Caroline 17/02/2022
Linda história, repleta de alegorias.
Por @carolinetargino
"Ver não é acreditar, é só ver."
Irene cresceu na casa de campo de seu pai, o rei. A casa ficava na metade do caminho de uma grande montanha, mas a princesa vivia sempre em seu quarto, acompanhada de Lootie, sua babá, não tinha permissão para sair da casa sozinha, tampouco após o pôr do sol, afinal, lá fora haviam criaturas perigosas, os terríveis Goblins.
Os dias de Irene se passavam entre ficar em seu quarto e passear no jardim brevemente, até que ela resolve subir uma escada antiga em sua casa que acaba levando-a por corredores de portas e escadas e por fim, a uma velha senhora, a qual se apresenta como a trisavó da menina. Assim, passa também a visitá-la, percebendo com o tempo que somente ela consegue ver a avó.
Durante um passeio ao ar livre com sua babá, ambas acabam se perderdendo e dão de cara com o Goblins, felizmente são salvas por Curdie, o pequeno mineiro que não tinha medo dos goblins e os afastou entoando rimas e canções, que estes por sua vez, as odiava.
Curdie era bastante corajoso e certo dia resolveu trabalhar durante a noite na mina, acabou ouvindo as conversas dos Goblins e descobriu que eles tinham planos terríveis, estavam cavando na direção da casa do rei, e pretendiam sequestrar a princesa e obriga-la a se casar com Harelip, o príncipe goblin.
Por fim tudo se resolve, através da fé, confiança e também coragem.
É um clássico maravilhoso! Estou apaixonada pela escrita do autor. Tinha bastante curiosidade por ele ter sido referência e inspiração para J.R.R Tolkien e C.S Lewis. O livro aborda temas como inocência, bondade, velhice (de forma positiva, associada a sabedoria), carência, medo e solidão.
A narrativa me lembrou um pouco Alice no País das Maravilhas e As crônicas de Nárnia. Possui linguagem alegórica, que cabe variadas interpretações, possuindo mensagens subentendidas.