Adriane Rod 04/06/2013SINOPSE
Por que uma pessoa é cheia de nove horas?
De onde veio o puxa-saco?
Por que os dias da semana têm a palavra feira?
Qual é a origem dos nomes dos naipes?
Onde Judas perdeu a bota?
Por que o doce brigadeiro ficou com esse nome?
Quando é que se volta à vaca fria?
Por que mandar alguém plantar batatas?
Como surgiu a palavra bingo?
Que quer dizer OMO?
Por que julho e agosto ficaram juntos com 31 dias?
De que cor é a cor de burro quando foge?
COMENTÁRIOS
“SOBRANCELHA
O latim superciliu deus duas palavras em português: supercílio e sobrancella, os pelos que ficam sobre os cílios, que também podem ser designados por uma palavra em desuso: celhas.
Por isso é que o certo é sobrancelhas e não sombrancelhas, por mais espessas que sejam e protejam dos raios solares os olhos do peludo.”
Fantástica leitura, neste livro é possível se divertir e aprender muita coisa ao mesmo tempo. É de um conteúdo riquíssimo, organizado em ordem alfabética e com uma pitada de humor. Vai, sem dúvidas, arrancar algumas boas risadas do leitor. Sim, o autor te enche de conteúdo e ainda consegue ser divertido.
Porém, por se tratar de um livro que fala sobre “origens das palavras, frases e marcas”, ele possui um vasto conteúdo, o que tem o lado bom e o ruim. O bom é conhecer as origens das palavras; por outro lado, é ruim por ser uma enxurrada de informação sobre o leitor. Impossível guardar tudo na memória.
É um daqueles livros que precisam ser lidos mais de uma vez, a fim de aprender um pouco mais a cada releitura. E para um bom fanático por conhecimento é uma leitura quase que obrigatória.
Eu admiro a coragem e disposição de Reinaldo Pimenta em pesquisar tantas informações e compor o livro, há seis páginas dedicadas à bibliografia e para quem já escreveu artigo científico, tcc etc, sabe que isso é muita coisa.
O livro está mais que recomendado, dou cinco estrelas, sim, e já estou planejando comprar o volume II.
“Sesta -
Do latim sexta.
Sesta – o descanso após o almoço – se refere especificamente à sexta hora do dia. Para os povos latinos, o dia começava às seis horas. Assim, a sexta hora seria o meio-dia. Desde a época dos mouros, os iberos adotaram o costume do repouso das doze às treze horas, período de maior calor do dia e também de maior sono, provocado pela pança cheia do almoço.
E ainda dizem que brasileiro é indolente. No Brasil sem sesta é que habita uma legião de mouros: são os que se arrastam de volta ao trabalho, depois de uma feijoada, sob um verão de 40 graus.”
Resenha postado originalmente no blog Pseudônimo Literário: http://pseudonimoliterario.blogspot.com.br/2013/06/resenha-casa-da-mae-joana.html