Olhos de Fogo

Olhos de Fogo Helena Gomes
Kathia Brienza




Resenhas - Olhos de Fogo


17 encontrados | exibindo 16 a 17
1 | 2


Tiabetok 05/03/2011

Olhos de fogo
Helena Gomes e Kathia Brienza
Escrita Fina – 2010

Olhos de fogo trás uma feliz mistura de história com ficção, onde temos a batalha de grandes mulheres pernambucanas contra os holandeses no século XVII, que fora esquecida. No entanto, as escritoras acrescentaram mistério, mortes e investigações.

"O ponto de partida para este livro veio da nossa editora, Laurinha, que nos sugeriu escrever sobre a Batalha das Heroínas de Tejucupapo, um evento de extrema importância para a história de Pernambuco e do país, mas que infelizmente é desconhecido pela maioria dos brasileiros.” As autoras

Pin é nosso protagonista, um adolescente sonâmbulo e que tem muitos pesadelos, e estes são premonições de eventos que cedo ou tarde vem a acontecer. Ele e seu pai, um estudioso, vão para a vila de Tejucupapo, onde ele conhece a jovem Jussara, uma indiazinha muito corajosa.
Passam a acontecer mortes neste vilarejo, e a culpa é posta em Anhangá, uma força mística – digamos assim – protetora da floresta e dos animais. No entanto, a jovem Jussara e Pim acreditam que haja um culpado real para os crimes, e não descansam até encontrar o verdadeiro culpado.
O que me chamou muita atenção, foi a quantidade de fatos históricos presentes no livro. As autoras fizeram um excelente trabalho de pesquisa e adaptação para que o texto não perdesse sem foco – o suspense- e ao mesmo tempo informasse o leitor sobre questões históricas de grande importância.

“Desde a chegada dos primeiros europeus, um século antes, a região nunca mais foi a mesma. Aliados dos tabajaras, os portugueses logo passariam a disputar com os franceses terras e mercadorias, em especial pau-brasil e escravos índios. Já os franceses contavam com o apoio dos caetés. Os potiguares também se envolveram em muitos conflitos, lutando para se defender da colonização européia cada vez mais iminente. “Hoje, nada resta aos índios a não ser morte e escravidão”, pensou Jussara, amarga. “Nunca mais seremos livres como nossos antepassados”.”

Outro ponto realmente importante – para mim – é a personalidade do nosso herói. Um rapazinho holandês que parece o tempo inteiro ser contra as conquistas feitas pela sua nação. O que o faz ser um incompreendido. Tem uma doçura infantil, uma persistência de detetive e a força de uma mosca – nem tudo é perfeito- . Confesso que gostei muito dele.

- Meu medo é que civilizações como a minha, um dia, acabem dominando o mundo – completou ele. – Então não haverá respeito por mais nada, nem pela vida humana nem pela natureza. Só existirá a ganância e a vontade de lucrar acima de tudo, não importa a que preço.

- Você é mesmo holandês?

- Claro que sou!

- Pois você pensa como índio.

O livro é incrivelmente perfeito em tudo. Desde a folha de rosto e todo projeto gráfico ao conteúdo do mesmo. É um livro que agrada visualmente e que não deixa a desejar quanto a qualidade literária. Trás uma linguagem simples e de fácil entendimento. Se em minhas resenhas eu colocasse notas, com toda certeza a nota deste seria 10.

O que posso adiantar: O melhor livro que li (depois de o perfume) recentemente.
comentários(0)comente



Psychobooks 17/01/2011

Pim e seu pai Frans Kiurlings, um importante cientista holandês estão no Brasil para catalogar e estudar espécies de fauna e flora brasileira.
Em 1946, ele e seu pai, viajavam para Tejucupapo, sobre a proteção de um senhor do enjenho, Venâncio.
Nessa época, com o confronte entre holandeses e luso-brasileiros, ambos eram mal vistos costamente, o que não foi diferente ao chegarem a pequena cidade litorânea, acompanhados da escrava da família, Isabel.
Pim é constamente atormentado por pesadelos que quase sempre se tornam realidade e, ao chegar a Tejucupapo, ele sonha estar matando alguém.
Desde a chegada dos dois holandeses à cidade, misteriosas mortes passam a acontecer, onde corpos aparecem na beira da praia com os olhos queimados e, Tobias, uma mameluca, aponta como culpada pelos assassinatos Anhangá, um espírito errante com olhos de fogo.
Pim, com a ajuda de Jussara, uma índiapotiguar, passarão a investigar as mortes, mesmo sabendo o risco. Mas eles tem uma pequena vantagem: Os sonhos de Pim sempre o alertam sobre a próxima morte.
Não bastasse isso, o pequeno vilarejo está prestes a ser atacado por holandeses quando ninguém esperava tal ataque e pior, quando os homens e guerreiros e homens do vilarejo não estão.
Caberá então as mulheres se unirem e se defenderem do ataque.
Será que as duas crianças sobreviveram ao assassino e ao ataque do vilarejo ou mesmo descobrir se Anhangá realmente existe e está por trás das mortes?

Gostou? Acesse:
http://www.psychobooks.com.br/2011/01/resenha-olhos-de-fogo.html#more
comentários(0)comente



17 encontrados | exibindo 16 a 17
1 | 2