato um assassinato ele ocorreu na época da Segunda Guerra Mundial, mas isso não é um empecilho para o detetive Erlendur e sua equipe, que tratarão o caso da mesma forma que qualquer outro.

Achar testemunhas que possam esclarecer o caso de alguma forma é difícil, por que a maioria já morreu ou esta muito velha para dar uma explicação lúcida. Mas com jeito os detetives vão encontrando pistas e aos poucos o caso vai sendo elucidado.

Enquanto acompanhamos a história no tempo real, somos apresentados a uma família que viveu na colina por volta de 1940 e pode ter relação com o caso. Eu preciso confessar que eu morri de ódio nessas partes, pois o marido batia tanto na mulher e ela não entendia o porquê de tanta violência – ela não fazia nada, e nem que fizesse - quando tentava fugir, ele ia atrás, ameaçava os filhos – que ele não amava – era o típico corvadão fora de casa era legal com todo mundo, gentil, até sorria – como o próprio filho dele constatou - mas em casa era o diabo na terra.

Também acompanhamos – em segundo plano – a vida familiar conturbada do detetive Erlendur, sua filha com quem não tinha muito contato, esta em coma por excesso de uso de drogas, e nas visitas que ele faz a ela nós vamos descobrindo mais sobre ele, sobre sua infância, sobre seus traumas, sobre o porquê ele abandonou a família.

Como eu disse antes o livro tem um ritmo mais lento, mas nem por isso é menos interessante, por que o mais importante é o aspecto psicológico dos personagens que é muito bem desenvolvido, e apesar do final um pouco óbvio eu ainda consegui me surpreender, e gostei muito do livro.

Achei interessante falar sobre a violência doméstica por que é uma questão importante do livro, e é um assunto que precisa ser discutido, pois fechar os olhos para isso justificando que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher é inaceitável.

Eu não sei onde precisamos mudar para suprimir esse tipo de violência, ela esta enraizada no machismo, que considera a mulher um objeto, um mercadoria, “algo” – não alguém – que não merece respeito, que nasceu para servir aos homens, que não tem direitos iguais. Como mudar essa cultura, é outra coisa que também não sei, e acho difícil que alguém saiba. Talvez, só talvez se pararmos de dividir, classificar, estereotipar os gêneros – por que para mim homens e mulheres só são diferentes biologicamente – podemos começar a melhorar essa questão.

É algo em que se pensar, espero que vocês tenham gostado da resenha e me desculpem pelo tom pessoal com o qual a escrevi, mais considero esse assunto muito importante e que precisa ser debatido.

O livro tem uma história fechada, mais assim com outras séries policias que narram diversas investigações de um mesmo detetive, como o Myron Bolitar do Harlan Coben e o Alex Cross do James Patterson, também temos mais livros do detetive Erlendur e sua equipe – Elinborg e Sigurdu Óli, esses nomes são muito engraçados.
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Dan 08/10/2011

O Silêncio do túmulo
O Silêncio do túmulo

Para quem gosta de suspense e investigação criminal O silêncio do túmulo é recheado desses ingredientes.

Um esqueleto é encontrado misteriosamente.
“Ele soube na hora que era um osso humano, quando o tirou das mãozinhas de um bebê que estava sentado no chão, mastigando-o...”

Continue lendo: http://www.falandodelivros.com/2011/10/resenha-o-silencio-do-tumulo.html
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Luana 09/04/2013

"O silêncio do túmulo"
Muito tem se falado sobre os autores nórdicos do gênero policial, então decidi conferir tal fama começando pelo recente livro do islandês Arnaldur Indridason. “O silêncio do túmulo" traz mais uma história comandada pelo investigador Erlendur.

Em um canteiro de obras da crescente Reykjavík, um esqueleto é encontrado por acaso: quando em uma festa infantil nos arredores um bebê aparece chupando um osso humano! Com a descoberta surgem inúmeras perguntas que Erlendur e sua equipe buscam responder. Um processo minucioso e complicado. Começando pela remoção dos ossos, que fica a cargo de um arqueólogo extremamente cuidadoso e lento. Tudo o que o investigador tem é a informação de que o corpo havia sido enterrado no local há cerca de sessenta anos.

Enquanto narra a difícil procura da polícia em desvendar o caso, que se torna atração na mídia local, o autor apresenta a saga íntima de Erlendur para se reaproximar da filha e ajudá-la a sair do vício em drogas. Uma relação dolorosa, que traz para o personagem uma roupagem de melancolia e arrependimentos.

A terceira narrativa que Indridason encaixa no livro começa sem muitas explicações. É brilhantemente descrita, como assistir um filme. Triste filme. As imagens são de violência doméstica. Uma jovem humilde, viúva e com uma filha pequena, se casa na esperança de ter o apoio que sempre necessitou. Mas acaba se tornando prisioneira de um inferno que muitas mulheres conhecem. O sentimento da mulher e a dor sofrida a cada ataque são contados como se pudéssemos ouvir seus pensamentos. Sem dúvidas uma história chocante, que se sobrepõe ao livro em si. Para no final as narrativas se encaixarem, trazendo um desfecho surpreendente e tocante.

“O silêncio do túmulo" se difere de tudo o que já li e vi do estilo. E é com certeza um dos melhores livros que pude ler em 2011. Uma dessas obras que nos impressionam e nos prendem não só em seu suspense, mas também no retrato que faz do lado mais sombrio do humano.
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dani 25/10/2014

O silêncio do túmulo Arnaldur Indridason
Eu estava em busca de uma leitura diferente, algum elemento que fugisse um pouco do padrão, um autor novo, enfim, foi com esse sentimento que acabei me deparando com a leitura de O Silêncio do Túmulo, de Arnaldur Indridason.
Além de ser um escritor novo em meu repertório, também foge do padrão americano ou inglês, ele é islandês e em si traz características próprias de sua escrita.
O livro tratará de vários mistérios que ocorreram tempos atrás, uma criança acha ossos em uma área de recente expansão, o que leva os investigadores ao centro de um mistério, esse esqueleto pertence há uma época mais remota e talvez seja fruto de um crime.
Com esses dados Arnaldur trará três investigadores para o caso: Erlendur, Elínborg e Sigurdur Óli. Uma das características dessa obra é que além do crime temos uma abordagem do que está acontecendo na vida dos investigadores. Erlendur, que nunca teve muito contato cm sua família, agora tenta ajudar a filha com graves problemas com drogas; Sigurdur Óli está com problemas de relacionamento com sua mulher, porém a vida de Elínborg, a única mulher da equipe, não é muito explorada.
Gostei da forma como a investigação é levada durante a história, assumo que por ser um crime que seria pautado apenas em lembranças achei que o ritmo seria lento, mas fui surpreendida, pois durante a investigação descobrimos uma mulher que supostamente se jogou no mar e, além disso, acompanhamos a narrativa de uma família que é oprimida por um homem violento. Com todos esses aspectos é impossível saber o que realmente aconteceu, a narrativa dá voltas e voltas e fiquei sempre mudando de opinião sobre o que tinha acontecido, no fim tenho que dizer que gostei muito da resolução dada.
Outro grande drama é a relação familiar de Erlendur, principalmente com sua filha, que revelou muitos aspectos do personagem e um tema que é complicado que envolve a distância de pais e filhos e o relacionamento durante e após uma separação. Adorei os dramas e conflitos internos desse personagem que é o mais rico da narrativa.
Sobre o projeto editorial tenho duas observações, a primeira é que tive dificuldades de assimilar os nomes, por ser de origem islandesa, mas gostei de terem mantido na tradução, tornou a história mais real, mais local. Outra escolha da tradução foi manter as aspas nas falas quando normalmente o usado são os travessões, mas isso não alterou meu fluxo de leitura.
Por fim quero dizer que a leitura me impressionou, fiquei envolvida na história e estou curiosa pelos outros livros que trazem Erlendur como personagem.

site: http://vintecincodevaneios.blogspot.com.br/2014/10/livro-o-silencio-do-tumulo-arnaldur.html
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Mariana113 13/01/2022

Nomes difíceis
Erlendur, detetive com vida complicada, ossos encontrados em uma escavação e trama fluida a ser desenvolvida!
Pra mim é mais um romance policial do que um suspense, porém fluida, vontade de não largar o livro até terminar!
A narrativa te faz querer saber mais, final esperado? Sim, porém muito bem desenvolvido!
Vontade de saber mais da vida do detetive...
Vale a pena a leitura

4?
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Literatura Policial 01/10/2015

É pouco provável que o leitor descubra realmente o que houve
“O Silêncio do Túmulo” é o quarto da série protagonizada pelo detetive Erlendur Sveisson e vencedor do prestigiado Glass Key Award. Sua história oscila entre o passado e o presente com o intuito de exibir um caso sombrio, envolvendo violência doméstica e um provável suicídio durante a Segunda Grande Guerra.

Logo nas primeiras páginas, um esqueleto é encontrado num canteiro de obras e enquanto os ossos são cuidadosamente removidos por um grupo de arqueólogos, o caso vai parar nas mãos da equipe chefiada por Erlendur. O problema é que, com a filha viciada em coma após dar à luz a um bebê natimorto, ele não sabe ao certo se é melhor tirar uns dias de licença ou dar prioridade ao trabalho, aguardando notícias do hospital.

Revelando um segredo de infância guardado a sete chaves pelo protagonista e uma família disfuncional, vítima de abuso físico e psicológico por parte de um pai tirano, fica claro que os conflitos familiares despertam tanta atenção quanto a identificação do cadáver. Com uma reviravolta nas últimas páginas, é pouco provável que o leitor descubra realmente o que houve numa fatídica noite de inverno onde a terra manchada pela neve tentou encobrir um macabro assassinato.

Cinzento e melancólico, aceite o convite para conhecer um país muito diferente da imagem alegre e colorida dos cartões postais.

site: http://literaturapolicial.com/2015/10/01/o-silencio-do-tumulo-de-arnaldur-indridason/
Jaque - Achei o Livro 21/10/2018minha estante
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João 06/04/2016

"Ele soube na hora que era um osso humano,quando o tirou das mãozinhas do bebê
que estava sentado no chão,mastigando-o."

Essa é a primeira frase do livro.Apenas uma frase e eu já estava seduzido pela leitura.
Um esqueleto é encontrado em um canteiro de obras.Depois de algumas especulações,a hipótese é de que tenha sido enterrado há sessenta ou setenta anos atrás. Mas quem é?Como morreu?Por quê?O inspetor Erlendur e seus ajudantes tentam desvendar um crime ocorrido há tanto tempo.Há poucas pistas,e provavelmente o criminoso já está morto.
O inspetor Erlendur além de estar as voltas com "o caso do esqueleto"também precisa lidar com seus problemas pessoais.Algo doloroso que guarda dentro de si e a sua filha que se encontra em coma no hospital.Permeando tudo isso há uma mulher com três filhos que sofre nas mãos de um marido abusivo.

Já fazia muito tempo que queria ler esse livro.Assim que li a sinopse já fiquei interessado.
O livro começa bem e segue assim até o final.
O autor é muito bom,lança pistas aos pouquinhos e quando o leitor imagina uma coisa,ele vem com outra e você acaba ficando na dúvida.E o melhor de tudo:tudo explicado no fim de maneira convincente sem querer fazer o leitor de bobo,como na maioria dos livros do gênero.

Apesar de o livro girar em torno de um crime ocorrido há tantos anos o autor soube conduzir a história muito bem.Passado e presente se intercalam durante o livro fazendo com que o interesse do leitor aumente a cada página.
Mas o autor caprichou mesmo foi na parte que fala sobre abuso doméstico.A melhor parte do livro.O autor mergulha de cabeça na história da mulher que há quinze anos suporta as surras violentas e o desprezo de um marido sádico,levando o leitor da indignação à piedade.
Como é uma série de livros com o inspetor Erlendur pretendo ler os outros.E mesmo sendo esse o segundo da série em nenhum momento me senti perdido,mesmo não tendo lido o primeiro
Livro excelente!Leitura de primeira!!

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Pepo 16/11/2016

Cativante
Silêncio no túmulo é um livro policial investigativo um tanto quanto peculiar. Digo isso pois, estamos acostumados nesse tipo de leitura à buscar juntamente com o personagem principal, um culpado. Aqui a busca não é por esse alguém, um possível assassino ou criminoso, mas sim, desvendar de quem é o esqueleto enterrado num bairro de Reykjavík à mais de 40 anos atrás. Podemos pensar que essa investigação é vaga, afinal, desvendar um crime cometido muito tempo atrás em nada iria mudar o desfecho dessa história. Mas esse é paradoxalmente o motivo que nos prende à leitura. A história é narrada de forma temporal, alternando entre acontecimentos de 40 anos atrás centrado em uma família que sofre nas mãos de um pai cruel (nota-se aqui a ótima forma de abordar um tema que ainda hoje é muito atual, a violência doméstica) e o presente, centrado nas investigações acerca desse esqueleto desconhecido. Paralelo à isso temos a história pessoal do investigador Erlendur, que sofre de problemas familiares, principalmente com sua filha rebelde Eva Lind. Portanto, recomendo a leitura. O autor me surpreendeu (primeiro livro que leio dele), a história é muito bem contada e mesmo parecendo vaga, me arrancou suspiros ao chegar no final, surpreendendo muito.
Gaby 16/11/2016minha estante
Adorei sua resenha! Esse livro já entrará na minha lista de desejados! Obrigada pela dica!


Pepo 16/11/2016minha estante
Que ótimo! Eu que agradeco!
Você vai adora-lo rs


Pepo 16/11/2016minha estante
Que ótimo! Eu que agradeço!
Você vai adora-lo rs




Kamila 23/03/2017

A trama começa numa festa de aniversário que está rolando num bairro rico de Reykjavík, capital da Islândia (que me faz lembrar da Björk, rs). Até aí tudo bem, mas algumas das crianças encontram uns ossos, que depois descobriu-se que fazia parte de uma ossada humana. Esses ossos foram encontrados no "Bairro do Milênio", um canteiro de obras de uma região da cidade que está se expandindo rapidamente, graças à especulação imobiliária.

As investigações preliminares revelaram que a ossada estava lá há pouco mais (ou menos) de 70 anos, ou seja, desde o tempo da Segunda Guerra. E é aí que entra nosso protagonista, o detetive Erlendur (pra quem não gosta de nomes nórdicos, tá liberado reclamar). O policial está às voltas com um grave problema pessoal: sua filha, Eva Lind, viciada e grávida, está em coma, por causa de uma overdose. Ele e a filha não se dão bem, por causa da maldita alienação parental.

Erlendur briga com a filha, não fala com o filho e volta e meia toma uns gritos de Hálldora, sua ex-mulher. Paralelo a vida desse pobre policial, temos uma mulher. Ela vive no tempo da Segunda Guerra. É mãe solteira, com uma filha que sobreviveu a meningite infantil e ficou com uns traumas. Essa mulher - cujo nome não é revelado em grande parte da história - conheceu um cara e acabou casando com ele, assim, do nada. E passou a bater nela, dia sim e dia também. A mulher, que já era mãe da Mikelina, teve mais dois filhos desse homem, cujo nome também não é citado, mas ganhou o apelido de Grímur de um de seus filhos.

Com a ajuda de seus colegas inspetores Sigurdur Óli (que tem uma namorada que beira a ninfomania e ele não quer casar com ela) e Elínborg (que é formada em Geologia e ama romances, além de ser uma das poucas policiais na Islândia, à época que o livro foi escrito). Além de toda a merda envolvendo a filha e o caso policial, uma situação do passado está atormentando nosso Erlendur. E agora, ele precisa desvendar o que aconteceu há 70 anos, com grande probabilidade de não resultar em nada porque muitos já morreram, vai saber.

Bem, apesar de ter enjoado momentaneamente de romances policiais, eles sempre terão um cantinho no meu coração. Eu o encontrei na biblioteca que frequento, perdido na seção de... romances policiais (ah vá). Preciso dizer que comecei a ler o gênero com James Patterson e sua maravilhosa série do Alex Cross e passei a gostar de vez por causa do mito/gênio/deus/fora de série/homão da porra Stieg Larsson. Então, não tenho como não dizer que me surpreendi com a escrita do Arnaldur.

Intrinsecado e bem escrito, ao longo da trama, vários personagens entrarão ao longo da mesma, e eles nos surpreendem, pois não sabemos se têm a ver ou não com o crime. A escrita dele te prende mesmo, a ponto de você não querer parar pra nada. E ainda dá tempo de conhecer mais sobre a Islândia, que é um país minúsculo na Escandinávia, onde, no verão, não existe noite e sua população total é de cerca 300 mil pessoas - e o presidente gostaria de poder proibir por lei o abacaxi na pizza.

Com uma premissa original e autêntica, Indridason colocou a Islândia no topo, pois, com este livro, ele ganhou diversos prêmios, merecidos, graças a sua habilidade em fazer com que um investigador tenha que driblar sentimentos pessoais, ao mesmo tempo que tem uma dívida pendente com sua família e saber de quem diabos é a bendita ossada, além de sofrer com a mulher vítima da violência doméstica - uma triste realidade. É narrado em terceira pessoa, sob os pontos de vista de Erlendur e da mulher.

No começo do livro, tem um mapa que mostra a Islândia e outro que mostra a parte da cidade em que a ossada foi encontrada. E eu esqueci de tirar foto, mas garanto a vocês que o mapa do país cabe em uma folha. Sério. Pior que os nomes dos personagens são os nomes dos locais. Perceberam que só escrevi Reykjavík e Bairro do Milênio? Pois é, mesmo com o esforço hercúleo da editora em acentuar as palavras e facilitar a pronúncia, não dá, tentar pronunciar todos esses nomes dá um nó no cérebro.

Uma excelente edição da Companhia, sem erros de nenhuma ordem e o único ponto negativo é que não há travessões nas falas, e sim aspas, no modo americano (ou francês?). Não o façam, por favor, é chato de acompanhar a leitura. Mas isso não é motivo pra desistir da obra, até porque o final te deixa com uma cara de "como assim, Brasil?". Aliás, pesquisando aqui, descobri que O Silêncio do Túmulo é o quarto livro da série do detetive Erlendur (o primeiro é o A Cidade dos Vidros, publicado pela Record), que já fazia sucesso fora da Escandinávia no fim dos anos 90 (muito antes de Millennium).

O que é surpreendente vindo de Arnaldur é que a Islândia é um país com baixíssima taxa de homicídios, então, haja criatividade pra inventar crimes! Aproveitem que esse simpático autor passou a morar no meu coração e confere essa entrevista aqui que ele deu pro site d'O Globo, em 2011, mas que é bem legal. Só tomem cuidado com os spoilers, rs.

site: http://resenhaeoutrascoisas.blogspot.com.br/2017/03/resenha-o-silencio-do-tumulo.html#comment-form
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Renata.Firpo 22/04/2017

Tenso! Recomendo muito!
Livro tenso, denso, bem escrito, suspense policial com mensagem sobre vida e morte. Realmente me surpreendeu. Não só pelo final, mas pelo próprio desenrolar e pela narrativa. Em alguns momentos tinha que parar o livro e refletir. E voltar a ler só no outro dia.
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