Resenhas - Revista FANTÁSTICA - Edição 3

Fernando Vidya 29/09/2010

Despontando na divulgação da Literatura Nacional
Em mais uma edição da Fantástica ficou provada a dedicação e qualidade de um trabalho profissional e, acima de tudo, feito com paixão.

Falar da literatura nacional, há certo tempo atrás, era citar apenas - com destaque para o apenas - Graciliano Ramos, Machado de Assis, Lima Barreto, Álvares de Azevedo, dentre outros. Porém, atualmente, estamos diante de uma ascensão dos escritores nacionais, que a cada dia produzem obras de ficção de grande qualidade e que aos poucos despontam nas livrarias, com grande reconhecimento dos leitores.

A revista Fantástica, em sua 3ª edição, aborda muito bem assuntos atuais como a Bienal do Livro de São Paulo, que obteve sucesso de público, com destaque para as filas records para se conseguir autógrafos de autores nacionais e a presença dos blogueiros, que cada vez mais levam ao conhecimento dos internautas a cultura, através de um trabalho dedicado e que conta com o apoio de toda uma equipe.

Autores nacionais discorrem na revista sobre o tamanho dos livros e sua qualidade. Afinal, tamanho é documento? A frase é clichê mas é atual e condiz com um dilema verdadeiro. Contextualizando, ela cabe perfeitamente para abordar a dedicação com que os autores devem ter com suas obras. Pois, independente do tamanho da estória, ela deve ter, acima de tudo, Qualidade. E o escritor deve se preocupar exatamente com isso: Escrever BEM, seja 150 ou mil páginas.

Várias resenhas e sinópses também estão presentes na revista. Todas de grande qualidade, mostrando ao leitor que o mercado de literatura fantástica nacional é vasto e precisa ser explorado.

Os repórteres mirins novamente dão um show de abordagem sobre o Hall da Fama e o Mercado Editorial para os novos escritores e leitores. Os dois temas casam perfeitamente, pois, com a necessidade de se expressar, os escritores sonham em ter seus textos lidos por milhares de pessoas. E, justamente o público-alvo, hoje em dia, abrange leitores cada vez mais jovens e exigentes, ávidos por entretenimento de qualidade. E quem domina as técnicas de escrita, terá esse mercado em suas mãos e a fama virá por consequência.

Como se fosse filme é o espaço para vibrar e sonhar com a divulgação internacional de um livro, sendo interpretado por atores conhecidos e REconhecidos por seu currículo. É onde a Fantástica permite ao autor escolher viajar ainda mais no mundo da imaginação e mostrar isso a todos nas telas do cinema.

Naturalmente, ser escritor não é uma tarefa fácil. Exige-se sacrifícios e estudo, que não são conseguidos do dia para a noite. E isso é abordado no tema Profissões, onde, nos bastidores, os autores levam a vida normal, exercendo diversas profissões, tendo diversas formações. Desse modo, podem se manter e investir em si próprios, dedicando tempo para a vida pessoal, para o trabalho e o sonho, que tende a ser alcançado e desenvolvido, com muito suor, é claro.

Na seção Em Foco, fica claro que em alguns países a mitologia se resume a elfos e dragões, porém o destaque brasileiro lembrado é o folclore, com os personagens das crônicas tipicamente nacionais. É um nicho a ser explorado, não como fez Monteiro Lobato, mas é hora de o folclore se reinventar e alcançar as prateleiras de forma diferenciada.

Com uma viagem até o Fantasticon, a revista marca presença cobrindo e participando desse evento que é um marco para o movimento fantástico. O nacionalismo é inerente à Fantástica e isso é o que faz dela um diferencial em revista. Além, naturalmente, de ser totalmente digital, o que lhe garante interatividade.

O Vampirismo também é lembrado aqui. E essa temática é o modismo da vez. Tem seu mérito, sim, no mercado. E podemos verificar que muitos escritores estão buscando aproveitá-lo, através de diferenciais para os personagens das trevas.

Uma das seções que mais chamam a atenção é a Jornada de um Escritor, onde Luiz Dreamhope tem sua vida relatada, expondo as dificuldades para desenvolver sua escrita. Para ele - como um exemplo a diversos escritores - autores nacionais dão dicas, a fim de incentivá-lo e guiá-lo através dos caminhos para se chegar a uma publicação.

Em Lido e Entrevistado, a autora Helena Gomes tem divulgada a saga da Caverna de Cristais, um trabalho de grande destaque e merecidamente citado na revista, devido a grandiosa contribuição que a escritora tem feito à literatura fantástica nacional.

Passando pelas conexões, a revista traz curiosidades através dos links com o Skoob, o blog Criando Testrálios, Psychobooks e RPG Brasil. Cultura e Entretenimento associados nunca é demais e as Conexões da Fantástica, sem dúvida, transmitem essa mensagem.

A Livraria Fantástica não poderia deixar de ser citada como um grande incentivo à leitura, oferecendo descontos na aquisição de livros nacionais, muitos deles autografados. Isso representa um avanço na divulgação das obras de nossos autores e merece grande repercussão, buscando aumentar o nível de leitura nacional e difundir o nome de nossos escritores, produtores de grandes obras que fazem jus à publicação, competindo em qualidade com grandes Best Sellers internacionais.

Por fim, em Histórias, Lendas e Mitos, os seres fantásticos ganham destaque com os Magos, Bruxos e Feiticeiros, onde suas funções e intenções na literatura ganharam frentes distintas, mas de grande importância para o desenvolvimento de excelentes estórias. Sem a magia, certamente a literatura fantástica perderia o brilho e não seria a beleza que conhecemos hoje. Isso é fato.

Essa mesma beleza é o que a Fantástica revela nas páginas dessa revista, que, em mais uma edição, promete levar o leitor a momentos de distração, ao passo que ele é instigado a conhecer cada vez mais o trabalho dos escritores de sua nação, que batalham para levar cultura e entretenimento às pessoas, expressos nas páginas de um livro.

Para aqueles que não temem em se aventurar em mundos fantásticos e conhecer novos universos, grandes cenários e personagens, só tenho a desejar-lhes uma ótima leitura!

Fernando Heinrich

MÁRSON ALQUATI 27/09/2010

FANTÁSTICA COMO O PRÓPRIO NOME JÁ DIZ
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