Resenhas - Cartas para a Minha Mãe

Raul 25/09/2022

resenha de "cartas para minha mãe"
uma menina que escreve cartas para sua mãe morta contando suas vivências morando com a tia, a avó e as primas que não gostam dela e não tratam ela bem, contanto várias coisas que uma garota cubana negra tem que enfrentar

Isabela 11/09/2022

Mamãe
Pense em um livro imenso em meras 100 páginas. Através de pequenas cartas conhecemos a história de uma criança que, além de sofrer com a perda da mãe, sofre constantemente com a falta de amor da família e o peso do racismo em todo lugar.
Me lembrou muito O peso do pássaro morto da Maya Angelou.
É uma história densa que vale a pena ser lida.

Henrique Fendrich 28/08/2022

Livro bem pequeninho e bonito. Pode ser lido em apenas uma hora e conta uma história singela e delicada. Basicamente, é a história de uma menina cuja mãe morreu e que passa a escrever cartas para ela, contando sobre as coisas que lhe aconteciam. A menina passou a viver com a tia, as primas e as avós, e de nenhuma recebia um tratamento decente. Suas pequenas cartas retratam a realidade de famílias negras e pobres em Cuba, geralmente com a figura masculina ausente ou praticando violências e abusos variados. Aos poucos, porém, começam a surgir algumas esperanças para a personagem do livro. Em relação ao texto, é sempre difícil traduzir o pensamento de crianças, e acho que, vez ou outra, teve alguma "forçada" por parte da autora, mas a maioria dos efeitos funciona e a leitura é fluente.

Mc Brendinha Carvalhão 22/07/2022

Viver dói
Curtinho, em menos de uma hora dá pra ler, não dá tempo de chorar, mas nem por isso deixa de ser doído.

Vitoria 21/07/2022

Me aperta pensar nesse livro como uma obra infantil, porque a narrativa - sob a ótica de uma criança de 8 anos - fala de dores que crianças não deveriam precisar conhecer

Uma infância de rejeição e marcas, de importantes aprendizados, na qual o olhar infantil suaviza um pouco a dureza do que é narrado.

Flávio 07/07/2022

Órfã que vai morar com a vó, tia e primas, e decide escrever cartas para a mãe como um refúgio de tudo que a cerca; toda violência, todo abandono, todo desamparo nos apresentado a partir desse desejo de não estar e não se sentir sozinha que é mais poderoso que a morte.

Conta para mãe seu dia a dia e da religião, da raça, da paternidade/maternidade, aceitação, trabalho, descobertas, aprendizados, perdão - tudo de maneira clara, direta, informal e comovente.

Raul.Grenchi 04/07/2022

Sentimental
Cartas Para Minha Mãe é uma tocante e delicada história onde uma garota de aproximadamente 8 anos escreve cartas para sua mãe contando tudo que se passa em sua vida desde que a mãe morreu.
Nossa protagonista vive agora com a tia e as primas e narra todos seus problemas, desde os mais comuns decorrentes da vida como amigos e a primeira menstruação, até os mais complicados gerados por racismo, violência, importunações sexuais. A obra que parece inocente à primeira vista se mostra bem séria com temas bem importantes como racismo e religião.

Essa foi a segunda obra que li da Cubana Teresa Cárdenas, e foi tão boa e impactante quanto a outra (Cachorro Velho).
Incrível como com livros tão curtos, menos de 200 páginas consegue nos trazer tantos sentimentos.

Dandara 29/06/2022

Cartas para minha mãe
Daqueles livros que você lê numa sentada, cartas para minha mãe conta a história, através da escrita de cartas para sua falecida mãe, de uma criança negra. Aos cuidados da avó e das tias, ela conta como é crescer na ausência de sua mãe.

Malu 27/06/2022

Eu sou muito apaixonada por narrativa epistolar. Acho incrível a capacidade de construir uma história completa através de cartas.

Sofia 03/06/2022

O céu de verdade não se vê, se sente. É uma coisa tão bonita e serena que não dá nem pra imaginar.
Considerado um livro infantil, essa curta história é muito mais do que isso. Ela narra, através da sua jovem narradora, a vida de uma criança que perdeu a mãe, que foi abandonada pelo pai e agora precisa crescer em um lar que não a quer por perto. Com isso, passa a sofrer violências físicas e emocionais do seu próprio círculo familiar que a todo momento fala que seu cabelo, seus traços e sua pele negra são feios. Para buscar um refúgio desse mundo tão cruel e preconceituoso, a pequena escreve cartas para sua mãezinha que está no céu, soltando pipa, para de alguma forma matar a saudade e ter os conselhos que precisa para continuar lutando pelo que acredita. Uma leitura curta, rápida, que ensina muito mais do que podemos imaginar.

Malylyi 31/05/2022

Mais um livro para a escola, o quanto a protagonista sofreu, o pior é pensar que isso é a realidade de diversas crianças e apenas não sabemos.

Cris @cristinadaitx 28/05/2022

Teresa Cárdenas é uma autora Cubana que traz, nas suas narrativas, a história de protagonistas negras que refletem sobre o preconceito e os desafios de viver em um mundo que valoriza e prioriza as pessoas brancas. Nesse livro, uma menina escreve à sua mãe, morta, sobre como está sendo difícil morar com a tia, os conflitos com as primas, e principalmente, sobre a sua conturbada relação com a avó. Ao longo do seu crescimento pessoal, ela vai abandonando alguns conceitos impostos à ela e aprendendo a valorizar a cor de sua pele e suas tradições. Apesar dos maus-tratos sofridos, ela começa a enxergar na avó mais uma vítima do que uma algoz. Além disso, considera que os castigos impostos por ela, serviram para moldar a mulher forte que se tornou. Até que, em um sonho, a mãe finalmente encontra a paz e a personagem vai continuar sua trajetória ao lado da família, que aprendeu a amar e do homem que escolheu. Uma narrativa breve mais imensa em significados.

cachinhosð 24/05/2022

Cartas para minha mãe?
Gostei do livro apenas pelo final. Eu sou uma pessoa bem sensível, entt talvez tenha achado forte e pesado demais devido isso. Engloba diversos assuntos da sociedade atual, talvez não de forma tão explícita devido a narração ser infantil (dos olhos de uma criança). Mas gostei do livro porque pelo menos teve um final feliz :))?

Tina Lilian Azevedo 22/05/2022

Transborda afetos
A protagonista, uma criança, órfã, vai nos contando seu dia a dia por meio de cartas que escreve para sua mãe. Mãe, que é fonte de um amor genuíno, infantil, belo. Mesmo vivendo em um mundo brutal, onde àquelas que deviam lhe amar, cuidar, só lhe destinam raiva e desprezo, nossa protagonista não perde a ternura, a capacidade de disseminar afetos, pois o recebe de uma rede de apoio que surge em sua vida pouco a pouco. Conhecemos nas cartas uma família de mulheres, cuja luta pela sobrevivência, lhes faz repetir a violência de que também são vítimas. Teresa Cárdenas conta uma história forte, triste, mas repleta de amor. Leria novamente, daria de presente e leria outro livro da autora.

Dida 01/05/2022

A dor do luto pelos olhos de uma criança
Um livro belo, delicado, que retrata o luto através do olhar e palavras de uma criança. Teresa Cárdenas é uma autora cubana, e aqui trata de muitos temas pesados de seu país, mas que são muito similares ao Brasil, de forma direta e estranhamente "leve".
Racismo, abandono parental, intrigas familiares, colorismo, abuso, violência infantil, suicídio, religiosidade... tudo isso a partir da visão de uma menina negra retinta que escreve cartas para a mãe que já morreu, para lidar melhor com a dor de perdê-la. A inocência da personagem ao retratar o que sofre - tanto o luto quanto os abusos por parte da sua família, que ao invés de cuidar dela, a despreza - é o que torna o livro tristemente belo.
"A velhinha das flores me explicou que o Deus dos negros se chama Olofi, mas é o mesmo Deus dos brancos, só que cada um coloca nele a cor e o nome que tiver vontade. E disse que Deus fez os homens de todas as cores porque ele é como as crianças, que não gostam de coisas iguais, que as deixam entediadas. Imagino que muitos brancos não conhecem essa história. Eles não gostariam de adorar um Deus preto retinto e beiçudo, por mais misericordioso que fosse. Não iam achar bonito."