Ilusões pesadas

Ilusões pesadas Sacha Sperling




Resenhas - Ilusões Pesadas


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Fabio 15/09/2014

Pesado. Bem pesado.
A história é muito interessante, mas você tem que estar preparando para mergulhar nela e se limitar ao ponto de vista e argumentos de Sacha, sempre deixando de levar em consideração suas próprias opiniões. É preciso entendê-lo.

Se você for daqueles que não conseguem não julgar os personagens, provavelmente não se envolverá com a trama. Sacha é fútil, muito novo, nada experiente, sua estrutura familiar é péssima, tem uma boa situação financeira e, claro, é bastante dramático. Nada inovador, verdade seja dita.

Porém, a forma como o livro é escrito e a história é levada, junto com a excelente tradução do Reinaldo Moraes (que foi o que me fez ler esse livro), fazem esse romance valer a pena. É perturbador acompanhar a intensidade com que Sacha se entrega a crise existencial, a dependência que ele cria do Augustin, a sua experiência e a de Augustin com drogas, a liberdade que os dois têm dos pais e o que a influência deles gera nas pessoas ao redor.

Não é o primeiro livro francês que leio nesse estilo. Esse romance é muito parecido com Hell da Lolita Pille (que também achei muito bom). Além das características dos personagens principais, os dois romances tem como semelhanças a constante presença das drogas e amores destrutivos. Os dois autores souberam levar de uma maneira muito boa e singular suas histórias. A estrutura, conforme outra resenha que vi aqui, realmente lembra muito a de Axolotle Atropelado, com a diferença que em momento nenhum você acha que perdeu alguma coisa ou não consegue se localizar.
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avdantas 15/02/2016

A vida pesada
Não é fácil entender e se identificar com Sacha, o personagem principal desse romance de um autor francês muito jovem. O personagem é mimado, descrente de suas próprias capacidades e completamente incapaz de empatia, tanto quanto lhe falta interesse em encontrar um propósito, ou sonho ou objetivo a perseguir.

Sacha vive com sua mãe, separada de seu pai que ele não vê com frequência e nem tem uma relação amigável. Todas as relações de Sacha parecem ser difíceis. O personagem tem em torno de 14 anos, bebe muito, troca o dia pela noite, vai a escola quando quer e mesmo assim não assiste às aulas. A trama do romance é montada quando Sacha conhece Augustin, um rapaz da mesma idade, com quem tem alguns conhecidos em comum. Sacha e Augustin compartilham da mesma inércia com relação à escola, por exemplo, bem como a mesma inclinação ao estilo de vida desregrado e boêmio.

Tanto Sacha quanto Augustin mantém o mesmo tipo de relacionamento amoroso: com garotas e sempre guiados pelo instinto sexual. Uma noite, bebendo com duas amigas, uma das garotas desafia os dois adolescentes a se beijarem. A partir daí os garotos iniciam uma espécie de relacionamento conturbado, um misto de amor e desejo que se concretiza em várias experiências masturbatórias e muito consumo de drogas variadas e bebidas.

Sacha, apesar de não construir esse tipo de pensamento até o fim do romance, se coloca em uma posição sempre inferior a Augustin, que representa para ele um farol de sensatez e racionalidade. De alguma forma, o relacionamento deles é ao mesmo tempo quase inexistente e muito abusivo. O desinteresse de Sacha por qualquer coisa que seja é agravado. Neste ponto, o personagem me causava um desconforto imenso, até que eu percebi que Sacha apresentava vários sintomas de depressão e foi nesse ponto que todo o romance fez sentido para mim.

Não se tratava de mais uma obra de um autor jovem a respeito da falta de limites da juventude; Sacha não era mais um rebelde sem causa. O romance é o retrato de uma juventude que eu tenho cada vez mais entrado em contato (alguns alunos, alguns conhecidos): uma juventude que não tem uma razão de ser no mundo. Ele não se encaixa por mera rebeldia, ele simplesmente não sabe onde se encaixar. Assim, se agarra a qualquer coisa que justifique sua vida e faça sentido, mesmo que seja o consumo exagerado de drogas ou o relacionamento com Augustin, alguém exatamente como ele.

O romance é muito bem escrito. As frases curtas exageram o sentido de vazio de Sacha, bem como os capítulos curtos. A única coisa que não pareceu natural foi a já batida confusão que os autores contemporâneos tendem a fazer entre a voz da personagem e a voz do próprio autor. Já vi muitos autores criarem essa confusão com maestria, é o caso de João Gilberto Noll. No romance de Sacha Sperling, entretanto, não pareceu se encaixar no projeto geral de escrita. Mesmo assim, o romance é válido pelo choque da representação de uma juventude depressiva e sem lugar na sociedade ainda.


site: http://cheirodesombra.blogspot.com.br/2016/02/ilusoes-pesadas-de-sacha-sperling.html
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Luca 10/09/2015

Gostei demais. Temos um personagem vazio, sem propósito. Perdido. Vemos como ele fantasia, só se apegando (e nos contando) a momentos que quer vivenciar e coisas que quer ver. Sabe, quando você gosta de uma pessoa e no fundo sabe que ela não está tão afim e simplesmente não reconhecemos, nos dando esperanças com pequenos momentos de gratidão? Esse é o Sacha. E isso prova como um livro contado em foco de primeira ou terceira pessoa pode mudar muito o entender da história. Sacha só contava o que queria, as coisas boas. De repente, encontra-se em uma crise e não entendemos o por quê. Como aquilo tudo chegou a tal ponto despercebido pelos olhos de quem lê? ... Porque Sacha fantasiava. Incrível!
Tuca. 02/12/2015minha estante
Amo


Tuca. 02/12/2015minha estante
Amo


Tuca. 02/12/2015minha estante
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Gabriel1679 14/08/2016

Pesado, chato e inútil. Não me fez sentir nada positivo durante a leitura.
caroline with an e 22/08/2016minha estante
A intenção do livro é não passar nada positivo mesmo. lol




Bruno Gueller 01/04/2015

Drama e mais drama, quase pesado.
O ator francês tinha apenas 18 anos quando foi publicado o livro, se não me engano em 2009. É um livro típico de um adolescente, sexo e drogas. A história se passa entre Sacha e seu amigo a quem se apaixona. É praticamente meio - autobiográfico e Sacha consegue envolver o leitor com sucesso.
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Rodrigo 21/04/2016

Inútil
Não consigo conceber as boas críticas a este livro. Um amontoado de nada, página após página. Um protagonista que não cativa nem nos faz odiá-lo. Muita droga e sexo sem desenvolver enredo. Ponto positivo são apenas 174 páginas.
Eddie Viana 08/02/2018minha estante
Graças a Deus que encontrei alguém que pense como eu. Tô na página 100 e olha, não está sendo fácil. A história não se desenvolve, parece um monte de informação que é simplesmente jogada pra gente digerir, sem conexão alguma, apenas está lá pra gente ler. Não parece um livro, parece mais que várias histórias sobre um mesmo personagens foram publicadas em um mesmo volume. Não atrai. Só vou até o final porque realmente detesto deixar as coisas pela metade, mas que é um saco de livro, isso é verdade.




Pedro Azevedo | @arquivos_pe 08/05/2017

Um dos meus livros favoritos
Eu já li Ilusões Pesadas algumas vezes desde que eu comprei o livro, e acho simplesmente sensacional. A escrita de Sperling é poética, recheada de referências pop e repleta de diálogos inteligentes e profundos e dotada de um tom definitivamente francês. O romance permeia o livro de forma subjetiva e instável onde o que se sobressai são os dramas do protagonista e sua personalidade egocêntrica e insolente. Augustin, o melhor amigo/amante é o oposto de Sacha, corajoso, destemido e não tem medo de se impor. Os dois protagonistas recheiam as páginas numa narração erótica, profunda e típica aos 14 anos de todos nós. Ilusões Pesadas é um livro que merece ser lido, relido e memorizado. Inesquecível.

site: https://www.conversaurbana.com/single-post/2016/06/12/Gay-Romance-Books-Especial-do-Dia-dos-Namorados---Ilus%C3%B5es-Pesadas
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Bruno1041 29/11/2017

[RESENHA] ILUSÕES PESADAS
ILUSÕES PESADAS é narrado em primeira pessoa pelo protagonista Sacha Winter de catorze anos que vive uma vida nada exemplar. Com uma mentalidade decepcionante acompanhamos a vida desse jovem rebelde que pouco a pouco vai se afundando a medida que conhece uma pessoa que palpita o seu coração: Augustin.
Iniciei a leitura esperando ver um romance tórrido acontecer e duas almas se fundirem numa só, mas isso foi uma ilusão que criei e alimentei. Tentei não criar expectativa, mas antes mesmo de ler o primeiro capítulo já estava suspirando achando que, sim, iria ver dois jovens descobrindo o amor. Entretanto, não é isso que é apresentado.
Sacha é um garoto inconsequente que vive o dia de hoje sem pensar no amanhã, que se arrasta pela vida sem de fato vivê-la e tem amizades tão frágeis que falar de sentimento é algo banal e desnecessário para eles. São jovens buscando ser descolocados, sem importar com nada e não prestando atenção nada, não parando para pensar em como suas atitudes afetam os outros ao seu redor.
Ver uma pessoa nova se afundar num mundo onde nada é o que rege me foi muito incomodo. A toda hora escarafunchava à procura do estopim que fez a vida de Sacha decair e devo confessar que não encontrei. O personagem soube muito bem esconder.
Afinal, ele não busca ser entendido, não quer ser estuado, somente deseja compartilhar sua vida e não importa o que as pessoas iram pensar.
A crueza no modo de tratar o uso de drogas e bebidas alcoólicas na adolescência foi algo incomodo. Sabemos que é errado e gritamos para que os personagens percebam isso, mas não tem ninguém de exemplo para isso. Ninguém os detém. As lojas não se importam em vender as bebidas para os adolescentes. É o capitalismo.
Tentei ao máximo não julgar Sacha mas foi impossível. Toda ação que ele faz é impulsiva. Vemos sua mãe se afundar em desespero à medida que percebe que o filho está indo para o caminho errado, mas também vemos a negligência ao constar que ela não faz nada para impedir o filho, que ele praticamente manda nela. Vemos uma mãe deixando o filho crescer com seus erros, mas esquecendo que proibir, cortar privilégios, pode ajudar a salvar uma pessoa de se flagelar.
Não vi o personagem querendo se salvar. Ele não busca salvação. Vemos alguém nutrindo um amor fantasioso que acredita acontece, mas que se decepciona quando a realidade lhe dá um soco forte na boca do estômago.
Seria mentir dizer que ILUSÕES PESADAS foi uma leitura prazerosa. Pelo contrário, foi um enredo que tentei mastigar para compreender o personagem, mas que conclui a leitura revoltada com as atitudes do jovem. A obra pode até ser uma denúncia da ruína que os jovens podem sofrer, mas não trouxe nenhum ponto para salvação, somente expôs uma pessoa não querendo ser salva, não se importando com nada. E isso ainda com quatorze anos de idade, imagina quando chegar na casa dos vinte!
Com narração em primeira pessoa, a obra possuí páginas amareladas, capítulos curtos e fonte de letras num tamanha agradável para leitura.

site: http://www.refugioliterario.com.br/2017/11/resenha-ilusoes-pesadas.html
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Mari Moraes 22/05/2020

O irmãozinho ofuscado de "Hell Paris 75016" de Lolita Pille
Ilusões pesadas é a obra de um autor parisiense, narra sua juventude, seus excessos e perspectivas exageradas. É impossível ler esse livro e não notar a semelhança com "Hell Paris 75016" de Lolita Pille, sendo assim, todas as considerações que eu tenho a fazer do mesmo são a partir de Hell, que foi lançando alguns anos antes.

Primeiro, gostaria de pontuar que Hell foi um dos meus livros favoritos por muito tempo, eu o li na mesma idade que a autora (e personagem principal) tinha e estava moralmente vivendo um momento similar ao dela, sendo assim, é um livro que eu guardo bastante memória afetiva.
Em Ilusões Pesadas, por sua vez, o personagem é um pouquinho mais jovem, ele tem 14 anos (aqueles 3 aninhos que na adolescência fazem grande diferença), ele também não traz tantas referências filosóficas e existencialistas quanto Hell, parecem histórias semelhantes mas os dois personagens têm motivações diferentes. Sacha, de Ilusões Pesadas, está descobrindo o que é se apaixonar pela primeira vez, e o quanto te corrói aos poucos se apaixonar por alguém que não te ama na mesma intensidade.
Fora isso, os dois livros se passam no mesmo contexto: elite parisiense do começo dos anos 2000, o consumo de drogas e a impunidade de jovens ricos. Os locais luxuosos são os cenários e as grifes de alta costura os adornos que ornam os dois livros - embora tudo isso seja muito mais explícito, desenvolvido e elaborado em Hell do que em Ilusões Pesadas.

Mantenho respeito pelo livro, justamente por ser similar a outro livro que gosto tanto, e por ter sido indicação de uma amiga tão próxima, porém quando você lê sendo um pouquinho mais velho (no meu caso em particular tenho 27 anos), é inevitável não revirar os olhos em alguns momentos e pensar "drama de primeiro amor adolescente".
Alguns trechos te deixam desconfortável - a idéia de um garoto de 14 anos cheirando cocaína nunca vai ser normal para mim, mas apesar disso a escrita é boa - o autor às vezes alterna os acontecimentos com os próprios insights, e além disso, se alguém estiver em sua juventude passando por uma fase de festas, niilismo, álcool e drogas (ou quiser revisitar isso) e precisa passar por um processo catártico, o livro estaria bem contextualizado.
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marizinha 11/01/2022

A TRISTE VIDA DE DE UM GAROTO BURGUÊS
O livro e muitooo bem escrito e vou ser sincera foi o que me fez continuar lendo, e muito bem escrito mesmo mesmo, e um livro passional não tem grandes acontecimento e acredito que isso e proposital mas acaba tornado o livro e arrastado, o principal(Sacha) não evolui e só ladeira a baixo , os acontecimentos presentes são vazios e sem grandes reflexões , enfim adolescência de o menino de classe media alta ,risos, que vamos ser sinceros ele é chato pra um [*****].
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Oliver70 19/11/2023

1569 letras ainda é pouco para expressar o desgosto.
Foi um mix de experiências,que pra ser mais claro, envolvem dor, desconforto, raiva, e muita raiva e principalmente pena.

Eu estava discutindo até agora comigo mesmo sobre fazer ou não uma resenha para este livro. E como eu passei praticamente o dia todo divagando sobre o assunto, decidi que vou sim comentar sobre. Então vamos aos refrescos.

Primeiramente eu quero deixar claro que no começo talvez eu estivesse gostando, só no comecinho, mas com o decorrer das páginas eu fui sentindo um peso e fiquei me perguntando se eu não tinha algo melhor para ler, e até abandonei o livro por um tempo, mas voltei a ler pq gosto de me torturar (brincadeira).

Pra contextualizar, esse livro é narrado pelo protagonista e nos seus 14 anos começa sua jornada ali no meio das drogas.(Prá não dar muito spoiler eu só vou falar da experiência daqui pra frente e é isso.)

O que esse menino cheirou de pó nessas 176 páginas eu acho que a Rue não tava acostumada (ou talvez sim, não sei). Eu odeio que todos os adultos, com excessão dos professores da escola, não deram uma maior atenção pro protagonista. Tudo bem que ele era um babaca pra kct, mas pô, o muleque só tinha 14 anos. Quem sabe o que fazer direito da vida com 14 anos ??? Sobre a escrita, eu gostei bastante, também gostei de alguns pensamentos dele em momentos de crise existencial. Pra terminar, acho que fiquei desconfortável com tudo, o tipo de livro que parece roubar um pedacinho de você sabe ? É uma história simplesmente pesada, e é isso.

Uma pessima experiência e uma resenha de 1569 letras, mais ou menos.
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Caio Chaves 09/11/2012

Insano. Um relator pertubador e altamente instigante de um jovem francês descobrindo o amor, drogas e todo o egoísmo que o rodeia.
O que me chamou a atenção, foi a narrativa crua e ao mesmo tempo feroz, tudo acontece em um mundo repleto de disputas de ego e omissão por parte dos mais velhos, aquela velha e caótica relação pais-filhos, levados as últimas consequências.
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Lissa - @leiturasdalissa 09/04/2013

(f)utilidade pública
Apesar de ter inicialmente achado a vida de Sacha Sperling um emaranhado de rebeldias desnecessárias, acabei por sentir que ele havia algo mais a oferecer. As experiências relatadas podem soar fúteis no começo, mas quando a gente termina de ler o livro, percebe que foram essenciais pra compôr a personalidade do garoto. Sim, o álcool, as drogas, o sexo - tudo trouxe maturidade pra ele de um jeito raro que se vê nas pessoas que entram nessa vida tão cedo. Ele, ao meu ver, continua sendo fútil, mas de um modo ou de outro, acaba dizendo coisas úteis aos ouvidos. Fiquei curiosa pra ler algo mais dele.
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Matheusvarraes 03/09/2016

Diferente
Narrativa atípica, personagens e leitura vazias (ou até deprimente). Não entendo como um adolescente de 19 teve maturidade para escrever sobre isso.
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