Resenhas - A Grande Fábrica de Palavras

Lisi Olsen 13/08/2020

Qual o preço das palavras?
Você já pensou quanto vale uma palavra? O valor de pronunciar uma frase? O quão rico, ou pobre, somos ao falar? E não estou dizendo em conhecimentos linguísticos, riqueza em palavras bonitas, mas sim em dizer com emoção.
Em a grande fábrica de palavras podemos refletir sobre questões sociais e econômicas através de um enredo onde as palavras são bens materiais. Temas como: pobreza, riqueza, sociedade, desigualdade, fome, poluição e amor podem ser trabalhados através de sua leitura.
Com uma linda ilustração de suma importância para a construção da narrativa e desenvolvimento da trama.
Um livro poético que contempla diferentes áreas e traz a tona várias visões sobre o poder e valor das palavras.
Não sendo um simples livro infantil, e sim uma obra de arte que fará você se encantar e valorizar as suas palavras...
Cereja, poeira e cadeira...


site: Canal e perfil: Devaneios em Arte

Larissa 24/03/2020

Quanta Fofura!
Amei as ilustrações, a historia. palavras são importantes, assim com atitudes. Simplesmente amei.

Toni 20/12/2018

As grandes-grandes histórias, quiçá as melhores, sejam para crianças ou adultos (vejam o caso do Saramago), partem de um pequeno-ou-grande factível-ou-fantasioso E se…? E se vivêssemos num mundo em que as palavras precisam ser compradas antes de serem ditas? E se as palavras mais importantes nesse mundo, aquelas que usamos para expressar amor, carinho e admiração, custassem uma fortuna? E se um menino pobre se apaixonasse por sua vizinha nesse mundo onde as pessoas quase não falam, como lhe seria possível abrir o coração à dona de seu afeto?
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Sendo um profissional das letras, o mote de 'A grande fábrica de palavras' já é suficiente para abraçar o livro em posição fetal por horas, arriscar a vida para salvá-lo de um incêndio, transformá-lo em item de primeira importância de meu espólio patrimonial. Como se não bastasse a fofura-arranca-lágrimas do E se..? que deu origem ao livro, a arte da argentina Valeria Docampo (digna de uma expansão do DixIt) consegue transformar o silêncio de cada quadro em expectativa e crítica social. É tudo lindo, adorável, puro amor.
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“Existe um país onde as pessoas não falam. É o país da grande fábrica de palavras.” É assim, com essa lição de ironia, que tem início o texto da Lestrade. Mas também poderia ser “Existe um país onde as pessoas não comem. É o país do grande supermercado neoliberal”, ou qualquer outro absurdo que engolimos diariamente. Não lembro de ter lido muitos livros infantis quando criança, ao menos nenhum me marcou de forma indelével. 'A grande fábrica de palavras' fica sendo, portanto, meu livro infantil-descoberto-pelo-adulto favorito, para o qual sempre volto quando o Toni menino me puxa pela mão.

Raquel.Chiaradia 25/07/2016

Maravilhoso!
Um livro simples de tudo, mas genial. Philéas precisa se declarar para Cybelle. Eles vivem em um país onde seus habitantes praticamente não falam e, para que possam falar, é necessário comprar as palavras. Elas custam uma fortuna e Philéas não tem dinheiro para comprá-las. Digno de se emocionar com esta história, que conheci em 2013 e me apaixonei. Recomendadíssimo!

Fran Ferreira 23/03/2016

Essa é uma história simples, curta feita para crianças que estão iniciando a leitura.
Eu achei uma certa graça na historia, mas confesso não ter entendido o porque exato da última pagina (faço uma ideia). Mas como nada é invalido, este livro sim oferece aprendizado em forma que as vezes não são necessários varias palavras para alegrar ou conquistar alguém, e sim as certas. Ate então não tinha parado para pensar como elas fazem diferença.

Bárbara Leilane 08/09/2014

A Grande Fábrica de Palavras de Agnès de Lestrade é mais um daqueles livros para ler em 10 minutos e que nos encanta.

Estava selecionando livros para expor em outubro quando comemoramos o Mês da Biblioteca Escolar e este estava fora do lugar, solto nas prateleiras. Pensei: " que coincidência! Será que fala do poder da leitura ou da escrita?" Na verdade, é da palavra dita. Já parou para pensar em quantas palavras pronunciamos durante o dia? Quantas palavras são jogadas ao vento, conversando sobre nada importante, nos declarando, gritando revoluções, ajudando um amigo, fofocando...


A comunicação é tão natural que é difícil nos imaginarmos sem pronunciar uma palavra sequer. Pense viver apontando, desenhando e tentando adivinhar o que o outro expressa? É tão necessária que até para quem não pode se comunicar do modo tradicional, pela fala, adota uma técnica: se bebê: choro; se surdo: libras; se mudo: braile.


Dá para imaginar o mundo como um jogo de mímica , imagem e ação? Pense nisso e reconsidere o valor que damos às palavras. No livro "Incendeia-me", de Tahereh Mafi, página 116 diz: "Nenhuma arma, nenhuma espada,nenhum exército nem rei um dia será mais poderoso que uma frase. As espadas podem cortar e matar, mas as palavras vão golpear e ficar, enterrando-se em nossos ossos para virarem corpos mortos que carregamos para o futuro, sempre cavando e sem conseguir arrancar seus esqueletos de nossa carne."

As palavras comumente saem de nossos lábios como o ar de nossos pulmões e quando percebemos já magoamos alguém ou perdemos nossa razão. A palavra realmente tem poder. Já reparou que quanto mais reclamamos pior a situação fica? E em quantos dias tudo o que precisávamos era ouvir uma palavra amiga, sincera ou positiva? Se as palavras são intrínsecas ao ser humano, seja ela escrita ou pronunciada, sejamos mais otimistas, cautelosos e gentis ao utilizá-las.

Tudo isso em um romancinho inocente, meigo e super fofo de pouco texto e muita ilustração.

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