@vaisetratarleitora 18/05/2023
Muito bom, mas não virou favorito
Dando continuidade ao meu projeto pessoal de leitura dos livros da Agatha Christie, chegamos ao seu 40° livro, publicado em 1941.
Como sempre, mais uma amostra da genialidade da Agatha, que nos faz desconfiar de todos e ainda decretar que o assassino não tinha como cometer o crime, mas claro que o Poirot descobre a verdade mesmo assim, deixando a gente com cara de tacho hsuahauahaha
Eu gostei muito do desenvolvimento, as idas e vindas e a mudança nas desconfianças, a gente fica certo de que uma pessoa é a culpada, mas no fim, é o óbvio que estava na nossa cara o tempo todo mas a gente não conseguia ver.
Poirot como sempre é o rei do livro, sendo sensato e sabendo como tratar as pessoas e extrair delas as informações necessárias, além de sempre saber como levar o assassino na lábia até que ele se incrimine.
Sem dúvida, vale a pena a leitura.
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Pra quem não sabe, foi feita uma série dos livros da Agatha, várias séries na verdade, mas a maior foi a Agatha Christie's Poirot, onde foi adaptado boa parte dos livros dele. A série foi ao ar na Inglaterra entre 1989 e 2013, com cerca de 71 episódios. Ela é estrelada pelo ator David Suchet que faz uma caracterização magnífica do Poirot, tendo estudado minuciosamente o seu jeito para reproduzir.
Nem todas as histórias são bem adaptadas e eu estou assistindo conforme vou lendo os livros para não ter spoiler. Acho que você consegue achar todos os episódios no YouTube pesquisando pelo nome em português mesmo, mas é tudo legendado. De forma oficial, a série está no Prime Vídeo, porém não é disponibilizada no Brasil.
Esse livro foi adaptado no 1° episódio da 8° temporada, e por ser um livro completo, o episódio tem cerca de 1 hora de 40 minutos de duração.
Essa adaptação foi razoável. Ficou longe da história original, mas não tanto a ponto de ficar irreconhecível.
Mudaram bastante coisa na dinâmica da história e até personagens, como o a filha do marido da mulher assassinada que se tornou um menino nessa adaptação, fazendo zero sentido e ainda omitindo a "tentativa de assassinato" através da bruxaria.
Odiei totalmente essa abordagem gordofobica da adaptação sobre o Poirot. Aquela cena do médico foi simplesmente ridícula, então o cara fuma e bebe e tá tudo certo, o problema mesmo que vai matar ele é ser gordo ?? Ridículo e desnecessário esse acréscimo a história, sendo que Poirot estava na ilha simplesmente de férias e nada além disso, ou seja, não tinha necessidade de inventar um motivo mirabolante.
A história do Capitão Hastings foi outra coisa desnecessária, nos livros, o cara tá casado e na Argentina há séculos (aparece muito raramente), mas a série insiste em fazer ele aparecer sempre e com as desculpas mais sem noção. Fora o Japp que deve ser o único policial da Scotland Yard inteira, já que independente de onde Poirot está, ele é quem assume o caso, zero sentido.
Enfim, pra mim, a nota desse episódio é 3/5.