spoiler visualizarskuser02844 13/02/2024
Pobres Criaturas
É uma história conhecida, uma órfã que não é bonita, não é doce, não tem dinheiro, maltratada por quem deveria cuidar dela e por fim vai para um educandário feminino, onde sofre privações, castigos até compreender como ?gira o mundo? quando se é mulher ainda por cima pobre e feia. (Aliás que obsessão da autora com a beleza? ou a falta dela). Mas a heroína aprende a se amansar, ou a guardar no bolso do aventalzinho, sua impetuosidade, sua indignação e arranjar um emprego dentro daquilo que ela poderia fazer na Inglaterra vitoriana. E ela encontra um amor, que aprecia sua inteligência, sua ironia, até mesmo sua falta de beleza (?). Só qur este amor também tenta engana-la. Mas ela é maia forte e vence a si mesma, foge deste amor, luta por sua independência novamente (Jane passa o livro lutando para não ser aprisionada no estereótipo que marcava as mulheres). Quase cai novamente agora num falso amor, mas a sorte lhe sorri. E de posse daquilo que pode lhe proporcionar a independência sempre tão sonhada, ela volta em busca de seu amado. Mas a mão pesada de Deus bateu forte sobre ele, que agora além de feio (oie beleza de novo???) também é dependente. E ela, finalmente, pode ser feliz. Esqueci de falar da louca (mulheres bonitas também sofrem viu!!). Brincadeiras à parte, a narrativa da autora é muito boa, um romance de formação, gótico, cheio de reviravoltas e plots. Mas eu fiquei com uma sensação de que aquilo que a heroína tanto criticava era o que na verdade ela queria ser. E, com as graças de Deus (afinal toda resiliência e mansidão serão devidamente recompensadas), ela agora assume o papel que sonhou pra si. E os inimigos foram devidamente castigados pela boa moral cristã vitoriana. Mas adorei ler e só não virou favorito por causa dessa ?moral da história?.