A Herdeira (manuscrito/2015)

A Herdeira (manuscrito/2015) Mariana Ribeiro




Resenhas - A Herdeira


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Kel Costa 06/06/2011

Um bom romance de época!
O livro me surpreendeu positivamente, pois quando me inscrevi no Book Tour dele, nem imaginava que a história seria essa. Sim, claro que eu li a sinopse antes, mas como não tinha visto nenhuma resenha ainda, eu fazia uma idéia completamente diferente de A Herdeira.

Maria Luisa é completamente diferente da maioria das garotas da Corte do Rio de Janeiro. Ela é de uma família bastante respeitada na região, família essa possuidora de fazenda e com grandes conhecimentos. A época, é a do Império e com isso nós somos agraciados com detalhes muito legais de figurino e costumes.

Indo contra a vontade dos pais, Maria Luisa decide cursar faculdade de Enfermagem e está sempre engajada em causas nobres. Além disso, ela se relaciona com o Major Martim sem que os pais saibam, pois ela entende que eles nunca aprovariam a relação, já que o major não faz parte da alta sociedade como eles. As coisas começam a fugir de seu controle quando explode a Guerra do Paraguai. Maria Luisa, ao saber que o seu amado Martim irá para terras estrangeiras lutar, resolve se candidatar para ser enfermeira na guerra e cuidar de feridos. Com isso, ela faz as malas e se joga nessa aventura, mas quando um problema de saúde da mãe a obriga a voltar para casa, Maria Luisa precisa se afastar de Martim, sem saber se voltará a vê-lo novamente, já que muitos soldados estão falecendo na guerra.

E é basicamente aí que o livro começa. De volta à fazenda da família, Maria Luisa passa a freqüentar novamente a Corte e é cortejada por um amigo de seus pais, o Duque de Westminster. Ela o detesta, mas se faz de educada o máximo possível. Algum tempo depois, a jovem recebe uma terrível notícia capaz de arruinar para sempre sua vida. Passam-se alguns anos até que, após ser chantageada pelos próprios pais, Maria Luisa é obrigada a se casar com alguém por quem ela não sente amor algum. E com isso, os seus problemas estarão só começando. Tem muita coisa ainda pela qual ela vai ter que passar. Desafios, perdas, dor, sofrimento…

Parei de contar a história no meio porque senão acabarei dando spoiler. O que acontece depois do casamento é para ser descoberto enquanto se lê o livro. A história é bem fundamentada e não deixa pontas soltas. A parte em que se passa após a metade do livro é muito interessante. Adorei que a Mariana tenha explorado o tema sobre os diamantes e “a cobiça” que o cerca.

Gostei muito de Maria Luisa e seu bom coração, sempre tentando fazer o bem, por mais que acabe se ferrando. Ela é uma personagem forte, que passa por poucas e boas, mas não se entrega. É aquela personagem que sofre, mas sofre calada enquanto mostra um sorriso no rosto para ninguém perceber sua fraqueza.

O que não me empolgou muito foi o casal Maria Luisa e Martim. A história deles é muito curta logo no início do livro e achei que ela não tinha os alicerces necessários para agüentar todas as pancadas que receberia mais para frente. Não sei, faltou carisma para eles como casal.
O livro possui uma narrativa simples e de fácil leitura. Gostei bastante de A Herdeira e já vou ficar aguardando pela continuação. Acho que a Mariana terá um lindo caminho pela frente, pois sua história é bem ambientada, empolgante e com uma pitadinha de aula de história sobre a guerra em questão, algo que eu achei bem legal. Li o livro bem rápido mesmo, em poucas horas e torço para que seja logo publicado (o que li foi o manuscrito dele). A capa é linda e em um determinado momento do livro, bem detalhado, enxerguei diretinho a imagem de Maria Luisa retratada ali.

Para quem gosta de romance de época, está indicado ;)

Veja essa e outras resenhas no blog: http://www.itcultura.com
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Priscilla 25/11/2011

Blog- http://fatoselivros.blogspot.com/
A Herdeira se passa na época do Brasil Imperial, mas ao contrário de outros romances de época, nossa protagonista não tem nada de frágil e passiva. Maria Luiza, filha de importantes aristocratas, é tão decidida e corajosa que desafia toda a corte em favor de seus ideais. Consegue se formar em enfermeira, servir na guerra do Paraguai e lutar pelo amor do major Martim Afonso. Sem duvidas, uma mulher a frente de seu tempo.

Contudo, a sociedade machista e patriarcal do séc XIX, obrigou Maria Luiza a se casar com um Duque Inglês e mais tarde exilar-se na África. Neste ponto, segredos são revelados, há uma grande reviravolta que gera ganância e conflitos.

A narrativa é direta e fluída em todo o livro, mas o ápice é a reviravolta. A parte em que a trama se passa na África é muito empolgante e cheia de surpresas. Não posso deixar de falar que a Mari dá uma aula de história nesse livro! O leitor pode sentir o quanto ela domina o assunto. Outro ponto que deve ser elogiado por ser realmente uma grata surpresa, se tratando de um livro de época, é a Maria Luiza. Eu curto muito mais personagens determinadas como ela.

Para ser bastante sincera, o romance do livro não me convenceu. Não cai de amores pelo major. Contudo, eu fiquei bem interessada no Duque, mesmo que ele faça o tipo bad man. Em minha opinião há mais química entre eles- pensa com carinho nisso Mari!- do que no caso com o major.


Eu espero que dê para perceber que a resenha foi bastante sincera. Todos os elogios foram por merecimento! Vale a leitura! Só posso parabenizar Mariana Ribeiro pelo grande trabalho.
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@jurietjens 27/11/2020

Não é uma leitura fácil, mas há partes interessantes
É possível ver como a autora foi impecável no quesito pesquisa. Me senti em uma aula de história dinâmica, com fatos que eu sequer me lembrava ou sabia. Em questão de fatos, esse romance histórico merece nota 10.
No entanto, senti um pouco de dificuldade em me conectar com os personagens. Honestamente odiei os dois homens por quem Maria Luísa é apaixonada, apesar de geralmente amar um triângulo amoroso. Entendo que os costumes da época eram diferentes, mas nenhum dos dois prestava e ambos eram um tanto agressivos, o que me deixava incomodada. Gostava mais de ler as partes em que ela estava lutando por justiça ou trabalhando no hospital - aliás, queria ver muito mais da Maria Luís enfermeira.
Não é uma leitura fácil, mas há partes muito interessantes.
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Giulia 24/11/2020

Uma romance com forte enfoque na pesquisa e que fala sobre o ser mulher na corte brasileira do século XIX
Vou começar o meu review dizendo que esse não é um dos meus gêneros literários favoritos. Sendo sincera, li pouquíssimas vezes na vida e isso, sem dúvidas, deve ser um fator que contribua para a minha percepção da história e a maneira como eu a experienciei.
Para começar, A Herdeira é um livro longo. Com mais de 500 páginas, ele acompanha a trajetória da protagonista, Maria Luísa, que é filha de barões de café no Brasil e está em um impasse entre casar-se com o homem indicado pelos seus pais ou seguir seu coração entregando-se a um militar abolicionista (o que lhe gera conflitos político-familiares).
A pesquisa histórica que permeia a narrativa é a estrela brilhante da história. Apesar de não possuir conhecimento histórico suficiente para atestar os fatos, dá pra perceber na narrativa o quanto isso foi um ponto central para a autora no momento de escreve-la. Desde o princípio ela narra detalhes do cotidiano da vida na corte brasileira no século XIX, que seriam impossíveis de serem organizados sem uma dedicação a uma extensa pesquisa.
Infelizmente, tenho a impressão de que esse maior foco no pano de fundo me impediu de conectar com os personagens. Tratando-se de uma narrativa que acompanha uma jovem rica e aristocrática ganhando e perdendo seu espaço na corte, me vi com dificuldades de criar qualquer tipo de empatia por ela. De qualquer maneira, isso provavelmente se dá devido às minhas convicções políticas, em muitos momentos. É relevante enfatizar que a luta de Maria Luisa por ter o direito de escolher seus próprios caminhos, sendo mulher no Brasil do século XIX, é em vários momentos posto em pauta na história de maneira bastante relevante.
Ademais, acredito que o nível de detalhamento histórico na narrativa perdeu um pouco a mão da simples riqueza da pesquisa e se tornou, em alguns momentos, uma junção de informações que não fui capaz de processar. Talvez, se houvesse um enxugue menos apegado desses pequenos detalhes (como explicar determinado objeto ou descrever o mobiliário em mais de uma circunstância), a leitura tornar-se-ia mais leve e fluida. Outra coisa que poderia ajudar a envolver melhor o leitor seria dar uma dimensão mais profunda dos sentimentos da protagonista - ela em vários momentos lamentava suas desfortunas, mas não acho que foi o bastante para que me fizesse sentir as mesmas dores que ela.
De toda maneira, em linhas gerais, considero que foi um bom livro e uma boa experiência de saída da zona de conforto. É possível que agrade bem mais a amantes do gênero do que a mim.
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Paul Law 06/10/2011

Épico romance.
O tempo que estive nas páginas físicas de “A Herdeira”, foi tempo proveitoso, de agradável leitura e de admiração. Os adjetivos são muitos e não é necessário dizê-los todos. O que pude observar é o grande empenho da autora em retratar com qualidade os acontecimentos históricos e um romance épico. Na verdade, os acontecimentos históricos, neste caso a Guerra do Paraguai, é o cenário para o envolvimento da protagonista Maria Luísa com seu grande amor Martin Afonso.

Maria Luísa que é mulher à frente de seu tempo, vê-se enfraquecida pelos sistemas da época e pela (in)justiça do poder e da aparência. Forçada a casar-se com o Duque Inglês e a tornar-se Duquesa, não ostenta a felicidade que se espera do título. Avessa a situação, ela encontra refúgio nos braços de seu amor verdadeiro, o que não é bem visto e nem aceito pela sociedade de sua época. Isto é apenas o começo das adversidades enfrentadas por nossa protagonista já que são muitas as peripécias encaradas pela personagem principal do romance e não me cabe narrá-las todas.

Meu contato com as palavras da autora Mariana Ribeiro foi agradável. Confesso que inicialmente fiquei surpreso com a velocidade dos acontecimentos da trama, mas pude me acostumar com isso no decorrer da leitura. Os acontecimentos são velozes no livro todo e os assuntos tratados são inusitados e numerosos. Acabei concluindo que a velocidade dos acontecimentos é o que dá dinamismo à trama e também o que movimenta a leitura. Em nenhum momento senti-me cansado com a leitura, dada as reviravoltas constantes do enredo.

O livro termina bem, de forma metódica e de ritmo consciente. Esperado pelo leitor, de certa forma, mas não com o detalhe que é inserido tempo antes. Vejo este detalhe como a última reviravolta da trama e a mais original e indispensável para dar o fechamento perfeito ao romance. O leitor inteligente há de concordar comigo ou não.

A única coisa que não me agradou foi saber da existência da continuação da história. A menos que a autora tenha um “tesouro de originalidade” para nos apresentar neste segundo volume, temo que o que virá a acontecer não seja do agrado dos leitores do original. Achei que a história fechou perfeitamente no primeiro volume e um segundo indicaria uma vontade da autora em dar informações daquilo que é melhor duvidoso.

Mas é uma opinião e não um mandamento. É pessoal como havia dito inicialmente e é melhor que seja assim. Finalizo dizendo que a qualidade textual de “A Herdeira” é facilmente verificável. Toda a pesquisa, dedicação e energia da autora nos influencia num bom julgamento. Estou surpreso até agora com tudo que acabei de ler e de como tudo terminou.
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Morenalilica 08/10/2011

Um romance histórico lindo!
Eu adoro livros de época e esse é com certeza um grande livro desse gênero. A Mari fez uma pesquisa bem completa sobre os fatos históricos ocorridos no Brasil no século 19, como por exemplo a guerra do Paraguai. O livro conta a história de amor de Maria Luisa e o Major Almeida, sua luta para ficarem juntos e para isso eles enfrentam muitas dificuldades como a própria guerra, família e um rival do Major almeida, que faz de tudo para mantê-los separados. Gostei bastante da linguagem que a autora emprega na obra, bem adequada à época em que os fatos ocorrem. Sua leitura é simples e agradável, ela descreve tudo com bastante detalhes o que, literalmente, me colocou dentro da história. Fatos históricos como a escravidão e a imigração também são descritos com bastante propriedade durante suas páginas. Com toda a certeza “A Herdeira” é um grande livro e eu já estou na fila para adquiri-lo assim que for publicado ^^

Resenha postada originalmente em http://doceinsensatez.com/blog/?p=1176
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Salomé Fernande 21/08/2011

Natalie é uma jovem filha de um grande cafeicultor do Rio de Janeiro. Diferente das outras jovens, ele fez enfermagem e é apaixonada por Major Martim, homem de diferente camada social, no qual seu pai não aprovaria o casamento. Martim é convocado à estar na Guerra do Paraguai (isso é bem no começo da guerra), Natalie receosa por ficar longe do Major e acontecer algo ruim com ele, decide ir também, com outros enfermeiros ajudar os feridos da guerra. Estando lá, recebe uma carta de sua mãe que está doente e deseja vê-la, a jovem volta para a Fazenda da família e deixa Martim em plena Guerra.

Na fazenda conhece o Duque Westminster que logo mostra interesse em cortejá-la. Depois de um certo tempo, a jovem recebe a visita de dois homens com a triste notícia de que Martim morreu na guerra. Fico muito triste nessa parte, porque realmente acreditei que ele tivesse morrido, Natalie sofre muito. Mas seu pai tem outros planos para ela, e em um acordo ela acaba casando com o Duque. Só que a estória só vai ficar mais emocionante daí para frente. Martim reaparece, e não é sua alma, é realmente ele que não morreu na Guerra, foi tudo uma armação para Natalie pensar que ele estava morto. Claro que será difícil de Natalie e Martim ficarem juntos, sendo ela uma mulher casada, mas logo vemos que isso não a impedirá com seu gênio forte de ficar com seu verdadeiro amor.

Bom, só contei o começo da estória para vocês ficarem com um gostinho de quero mais, ainda acontecerá muita coisa da vida da jovem. Ela uma protagonista muito corajosa, até pela época em que ela vive, impetuosa e decidida, além de ter um bom coração o que fez com que eu gostasse mais dela. Para vocês terem noção ainda acontecerá muita coisa na vida dela.

Apesar de todo esse amor de Natalie pelo Major, acho que a figura masculina é o Duque. Até porque ele bate de frente com ela, o que daria mais cenas bem divertidas. Ao ler não consegui imaginar como é Martim, ele é muito mencionado, mas pouco aparece. Talvez faltou explicações de como Natalie o conheceu e porque se apaixonou por ele (ou minha natureza romântica, apela mais romantismo). Mas mesmo assim é muito fofo o tanto que ela gosta dele.

Eu terminei de ler e fiquei pensando: Faltou algo. E eu descobri o que foi: mais páginas. Sim, eu costumo ler livros bem detalhistas e as vezes achei que as cenas passavam muito mais rápido do que eu gostaria, talvez pelo meu estilo de leitura sempre tão detalhista. Mas aí eu percebi como os últimos livros que tenho lido são parecidos, caiu na mesmice, e quando vi algo novo fiquei na defensiva, mas depois que acostumei com a escrita e narração a estória fluiu muito bem!

Achei bem escrito o livro, e não lembro de ter visto erros. Claro que o final Mari deixou uma pontinha solta, que fiquei com uma pulga atrás da orelha! Tenho até que conversar com ela. rsrs
Gostei muito do livro, fiquei muito feliz com a oportunidade de ler, espero realmente que você consiga publicar seus livros, e já estou ansiosa por A Herdeira 2! ;) A sim, porque eu quero ver mais Natalie e o Duque. Haha você pensou que era o Major né? Mas claro que quero vê-lo também ;)

Beijos;*
http://deliriosdesalome.blogspot.com
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Lili 30/07/2011

A história mostra parte do Brasil histórico, iniciando-se em 1864. Mariana nos conta um pouquinho sobre a Guerra do Paraguai, e eu achei muito legal inserir isso no romance. Embora eu não seja fã de romances históricos, a história contada por Mariana prendeu minha atenção do começo ao fim! Adorei ver uma personagem tão forte como Maria Luisa, apesar das amarras da época, ela é muito independente e vai atrás do que quer. No caso, seu amor por Martim. Há várias reviravoltas na vida de Maria Luisa, mas ela consegue enfrentar e tenta solucioná-las conforme vão aparecendo. E amei o fato de mostrar a luta de Maria Luisa pelos mineiros, tentando dar melhor condições de trabalho e sendo ameaçada por isso!
Realmente gostei muito da história, pois a Mariana Ribeiro tem um excelente vocabulário e uma prosa muito interessante. Espero que logo ela consiga ser publicada e nos brinde com a continuação deste romance, porque ela deixou um gostinho de quero mais no final do livro!
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Kellen 06/03/2012

A Herdeira
Tive a honra de ser a primeira de 20 blogs a receber o manuscrito do livro escrito pela blogueira Mariana Ribeiro. Recebi por participar do segundo book tour que ela organizou. Bom, como estou aqui para analisá-lo, vamos começar.

A trama criada por Mariana tem bastante potencial, afinal, não se veem tantos livros sobre o assunto atualmente. Livros que além da estória criada, mesclam com a história do país, culturas e pessoas que realmente existiram. Maria Luisa Natalie Callaghan Queirós de Castilho – era esse o nome imenso da protagonista no manuscrito, mas na sinopse está apenas Maria Luisa Callaghan – é uma mulher forte, decidida, que luta por seus ideais. Ela faz parte da alta aristocracia brasileira do Século 19, mas está muito além de seu tempo. É enfermeira, tem bom coração e quer sempre ver o melhor de todos. Faz tudo que pode para ajudar quem precisa.

Seu único “defeito” – de acordo com os pais – é estar apaixonada pelo major do Exército Martim Afonso Almeida. Mesmo com tantos obstáculos no romance dos dois, inclusive uma guerra, ela sentia que o destino deles era ficar juntos. No entanto, começa a Guerra do Paraguai e os dois precisam de afastar. Não antes de prometerem se casar assim que a conturbada guerra acabar.

Decidida a não ficar tanto tempo longe do homem que ama, Maria Luisa segue como enfermeira na guerra até que precisa voltar por sua mãe, que ficou doente só em pensar o que poderia acontecer com ela na guerra. Esse retorno acarreta em muitas mudanças na vida de Maria Luisa: uma notícia de morte, um casamento arranjado com o Duque, traições, punições e a revelação de segredos há muito enterrados pela família. Exilada, Maria Luisa vai para a África e se molda a um cenário completamente diferente ao que estava acostumada. Mantendo seu caráter, ela faz de tudo para melhorar a vida dos que a rodeiam. Mas em um jogo de poderes, pode acabar se dando mal, além de ver sangue inocente derramado.

Como disse no início do texto, o enredo criado por Mariana tem muito potencial. Primeiro porque tem uma protagonista forte, admirável. Segundo, pelo local e tempo em que o livro se passa. Terceiro, por trazer fatos históricos reais e entrelaçar com a trama criada para a protagonista. Quarto, o vilão do livro e da vida de Maria Luisa é daqueles que você não sente repulsa, mas o inverso. Claro que ele toma umas medidas drásticas, que o caracterizam como vilão. Mas ele sabe ser encantador e como mexer com uma mulher. Quinto, pela parte da África, que foi muito boa! Existem outras coisas positivas, mas não posso contar tudo, né?

No entanto, muitas coisas me incomodaram durante a leitura também. Uma delas foi a repetição de palavras, que era notável, principalmente da palavra “sombrio”, que poderia ter sido substituída por um sinônimo. Mas esse problema uma boa revisão resolve facinho. Assim como a repetição de “com seus olhos azuis escuros”. Acho que poderia ser usado menos vezes, no começo, claro, para identificar, e mais para o fim, para o caso do leitor ter esquecido.

Outra coisa que me incomodou foi quanto ao nome da protagonista, não por ser grande e nem pelo Callaghan – que é estrangeiro e bem explicado durante a trama –, mas porque a narradora – o livro é em terceira pessoa – chamava-a de Maria Luisa e os personagens do livro a chamavam de Natalie. Acho que deveria ser unificado ou só um ou só outro.

E definitivamente o casal protagonista, Maria Luisa e Martim, não convenceu. Eles bem podem sentir um amor imenso, mas isso não chegou até a mim como leitora. Senti muito mais química e faíscas entre Maria Luisa e o Duque. Talvez por ter acompanhado a estória deles desde o início. Quando o livro começa, Maria Luisa e Martim já estão apaixonados, não vemos isso acontecer e pode ser essa a razão da não identificação.

O livro ainda não foi publicado, Mariana está correndo atrás de seu sonho de ser publicada. Então, agora só me resta desejar muita boa sorte para ela e que seu sonho se realize em breve! Obrigada pela chance de poder ler seu manuscrito.
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Lalalias 30/12/2020

Típico Romance de Novela das 18
Romance histórico, acompanha a trajetória da jovem aristocrata Maria Luísa, que tenta fugir de um romance arranjado como algum primo - como tantos antes ocorridos - se dedicando a profissão de enfermeira. O que ela não esperava era conhecer seu primeiro amor, Martin, capazes de juntos, moverem o mundo em busca da concretização de seu romance. Entre conflitos e interesses entra na história o Duque, engenhoso e persistente, tendo assim um triângulo amoroso que perdura até às últimas páginas.
Tive dificuldade de me afeiçoar a quaisquer que fossem os personagens mas a narrativa histórica, a compilação de tantos dados e acontecimentos demonstram a capacidade de pesquisa e dedicação da autora a obra.
Tem uma pitada de novela de época, como as retratadas às 18 horas, facilmente adaptável às telinhas.
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Comenta Livros 12/10/2018

Um lindo romance de época
Livro com um romance de época entre uma mulher forte e tudo o que a sociedade impunha naquela época. Fatos históricos interessantes que vale a pena cada página. Recomendo a leitura.

site: http://comentalivros.com/a-herdeira-mariana-ribeiro/
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Silvana 30/10/2018

Maria Luísa vem de uma das famílias mais importantes da aristocracia brasileira do século XIX. Ela sabe que seu papel como mulher é fazer um bom casamento, de preferência com alguém que venha solidificar a posição de seu pai, o Marquês de Resende, na sociedade. Mas Maria Luísa tem outro sonho em mente, que é ajudar aos mais necessitados e por isso ela convence seu pai a adiar seu casamento por um tempo e consegue entrar na Escola de Treinamento Nightingale e Lar para Enfermeiras do Hospital Saint Thomas. Já formada ela vai trabalhar como voluntária na Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, onde seu pai é um dos provedores. Seis meses depois Maria Luísa está feliz com tudo o que já fez no hospital, mesmo com todas as dificuldades que ela enfrentou por causa da desconfiança que as freiras tem com ela, e é quando o destino resolve aprontar das suas. Um militar é trazido para o hospital e ela sabe que está perdida assim que olha para ele.

O Tenente Martim Afonso Almeida chegou bem ferido ao hospital e Maria Luísa é encarregada de cuidar para que ele se recupere. E a proximidade entre os dois acaba resultando em amor. Um amor impossível, pois, além de não ser da aristocracia, Martim é um abolicionista. O que não impede os dois de fazerem planos para o futuro. Mas quando o Paraguai invade o sul do Brasil, Martim já recuperado é convocado para lutar na guerra e Maria Luíza decide contar sobre eles para sua família. Seu pai fica possesso e diz que nunca vai aceitar que sua única herdeira se case com um zé ninguém. Mas Maria Luísa pode ser tão teimosa quanto o pai e consegue convencer ele, se não a aceitar o casamento, permitir que ela viaje até o sul para cuidar dos feridos da guerra, onde um ano depois de separados, ela e Martim voltam a se encontrar. E quando enfim se reencontram, Maria Luíza precisa voltar urgente para casa, pois recebe uma carta avisando que sua mãe está muito doente.

Ao chegar em casa ela é recebida por seu pai e por William Chamberlain, o Duque de Westminster que está ali para lhe fazer a corte. Maria Luiza é ríspida com ele e deixa claro que está apaixonada e vai se casar com outro. Mas o que ela mais temia acontece. Maria Luiza recebe a notícia de que Martim foi mortalmente ferido e sente uma parte dela morrer com ele. Os meses se passam e a ferida em seu peito ainda não cicatrizou, mas a vida segue em frente e quando percebe seu pai já aceitou o pedido de casamento do duque em troca da ajuda dele para a modernização que a fazenda precisa. Maria Luísa se casa contra sua vontade, mas antes da sua noite de núpcias descobre que Martim está vivo e que ela foi enganada. Agora ela vai ter que tomar uma decisão, se vai cumprir seu dever com sua família ou se segue seu coração. E essa decisão vai levar a descoberta de alguns segredos familiares e uma viagem inesperada que vai mudar totalmente o rumo da sua vida.

"Tinha esperança de que o amor que eles sentiam um pelo outro triunfaria no final..."

Antes de mais nada eu tenho que dizer que essa capa me enganou muito. Ao olhar para ela pensei que ia ler mais um romance de época levinho com cenas românticas e engraçadas, mas encontrei um livro que me tirou o folego. Não sei se alguém ai é fã dos livros do Sidney Sheldon, eu sou, e enquanto lia A Herdeira só conseguia pensar nos livros dele. Para quem não conhece o autor, seus livros sempre tem mulheres fortes que enfrentam adversidades e se sobressaem, apesar da intransigência e da vilania da sociedade patriarcal. E as atitudes dos personagens não são sempre as mais corretas, não existe aquela separação clara de mocinho e bandido, todos tem seu lado bom e mau, e mesmo assim o leitor acaba torcendo para que tudo dê certo para eles. E foi exatamente isso que encontrei em A Herdeira.

Maria Luíza é uma mulher a frente do seu tempo. Apesar de viver em uma época em que mulheres só obedeciam, primeiro a seus pais e depois a seus maridos, ela se esforça, consegue estudar e enfrenta a tudo e a todos pelo o que ela acha que é certo. A história do livro acontece entre os anos de 1864 e 1889, e vamos acompanhar desde a Guerra do Paraguai até o fim da Monarquia com Dom Pedro II sendo expulso do Brasil. E também temos uma passagem pelas minas de diamantes na Africa, e por todos esses anos Maria Luíza luta contra o preconceito e contra o racismo e pela libertação dos escravos. E por algumas vezes ela faz coisas que eu torci o nariz diante de suas atitudes, mas não deixei de admirá-la por ter coragem de fazer o que era necessário.

Uma dessas atitudes que me desagradou, envolve traição, mas eu não posso falar muito para não soltar spoilers. Eu faria diferente, mas quem sou eu para julgar os sentimentos de alguém? E além das criticas sociais que a história aborda, um dos pontos que a autora levantou foi sobre o amor. Será que ele supera tudo? Só amor basta para a pessoa ser feliz? Mesmo hoje em dia em que muitas dessas barreiras sociais e econômicas não são tão levadas em consideração como antigamente, já é dificil para uma pessoa de uma classe social mais elevada dar certo com uma de uma classe mais baixa, imagine naquela época então onde o preconceito não era disfarçado como hoje em dia e sim bem explicito. Mesmo assim Maria Luíza decide enfrentar a todos, mas será que valeu a pena?

Quanto ao triangulo amoroso, confesso que torci o livro todo para que ela ficasse com o duque. Primeiro porque eu particularmente não acredito em amor a primeira vista, atração sim, acredito que amor é algo a ser construído e cultivado ao longo do tempo. Sabe o exemplo da plantinha que tem que ser reguada e cuidada para não morrer? É assim que eu vejo. E não foi isso que vi da parte do Martim. Em todas as oportunidades que ele teve para mostrar que amava Maria Luíza, ele não o fez. Quando precisou, ele não lutou por ela, nem a defendeu em momento algum. Diferente do duque que em todas as oportunidades mostrou o quanto amava Maria Luíza, mesmo ela tendo feito tudo o que fez com ele.

Por isso eu não gostei do final. Mas tenho que tirar meu chapéu para a autora, porque ela me surpreendeu e muito. Eu nunca que iria imaginar algo do tipo. Fiquei até de boca aberta com a ultima frase do livro. Mas tenho que reconhecer que um final como eu queria, não faria jus a tudo o que Maria Luíza representou ao longo da história. E outra coisa que tenho que parabenizar a autora foi sobre ela ter escrito sobre algo que ela dominava. Já li bastante romances históricos que quando a gente vai pesquisar tem bastante discrepância com a realidade, mas aqui eu me surpreendi porque ela soube casar os fatos históricos, em que está nítido que ela pesquisou muito para escrever, com a história fictícia de Maria Luíza. E para não estender ainda mais essa resenha que já está enorme, termino indicando o livro para quem gosta de um romance bem escrito. E com certeza vou querer ler outros livros dela.

site: https://blogprefacio.blogspot.com/2018/10/resenha-herdeira-mariana-ribeiro.html
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Madeleine 24/01/2021

Primeiro Romance de época que li e adorei!
Maria Luiza é uma mulher que passa por grandes acontecimentos na vida que causam grandes sofrimentos mas a tornam mais forte. Dividida entre dois homens ela passa por vários vários momentos difíceis no final fica com seu amor verdadeiro. Uma grande história rica em detalhes, cheia de reviravoltas, que se passa grande parte no Brasil no século XIX, escrito por uma autora brasileira. Amei a leitura e recomendo.
Mari 25/01/2021minha estante
Bom dia, Madeleine! Muitíssimo obrigada pelo seu feedback da leitura do livro. Fico muito feliz que tenha gostado da história! Espero que possa deixar também uma avaliação lá na loja Kindle. Será muito bem-vinda. Gratidão pelo apoio! Tenha uma excelente semana! Bjos.


Madeleine 28/01/2021minha estante
Deixo sim! Gostei muito da leitura! Obrigada! Bjsss




Lisse 30/09/2018

DNF / ABANDONADO / 54% QUE NÃO ME CONVENCEU
"A Herdeira" foi aquele livro que chegou em minhas mãos, mas que infelizmente não me convenceu.

Maria Luisa foi aquele tipo de protagonista que é tão durona que não me passou nenhum tipo de sensibilidade ou carisma. Além de ser tão egoísta que não vi nada além estou olhando para o meu próprio umbigo.

Ela começa muito centrada sendo alguém que apesar de uma posição na sociedade também tem vontade de construir um futuro e que vê isso através da enfermagem. E é através de um emprego que conhece o Tenente Martin, que vira em poucas páginas seu interesse amoroso num instalove que foi além das minhas forças. Foi impossível defender. Não tinha nenhuma base.

E com muitas reviravoltas, eles acabam se separando e a família decide por um casamento arranjado com o Duque de Westminster, que esse sim, me conquistou, mas infelizmente não conseguiu conquistar a protagonista (pq ela é cega e só vê o próprio umbigo).

E após o casamento voltamos aos vários plot twists que não teve muito fundamento. E uma situação em especial começou a me fazer pensar que eu REALMENTE não deveria me apegar ao livro e abandoná-lo porque nada que a protagonista fizesse iria me agradar.

A escrita da autora foi outro fator que não me agradou. Foram muitos fatos, fatos, fatos, fatos; nada de uma escrita fluída que tivesse uma carga de sentimentos que me tocasse como leitora. Foi um enredo cheio de reviravoltas, mas nada acontecia, e pior, não me convenciam.

A história que a Mariana Ribeiro conta aqui é baseada em um fato histórico, por isso o livro é um Romance Histórico, e a minha falta de experiência nesse gênero talvez seja um fator importante para eu ter desgostado tanto da leitura. Porque se o gênero histórico for como esse, REALMENTE não é para mim.
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Cami 31/10/2018

Ótimo romance histórico diferente de muita coisa que já li!
Maria Luísa é filha de um barão do café no Brasil do século XIX e desafiou as convenções da época: foi para o exterior estudar enfermagem e no retorno a seu país começou a trabalhar como voluntária num importante momento da nossa história, a Guerra do Paraguai. E é num momento dramático que ela conhece o Tenente Martim Almeida e os dois rapidamente se apaixonam. No entanto, a jovem está prometida ao Duque de Westminster e precisa tomar uma decisão que mudará totalmente seu caminho.
?
Confesso que ao ler a sinopse do livro estava esperando um romance histórico bem levinho, sem muita pretensão além de umas boas horas de diversão. Como me enganei - e num bom sentido! Logo no começo notamos como a autora se dedicou a suas pesquisas e fez um excelente retrato do Brasil da época, tanto política como socialmente. A partir daí, ela construiu uma protagonista super feminista, mas ainda assim muito doce e extremamente determinada.
?
Eu não imaginava tantas reviravoltas, e acredito que foi aí que a autora pecou um pouco. Muita muita coisa acontece (apesar de se passarem algumas décadas em todo o livro) e acho que algumas passagens foram um tanto surreais. No entanto, a história é muito bem escrita e o romance super bem desenvolvido, e me vi dividida em vários momentos, sem saber se gostava mais do Tenente ou do Duque!
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A história não é nem um pouco linear (como a vida, né gente?!) e foge do que estamos acostumados a ver em romances do gênero. ?A herdeira? me cativou desde as primeiras páginas e não deixa nada a desejar para os livros gringos. E, devo destacar, que o que me conquistou mesmo foi ver um pedaço da história do nosso Brasil vista pelos olhos de uma mulher totalmente à frente de seu tempo.
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Ah, um adendo: a obra está disponível pelo Kindle Unlimited.
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