Slaughterhouse Five

Slaughterhouse Five Kurt Vonnegut




Resenhas - Slaughterhouse-Five


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Eliza.Beth 18/11/2021

Amei forte
?Esse livro é um fracasso, e tinha que ser já que foi escrito por uma coluna de sal.?

Essa é uma das analogias mais belas que já li. O autor cita a esposa de Ló, personagem bíblica que também é transformada em uma coluna de sal por ter olhado para trás, em direção à destruição de Sodoma.
Ele também olhou para trás.

Olha, esse livro tem algumas coisas que não costumam me agradar: um pezinho na ficção científica, narração não linear e escrita simples. Só posso então dar todo o crédito do mundo ao Kurt Vonnegut porque esse livro me atingiu em cheio.

A ficção científica foi a forma que ele achou de tratar um tema tão pesado como um bombardeio com algumas pitadas de humor; as cenas não lineares nos permite respirar e as frases simples, curtas e diretas causam um impacto gigante.

Uma palavra e uma frase merecem destaque: ?Earthlings (terráqueos)? e ?So it goes (é assim mesmo)?.
Nós, os terráqueos, criamos essa mania de achar que as coisas ?são assim mesmo?.
É triste e eu me pergunto todos os dias quando foi que nos tornamos tão indiferentes, tão conformados, tão desalmados.

Não é fácil ler sobre guerras e suas consequências, e também não é fácil lutar contra todo um sistema, mas é preciso tentar.
Billy (o protagonista) tem um oração emoldurada na parede no seu escritório que, segundo ele, ?expressava seu método de continuar em frente?:

?God grant me the serenity to accept the things I cannot change,
Courage to change the things I can,
And Wisdom always to tell the difference.?

Obrigada Billy. Farei o mesmo.
Carolina.Gomes 19/11/2021minha estante
Nem conhecia esse livro, Beth! Se vc amou, testarei?


Eliza.Beth 19/11/2021minha estante
Foi uma grata surpresa!
Espero que goste tbm ??




Viviane 23/06/2014

"So it goes."
A minha frase favorita e que mais me marcou no livro foi a "so it goes". Foi por causa dela que encontrei o livro e por causa dela que termino esse livro com uma sensação nostálgica. Sinceramente acho que essas vai ser uma das resenhas mais difíceis que já escrevi.

Como resumir um livro que transcende as próprias páginas? Afinal, do que se trata esse livro; guerra, aliens, memórias, viagens no tempo, humor ou nada disso? Esse é um daqueles livros que varia de pessoa pra pessoa. Pra mim, esse livro é subjetividade. Esse livro é o que você faz dele.

Billy Pilgrim -um dos personagens mais carismáticos que já li- é um cara que é tudo menos ordinário. Dependendo do momento, ele pode ser um soldado, ou um optometrista, ou um covarde, ou um marido. Eu digo dependendo do momento porque Billy consegue viajar no tempo. E por mais que esse livro parece ser um relato de guerra, ele é na verdade uma coleção de experiências e memórias do personagem principal.

"And I asked myself about the present: how wide it was, how deep it was, how much was mine to keep."

Tudo se liga, uma hora ou outra, entendemos uma referência que vimos no começo do livro. Eu sinceramente não quero falar mais desse livro por medo de soltar um spoiler do que eu achei. Enquanto lia o livro, a história de Billy virou um pouco da minha história. Me imaginava na guerra no lugar dele, no hospital, em Tralfamadore.

Acho que o ponto mais significativo nesse livro é que no meio de tanta coisa, ainda nos deparamos com reflexões sobre o ser humano. É realmente fantástico a forma como o autor estruturou a narrativa e construiu esse universo fantástico em que podemos testemunhar todas as faces de um ser humano. Vale a pena a leitura.

"How nice -to feel nothing and still get full credit for being alive."
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urbenave 26/11/2022

É uma história ao mesmo tempo irônica, melancólica e crua sobre o que a guerra faz com as pessoas e sobre o que as pessoas fazem consigo mesmas.
Vonnegut te equilibra entre a quase trivialidade, eventos fantásticos e situações massivamente trágicas pra contar a história de Billy Pilgrim e da própria guerra.

É um livro difícil, mas que vale cada página. So it goes?
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Leonardo 17/04/2012

A cruzada das crianças, humor amargo para tratar de coisa séria
Disponível em http://catalisecritica.wordpress.com

Terminei de ler esse livro há mais de um mês. Li de maneira bem desordenada, uma página aqui, duas acolá, nos pequenos intervalos que tinha enquanto escrevia minha monografia. Vale a pena aqui lembrar onde ouvi falar dessa obra: no ano passado vi um pedaço de Footlose, aquele filme dançante com Kevin Bacon. O ator interpreta um adolescente que chega a uma pequena cidade onde a música e a dança foram banidas por um pastor conservador. Lembro que ele conversa com um professor ou mesmo o pastor, não lembro direito, e diz que o último livro que leu foi Slaughterhouse-Five, o que causa um tremendo impacto. Fiquei curioso com isso e fui atrás do livro. Acabei descobrindo que se trata de uma história satírica centrada no impacto que o bombardeio de Dresden, na Alemanha, causou em Billy Pilgrim, um soldado americano instável psicologicamente.
O livro tem três títulos: o curto, o longo e o extremamente longo.
- Slaughterhouse-Five (Matadouro Cinco);
- Slaughterhouse-Five, or The Children's Crusade (Matadouro Cinco, ou a Cruzada das Crianças);
- Slaughterhouse-Five, or The Children’s Crusade: A Duty Dance with Death, by Kurt Vonnegut, a Fourth-Generation German-American Now Living in Easy Circumstances on Cape Cod [and Smoking Too Much], Who, as an American Infantry Scout Hors de Combat, as a Prisoner of War, Witnessed the Fire Bombing of Dresden, Germany, ‘The Florence of the Elbe,’ a Long Time Ago, and Survived to Tell the Tale. This Is a Novel Somewhat in the Telegraphic Schizophrenic Manner of Tales of the Planet Tralfamadore, Where the Flying Saucers Come From. Peace. (aqui a tradução é mais complicada, portanto, tenham compreensão: Matadouro Cinco, ou A Cruzada das Crianças: Uma dança obrigatória com a morte, por Kurt Vonnegut, um Teuto-Americano de quarta geração atualmente vivendo em circunstâncias tranquilas em Cape Cod (e fumando demais), que, enquanto Batedor da Infantaria Americana fora do combate, como prisioneiro de guerra, testemunhou o bombardeio de Dresde, Alemanha, “A Florença do Elba”, há bastante tempo, e sobreviveu para contar a história. Este é um romance mais ou menos do jeito telegráfico-esquizofrênico de se contar histórias no planeta Tralfamadore, de onde os discos voadores vêm. Paz.).
O livro é bem escrito, com frases curtas e muita ironia. Esta foi a maneira que o autor encontrou de lidar com um tema sério e trágico, e considero que ele foi por demais bem sucedido, já que seria muito complicado retratar de maneira realista um impacto de uma tragédia daquela dimensão na vida daqueles soldados, ainda crianças na visão do autor. Billy Pilgrim, o personagem principal, é um oftalmologista meio sem querer, que se casou meio sem querer e que depois de ter sido abduzido por extraterrestres do planeta Tralfamadore, viaja no tempo. Isso acontece porque para os Tralfamadorianos não existe a limitação de tempo e espaço. Você nunca morre e sempre está morto, e todos os momentos são contínuos. Billy Pilgrim abre os olhos e percebe que voltou no tempo e está na Alemanha, como um prisioneiro de guerra. Instantes depois está em Tralfamadore, numa espécie de zoológico no qual ele é o único espécime em exposição, sendo observado por centenas de Talfamadorianos. Ao seu lado aparece então uma belíssima modelo, nua, que acabou de ser abduzida pelos Tralfamadorianos para que eles possam observar como os terráqueos fazem conversam ou fazem sexo. Mais um segundo e Billy Pilgrim percebe que viajou no tempo novamente, agora depois de sofrer um colapso nervoso, e sua filha tenta interná-lo em um hospital psiquiátrico. Mas a viagem mais recorrente é de volta ao seu tempo enquanto prisioneiro de guerra, numa saga que culmina com o bombardeio que reduziu Dresden (e boa parte dos seus habitantes) a cinzas.
Assim é o livro. Meio louco, mas irresistível. É um manifesto contra a guerra, naturalmente, e nos põe a pensar se é mais louco imaginar-se abduzido por extraterrestres e viajando no tempo ou encontrar justificativa para lançar bombas incendiárias sobre crianças e mulheres completamente inocentes.
O livro é curto e, o estilo do autor não deixa o leitor desorientado em nenhum momento. Lembrei de O vendedor de armas, de Hugh Laurie, o House, sobre o qual escrevi aqui (http://catalisecritica.wordpress.com/2011/05/26/o-vendedor-de-armas-hugh-laurie/). Não estou dizendo que os livros se equivalem em qualidade, apenas que o que Hugh Laurie tentou fazer em relação ao estilo (acidez crônica, cinismo, sátira, ironia) sem sucesso, justamente por causa do exagero caricatural, Kurt Vonnegut fez com maestria.
Um livro altamente recomendado que, apesar dos 43 anos de existência e de contar uma história passada há quase 60 anos continua, infelizmente, muito atual.
Minha avaliação:
5 estrelas de 5
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felipe watanabe 11/12/2019

12.2019

Premissa - 4
Personagens - 4
Andamento - 3
Escrita - 5
Final - 4
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Julia Dutra @abibliotecadebabel 28/04/2020

So it goes
Livros em inglês compõem a maior parte das minhas leituras não concluídas nos últimos anos. Felizmente, tenho aprendido a insistir. É fatigante ler um parágrafo três vezes e nada entender, mas, com o passar das páginas, percebemos que o vocabulário novo se repete e as idas ao dicionário (ou google tradutor) passam a ser mais esparsas. Abandonei Slaughterhouse 5 na página 77, no meio de um capítulo, há menos de um ano. Comecei do início. Um capítulo por dia. Alguns intervalos entre eles e tudo deu certo. No fim das contas, eu precisava ser paciente: uma das habilidades que o isolamento me proporcionou. Sobre o livro, gostaria de pontuar minha afeição pela escrita de Kurt Vonnegut. Recomendo a leitura em voz alta e, antes de mais nada, que o leitor assista a alguma das palestras do autor no YouTube. Vonnegut Jr. escreve como fala e ele fala de maneira especialmente engraçada. Torço para que os tradutores tenham conseguido transmitir essa sensação. Esse é um livro dentro de outro: um livro sobre um autor que escreve um romance sobre a Segunda Guerra Mundial, especialmente sobre o bombardeio de Dresden. Apesar disso, o livro dentro do livro é destinado a ser uma história que possa mostrar a verdadeira face do conflito. Sem romantizar, nem endeusar as “conquistas” estadunidenses, o enredo nos mostra uma guerra de crianças. Como nas cruzadas. Da mesma forma, temos um protagonista caracterizado por sua insignificância, seus trajes inapropriados para o conflito e sua completa falta de habilidade. Junto a isso, vivemos nessas páginas uma profusão de viagens no tempo e a outros planetas. Billy Pilgrim, um fanático por ficção científica de péssima qualidade, é o porta voz de tudo o que consumiu como leitor. E é nessas idas e vindas que encontramos passagens engraçadas e, também, chocantes sobre o destino de 135.000 pessoas mortas por um bem maior. Sem mais spoilers, recomendo a leitura.
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Rafael 03/09/2022

entendo o apelo e, principalmente, o contexto histórico dos EUA em que um livro antiguerra vai fazer tanto sucesso. no aspecto de propaganda antiguerra, é um belo livro. mas não gostei da forma como o plot é desenvolvido e nem os seus personagens. eu entendo o apelo e "frescor" que certas circularidades do enredo deviam ter quando foi escrito, mas tendo lido outras obras que implementam melhor a mesma técnica, não pareceu muito impressionante. é uma leitura rápida e de certa forma tranquila, então vale a pena conhecer por ser um clássico.
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Rob 02/09/2009

A guerra como ela foi, e muitas outras coisas
Slaughterhouse Five (Matadouro número cinco) pode ser visto de diversas formas. Já vi este livro até nas prateleiras de ficção científica.

Você pode ler Slaughterhouse Five como se fose um livro de humor - humor negro para ser exato. Vonnegut nunca perde a oportunidade para a ironia, usando frases repetidas nos momentos mais insólitos, mostrando o que os pássaros tinham a declarar em um dado momento da guerra. And so on.

Você pode ler Slaughterhouse Five como uma fantasia, e neste aspecto Vonnegut supera os livros de realismo fantástico com sua imaginação cheia de devaneios. Para começar, o personagem principal tem um problema: ele é solto no tempo. O que significa que a vida dele não é cronologicamente sequencial, Billy Pilgrim pode, de repente, ir para o passado ou para o futuro.

Só que Kurt Vonnegut não está brincando. As idas e vindas de Pilgrim no tempo não são à toa nem saem de graça, ele paga um preço doloroso por isso. Uma outra leitura do Slaughterhouse Five é como uma autobiografia. Fica claro que Vonnegut fez estas viagens - talvez não fisicamente - e é significativo que o assunto principal do livro seja uma situação chave na vida do autor.

Pois é, Slaughterhouse Five também é histórico. É o que diz a primeira frase do livro - tudo isso aconteceu. No meio da história fictícia de Billy Pilgrim surge, em uma das descrições mais realistas desde Nada de novo no front de Remarque, o horror da guerra em toda sua irracionalidade.

Rebobinando para fevereiro de 1945. Em três dias, aviões britânicos e americanos bombardearam a cidade de Dresden, poucos dias antes da rendição da Alemanha. Objetivos estratégicos: questionáveis, afinal Dresden, a Florença do Elba, é (ainda hoje) conhecida pela sua beleza e não tinha alvos militares críticos - os que tinha, como algumas pontes, permaneceram intocados. Resultados objetivos: dezenas de milhares de civis mortos, vários monumentos históricos, inclusive a Frauenkirche, queimados e destruídos. O nome do livro vem do matadouro em que Billy se encontra em dado momento.

No fundo, é esta a história que Vonnegut conta neste livro. Uma história de horror, contada com pinceladas de humor, de fantasia e de (aparente) absurdo.

Slaughterhouse Five me marcou muito, tanto pelo prazer da leitura quanto pelo impacto da história. Desde que li, a vontade de conhecer Dresden só fez aumentar. Curiosamente, quando conheci a cidade - que merece a fama que tem, de uma beleza mágica - não consegui imaginar os cenários de pesadelo que Billy Pilgrim encontrou nas margens do Elba.

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everlod 21/12/2009

So it goes...
Este livro merece um estudo mais aprofundado, pois as suas 224 páginas tem o que outros autores conseguiriam expressar com no mínino 800. É uma novela fascinante, com viagens pelo tempo, memória, história, ETs, guerra, morte e muita ironia, fina, da melhor qualidade.
Aviso aos leitores, uma vez fisgado é impossível de largar. Entrou para lista dos meus favoritos, principalmente pelo personagem-narrador-escritor do livro dentro do livro, Billy Pilgrim. Um verdadeiro peregrino através do tempo, com um estoicismo e uma sabedoria de vida cativantes. Descreve a loucura sanguinária da guerra através de um olhar
semi-divino, de quem já sabe de tudo que vai ocorrer e que ninguém pode evitar. Por duas vezes a oração de São Francisco é citada no livro: Senhor, que eu tenha coragem de mudar o que pode ser mudado...
So it goes!
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 07/06/2012

Kurt Vonnegut - Slaughterhouse-five (Matadouro 5)
224 páginas - Random House Publishing Group - Lançamento original 1969.

Um livro essencial para a literatura contemporânea norte-americana e que influenciou muitos autores, Matadouro 5 é um exemplo do estilo único de Kurt Vonnegut (1922 - 2007) que mistura humor negro, sátira social e ficção científica para criticar o absurdo da guerra e da trajetória humana. Neste caso, o bombardeio de Dresden em 1945, onde mais de 130.000 civis alemães morreram em um ataque dos aliados contra uma cidade sem qualquer objetivo militar. O texto tem como base as experiências do próprio Vonnegut que lutou na Segunda Guerra Mundial e sobreviveu ao bombardeio, como prisioneiro de guerra, escondendo-se nas instalações de um matadouro subterrâneo.

O protagonista, Billy Pilgrim, um americano um tanto o quanto idiotizado, assim como todos os outros personagens, descobre a sua habilidade de viajar pelo tempo durante a guerra e narra várias fases de sua vida no passado e futuro, inclusive a sua estadia no planeta Tralfamadore, onde é levado para ser exposto em uma espécie de zoológico pelos seres alienígenas. Parece incrível que Kurt Vonnegut consiga, neste roteiro fantasioso "trash", criar um romance que, carregado de ironia, não possa ser enquadrado em outra categoria que não seja a mais verdadeira e honesta literatura. Como bem definiu a crítica da revista Life: "um livro engraçado do qual não é permitido rir, um livro triste sem lágrimas.".
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Kalil 08/06/2013

Vonnegut... Com apenas este livro já se tornou um de meus escritores preferidos
Slaughterhouse-Five (ou Matadouro 5) é um dos livros anti-guerra mais interessantes que já vi.
O livro baseia-se no bombardeio de Dresden durante a segunda guerra, o qual foi vivenciado por Vonnegut, soldado na época (vale destacar que fontes recentes indicam um número de mortos entre 24000 e 40000, e não 135000 como diz Vonnegut no livro, tendo se baseado em números da época)
Para contar a história, no entanto, ele cria uma personagem fictícia, o Soldado Billy Pilgrim. Este, por sua vez, permite que Vonnegut conte as coisas de uma maneira inusitada e cativante. Billy é alguém que está "descolado" do tempo, ou seja, ele viaja no tempo constantemente durante o livro, passando randomicamente pelos eventos de sua vida, sem nunca saber qual parte ele irá visitar em seguida. Pode parecer confuso, mas Vonnegut faz essa premissa funcionar. A ficção científica não para por aí, mas, a fim de evitar spoilers, não direi mais.
Quanto aos temas do livro, é possível entendê-los de duas maneiras: Conivência ou repúdio. Sabendo que Kurt é dotado de um notável humor negro, preferi ater-me a esta última maneira, pois, para mim, a frase "So it goes" sangra sarcasmo e crítica, embora haja os que a considerem como conformismo (incluindo estudiosos de Vonnegut; mas eu tenho minha opinião, fazer o quê?). Sim, há trechos conformistas no livro, mas, no geral, creio haver uma predominância do viés crítico na obra. Afinal, não se faz um livro anti-guerra sendo passivo. Enfim, leiam e tirem suas próprias conclusões acerca das posturas de Vonnegut.
Encerro dizendo que este livro é uma verdadeira pérola de ficção científica, cheia de sátira e sagacidade, que me fez pensar e entreteve-me ao mesmo tempo. Muitíssimo recomendado
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Sibery 26/01/2024

Eu sempre desejei ler esse livro, mas, em todas as oportunidades, passava outras leituras na frente. Enfim, eu li Matadouro Cinco.

É um dos melhores livros que eu já li referentes à segunda guerra mundial. O autor, Kurt Vonnegut, era um veterano americano que passou boa parte da guerra como POW em Dresden. Inclusive, ele presenciou o bombadeio em Dresden, enquanto fazia trabalho forçado em fábricas de xarope e morava no velho Matadouro, com prisioneiros americanos, ingleses e russos. Kurt conta algumas histórias da guerra através do protagonista Billy Pilgrim. Histórias revoltantes, histórias tristes, histórias chocantes.

Mas o livro não é apenas sobre a guerra. O livro é, principalmente, uma dissociação de Billy Pilgrim com a realidade e com o tempo. Para mim, é um livro sobre PTSD. Eu adoro narrativa fragmentada. Talvez, por isso, gostei tanto de Matadouro Cinco. Mas acho que é um livro para se ler depois dos trinta anos. Aos meus vinte, eu não teria compreendido as nuances da história.
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