O conto do amor

O conto do amor Contardo Calligaris




Resenhas - O Conto do Amor


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Aguinaldo 11/02/2011

o conto do amor
"O conto do amor" é um romance do psicanalista Contardo Calligaris. Ele é conhecido também por escrever para jornais de grande circulação do Brasil sobre temas variados. De fato ele é um ensaista muito competente, que sabe manter o interesse em sua coluna mesmo trabalhando com o material frágil que são as notícias do dia a dia, invariavelmente superadas pelo tempo. Neste livro ele envereda por uma seara nova, a de romancista. O livro não é ruim, mas para o meu gosto comportado demais, linear demais, "redondinho" demais, como disse meu amigo Vitor. Você lê o livro em um dia sem se apressar, a leitura é elegante, mas simples. Claro, o livro é bem escrito, a trama é interessante, mas falta a agressividade visceral que os grandes romancistas sabem incluir em qualquer texto que escrevem. Eu escrevo isto como se Contardo Calligaris tivesse pretenções deste calibre, mas sou apenas o chato que dá sua opinião besta aqui. Bom, o enredo envolve a busca de um sujeito pelo passado de seu pai, um italiano apaixonado pela pintura renascentista italiana, com quem sempre teve um relacionamento nada íntimo. A luta contra o fascismo durante a primeira metade do século passado e o exílio dos esquerdistas italianos na redemocratização da Itália são o pano de fundo para uma história que é bem pessoal e envolve o contraste entre duas gerações que de fato pouco se identificam. A busca deste passado envolve milhares de quilometros de viagens aéreas entre Nova York, Milão, Florença, Siena, em capítulos alternados e um tanto repetitivos. O acaso é fundamental na trama. Sem as muitas coincidências, achados oportunos, cartas reveladoras, e-mails salvadores, encontros e envolvimentos fortuitos, insights psicanalísticos de última hora, nada avançaria no livro. De qualquer forma há passagens muito bonitas e instigantes. Se é definir em poucas palavras diria que o livro me pareceu um "Código da Vinci" pessoal, a busca de uma verdade obscura seguindo pistas tênues deixadas pelo pai e pelos amigos de seu pai. Lê-se com prazer, não há nada que ofenda a inteligência do leitor, mas estou certo que não será este o melhor romance de Calligaris.
O conto do amor, Contardo Calligaris, editora Companhia das Letras, 1a. edição (2008) brochura 14x21cm, 124 pág. ISBN: 978-85-359-1204-3
nato 27/06/2012minha estante
**********POSSUI SPOILER**************



Acho que sua resenha foi até otimista. ''O conto do amor'' de Contardo Calligaris caiu em minhas mãos e, como já havia lido algumas de suas crônicas, achei interessante ler o romance, que efetivamente é bem curto, com uma linguagem rápida e fluída.


Entretanto, não se trata de um bom romance. Como Aguinaldo bem disse: ''Falta a agressividade visceral que os grandes romancistas sabem incluir em qualquer texto que escrevem''. Falta não só a agressividade, mas sobretudo falta verdade em ''O conto do amor''. Verdade não no sentido simplista de busca pelo realismo, mas pela linguagem que não é bem trabalhada, não provoca nenhum tipo de reflexão, é basicamente puro entretenimento com roupagem cult, embalada com elementos clichês (em certo momento, o personagem tem acesso a uma série de cartas que revelam a verdade). Calligaris deve ser um homem respeitável, com uma bagagem cultural incrível e talvez esse seja o ponto positivo do livro: as passagens em que ele consegue relacionar a história da arte, a arquitetura dos locais, a beleza das cidades com as emoções vividas pelos personagens são relevantes e empolgam até certo ponto. Mas como pôde criar um livro tão vazio de sentido? Como a sua própria profissão não soube dar tons, nuances, para sua estreia como romancista?


É curioso também que o narrador seja crítico do ''estilo romântico'' das cartas de seu pai, mas é justamente o que falta na narrativa: uma linguagem mais elaborada. Não que as cartas de seu pai fossem exemplo a ser seguido, longe disso. Era a intenção do autor evitar esses detalhes do texto e deixá-lo simples? Acredito que sim. Mas quando ele tenta superar essa mesma imposição, cria frases que soam ridículas, como:


"Voltei, mas, sem você, estou fora de casa" (pág. 58)


''Você leu algum romance da série Harry Potter?''

''Vários, e com prazer'', respondi.

''Talvez os afrescos de Sodoma sejam como os quadros nos livros de Harry Potter: as personagens são vivas, animadas, e circulam de um afresco para outro. Vai ver que a moça de azul estava aborrecida de ficar sempre naquele afresco com os monges e resolveu flertar com o camponês no afresco dele, e alguém por acaso fez uma cópia bem naquele momento''. (pag 80/81)


De qualquer forma, quem se interessar pelo livro deve lê-lo sim e tirar suas próprias conclusões, mas deve evitar qualquer expectativa, ela não será correspondida. Mesmo no sentido "thriller" a que se propõe, a trama não convence em momento algum. A curiosidade para se saber o que acontecerá é simplesmente uma curiosidade natural de leitor, mas nunca de um leitor que se sente instigado a descobrir o que acontecerá, juntando conflitos que caminham para uma resolução interessante. Aqui "tudo pode acontecer" e com uma facilidade irreal: um telefonema e o narrador avança um passo na sua empreitada rasa e assumidamente desnecessária, como ele próprio declara em diversas passagens, com relação ao enigma proposto pelo pai, que é o cerne do romance:


''Faria diferença para você?''

Levei a pergunta a sério e pensei bem: ''Sinceramente, nenhuma. Continuaria amando o meu pai da mesma forma; amando minha lembrança dele, quero dizer". (pág.37)


A auto-ironia faz bem, mas nunca quando ela substitui totalmente a pretensão de escrever e saber escrever. O autor soube criar um fio condutor pela narrativa, bem aos moldes tradicionais, o que é ponto positivo em termos de literatura atual, quando todos optam pela narrativa fragmentada. Todavia, de qualquer forma, num próximo livro deve reavaliar o sentido da linguagem, o sentido dos próprios personagens, o sentido de como o texto sabe instigar e suscitar questionamentos, caso pretenda ir além.




Mariana.Pereira 07/09/2021

Relações humanas e destino
Achei o livro um pouco maçante, mas extremamente interessante nos aspectos psicológicos de um modo geral.

O fato do pai deixar um enigma pro filho em seu leito de morte, mostra um pouco desse aspecto psicológico existente no livro: como é possível que alguém no fim de sua vida consiga descansar em paz carregando tamanha revelação? Mas ao mesmo tempo, como é que um homem que sempre foi fechado poderia falar abertamente sobre o que guardava consigo? Não é possível que ele contasse abertamente algo assim. E foi justamente esquematizando um enigma que ele consegue se abrir.

Não que ele tenha sido claro com um enigma, mas é possível que tenha conseguido tirar aquele peso do coração: havia contado, mesmo que por meias palavras, o suficiente para que o filho curioso corresse atrás e descobrisse por si só o que ele escondia. Não era possível que um homem tão são e nada religioso, do nada, se tornasse "doido" e contasse algumas mentiras.

Além de que, no livro também é mostrado como o destino pode ser surpreendente e nos levar a coincidências inimagináveis. O fato de se esbarrar com um familiar que ao mesmo tempo, você nunca soube da existência, mas que de uma hora, torna-se tão próximo.
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Kaprãn 15/04/2021

Descobertas
No começo dá a impressão que vai ser uma história super enigmática, cheia de descobertas, somos pegos de surpresa algumas vezes, mas depois parece ser muito óbvio. Senti falta de uma trama mais "entrelaçada", sobretudo quando se está descobrindo o passado. É uma leitura muito boa, nos dá a sensação de estar viajando junto. Enfim, um livro pra ser lido em um fim de tarde.
Lalatoria 15/04/2021minha estante
Fiz um perfil no tik tok pra livros o nome é @mundodoslivrosl segui lá pra me ajudar




Bi Bueno 22/12/2023

O Conto do Amor
Um psicanalista parte pra uma viagem à Itália, através da arte renascentista, em busca de entender suas origens e sua identidade.
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Rebecca.Valenca 31/07/2021

Depois de assistir algumas palestras do Autor, fiquei curiosa com a sinopse do livro e resolvi arriscar sua leitura. Que pena! Realmente a experiência não foi legal e até um pouco decepcionante
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*Cris 28/08/2009

A impressão que tive ao terminar a leitura é de que o Contardo tinha uma boa história nas mãos, porém não soube contá-la.

Não que o livro seja realmente ruim, mas o fato é que não consegue contagiar o leitor. O ponto a favor, a meu ver, é a linguagem bem simples e fácil de ler (um dia é de folga é suficiente apra dar conta da obra inteira).


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Marcelo1145 25/05/2020

Livro com romance incrível e uma das terras que mais amo, Florença. Um enigma que traz possibilidades e sempre fazendo alusões a arte.
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fsamanta (@sam_leitora) 30/09/2012

Começa com uma boa idéia que é dilapidada e corrompidada ao longo do livro. Decepcionou.
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GilbertoOrtegaJr 08/09/2016

O conto do amor – Contardo Calligaris
Muitas pessoas guiam as suas vidas em busca de respostas, e em especial é grande o número de pessoas que buscam respostas com mais afinco ainda, quando o que se está em jogo é a compreensão de questões ligadas sua própria história, ou qualquer outra coisa que as ajudem a compreender melhor as suas identidades. E é claro que nesta segunda categoria acaba ficando subtendida a história da sua própria família; pais, mães, avôs e avós.

Em linhas gerais, eu poderia dizer que O conto do amor, primeiro romance do psicanalista Contardo Calligaris, é basicamente um livro sobre uma destas buscas; Carlo Antonini é um psicoterapeuta que vive em Nova York, um dia ao ver seu pai pela última antes de ele morrer, o seu pai acaba contando a Carlo, que em outra vida ele foi um dos ajudantes do pintor Sodoma, que pintou os afrescos do convento Monte Oliveto Maggiore, na Itália. Doze anos após a morte do seu pai, e minudo dos diários que herdou dele Carlo decidi voltar a Itália, sua terra natal em busca de respostas, sobre quem realmente foi seu pai, ou em um sentindo mais amplo daquilo que seu pai quis dizer em seu leitor de morte, que mensagem o pai dele queria lhe passar com tal declaração.

Carlo acaba fazendo várias viagens e seguindo em meio não só da busca por respostas sobre o passado do seu pai, mas também para entender melhor a vida e as obras de Giovanni Antonio Bazzi, mais conhecido como Sodoma, o pintor renascentista. Nesta viagem ele acaba passando por várias cidades como Siena, Florença, Monte Oliveto, Paris, Milão, dentre outros lugares.

E nestas buscas Carlo acaba conhecendo muitas pessoas, que podem ter feito parte do passado do seu pai, mas de todas as novas pessoas que ele conhece de longe a mais importante é Nicoletta, uma especialista em pinturas renascentistas, que foi criada por sua Vó Bice, uma das mais respeitadas falsificadoras e restauradoras de pinturas, da Itália do período fascista. E não é só Nicoletta que passa a fazer parte da vida Carlo, em busca de suas respostas ele acaba conhecendo novas pessoas, que conviveram direta ou indiretamente com seu pai, muitas vezes deixando claro a grande diferença que existe entre a geração de Carlo e a de seu pai.

Durante a narrativa, que é bem curta, tem só 124 páginas, Contardo Calligaris deixa claro o quanto ele conhece e entende de artes em geral e o quanto domina técnicas de narrativas diferentes, como usar mais de uma voz narrativa, brincar com a auto ficção, já que Contardo Calligaris também é um renomado psicanalista, e este livro surgiu da após ele herdar os diários de seu pai.

O conto do amor funciona muito bem como uma leitura de entretenimento, e neste ponto é muito divertido e bem amarrado, os problemas dele começam no momento em que o leitor fecha o livro, quando se fecha o livro se percebe que as respostas de Carlo foram adquiridas com muita facilidade, tudo se encaixa perfeitamente e sem nenhuma dificuldade, e este funcionamento exato e instantâneo é mais cabível, quando se fala em tecnologias, ou coisas mecânicas, como ao rodar uma chave todo seu carro começa a pegar, quando se fala na vida, nada é tão fácil, e simples, são poucas as coisas que se resolvem com tal grau de facilidade e o problema justamente é que na literatura se reproduz a vida, e não engrenagens, que funcionam perfeitamente, se pararmos para pensar desde a Odisseia, a literatura narra as dificuldades da vida humana. Mas vale deixar claro que apesar desta superficialidade, como leitura de entretenimento este é um livro que vale a pena dar uma boa conferida.

site: https://lerateaexaustao.wordpress.com/2016/09/09/o-conto-do-amor-contardo-calligaris/
Marta Skoober 08/09/2016minha estante
Obrigada!


Letícia 08/09/2016minha estante
que maravilha!


Marta Skoober 09/09/2016minha estante
E não é?


Marta Skoober 09/09/2016minha estante
Sempre pensei que era um livro de contos.


GilbertoOrtegaJr 09/09/2016minha estante
Só posso dizer que tem uma história de amor, ai no meio do livro, mas não tem nada de conto


Marta Skoober 09/09/2016minha estante
Uma novela então?


Marta Skoober 09/09/2016minha estante
Adorei sua resenha.


GilbertoOrtegaJr 09/09/2016minha estante
Tem só uma pitada, mas é bem incrustada




Renata CCS 21/09/2018

Pirita de ferro ou o conto do vigário.
O CONTO DO AMOR me chamou a atenção pela sinopse, parte pela ideia romântica de pensar em saber de minhas outras vidas, em outros tempos, parte pela promessa de um enigma, de uma trama complexa. Bem, a suposta “outra vida” ficou de fora, e a expectativa de um mistério acabou se revertendo para uma trama singela. Já explico.

Primeiro, vamos ao livro. Alguns dias antes de morrer, Pino faz a seu filho Carlo uma revelação surpreendente: a de que em outra vida ele, Pino, teria sido ajudante do pintor maneirista Giovanni Bazzi (1477-1549), também conhecido como il Sodoma, autor de afrescos na Abadia de Monte Oliveto Maggiore, em Siena, Itália. Doze anos depois, Carlo, que é italiano mas mora em Nova Iorque, decide viajar para Siena na tentativa de descobrir se aquela inesperada revelação de seu pai não passava de um devaneio de quem está próximo do fim, ou se realmente havia algo a mais naquela história. O caminho percorrido pelo protagonista é, por vezes, tortuoso, mas recompensado por pessoas e descobertas significativas, trazendo uma parte do passado do pai que ele desconhecia.

Os traços autobiográficos do primeiro capítulo do romance são evidentes. O próprio Calligaris revelou que a inspiração surgiu com a confidência de seu pai no leito de morte (sim! A inusitada confissão sobre il Sodoma realmente aconteceu) e também em seus diários escritos entre 1933 e 1994. Sem saber o que fazer exatamente com aquela revelação de seu pai, Calligaris viajou para o Monte Oliveto, mas nada encontrou a não ser a inspiração que deu origem ao livro.

Achei esse um interessante ponto de partida. De certa forma, as ficções nos mostram que nossa vida precisa – e deve – ser romanceada, por mais trivial que ela pareça. Também a complexidade das relações amorosas é abordada com suavidade e sutileza, mas faltou o essencial: fervor na narração. O texto não envolve e a história não deslancha. O clima é novelesco, pouco crível em diversas passagens e com diversas descobertas demasiadas fortuitas dos personagens que, a propósito, são pouco carismáticos. Em diversos momentos, o apelo aos conhecimentos de arte renascentista do autor atravanca ainda mais a fluência da narrativa. Não deixa de ser um texto elegante, mas sem uma força vital que impulsione o leitor para a próxima página.

Creio que o livro é pessoal demais para quem está de fora. Diz mais ao próprio autor do que a qualquer outra pessoa. Escrever foi a forma encontrada de Calligaris continuar um diálogo com seu pai, fazer sua uma viagem introspectiva, uma busca de respostas. Se por um lado é atraente a ideia de que nossa existência guarde um enigma, de outro lado o leitor permanece apenas como um observador distante e indiferente às descobertas de Carlo.

É também um livro um pouco apressado. Talvez se ganhasse um bom número de páginas a mais, a narrativa pudesse ser um pouco melhor explorada, mais bem trabalhada. Em resumo, não encontrei a história que imaginava em princípio, tampouco alguma outra história bem lapidada.

Sendo um colunista reverenciado e detentor de uma bagagem cultural invejável, confesso que sinto como se tivesse caído no conto do vigário, e não no conto do amor. Mas como pirita de ferro parece ouro...

Em tempo, contudo, pequenas quantidades de outro podem ser encontradas disseminadas nas piritas e, dependendo da quantidade, ironicamente a pirita pode ser uma fonte valiosa desse valioso metal. Da mesma forma, embora Contardo Calligaris não tenha feito uma boa estreia como romancista, ainda pode vir a se tornar um representante significativo da leitura de entretenimento, um gênero que ainda sofre certo descaso no Brasil.
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Leticiametal 31/12/2021

Foi minha leitura do ano das salas de espera... Acho que o início dele foi mais poético, na relação do personagem principal com seu pai. Do meio pro fim se perde um pouquinho na trama. Ainda assim, uma leitura agradável.
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Nayra Garofle 20/03/2009

Uma viagem pela Itália
Se ler é viajar, acabo de chegar de Florença. Visitei o convento de Monte Oliveto Maggiore e conheci os afrescos pintados por Sodoma (1477-1549). Pelo menos foi o que me proporcionaram as 124 páginas de “O conto do amor”, primeiro romance de Contardo Calligaris. A estória do livro se confunde com a do próprio autor, apesar do mesmo afirmar que “de autobiográfico, somente o primeiro capítulo”.


Isso porque o protagonista é psicanalista e mora em Nova Iorque, assim como Calligaris, que viveu durante um bom tempo na cidade. O pai de Carlo Antonini, em seu leito de morte, faz uma revelação mais que inusitada: ele teria sido, em outra vida, o ajudante do pintor Sodoma, autor dos afrescos no convento de Monte Oliveto Maggiore. Somente 12 anos depois da morte de seu pai, Carlo decide desvendar esse mistério e se envolve num caso amoroso mais curioso e misterioso ainda.

No decorrer da trama, por sinal, muito bem costurada, Carlo reúne pistas que podem ajudá-lo a entender o que seu pai quis dizer pouco antes de morrer. De um lado, o diário de seu pai e as cartas de amor trocadas entre ele e sua mãe. Do outro, a reprodução sem assinatura de uma obra de Sodoma e uma noite inesquecível num hotel da Toscana.

Não visitei apenas Florença. Apesar de ter sido esta a cidade mais detalhada no livro. Porém, viajei por Milão, Siena e até Paris. Alguns minutos em Nova Iorque também são relatados no livro, para alegria desta resenhista. Carlo se aventurou numa investigação que prometia desvendar o passado de seu pai, mas mal sabia ele que tais descobertas seriam ainda mais proveitosas para seu futuro.

Além de a estória enigmática ser prazerosamente lida, diga-se de passagem, o leitor pode ainda se deliciar com a reprodução das obras de Sodoma citadas no livro.

Deixo aqui uma prévia da entrevista que fiz com o autor. Sobre o livro, Calligaris me afirmou:

"Ele não é totalmente autobiográfico. Na verdade, de autobiográfico, somente o primeiro capítulo. Vivi na Itália até os 18 anos e sempre quando voltava para visitar minha família, meu pai me dizia que queria conversar comigo. Passavam-se os dias e a conversa nunca acontecia. Até que um dia, em seu leito de morte, ele me falou exatamente o que o pai de Carlo Antonini falou para ele. Quando meu pai morreu, eu herdei 60 anos de um diário escrito por ele e as cartas de amor trocadas entre ele e minha mãe. Não sabia o que fazer com aquilo. Foi quando tive a idéia de iniciar o livro".
Elaine Gomes 25/08/2009minha estante
Achei o livro fraco e muito pretencioso. Como leitora das colunas do autor no jornal, esperava bem mais do livro. Achei um fiasco.


Diego Lops 17/02/2013minha estante
Acho que seu contato pessoal com o autor acabou influenciando a sua avaliação da obra, que é bem fraca.




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Homerogoncalves 19/05/2022

A arte que imita a vida
A partir de uma confissão de um pai, que desperta no filho uma inadiável necessidade de recordar sua vida, o livro percorre um caminho que traz a arte como tema central e inspiração para o romance.
Um livro pequeno, leve, simples, mas repleto de boas metáforas sobre a eterna busca pelo sentido da vida.
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Pat 30/04/2023

O conto do amor
Estava com uma certa expectativa para ler um romance do Contardo Calligaris. Achei bem simples, "água com açúcar", o que não é bom nem ruim.
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