Cães negros

Cães negros Ian McEwan




Resenhas - Cães Negros


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Bruno Malini 23/11/2022

Muito bom
Ian McEwan nunca decpeciona com sua prosa bem escrita e cativante. E sempre um final..., bom, um final Ian McEwan.
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Alessandro117 28/01/2022

Um jogo de antagonismo
Você se depara com certos dilemas sociais entre a religiosidade fanática e o ateísmo cego. Entre ideias que não necessariamente são opostas, mas que as pessoas fazem ser.
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André Vedder 02/11/2022

Gosto muito da habilidade narrativa de Ian McEwan, mas aqui o enredo não me pegou. Senti falta de um aprofundamento maior nos personagens e a história em si me pareceu um pouco rasa. De longe até aqui o livro do autor que menos gostei.
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Ladyce 23/01/2022

Cães negros de Ian McEwan, [tradução de Daniel Pellizzari] é uma comovente reflexão sobre a Europa, os europeus e as escolhas que fizeram ao final da Segunda Guerra Mundial. Não sou especialista na obra de McEwan, mas é um escritor contemporâneo que me atrai. Depois de ler este quinto livro de sua autoria, reflito que nunca me decepcionou.  Como ele, sou da geração baby boom, formada no pós-guerra, marcada pela lembrança que nossos pais ou familiares tiveram de batalhas, de trabalho no serviço de censura, no setor da comunicação, na resistência ao Eixo, na divisão da Europa em dois mundos. Se não somos órfãos dessa guerra, certamente tivemos familiares, amigos da família, namorados de tias, de primas que morreram em navios afundados, que lutaram na Europa ou preservaram a costa brasileira dos submarinos alemães. Nossas mães, tias, primas trabalharam voluntárias, no apoio silencioso às tropas brasileiras; cozeram para a Cruz Vermelha;  aviaram remédios para os feridos; deram apoio à transferência de crianças em perigo para o nosso país. É natural, portanto, que esta guerra, cujas histórias tristes, alegres, engraçadas ou de aventuras  tenha feito parte da nossa infância, rodeando as mesas dos almoços ajantarados,  parte da constelação de valores que nos foi imbuída. É a herança cultural da geração. E vez, por outra, Ian McEwan, fazendo jus à sua geração, se dedica a algum aspecto do pós-guerra, com brilhante sensibilidade.

Neste livro Jeremy, o narrador da trama, angaria dados para a biografia de sua sogra, entrevistando-a poucos meses antes dela morrer, tenta descobrir a circunstância que levou os sogros, Bernard e June Tremaine, profundamente apaixonados um pelo outro desde 1946, quando se conheceram, a se separarem sem tentarem reconciliação, anos depois, após mesmo o nascimento de três filhos.  Separaram-se mas continuaram fiéis um ao outro. Tendo participado da guerra e pertencido ao Partido Comunista, ambos eventualmente deixam o partido para trás.  Ela se refugia e encontra paz na região Languedoc da França, onde mora com os filhos, enquanto Bernard toma o caminho do engajamento político na Inglaterra.  O enredo estreito e tênue é tratado com maestria na narrativa, de tal modo que passamos do final da Segunda Guerra à Queda do Muro de Berlim em 1989; dos campos de concentração alemães à dualidade de sentimentos dos franceses ao perigo nazista ainda rondando o país. 

É sempre surpreendente ver como Ian McEwan mantém o interesse do leitor através de leve mas intrigante suspense que nos faz colar os olhos na prosa deliciosamente precisa com que nos presenteia.  Ansiosos por descobrir o que está escondido atrás da trama, ´progredimos pela narrativa meditativa que convida à reflexão. Esta é sua característica. Em Cães negros, McEwan recheia o relato com eventos importantes do final do século passado.  Relembra aos leitores e todos de sua geração, a importância do que testemunharam: a Queda do Muro de Berlim, em 1989 ou a política na Polônia dos anos 80, com o partido de Lech Wałęsa.  Acontecimentos históricos, tornados emblemáticos  do final do século, ganham detalhes de sons, de agitação, de movimento, excitação, perigo iminente. Consegue-se rapidamente imaginar e trazer de volta à nossa imaginação memórias das notícias da época, da importância desses eventos em nossas vidas.  Lembro-me,  por exemplo,  de permanecer atenta à CNN (morava nos EUA) com os olhos imantados à tela, vendo o muro ser removido pedaço a pedaço pelas mãos da população.  Este muro que havia feito parte de dezenas de manchetes de jornal, no mundo inteiro, assunto perene na década de 60, quando vez por outra alguém furava a barreira, fugindo para o ocidente; ou era preso ou ferido à bala por tentar sair da RDA.  Magnificas descrições desses eventos, mesmo que sucintas, enriquecem nossa experiência.

A proposta de pensarmos nas escolhas às mãos dos europeus depois da guerra é brilhante.  Por vezes, nos surpreendemos com a política europeia.  Como poderia um movimento neo-nazista ainda sobreviver na Europa? Eles não aprenderam nada?  Como eleger alguém de extrema direita ou de extrema esquerda? Oitenta anos depois, vemos essas possibilidades reaparecerem.  Porque o fantasma do nazismo não foi erradicado.  E europeus, muitos deles repletos da dualidade de sentimentos nem sempre se mostram decididos a erradicar o mal.

June e Bernard Tremaine são emblemáticos da dicotomia que afeta o europeu.  Inicialmente engajados no Partido Comunista, eventualmente se desligam à procura, cada qual à sua maneira, de achar uma maneira de viver que faça sentido.  June logo encontra sua própria natureza contemplativa e acomoda-se a esse novo mundo.  Mas Bernard ainda que tenha dado as costas ao marxismo, em sua visita a Berlim  durante a Queda do Muro, parece nostálgico, forçado que foi a admitir a falência total do sistema que por tanto tempo defendeu.

Este é um belíssimo livro que nos obriga a considerar o impacto da Segunda Guerra Mundial nas vidas comuns.  Uma reflexão trazida de maneira séria e sedutora. Não é a toa que foi um dos finalistas do Booker Prize em 1992.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 10/12/2021

A Existência Do Mal
Publicado em 1992, Cães Negros é o quinto romance de Ian McEwan. Provocativo, ele pode ser compreendido com uma meditação sobre a natureza do bem e do mal no formato de um livro de memórias, narrado por um órfão, Jeremy, atraído pelos pais de outras pessoas, em especial, pelos pais de Jenny, sua esposa.

Eles são June e Bernard Tremaine. Quando os dois se conheceram, eram simpatizantes do Comunismo, entretanto os temperamentos e as experiências de cada um, levaram-nos a caminhos opostos, causando a separação por motivos ideológicos e espirituais, contudo tal decisão não foi capaz de diminuir o amor que sempre os uniu.

O evento catalisador ocorreu durante a lua de mel do casal, em 1946, tendo como cenário o bucólico interior da França. Nesta época, June já se sentia desencantada com o rumo do Partido Comunista Inglês no Pós-Guerra e seu encontro com dois cães, negros e de grande porte, foi entendida por ela tal qual um embate com ?encarnações de erupções selvagens e irracionais que se refazem através da história?, sendo o nazismo uma dessas manifestações. Enfim, um insight que lhe proporcionou uma perspectiva redentora, capaz de dar um novo sentido para sua vida.

Resumidamente, os animais são uma metáfora para a existência do mal e este episódio é descrito minuciosamente no último capítulo, quando leitor provavelmente já se decidiu, ou se confundiu entre o misticismo de June e a racionalidade de Bernard. Aliás, que me recorde só em ?O Cão dos Baskervilles?, de Sherlock Holmes, a malignidade canina, apresentada como uma ameaça sobrenatural, foi explorada de modo tão perspicaz.

A questão fundamental é se o romance, sobretudo, esta cena são suficientes para tirar o leitor de sua zona de conforta e creio que McEwan ficou devendo em concisas 172 páginas. Por sinal, 25 anos depois de seu lançamento, a queda de braço de June e Bernard perdeu o viço diante de questões atuais. Na verdade, o confronto entre o ateísmo comunista e a crença religiosa não está no topo das discussões após o fim da União Soviética, a ascensão da ultradireita e do neoliberalismo, portanto o livro envelheceu mal em três décadas.

Todavia, um romance datado de McEwan é melhor do que muita literatura propangadeada como fora de série. O escritor tem o completo domínio narrativo, sabe apresentar protagonistas tridimensionais e, se para ele o amor nem sempre é uma virtude, também não implica num luminoso final feliz. Enfim, recomendo especialmente aos admiradores de McEwan que poderão comparar Cães Negros com outros livros de sua autoria.
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Leila 25/02/2023

Ler Ian McEwan é sempre um prazer, pois seus livros são sempre bons, mesmo os que não são excelentes, como seu estupendo Reparação, são leituras agradáveis e que a gente sempre tira um proveito. Em cães negros não seria diferente, é um livro curto, uma historia sem grandes emoções e envolvimento com as personagens, mas temos um panorama histórico legal desde o Pós Segunda Guerra até a Queda do Muro de Berlin e como todos esses eventos impactaram a vida das pessoas comuns, aqui,como as nossas personagens tiveram que se "reencontrar" e reavaliar as próprias vidas. O relacionamento do casal é um tanto atípico e só isso já me agradaria, eu que não sou adepta aos romances melosos, mas até para mim achei um tanto estranho demais a separação de ambos. Enfim, em briga de marido e mulher não se mete a colher, né? Enfatizo, não é uma obra-prima do autor, mas é um livro legalzinho pra se ler se você o tem na estante, como era o meu caso.
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Karina Paidosz 31/03/2024

Acho que a premissa do livro é boa, contudo me prendeu apenas no início do livro, depois não me apeguei a história e a nenhum personagem.

Parece que o desenrolar não ficou bem claro e as histórias foram acontecendo sem eu entender bem.
Pode ser apenas minha percepção, ou falta de atenção. Mas acredito que deixou a desejar um desfecho melhor tbm.
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Mari 02/01/2022

Bom e é isso.
Eu gosto de como o autor coloca as diferentes perspectivas a respeito de um evento ocorrido. Amo as descrições dos ambientes e como o autor consegue nos levar para lá e fazer parte de toda a narração.

Apesar de tudo isso, eu não senti empatia pelos personagens e não curti tanto assim :( queria poder dizer que achei incrível e fez um ???? em mim, mas não.

É bom e pode ser legal para te tirar da zona de conforto, mas, para mim, só foi bom mesmo.
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Anderson 13/01/2022

A narrativa é muito bem construída nos seus deslocamentos. Minha sensação, no entanto, foi a de esperar que a trama fosse se desenvolver e se direcionar para algum ponto de modo mais contundente. Há uma proposta de discussão no livro sobre materialismo x espiritualismo, envolvendo religiosidade, comunismo, ciência que, no fim das contas, não fluiu para mim. O fecho do livro, que remete ao título, me pareceu clichê.
Ainda assim, é uma boa leitura, com panoramas interessantes sobre a Europa do pós Segunda Guerra até a queda do Muro de Berlim.
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Vania.Carneiro 28/01/2023

Já li livros do Ian McEwan melhores
A história é interessante, mas achei a leitura um pouco cansativa. O autor traz uma questão filosófica: devemos nos dedicar ao nosso próprio desenvolvimento, ou dar prioridade ao mundo que nós cerca. Acho que nenhum dos dois extremos está certo. Nos isolarmos do mundo é um desperdício de oportunidade de aprendizado interior. E ninguém pode resolver os problemas mundiais, mas podemos fazer a nossa parte.
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Gisele 28/02/2022

Gostei
Não é o melhor do escritor, mas vale a leitura. Envolvente e cheia de simbolismos. Uma leitura rápida.
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Fernanda.Mancini 24/11/2022

Muito bom 1 estrela
O primeiro livro desse autor que eu li, nas primeiras 50 páginas, pensei em desistir porque estava chato e enrolado. Persisti e amei de paixão a história (Reparação). Como me conquistou, resolvi ler Enclausurado. É um livro bom, mas em muitas partes eu tive que fazer leitura dinâmica. No geral eu gostei. Agora Cães negros sem condições. Só fiz leitura dinâmica, muuuito descritivo. Ao invés de me divertir e descansar a cabeça eu penei muito pra terminar.
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Xxxxxxxx1 23/08/2012

Fragmentos da vida conjugal
É um livro sobre a vida conjugal de June e Bernard , sogros do narrador-personagem, que se envolvem com a Guerra Fria e o Partido Comunista.E um incidente com 2 cães negros mudará a vida de todos pra sempre.
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