Lucas 19/01/2015
O melhor está nas personagens
E No Final A Morte já começa com algo inusitado, a história se passa no Egito Antigo, que foi o que mais me chamou a atenção para lê-lo (depois da palavra morte na capa, até agora os melhores livros de Agatha têm títulos assim).
Contada toda em terceira pessoa, algo diferente para alguns dos livro mais consagrados de Agatha, a trama é centrada na família de um sacerdote egípcio, mais especificamente, em sua filha Renisemb, viúva e que acaba de voltar para casa, feliz por voltar para a vida que estava acostumada. Tudo muda com a chegada de Nofret, uma jovem concubina que seu pai arranjou numa viajem, e essa moça acaba desestabilizando todos da casa.
A trama policial, os assassinatos e a resolução do crime, aquilo que todos mais querem de um livro dese gênero, são muito bem arranjados e não têm a aparência de sisplesmente surgirem para deixar a vida do autor mais fácil, No final tudo faz lógica, e com uma boa memória o leitor consegue perceber que sim, estava tudo na sua cara.
Mas além disso, devo dizer que esse livro me fez sentir um empatia diiferente com os personagens, algo que raramente sinto nesses livros. Cada um tem sua psiquê muito bem definida, ou não (aí está a graça da história), e acaba que a gente consegue enxergar essas personalidades a nossa volta, um pouco mais ou um pouco menos. Creio que o trunfo desse livro esteja aí, nas personagens, muito bem trabalhadas e que, mesmo tendo "vivido" há 4000 anos atrás, mostram-se atemporais, afinal como Agatha Christie diria: pessoas são pessoas em qualquer lugar.