Os Sete Saberes Necessários à Educaçao do Futuro

Os Sete Saberes Necessários à Educaçao do Futuro Edgar Morin




Resenhas - Os Sete Saberes Necessários à Educaçao do Futuro


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leportom 07/01/2021

Morin traz aos leitores uma discussão a cerca de uma evolução paradigmática necessária dentro e fora da educação. Dentro, pois é através da educação que se faz a transformação social (fora) que é desejada nas comunidades do futuro.
Morin lança em seus escritos os caminhos teóricos os quais o pensamento científico deve ser construído e constituído para a evolução humana, através de um olhar crítico e autocrítico. Nos avisa que o paradigma cartesiano de separação e disjunção, que organizou o pensamento científico não é mais suficiente para explicar a realidade complexa da humanidade. É necessário adotar o pensamento complexo que faz entender o múltiplo e uno, o uno e o múltiplo de toda e qualquer existência e realidade, pois há a diversidade e a unidade ao mesmo tempo. Supera desta forma, o pensamento de Capra de um sistema em teia, pois assim como Freitag, Morin assume a similaridades e dissimilaridades entre paradigmas e a sua coexistência.
Livro necessário a todos que pensem e refletem sobre a educação e seus arquétipos.
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umtetoparaana 21/08/2021

É um livro ok
Apesar de ter achado algumas ideias interessantes, não curti tanto o livro. Queria ter gostado mais, porém achei a escrita do Morin extremamente confusa, não sei se foi um problema de tradução mas achei que ele fala fala e não fala nada. Enfim, acontece.
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Luciano.Costa 06/03/2018

RESENHA DO PRIMEIRO CAPÍTULO DO LIVRO “OS SABERES NECESSÁRIOS À EDUCAÇÃO DO FUTURO”
Livro: Os saberes necessários à educação do futuro
Autor: Edgar Morin
Cortez Editora
Ano: 2002

RESENHA DO PRIMEIRO CAPÍTULO DO LIVRO “OS SABERES NECESSÁRIOS À EDUCAÇÃO DO FUTURO”

No primeiro capítulo do livro “Os saberes necessários à educação do futuro”, Edgar Morin afirma que todo e qualquer conhecimento corre perigo de conter erros e ilusão, e que é difícil de encontra erro e ilusão no conhecimento, pois não se reconhecem em absoluto como tais. cabe à educação mostrar que não há conhecimento que não esteja em algum grau ameaçado pelo erro e pela ilusão.

O conhecimento é passado sob forma de palavras, de ideias, de teoria é a tradução por meio da linguagem e do pensamento, por isso o conhecimento está sujeito ao erro, como afirma Morin todas as percepções são ao mesmo tempo traduções e reconstruções cerebrais com base em estímulos ou sinais captados e codificados pelos sentidos.

O sentimento pode obstaculizar o desenvolvimento da inteligência, é necessário que se estabeleça um equilíbrio entre o sentimento e o uso da razão, visto que apenas fazendo uso da razão o homem seria um ser mecanizado, como um computador, e apenas agindo emocionalmente seria um bobo irracional. É importante frisar que, a capacidade de saber equilibra as emoções e o uso da razão é indispensável ao estabelecimento de comportamentos racionais.

No subcapítulo “Os erros mentais”, Morin elucida que o cérebro não permite distinguir a alucinação da percepção, o sonho da vigília, o imaginário do real, o subjetivo do objetivo e que a própria mente é também fonte de erros. De fato, às vezes temos falsas lembranças que julgamos ter vivido, assim como também recordações que acreditamos piamente jamais as ter vivido. Conclui-se, portanto, que assim como a memória é fonte de verdade, pode ela própria estar sujeita a conter erros e às ilusões.

“Os erros da razão”, Morim certifica que a racionalidade é a melhor proteção contra o erro e a ilusão, ela que permite a distinção entre vigília e sonho, imaginário e real, subjetivo e objetivo. É importante deixar claro a diferença entre a racionalidade e a racionalização: a primeira não pode jamais se converter na segunda, uma vez que ela tem que estar aberta ao quem a contesta, assim evitando que se transforme em doutrina, enquanto a segunda fundamenta-se em bases mutiladoras e falsas, nega-se a contestação de argumentos e a retificação em empírica.

Edgar Morin faz uma crítica aos que não fazem uso da racionalidade, que segundo ele seria as mentes dos cientistas e técnicos e de que são desprovidos os demais. Morin critica também os europeus, que dizem serem os proprietários da racionalidade, vendo apenas erros e ilusões e atrasos em outras culturas.

Morin finaliza o sub capítulo “os erros da razão” dizendo que há necessidade de reconhecer na educação do futuro um princípio de incerteza racional, sendo necessário fazer autocríticas, para não cair na ilusão racionalizadora. Um dos saberes necessário à educação do futuro, é que a educação deve levar em consideração não apenas os conhecimentos empíricos mas também se aprofundar na zona invisível dos paradigmas metafísicos.

Resumido em poucas palavras o primeiro capítulo do livro “Os sete saberes necessários à educação do futuro”, o que fica bem explícito é que devemos tomar algumas precauções em relação ao conhecimento. É necessário que se duvide do próprio conhecimento, tendo em vista que, todo conhecimento está fadado a conter erros e ilusões.

Luciano dos Anjos Costa 02 de março de 2018.
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Guaracy.Carlos 15/11/2016

Moran mais uma vez nos brinda com um texto fluido e claro. Suas obras primam pela clareza com que ele consegue expressar suas propostas e pensamentos.
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Miriam172 12/05/2023

Tinha potencial pra ser um bom livro e realmente os sete saberes são relevantes. Mas a forma que foi escrito é muito ruim. O autor fala de coisas óbvias com um jeito pedante e tudo parece uma grande encheção de linguiça.
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jmrainho 05/11/2016

Escrevendo a utopia
2a. Edição. Unesco, Cortez, 2011
Conferência realizada sobre os Sete Saberes Necessários à Educação, Universidade do Ceará, 21 a 24 de setembro de 2010, comemorando 10 anos da obra.

Edgar Morin (1921, Paris- ) é filósofo e antropólogo. Formado em Direito, História e Geografia.

Os 7 saberes é uma utopia. Se você foi ignorante, comedor de batata frita do McDonald, eleitor de partidos de direita. Caia fora. Este não é o seu sonho.

TRECHOS
Considerando as dificuldades em transmitir conhecimentos, suas tendências ao erro e à ilusão, deve-se preocupar-se em fazer conhecer o que é conhecer.
Seria preciso ensinar princípios de estratégia que permitissem enfrentar os imprevistos, o inesperado e a incerteza, e modificar seu desenvolvimento,.
Eurípedes: "O esperado não se cumpre, e ao inesperado um deus abre o caminho"

O planeta necessita, em todos os sentidos, de compreensão mútua.
Uma das bases para a educação para a paz.

Marx e Engels enunciaram justamente, em A Ideologia alemã, que os homens sempre elaboraram falsas concepções de si próprios, do que fazem, do que devem fazer, do mundo onde vivem. Mas nem Marx nem Engels escaparam destes erros.

O erro de percepção acrescenta-se o erro intelectual.
Cada mente é dotada também de potencial de mentira para si próprio (self-deception) - [auto-engano].

As crenças e as ideias não são somente produtos da mente: são também seres mentais que tem vida e poder. Dessa maneira, podem possuir-nos.

Os humanos possuídos são capazes de morrer ou de matar por um deus, por uma ideai. No alvorecer do terceiro milênio, como os daimons dos gregos, e por vezes como os demônios do Evangelho, nossos demônios "idealizados" arrantam-nos, submergem nossa consciência, tornam-nos inconscientes, ao mesmo tempo em que nos dão a ilusão de ser hiperconscientes.

As sociedades domesticam os indivíduos, por meio de mitos e ideias que, por sua vez, domesticam as sociedades e os indivíduos, mas os indivíduos poderiam, reciprocamente, domesticar as ideias, ao mesmo tempo em que poderiam controlar a sociedade que os controla.

Lênis disse que os fatos eram inflexíveis. Não havia percebido que a ideia-fixa e a ideia-força, ou seja, as suas, eram ainda mais inflexíveis. O mito e a ideologia destroem e devoram os fatos.
As ideias que defendo aqui não são tanto ideias que possuo, mas sobretudo, ideias que me possuem.

Evitar o idealismo e racionalização.

O conhecimento das informações ou dos dados isolados é insuficiente. É preciso situar as informações e os dados em se contexto para que adquirem sentido.

O enfraquecimento da percepção do global conduz ao enfraquecimento da responsabilidade (cada qual tende a ser responsável apenas sua tarefa individualizada) assim como ao enfraquecimento da solidariedade (cada qual não mais sente os vínculos com seus concidadãos).

Soluções presumidamente racionais empobreceram ao enriquecer, destruíram ao criar.

"Apenas o sábio mantém o todo constantemente na mente, jamais esquece o mundo, pensa e age em relação ao cosmo"

Ensinar a identidade terrena

O futuro permanece aberto e imprevisível.
A destruição do mito do progresso. O progresso é possível, mas é incerto

"O devanir é doravante problematizado e o será para sempre" (Patocka). O futuro chama-se incerteza.
A história avança, não de modo frontal como um rio, mas por desvios que decorrem de inovações ou de criações internas, de acontecimentos ou de acidentes externos.
Não ha evolução que não seja desorganizadora/reorganizadora em seu processo de transformação.

O conhecimento é a navegação em um oceano de incertezas, entre arquipélagos de certezas.

O teorema de Arrow, que erige a impossibilidade de associar o interesse coletivo a interesses individuais, assim como de definir felicidade coletiva com base em uma coleção de felicidades individuais. (sobre teoremas que limitam o conhecimento).

Para toda ação empreendida em meio incerto, existe contradição entre o princípio do risco e o princípio da precaução, sendo um e outro necessário. Segundo as palavras de Péricles, in Tucídides, Guerra do Peloponeso: "Todos sabemos ao mesmo tempo demonstrar extrema audácia e nada empreender sem madura reflexão. Nos outros, a intrepidez é efeito da ignorância, enquanto a reflexão engendra a indecisão.

Toda ação escapa À vontade de seu autor quando entra no jogo das inter-retro-ações do meio em que intervém. Este é o princípio próprio à ecologia da ação. A ação não corre apenas o risco de fracasso, mas de desvio ou de perversão de seu sentido inicial e pode, até mesmo, voltar-se contra seus iniciadores.

3 consequências:
- Efeito perverso, inesperado, maior que o benéfico esperado
- Inanição da inovação. Quanto mais se muda, mais tudo permanece igual.
- A colocação das conquistas em perigo (quis-se melhorar a sociedade, mas só se conseguiu suprimir liberdade ou segurança.

Liberdade, igualdade, fraternidade. Estes três termos complementares são, ao mesmo tempo, antagonistas: a liberdade tende a destruir a igualdade; esta, se for imposta, tende a destruir a liberdade; enfim, a fraternidade não pode ser nem decretada, nem imposta, mas incitada.

Deve-se lutar contra as incertezas da ação; pode-se mesmo superá-las em curto ou em médio prazo, mas ninguém pretende tê-las eliminado em longo prazo.
Certeza poderia ser somente uma gravidez psicológica.
Tudo que comporta oportunidade comporta risco, e o pensamento deve reconhecer as oportunidades e riscos como os riscos das oportunidades.

Na história, temos visto, com frequência, infelizmente, que o possível se torna impossível. Mas vimos também que o inesperado se torna possível e se realiza. O improvável se realiza mais do que o provável. Saibamos portanto, esperar o inesperado e trabalhar pelo improvável.

Quanto mais apolítica se torna técnica, mais a competência democrática regride.

Na verdade, a dominação, a opressão, a barbárie humanas permanecem no planeta e agravam-se. Sós e em conjunto a política do homem, a política da civilização, a reforma do pensamento, a antropoética, o verdadeiro humanismo, a consciência da Terra-pátria reduziriam a ignomínia no mundo.

Por uma comunidade planetária organizada: não seria esta a missão da verdadeira Organização das Nações Unidas?
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Gualter 27/08/2023

Uma educação diferente ?
O livro de Morin traz temas interessantes para reflexão docente no que tange a questão do ensino. Morin é um autor muito respeitado e seus outros livros parecem ter boa aceitação. Dito isto, este livro talvez não seja uma boa introdução a seu pensamento devido ao fato de simplesmente não conter bibliografia, algo frustrante para quem quer entender mais afundo as ideias que o autor quer basear uma hipotetica educação futura.
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Diego 25/03/2024

As questões essenciais da educação para o século XXI.
Edgar Morin, a convite da UNESCO, escreveu este breve livro expondo suas ideias para o que considera os sete saberes fundamentais para a educação do futuro. Leia-se aqui, portanto, a educação do nosso século.

1) O conhecimento humano é falho. É preciso educar a respeito de como sabemos o que sabemos e das armadilhas mentais e lógicas envolvendo o processo de construção do saber.

2) O conhecimento pertinente precisa apreender as questões globais. Há de se superar a extrema fragmentação do saber especializado.

3) A condição humana deveria ser o objeto essencial de ensino. Somos indivíduos mas também somos sociais. Somos complexos. Tudo o que é humano é ao mesmo tempo uno e diverso.

4) Nosso planeta é nosso destino. Precisamos de uma educação que mostre nossa dependência com a Terra.

5) É preciso aprender a navegar num oceano de incertezas com alguns arquipélagos de certezas. Todos os que se ocupam da educação devem constituir a vanguarda ante à incerteza dos tempos pós-modernos.

6) Há de ensinar a compreensão, mesmo sendo tolerante com quem não nos compreende. O esclarecido compreende o fanatismo do fanático sem esperar que este retribua o gesto.

7) A educação leva até a ANTROPO-ÉTICA. Somos ao mesmo tempo um indivíduo-sociedade-espécie.
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Kelly 04/04/2024

A incerteza do conhecimento.
Li esse livro para a faculdade. Gostei muito dele, ele explicou alguns momentos que já passei na vida, o questionamento da cultura familiar, a descoberta de diversas ideias e a racionalidade de questioná-las. Recomendo muito!
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