Resenhas - Superinteressante 209

z..... 01/07/2022

Janeiro de 2005
"O verdadeiro Alexandre"
A reportagem de capa seguiu ato rotineiro da revista, aproveitando lançamento de filme para abordagens curiosas e reveladoras sobre o tema. Caso de "Alexandre", de Oliver Stone, que estreava no país em Janeiro de 2005.
Pensei que as lutas seriam o destaque, mas o homem em si teve o privilégio, notando-se três caracterizações...
A preparação física e mental em busca dos objetivos (Cristiano Ronaldo seria amador perto das determinações de Alexandre); a mitologia em seu entorno (certamente estratégia de marketing); e o caráter impulsivo, acentuado pelo fato de ser beberrão (o que levou a ações inconsequentes, como no incêndio em Persépolis, e determinou a durabilidade de seu império apenas em vida, dividido quando morreu).
Divagando à toa... O texto faz parecer que houve planejamento para as metas e inconsequência para os resultados alcançados. Não digo que seja resumo, mas em certo nível aconteceu...
Devaneio mais besta... Lembrei de craque do futebol brasileiro... quer a bola de ouro e tem categoria pra isso, mas quando está em evidência certas disposições arruinam a imagem afastando-o do objetivo, a ponto do clube atual dispensá-lo mesmo sendo o craque que é...
Planejamento, fundamental para metas e desdobramentos nos resultados alcançados. Mais do que óbvio, porém, o texto instigou-me a matutar nisso...
Uma curiosidade, subjetiva, não citada... A conquista da fortaleza sogdiana para mim é a história preferida acerca de Alexandre.

"O cozinheiro suicida"
Sobre Vatel, o cozinheiro do século 17 que se matou em ação afobada e inconsequente, por conta de atraso em entrega de mercadorias.

"Deu a louca nos neurônios"
Abordou a Síndrome de Tourette (distúrbio neurológico com tiques vocais e motores involuntários) em esquisitices capaz de gerar. Entendo muito bem quem tem (e como!), algo que leva à situação de transtornos pessoais, escárnio e pode afetar as relações sociais (sei bem como é...).

"Inteligência animal"
Reporgem curiosa, mas não surpreendeu, sobre manifestações da inteligência na comunicação, uso de ferramentas, memória, estratégias de sobrevivência, etc e tal.

"As portas da percepção"
Fiquei é com má percepção do texto... Pareceu exaltar as drogas no desenvolvimento da arte... Oras, droga é antônimo de construção.

"Yo!"
Reportagem bacana, sobre a história do Hip Hop em sua peculiaridades e curiosidades.
Uma peculiaridade: o Hip Hop denota o movimento cultural, onde destaca-se o rap na música, o break na dança e o grafite na produção visual. Por aí...
Curiosidade: a dança robótica no break teria surgido como ironia, crítica ou referência à robotização tecnológica nas indústrias, ou ainda como referência aos soldados mutilados que retornabam do Vietnam e guerras, nos passos e gestos quebradiços (será...).

"Super-retrô e memória musical"
Abordou clássicos discos infantis dos anos 70 e 80.
Conheço todos os mostrados e alguns vieram acompanhados de especiais na tv (caso de "Pirlimpimpim" e "Plunct Plact Zuum"). E da coleção Disquinho minha história preferida era do Macaco Simão (hoje politicamente incorreta).
Gosto dessa parte da revista por instigar a memória e somo a esses discos o "Saltimbancos Trapalhões" (muito legal, do filme mais bacana da trupe), "Os corujinhas" (tinha em casa, com músicas infantis e populares regravadas pelo grupo para a garotada) e "Os três patinhos".
Mano, esse último era coleção pra lá de inusitada com patos cantando as músicas de um jeito muito doido. Na infância, onde morava, era parada de sucesso frequente nos aniversários. A mais engraçada e maluca é o Freak le bom bom da Gretchen. Tem versão que cantam com ela, mas a melhor é o cover só deles, com o pato cantando todo sexy. Se quizer ouvir a tosqueira, procure a segunda música no link que deixo nos comentáeios.