Psychobooks 15/08/2011
O ano é 1936, pós 1ª Guerra Mundial onde uma “continuação” da guerra está cada vez mais próxima.
Mike Dolan trabalha num jornal regional, mas está cansado de tanta censura e corrupção. Após ser mandado embora, ele resolve criar sua própria revista, a Cosmopolite, com total liberdade de expressão.
No começo as coisas são extremamente difíceis, pois ninguém quer apoiar uma revista como essa e também se tornar inimigo de gente poderosa.
Mas Dolan está pouco se lixando com as consequências. Na cabeça dele, o que importa é a sinceridade com os leitores.
As primeiras edições foram publicadas sofridamente e, o que ele achava ser a matéria do ano, não passa da ponta do iceberg.
O livro possui uma linguagem bem atual, diálogos divertidos e ‘desbocados’, típico de alguns homens e com referências a Ku Klux Klan, Mussolini e Hitler.
Apesar do ano, o livro não deixa de ser uma crítica atual sobre a censura e, sobre as consequências da liberdade de expressão.
Impossível não se recordar do caso recente do jornalista que denunciou os grampos ilegais na Inglaterra e que pouco tempo depois foi encontrado morto ou então das diversas vezes que jornais como Folha de São Paulo ou o Estadão foram censurados ao falar de algum político.
Mesmo de garantido o direito de liberdade de expressão e pluralismo político pelos arts 1°, 5° e 220°* da Constituição Federal, muitos abriram mão desse direito e os poucos que lutam por isso sempre sofrem algum tipo de represália.
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