Natália 20/12/2012
"Marylin e JFK" - François Forestier
O livro me encantou porque logo no prefácio o autor disse: "Uma história que todo mundo conhece, mas ninguém conhece.... Para iluminar um pouco tanta escuridão, foi preciso uma sólida documentação, um editor paciente e um defeito crucial: Uma má índole, e eu tenho!". E realmente, ele tinha razão, precisava de uma coragem inestimável para contar essa história coma riqueza de detalhes que ele contou, e ainda mais, com o deboche na ponta do lápis.
O livro começa contando, com detalhes, o assassinato do John Kennedy, e começa assim para explicar que o assassinato não foi a toa, e que na época se quis dizer que o ocorrido aconteceu por um motivo falso! E para explicar porque mentir sobre a morte de John Kennedy ele precisou voltar anos na história, e falar do pai de John Kennedy, Joe Kennedy, um homem machista, que só tinha um objetivo na vida, se tornar presidente, e transar com inúmeras mulheres no mesmo dia. Por ser um traficante de bebidas alcoólicas, que na época era proibido nos EUA, ele conseguiu (é claro) ser jogado para escanteio no mundo politico. Mas ele era insistente, e resolveu investir nos seus filhos. Como Joe Fitzgerald Kennedy Junior, seu filho mais velho havia falecido, ele passou a apostar em Jack (John Kennedy), e conseguiu, Jack tinha boa aparência, uma imagem quase inabalável, uma boa esposa, e todo seu pai que se virou nos "30" para conquistar a presidência para Jack.
Os anos se passaram, e Jack que sempre foi um filho que admirou seu pai, e como sempre dizia queria ser um galanteador como ele (e conseguiu ser) se tornou senador, e passou a conquistar inúmeros eleitores para sua candidatura, e muitas mulheres.
Por varias vezes sua esposa Jackie quis se separar dele por se sentir traída, humilhada, e solitária, mas o papai Joe sempre dava um jeitinho de amansar a nora.
Marilyn, anos mais nova que John Kennedy, tinha uma vida turbulenta desde pequena, sua avó era esquisofrenica e sua mãe foi internada em uma clinica psiquiátrica quando Marylin era criança, ela foi "adotada" por uma família, e quando tinha 12 anos sofreu abuso sexual do pai adotivo.
Conheceu seu primeiro marido e casou-se, e após o casamento Marylin passou a ser uma mulher vista pelos homens, e percebeu que poderia usar a sua beleza a seu favor.
Separou-se, e casou mais duas vezes, seu primeiro marido Jimmy Dougherty, o segundo Joe DiMaggio, e o terceiro Arthur Miller. Joe DiMaggio, foi o homem que mais amou e cuidou de Marylin e depois de sua morte, passou a ser uma pessoa diferente, solitário e triste.
Começou a sua carreira e logo se tornou o maior ícone sexual de todos os tempos, Marylin foi a mulher mais desejada pelos homens em todo o mundo. Mas sempre teve em sua vida as marcas do passado que a atormentava.
Conheceu JFK, e se apaixonou por ele (ou pela ideia de se tornar First Lady), viveram um romance durante 10 anos, mas para JFK (como sempre) era apenas sexo. Com o tempo passando muitas pessoas do ramo artístico e da politica se interessaram em vigiar a vida dos dois, e muitos segredos foram descobertos. JFK não era um presidente conceituado, mas sim um homem pervertido, que só procurava o seu prazer. Marylin uma mulher de duas personalidades, as vezes uma louca, e outras meiga e delicada. A cada dia a imagem dos dois de destruía um pouco, e como disse o autor, morreram da hora certa sem que os grandes escândalos de suas vidas viessem a tona.
Marylin tomava altas doses de remédios, e JFK arrumava uma amante por minuto, e se metia na mafia existente.
Um livro esplêndido, e eu recomendo, nele descobrimos coisas que jamais imaginaríamos que o "melhor" presidente dos EUA, e uma atriz conceituadíssima teriam vivido.