Oficina de Escritores

Oficina de Escritores Stephen Koch




Resenhas - Oficina de Escritores


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carlosmrocha 03/10/2010

O professor que nunca tive!
Quem me dera ter tido acesso a este livro antes!

Para mim, aspirante a escritor, um livro de ouro.

Oficina de Escritores, do Stephen Kock, começa com uma boa dica sobre o começo: "Só há um jeito de começar: é começar agora. Comece, se preferir, assim que terminar de ler este parágrafo, ou, em todo caso, antes de concluir a leitura deste livro."

Para mim, já o primeiro capítulo foi um grande estímulo. Comecei um livro novo e ele está avançando a passos largos.

O autor usa, como um dos recursos para estruturar seu ensino sobre a escrita, as citações de escritores sobre o ato de escrever. Com essas citações, me senti mais próximo de outros escritores e vi que muito dos meus próprios desafios como escritor são partilhados por autores consagrados.

Alguns pontos que gostei:

- Diferenciação de história e enredo;

- Enfase no conflito. Como pensar no conflito;

- Concentrar-se no protagonista;

- Entregar-se ao drama e ao implausível;

- Disciplinas do escritor: Imaginação, lembrança, observação, leitura, escrita.

Bem, não pretendo aqui reproduzir mais que isto. Recomendo a leitura a todos escritores e aspirantes. É um excelente livro.
Natalia.Pinheiro 05/07/2023minha estante
Olá boa tarde.
Estou com dificuldades de criar um mundo de magia e fantasia. Esse livro pode ajudar?




Nika 13/07/2011

O Sentidos na Ficção
Acabo de terminar a leitura do livro Oficina de Escritores, de Stephen Koch, professor de escrita criativa nas universidades de Columbia e Princeton. É com certeza uma boa aula. Um bom curso, eu diria. Daqueles te dá a dimensão da tua incipiência em tantas coisas no universo da escrita que, ao sair do livro, a gente se sente menor do entrou.
É certo que ele passa um bom tempo a convencer seu leitor (aspirante à escritor) do óbvio. Não é possível ser um bom escritor sem ser um leitor melhor ainda. Não é possível escrever profissionalmente sem estudar para isso, independente do que se quer escrever. Cada tipo de texto vai exigir uma preparação diferente.
Confesso que a primeira assertiva (muito embora eu saiba da sua verdade) sempre me deixa chocada. Adaptando a metáfora do autor: como alguém pode querer jogar futebol, se não gosta de assistir ao jogo? Seria como EU querer jogar futebol. Ou seja, um despautério total. Quanto a segunda afirmação, eu creio estar plenamente adaptada a uma existência acadêmica que não consegue encarar nada sem estudo. Mas imagino que haja uma boa quantidade de jovens aspirantes cuja crença no próprio talento é pouco permeável as tentativas de convencê-lo que, talento sem estudo é bom, mas nem sempre é legível ou, de qualquer forma, salvável em meio aos rasgos de amadorismo que o acompanham.
O livro é escudado nas frases de grandes escritores sobre o ofício de escritor. Koch não se furta a usar todos os argumentos de autoridade que tem em mãos. E funciona. Muito raramente ele não me convenceu. Contribuiu também sua visão genérica e ampla, sempre pronta a acolher as técnicas idiossincráticas de cada um. Mesmo ressaltando a necessidade nunca descartável de que: sim, haja alguma técnica ao realizar este tipo de trabalho.

De tudo, no entanto, gostei mais de duas coisas (e gostei de bastante coisa no livro). A primeira está no último capítulo, onde o autor faz um tour pelos livros sobre o ofício de escritor, escritos por escritores. Uma pena que tenhamos tão poucos deles traduzidos. Acho que um grande público de jovens aspirantes se beneficiaria com isso, mesmo que a leitura em inglês esteja cada vez mais difundida. Por outro lado, fica uma sensação de que temos poucos trabalhos de escritores brasileiros consagrados falando do ofício. Sim, sim, nós temos muitas entrevistas em revistas com escritores falando sobre isso. Mas entrevista, por melhor que seja, é direcionada. Possuímos alguma coisa nas memórias de algum escritor como o Nélson Rodrigues, por exemplo. Porém, no conjunto, que chegue ao público leitor, se tem pouco, bem pouco, por parte de nossos maiores autores.

O segundo elemento que me agradou sobremaneira ficou naquilo que Koch nomeou como VOZ. Não somente a voz dos personagens, mas a voz própria do autor e aquela com a qual ele quer contar cada uma das suas histórias.
Sobre a voz do personagem, é interessante sua sugestão sobre o uso dos sentidos. Ou eu achei interessante porque uso isso, não sei. Mas construir uma personagem não apenas por sua aparência, mas por sua voz é algo que me tocou profundamente. Tenho personagens que já chegam a minha cabeça falando pelos cotovelos. Outros são silenciosos, mas é daqueles silêncios eloquentes em que a postura diz tudo. Estes últimos me exigem dias de observação. Costumo pegá-los pelo olhar. E aí percebo que, quando escrevo, falo em olhos o tempo todo. Falo porque é neles que eu vejo o que quero ver. Obviamente, me cerco de cuidados e releituras para não atormentar o leitor que prefere ouvir, claro.
De qualquer forma, eu vejo ambos como uma espécie de jogo sinestésico. O bom olhar arrepia tanto ao autor quanto ao leitor. A voz correta cria uma cadência, um ritmo, um entendimento não transferível para outro personagem. Lembro de já ter escrito frases a serem ditas por alguém e ter de trocar seu autor, ou a forma do comentário, pois aquele a quem a fala originalmente se destinava, jamais a diria. Tenho uma personagem de quem o Guto vive reclamando por pouco ouvi-la. Claro, ela realmente quase não fala. Nem sei se um dia será falante. Não posso convertê-la numa tagarela e também, como autora, ela pouco me deixa invadir seus pensamentos. Transformar seus silêncios em eloquência, porém, é trabalho meu, não dela. Eu preciso escrever melhor, ela já é mais difícil de mudar (como o são pessoas que falam pouco, ou falam em demasia ou, ora, ela não vai mudar por ora, é mais um fato sobre ela).

A outra voz é a do escritor e o exercício proposto é tão interessante de ser feito consigo quanto com outros autores. Afinal, quem está narrando? Este autor que você lê, ele também é uma espécie de personagem e ele não se confunde com o narrador em absoluto, mesmo com o narrador externo, em 3ª pessoa e onisciente. O escritor é uma superposição de vozes. A sua real, que pode ser ou não censurada na hora da escrita e, por isso cria o personagem escritor que reside sob e muito além da narração. A que ele revela como narrador, a que se faz ouvir em cada personagem.
O escritor convive esquizofrenicamente com a arte e o papel. Ele nunca está exatamente sozinho, ou parado, ou pensando apenas. Assim, limpar essas vozes para se fazer entender é um exercício nem sempre fácil, mas interessante e importante. Certo, sempre há alguém a defender que vá tudo para o papel, sem controle. Que a arte é o incontrolável. Aí terei de concordar com Koch, não se controle e escreva para ninguém. Se quer comunicar, seja como for, conheça cada passo, cada voz. Se quiser misturar tudo, faça-o, mas consciência de o fazer. Alegar desconhecimento não torna ninguém mais talentoso, apenas desconhecedor da própria criação.


P.S.: Belíssima capa com os recortes de azulejos.
Camila 10/09/2011minha estante
Você aumentou a minha vontade de ler esse livro!


Nika 10/09/2011minha estante
Leia sim, Camila. É realmente muito bom. E útil!


Mi Hummel 29/07/2012minha estante
Tinha dúvidas...Agora não tenho mais. Ajudou-me a optar pela compra do livro! =D




ToniBooks 20/04/2021

Obrigado Steve!
Por certo, Oficina de Escritores - Um Manual para a Arte da Ficção, tem como referência grandes autores e obras de língua inglesa, mas isso não ofusca a luz que esse verdadeiro oráculo lança sobre os amantes de literatura. O esclarecimento sobre tópicos relacionados à produção literária como: estrutura, voz, personagens, estilo, versões, clareza, frieza, verossimilhança, etc., são veradeiras pedras de toque. Numa linguagem simples e objetiva, essa obra é essencial para o entendimento dessa arte sublime que é inventar histórias.
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Victor, the Reader 25/05/2020

Oficina de Escritores
Em Oficina de escritores, Stephen Koch faz ecoar, com maestria, a voz de grandes escritores. Longe de arrogar para si o domínio das ferramentas sobre a escrita e suas técnicas, Koch conduz a obra através das falas e experiências de outros autores, o que agrega maior valor à sua obra.

Uma obra dirigida a escritores novatos, mas sem medo de assustar os aspirantes. Desde o início, Koch é realista quanto ao ofício: "[...] escrever é necessariamente um ofício solitário, a mais solitária de todas as artes".

Apesar de a obra não ter caráter técnico, tampouco seja profunda, se comparada a outras que já li, ela tanto endossa várias técnicas, presentes em outras obras, quanto apresenta, através das muitas experiências relatadas, diversas dicas e ideias complementares que a tornam de indispensável leitura.

Em particular, eu pude compreender com mais clareza o processo de escrita de um romance, da sua concepção à versão final, graças ao capítulo 7, que trata sobre versões e técnicas de revisão. Longe de ser um processo retilíneo e uniforme, é, na verdade, um processo lento, penoso, que exige esforço, cheio de altos e baixos, escritas e reescritas - ou seja, nada místico -, mas que conduz a um final prazeroso, radiante e compensador. Essa, meus queridos, é a vida de um escritor.
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Ocelo.Moreira 28/12/2023

UM LIVRO PARA OS AMANTES DA ESCRITA
Eis o melhor livro do gênero que eu já li até hoje. Um verdadeiro manual para quem é amante da arte de escrever.
O livro traz várias referências e exemplos de autores consagrados. Dá dicas como proceder na hora de escrever um livro.
O autor nos mostra diversos caminhos que a escrita tem e por onde devemos começar. Também nos dá dicas do que evitar, o que pode dá certo e o que não dá certo.
Na verdade, é um livro sobre o processo da escrita de um livro. É uma obra imprescindível para quem ama a arte de escrever.
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Insular 10/12/2021

O mestre da escrita.
Stephen Koch generosamente compartilha sua experiência de mais de 20 anos como professor de redação criativa. Carregado de conselhos e depoimentos de escritores gigantes, trás insights valiosos para o processo de criação literária.

Ferramentas quem também podem também utilizadas no mundo da composição.

?O trabalho consiste somente em colocar um pouco disso, ou tudo, em palavras capazes de alcançar e tocar um desconhecido, que você não vê, chamado leitor?.

Tem uma pegada leve e de fácil entendimento. Trabalhando a confiança e inspiração para escrever.
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aafantis 11/11/2020

Recomendo fortemente
Acho que esse é o melhor livro que eu já li sobre escrita criativa, o autor engloba desde o inicinho da concepção da histórias até as últimas revisões. Muito inspirador e esclarecedor.
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camilaprietto 20/07/2011

De qualquer forma... LEIA!
Livros são como pessoas... Alguns passam rapidamente só pra cumprir um papel, outros ficam por um tempo e uma hora ou outra se vão... e outros ainda permanecem, a gente queira ou não!

Não acredito em coincidências... não acredito no acaso... e não acredito no foi sem querer!

Esse é um livro que não chega a vida de alguém sem merecimento. É uma delicia quando começamos a lê-lo... é o máximo quando percebemos o quanto inspira e é melhor ainda quando terminamos, pois as duas últimas páginas são poéticas e emocionadas.

Se você é um autor iniciante, leia!
Se você é um amante da literatura, leia!
Se você é um autor experiente, leia!
e se a literatura não é sua primeira opção... leia também!

É uma delicia acompanhar o raciocínio de Stephen Koch pelos temas que permeiam a pratica da criação na literatura. todo seu pensamento é pautado pela sabedoria de diversos autores e mais do que a experiência, o que o autor nos dá é inspiração.

Esse é um livro mais que indicado para todos.... amantes ou não da literatura!
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Wolff 31/07/2020

Indispensável
Livro indispensável tanto para escritores iniciantes quanto aqueles que já estão na estrada há um tempo. Suas dicas simples, mas valiosas, são fundamentais para aprender e recordar.
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Fledson.# 14/12/2010

Livro de Cabeceira.
Um ótimo livro. Pra iniciantes - assim como eu -, e, para escritores que de vez em quando precisam de algum auxilio no caminho árduo da escrita.
O autor traz citações de autores consagrados, e argumentações maravilhosas.
Eu não tive paciência, comecei a escrever antes de terminar o livro, pondo pra fora todas as minhas ideias.
Achei demais o livro. Um guia que sempre estará ao meu alcance como um livro de cabeceira.
Recomendadíssimo, pra quem ama a arte de escrever e inventar novas histórias.
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Lívia 15/05/2012

Oficina de Escritores
Simplesmente fantástico!
Um manual objetivo e claro sobre como conseguir transformar seus escritos.
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Margarete 18/05/2024

Bom livro para futuros escritores
Já li vários livros do tipo "Oficina de Escrita". Esse é dos bons. Como é norte-americano, claro que as referências são totalmente EUA (o autor de vez em quando cita outros autores, quase sempre de língua inglesa), mas não se pode esperar outra coisa, uma vez que o autor é professor de escrita criativa naquele país, naquele idioma. Mas a obra é boa em sua grande parte e recomendo. E olha que são poucos os que acho recomendáveis:)
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César Ricardo Meneghin 20/04/2021

Uma escola de literatura, em um livro
Ótima adaptação e maravilhoso trabalho de descrever o ofício do escritor. Muito cuidadoso em não ditar regras e mostrar várias faces e modos de pensamento.
No final do livro existe um descrição da maioria dos livros usados na obra.
Vale cada letra escrita nele.
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Victoria | @vilivros 06/06/2020

Oficina de escritores
Gostei bastante da escrita do autor. Simples e direta. O livro é recheado de referências de grandes nomes da literatura. Também há muitas técnicas de escrita que virão a ser úteis, não só para mim, mas para todos os escritores iniciantes que forem ler esse livro também. Creio que ele seja direcionado mais aos escritores iniciantes do que os mais experientes, mas não quer dizer que eses não possam ler, pois conhecimento nunca é demais. A partir de hoje será meu livro de consultas, caso eu queira recordar de alguma técnica. Mais do que indicado! Um manual prático e rico de conhecimento.
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Bia 28/08/2020

Uma longa conversa
Ler esse livro foi como bater à porta do escritório do próprio Stephen Koch, ser chamada para entrar e recebida em um lugar seguro e acolhedor para uma longa conversa sobre escrita, ficção e receber ensinamentos de como se descobrir seu livro.
A escrita de Koch é concisa e clara, calorosa e instrutiva. Como se espera de um professor. Me senti de volta a escola, sentada com aquele professor favorito tendo uma longa conversa sobre algo que me interessa.
É um livro simplesmente delicioso de se ler.
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