Cristine 25/11/2009
Holocausto
Este romance de Gerald Green conta o vergonhoso episódio da história da humanidade através da história da família fictícia Weiss. O narrador é Rudi Weiss, o único sobrevivente da família, que nos narra sua história em 1952, quando está vivendo com sua nova família em um kibbutz em Israel.
Para dar verossimilhança à história e especialmente, para mostrar o ponto de vista dos nazistas, o autor utiliza os diários de Eric Dorf, um major da SS, cujos relatos intercala com os de Rudi Weiss em ordem cronológica. Através de “testemunhos” de várias pessoas sobreviventes, Rudi nos conta o que aconteceu com as outras pessoas de sua família.
Através das histórias da família Weiss conhecemos os espancamentos nas prisões, a deportação para a Polônia, os estupros e mortes, o gueto de Varsóvia, os campos de Buchenwald, Theresienstadt, Babi Yar e finalmente, Auschwitz.
Um aspecto interessante do livro é o diário de Eric Dorf; a princípio relutante em participar da SS, ele começa a sugerir uma terminologia especial, cheia de eufemismos, para designar as atividades de extermínio: “recolonização”, “tratamento especial”, “remoção”, “comunidades judaicas autônomas”, “despiolhamento”. Podemos ver a metamorfose de Eric, de um rapaz tímido ao major insensível e frio que participa de operações de extermínio de milhares de pessoas sem demonstrar o mínimo de compaixão.
Quanto maior o crime, mais difícil será acreditar nele; infelizmente tudo aquilo foi verdade, e através da história da família Weiss Gerald Green conseguiu traçar um retrato do que aconteceu a milhões de pessoas naqueles anos negros. Os fatos narrados ultrapassaram o limite do que podemos imaginar para a crueldade humana; talvez por isso ainda hoje existam pessoas que não acreditam que o Holocausto aconteceu. Nem mesmo os fatos e provas conseguem convencê-los da terrível verdade.
(trecho de artigo sobre Holocausto, comparando o livro e a minissérie. Leia o artigo completo no blog: http://www.terracotabolsas.com/rato/?p=680).