Gabriel 07/03/2013
O crime refletido em um espelho
"Nós somos os senhores e os servos, nós controlamos os rios vermelhos". Qual por trás dos rios vermelhos?
Grangé utiliza-se de um trilher em uma narrativa viciante, envolvente, intrigante e misteriosa que permite-nos sentir a história e vivenciar seus detalhes. Utilizando-se de dois enrredos aparentemente paralelos que se entrelaçam ao final em um grande mistério e conspiração.
Um corpo sobre a rocha, sem olhos, em posição fetal, encontrado através do reflexo do rio, privado de sua identidade. Grangé trás como base do assassino a fixação por tornar suas vitimas em meros reflexos do que são, sem identidade. Essa obsessão que parece a Niémans a principio uma motivação sexual, logo se mostra muito irracional e bruta, que deixa o investigador intrigado com a motivação do assassino. Já ao passo que Karim Abdolf descobre um arrombamento de sepultura em uma cidadezinha onde trabalha que apresentava curiosa relação com o arrombamento de uma escola no mesmo dia.
Partindo desses princípios ambos os investigadores partem numa caça incessante sem suspeitar que um segredo sinistro e sombrio mantinha ambos os casos como um só.
Rios vermelhos se mostra um trilher misterioso e intenso no qual o assassino mantem-se escondido do leitor até o momento decisivo da trama, assim como, uma excelente trama e entrelaço dos dois enredos a principio tão distintos culminando num final imprevisível, quem pode ser o assassino aficionado em tirar as identidades biológicas de suas vitimas? oque o motiva? Qual o mistério dos rios vermelhos?
Niémans afirma que o crime é como um núcleo atômico que cada partícula é impostante, e que nas vitimas o assassino se reflete em um espelho. Ao final da trama podemos ver como o assassino sempre esteve refletido.