Resenhas - A Escalada

Eduardo394 26/09/2020

A escalada-A verdadeira história da tragédia no Everest
Neste livro os trágicos acontecimentos durante uma expedição no monte Everest em 1996, são descritos por Dewalt (escritor) e pelo alpinista russo Boukreev.
Boukreev tornou-se conhecido pela temporada da primavera de 1996 no Everest, onde atuava como guia de uma expedição comercial. Arriscou sua vida para salvar alpinistas, este resgate lhe concedeu, além de reconhecimento e prestígio, um prêmio de ética no esporte. Em uma parte específica da obra, Boukreev questiona abertamente a relação do dinheiro investido pelos alpinistas e traça um paralelo, como se os alpinistas, apenas pudessem pagar um ingresso para chegar ao topo do Everest. E portanto, sem disciplina, conhecimento, senso crítico, capacidade de tomada de decisão, estas escaladas comerciais poderiam ser perigosas.
Em uma tarde de 1996 uma tempestade totalmente fora dos padrões, atingiu o monte Everest, por mais de 10 horas, onde 23 homens e mulheres não conseguiram alcançar seu acampamento de altitude mais elevada.
Castigados por ventos com força de furacão, e capacidade de arrastar veículos pesados como um caminhão, os alpinistas lutaram por suas vidas.
Eles foram surpreendidos na chamada zona da morte, trecho com mais de 8 mil metros de altitude, onde a exposição a baixas temperaturas, combinadas ao pouco oxigênio se tornam uma combinação fatal.
Com a visibilidade de apenas o alcance do braço, medidores de pressão de suas garrafas de oxigênio que caíram a zero, a falta de oxigênio nos tecidos para manter suas funções vitais (hipoxia) e a confusão causada por ela no raciocínio, a possibilidade altíssima de queimaduras relacionadas ao frio e o risco cada vez mais iminente de amputações.

...." No escuro, e em meio ao uivo da tempestade, os alpinistas começaram a barganhar. Meus dedos pela minha vida? Eu só quero viver...

Abaixo dos alpinistas que desciam a montanha estava Boukreev, que pedia auxílio a outros alpinistas, para tentar realizar um resgate para aqueles que estavam perdidos na tempestade.

E em uma decisão quase suicida Anateli Boukreev, enfrenta a escuridão, a fúria da tempestade e todas as adversidades possíveis de uma escalada, só que agora com um grau de dificuldade elevadíssimo neste resgate ( leiam o livro)....
Assim Boukreev eternizou seu nome com seu atos de bravura, coragem e heroísmo, em um dos mais incríveis resgates do montanhismo e teve seu nome eternizado no Himalaia....

Abelardo Alves 20/07/2011

Ótimo livro!
A verdade sobre a tragédia que aconteceu no Everest, em contraponto ao livro "No ar rarefeito" de Krakauer.

Muito bom livro.

Lucas 07/02/2020

Maravilhoso !!
Um relato fiel e honesto sobre a tragédia deste evento.

Aqui somos convidados a refletir diferentes pontos de vista das pessoas que lá estavam. Diferente de "No Ar Rarefeito" onde Jon Krakauer apresenta apenas a sua verdade (erroneamente e maliciosamente em muitos acontecimentos).

Anatoli Boukreev era uma máquina em escaladas de alta montanha. Foi premiado por heroísmo devido um resgate impressionante durante a tempestade que castigou o Everest naquela noite 10/05/1996.

Bell 11/07/2021

Eu já havia lido alguns relatos sobre a tragédia de 1996 no Everest, o mais famoso de todos, e primeiro que li, "No ar rarefeito? de John Krakauer e o emocionante relato de sobrevivência de Beck Weathers.
Faltava ler o lado do polêmico Anatoli.

Já começo dizendo que este livro é infinitamente melhor do que o livro do Krakauer. Digo em termos de informação.

No livro do jornalista temos um relato romantizado, com escolhas óbvias de vilões e mocinhos, não podemos nos esquecer que John foi contratado pela Adventure Consultants, de Rob Hall, para escrever sobre a experiência na revista em que trabalhava, e ele seguiu com esse papel após a tragédia, "No ar rarefeito" é quase que uma homenagem a Rob Hall, um relato que justifica todas as péssimas escolhas da Adventure C. e pinta a outra equipe, Mountain Madness como irresponsável e excêntrica, deixando o papel de vilão para Anatoli.

No livro A escalada encontramos o relato exposto de forma técnica e imparcial, é como ler um documento sobre os fatos. Anatoli era um guia com mais de 20 anos de experiência e fez avaliações precisas e contundentes. Ler seu lado da história deixou tudo muito mais claro pra mim, e sanou as dúvidas que eu tinha.

Em todos os livros sobre a tragédia há um consenso: as equipes eram fracas, dependiam dos guias e dos sherpas, Anatoli relata seu incômodo e preocupação.Os horários não foram respeitados, e a disputa entre os líderes das equipes contribuíram para a tragédia.

A comercialização das expedições, a banalização dos riscos, ainda hoje são preocupantes!

No livro fica evidente que Anatoli foi um herói, q salvou muitas vidas naquele dia. Se houvessem mais pessoas com real experiência em alta montanha, tvz não teríamos tantos mortos.
Fica a dica aos interessados, foi uma leitura incrível!
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Sarja 12/07/2021

Informativo
Para aqueles que são amantes do montanhismo/alpinismo/escaladas e que se envolveram de alguma forma com algum relato da tragédia ocorrida em 1996 no Everest, esse livro joga uma luz em muito do que se passou. Diferente dos relatos de Krakauer, ou das representações cinematográficas, A Escalada traz de forma técnica e menos romantizada a sucessão de eventos do dia 10/05/96. A ideia aqui não é achar culpados, ou romantizar erros e sim contar um relato o mais fiel possível de testemunhas e sobreviventes do evento. Outro ponto que o livro se esforça é mostrar ao leitor os feitos heróicos de Anatoli Boukreev em 1996 e ao longo de sua carreira também. É muito interessante ao longo da leitura entender também a importância que Anatoli dava, e o seu método, para melhor aclimatação em alta montanha. Apesar de ser um livro pouco comercial com certeza irá agregar muito para aqueles que desejam fazer alta montanha. Para aquelas que gostam da história é um ótimo livro também trazendo uma versão sobre os fatos que vale muito a leitura.

Helena 06/10/2012

Senti uma sinceridade muito maior do que quando li No Ar Rarefeito, desmistifica todo e qualquer pensamento das conquistas e das atitudes da tragédia de 96.

Liz 06/06/2022

de vilao a heroi
Esse livro me fez pensar em quantas coisas a gnt já n leu/ouviu q simplesmente não eram verdade. Li no ar rarefeito faz alguns anos e nunca pensei em questionar o que foi escrito por Krakauer, lendo a versão de Anatoli vi o quão injustiçado ele foi em no ar rarefeito. O jeito q Jon (um jornalista) se recusou a se retratar e mostrar as explicações de Anatoli sobre a tragédia e pintar ele de culpado só não faz sentido pra mim. Queria até ler Na Natureza Selvagem q também foi ele que escreveu, mas confesso q fiquei com rancinho e sem vontade :/ Anatoli morreu com a fama de "vilão de no ar rarefeito", quando na verdade fez o ato mais heroico do dia da tragédia do Everest salvando 3 pessoas praticamente mortas sozinho pq ninguem teve coragem/disposição (inclusive Krakauer) de sair no meio da nevasca pra procura-las. Enfim, a vida é injusta

Solange.Campos 27/11/2015

Depois de ler o livro Ar rarefeito é interessante ter conhecimento da vusao de outra equipe sobre a tragédia. Livro cheio de detalhes, mas com a nítida intenção de reduzir as críticas lançadas contra Anatoli (guia da expedição comercial americana) pelo fato de ter descido do cume antes dos clientes

Inácio 10/10/2022

Outra versão do acontecido.
Um tempo depois de ler No ar rarefeito, e tendo a impressão de que Boukreev tivera culpa no desastre, resolvi ler esse livro. É incrível como os autores trazem uma nova perspectiva, com detalhes e explicações que o Krakauer nunca poderia, pois era apenas apesar de conhecer sobre a alta montanha era apenas um amador, bem longe da experiência e conhecimento do guia russo. Alem de que Krakauer não tinha os detalhes dos acontecimentos da Mountain Madness. Realmente, para quem leu e gostou de No ar rarefeito, esse livro é um tapa na cara. A realidade se impõe, impossível não desprezar krakauer depois de ler A escalada.
A escrita não é tão fluida quanto a de Krakauer, mas acreditei no relato de Boukreev.

Mario 25/10/2018

O perfil de um vencedor
'Valhe muito a pena' conhecer a história desse alpinista que se esforçou e salvou alguns dos envolvidos na Tragédia do Evereste de 1996, contada no livro 'No ar rarefeito'.
Vidas teriam sido salvas se os organizadores o tivessem escutado, ao invés de só se importarem com o sucesso da empresa de turismo de alpinismo!
O perfil de um vencedor é simples na visão do vencedor, mas pode ser insano para quem vê de fora. Ex-soldado, Anatoli sabia no que era bom. Não era letrado e tão pouco tinha dinheiro sobrando para custear suas escaladas. Mas sempre viveu seu papel nesse mundo. Admiro pessoas que não se deixam levar pelas ondas da sociedade e vivem o seu melhor.

Natália 29/11/2022

Uma resposta
Tive interesse pelo livro quando li 'No ar rarefeito': os dois livros contam a história do acidente no Everest em 1996, cada um da perspectiva de um personagem e de expedições diferentes. Achei interessante ver as coisas de outra perspectiva, mas achei que em algumas partes tentam engrandecer demais o Boukreev (é mais a forma como foi escrito, nada em relação aos seus feitos).
A tradução é ruim.