A mão esquerda da escuridão

A mão esquerda da escuridão Ursula K. Le Guin...




Resenhas - A Mão Esquerda da Escuridão


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Brunna Fernanda Freire 13/05/2021

Expectativa frustrada, completamente.
Sinceramente esperava MUITO mais do livro, principalmente depois de ler as críticas e a introdução da própria autora.
O livro não tem nada haver com o que é proposto, simplesmente nada haver, é um ÓTIMO livro no que concerne a criação do cenário, das sociedades que vivem ali, do planeta em si. Mas a temática de problematização de questões de gênero? Passa longe, é superficial e até mesmo reforça (e muito) estereótipos machistas.
Se me dissessem que era um livro sobre amizade e lealdade eu concordaria, assim como concordo com o cenário rico, mas apenas nisso o livro é bom.
Outro ponto extremamente negativo é o ritmo da narrativa em si, faz muitos anos que li um livro tão maçante no qual precisei me forçar até a última página para não abandonar.
Infelizmente não recomendo este livro.
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Sandrics 27/01/2020

Minha primeira leitura do ano foi A mão esquerda da escuridão, diferente de tudo que eu havia lido na minha vida. Úrsula nós joga (foi essa a sensação) dentro de um universo fora da nossa realidade comum. Um novo planeta com vida extraterrestre e também nos apresenta a um humano, incumbido da missão de convencer os governantes desse planeta a fazer parte do Ekumen, uma espécie de ONU interplanetária com mais de oitenta planetas participantes.

O que mais me surpreendeu neste livro foi a profundidade. A autora criou um novo planeta, com novas criaturas, com sua própria cultura, seu idioma (com direita a variáveis de dialetos conforme a região), sua mitologia e, principalmente, seu modo reprodutivo. Os habitantes desse planeta são todos andróginos e sua sexualidade se define apenas na época reprodutiva (uma espécie de cio). Na época da publicação deste livro nos anos sessenta, a história foi considerada de extrema importância no que diz respeito à luta pela igualdade de gênero, mas também gerou diversos questionamentos em relação a algumas escolhas da autora, todas essas questões foram respondidas pela mesma em um texto publicado na época.
A mão esquerda da escuridão se tornou um clássico da ficção científica e a edição dessa foto é a comemorativa de 50 anos de publicação.

site: https://amzn.to/2tLp72I
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Daniel.Tschiedel 08/11/2023

Difícil de avaliar e dar uma nota
Pra começar, só a Introdução escrita pela autora, onde ela debate sobre o papel da ficção científica, já vale o livro.

Depois, esse universo criado por ela é super interessante, principalmente a questão do gênero, onde no planeta onde a história se passa, os humanos são andróginos e assexuados a maior parte do tempo, e apenas durante o período fértil, desenvolvem um dos sexos (masculino ou feminino) e efetivamente possuem desejo e relações sexuais (inclusive qualquer humano desse planeta pode engravidar dependendo do gênero que desenvolve a cada período fértil.

E é feito um contraponto ao humano alienígena e protagonista do livro, que é um homem cis terráqueo, o qual é tratado como um "pervertido", que está sempre no período fértil. Além disso, é demonstrado como a falta de um gênero definido faz com que todos sejam tratados igualitariamente quanto a esse aspecto físico.

Mas, pra mim, morre aí o lado positivo. A verdade é que todo o livro se desenrola em uma trama política chata e arrastada, e praticamente metade dele é dedicada a uma viagem do protagonista, isolada na natureza do planeta, onde por todas essas páginas a autora fica apenas descrevendo a paisagem. É uma lenga lenga em que o enredo não sai do lugar, e estamos falando de quase 120 páginas disso...

Por causa do que relatei acima, é difícil avaliar o livro. É um livro ao mesmo tempo brilhante e enfadonho.
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Will 11/08/2021

Experiência única
Desde antes de começar a ler já estava muito empolgado pra essa história que prometia muita coisa diferente e interessante. Confesso que até a primeira metade não estava gostando tanto quanto imaginava, talvez porque estava esperando mais ação e menos trama política, mas logo percebi que não seria assim. Da metade pra frente, algumas poucas coisas começaram a acontecer, mas que impactavam muito, comecei a me importar muito mais com os personagens, me amarrei bastante na história e gostei demais, não sou alguém que chora muito mas mesmo assim o livro me tirou lágrimas que não estava esperando, a conclusão deixa o resto muito lindo e coerente.
Além disso, o livro propõe, indiretamente, muitos questionamentos sobre as relações é diferenças entre uma sociedade dividida entre sexos e outra que não é, me fez pensar bastante sobre como somos definidos por essas características e do quanto as convenções sociais definem muito nossa visão dos outros.
Enfim, é um livro sensacional, mesmo sem me agradar no começo, ainda virou um favorito por tudo que ele fala, propõe e mostra, uma experiência muito diferente de todas que já tive, simplesmente incrível.
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Helano 12/03/2021

Antropologia e ficção científica.
Por ser uma obra bastante aguardada por min, confesso que o começo deixou um pouco a desejar. Não tanto pela narrativa em si, mas por seu ritmo e, também, pela leve dificuldade imposta por um novo vocabulário.
Todavia, após esse começo um pouco extenuante, tem-se uma narrativa ímpar, com um universo singular e bastante bem construído. Os planetas, as raças, as relações, etc é tudo brilhantemente elaborado.
Creio que os pontos altos da leitura sejam, não a história em si, mas o modo como ela é descrita e as reflexões sociológicas que ela suscita. Nesse sentido, o leitor é conduzido a pensar em uma sociedade na qual o gênero não define condicionamentos sociais. Algo diametralmente oposto ao que se verifica na Terra, por exemplo.
Enfim, é um clássico do sci-fi. Não recomendo como primeira leitura para os não iniciados. Porém, deve estar na biblioteca de todos os amantes do gênero.
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Mawkitas 23/02/2023

Diferentes leituras possíveis
É um livro belíssimo que pode ser lido de várias formas. É uma metáfora para a Guerra Fria e é uma crítica à desigualdade existente entre homens e mulheres. Para mim é principalmente uma obra que mostra como o real atravessa nossas vidas e muda tudo. Também é um livro que fala sobre os desencontros da linguagem e da comunicação, da necessária noção de alteridade que possibilita um olhar para a singularidade do outro. E amor, né? O livro fala sobre um desses bons encontros que às vezes acontecem na vida quando a gente menos espera e que tornam tudo melhor. E como é raro encontrar alguém que escute, que não espane, que não fuja da raia e que consiga reconhecer o que é importante.
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Sandro 06/01/2016

Um planeta onde seus habitantes não possuem sexo definido. Só isso já é o suficiente pra chamar a atenção de qualquer um.
Mas esse não foi um livro fácil pra mim. A leitura não é fluida e levei um tempo pra me acostumar com os nomes próprios tanto dos personagens quanto dos lugares, mesmo já tendo lido outras obras de ficção científica.
Algumas descrições do Planeta Inverno ao longo da obra são um pouco repetitivas e maçantes, principalmente durante a fuga dos protagonistas.
Os pontos positivos do livro são as conversas entre o humano Genly Ai e o alienígena Estraven, que não compreende como o gênero de um indivíduo influenciaria tanto no curso de sua vida em outro planeta, já que essa distinção não existe no Planeta Inverno fora do kemmer.
Em muitos momentos a leitura me remeteu à "Orlando" da Virginia Woolf.
De qualquer maneira, o esforço em ler "A Mão Esquerda da Escuridão" foi válido.
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Cammy 24/10/2020

Um livro qur vale a pena ser lido
Muito incrível todo o universo criada pela Úrsula, ela conseguiu pensar nos minimos detalhes... Mas achei a história um pouquinho arrastada no começo... Mas é uma leitura que vale muito a pena se vc souber ter paciência hehe
Ela aborda questões TÃO pertinentes e importantes de serem discutidas... Tem muita filosofia e antropologia envolvida na história... Muito bacana hehe
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Ingrid 21/04/2021

Ficção Científica de 1969 com questionamentos de gênero totalmente atuais, aqui, somos convidados assim como antropólogos, a entrar em uma cultura diferente e testemunhar suas distinções, hábitos, vocabulário. Nesta história acompanhamos Genly Ai um mensageiro que vai ao planeta Gethen em uma tentativa de persuadir os governantes a entrarem para o acordo do Ekumen que propõe trocas de tecnologias e também culturais entre planetas.
É incrível como a autora criou culturas tão complexas em um livro com pouco mais de 300 páginas. Por diversas vezes a leitura é nebulosa e confusa, é totalmente desafiador tentar compreender a dinâmica desse planeta, mas ao mesmo tempo instigante. É engraçado como a capa de publicação da editora Aleph em 2019 é exatamente como me sinto sobre a leitura desse livro.
O que me incomodou foi que a história em si não foi tão interessante quanto a complexidade do mundo que a Le Guin criou. Queria muito ter entendido as motivações de Genly Ai para ir em uma expedição sozinho com poucas oportunidades de comunicação com o planeta de origem, poder ler relatos de como o tratado funcionou em outros planetas e como iria se ajustar em Gethen e outros assuntos. É definitivamente uma obra para releitura e quem sabe assim fazer novas interpretações.
Tati 24/04/2021minha estante
Pensei a mesma coisa ao ler! O mundo que ela criou é incrível e teria sido interessante um enredo mais complexo. Mas da mesma forma também penso que releitura seria importante pra perceber coisas que não vimos numa primeira leitura.




Maisa @porqueleio 07/02/2023

Motivos para ler / A mão esquerda da escuridão /@porqueleio
O livro foi escrito há 50 anos, um marco na literatura de fantasia e ficção científica, aborda temas importantes como: a polarização política, conflitos religiosos e a inevitável discussão sobre a igualdade entre os sexos.

O romance ganhou os prêmios Nebula e Hugo de Melhor Romance. Em 1987, a revista Locus colocou-o em segundo lugar entre romances de ficção científica, atrás de Duna e Harold Bloom afirmou: "Le Guin, mais do que Tolkien, elevou a fantasia à alta literatura, para o nosso tempo."

Listei alguns motivos no Instagram: https://www.instagram.com/p/Cn5LIOEp2RW/

site: https://www.instagram.com/p/Cn5LIOEp2RW/
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luiza lima 06/06/2020

Grande expectativa para quase nada
Não sei se criei muita expectativa, mas eu não consegui gostar do livro. Me pergunto até mesmo se li ele todo de maneira errada.

É claro que considero o contexto histórico em que o livro foi escrito, nos primórdios da luta feminista e o quão revolucionário deve ter sido para a época escrever sobre um universo em que sua sociedade não foi construída em função dos gêneros, já que nessa sociedade eles basicamente não existem.

Porém, o livro já começa com uma frase machista, dizendo que uma pessoa sem gênero parecia uma fêmea por alguma característica negativa. E pelo livro tem várias dessas analogias ao sexo feminino quando os personagens são fofoqueiros, ou apresentam alguma característica ou comportamento negativo. Não consegui interpretar de outra maneira que não de cunho machista, não consegui ver uma crítica da autora nessas partes.

Por ser apresentado como uma obra tão revolucionária nesses aspectos de gênero, eu realmente me decepcionei com o que li e não achei nada demais, apesar de ainda achar válida a reflexão sobre essa questão, apenas não acho que tenha sido construída de maneira tão incrível assim.

Quanto a história em si, achei lenta e não fluida. Os capítulos são longuíssimos, sem pausas, os acontecimentos arrastados. O meio foi quando me interessei mais, mas o final foi decepcionante.

No geral acho que foi uma leitura válida, pois pôde me fazer refletir sobre todos esses aspectos de gênero e até mesmo da evolução do feminismo, do quanto coisas bobas que antigamente passavam despercebidas hoje em dia já não passam mais. Então, apesar de não ter gostado da obra em si, não acho que foi perda de tempo.
Leticia.Revitto 04/07/2020minha estante
falou tudo!
é a primeira resenha sobre o livro que concordo. não entendi como pode ser considerado uma obra tão feminista, se o tempo todo me incomodei com a maneira como o gênero feminino era abordado.
faço parte de um clube do livro em que apenas 2 de 7 integrantes (mulheres!) conseguiram concluir a leitura. e, quando fomos procurar outras opiniões, nos surpreendemos com as avaliações extremamente positivas. parecia que tínhamos lido o livro errado.
estou profundamente contemplada ao encontrar a sua resenha. obrigada.
se quiser depois conferir, vamos fazer uma resenha pela página no Instagram (@webook.club) falando nossas opiniões. seria ótimo te ter como parte dos nossos seguidores - foi de fato um alívio encontrar alguém de fora com quem concordamos tanto!


Jessica1248 06/01/2021minha estante
Me sinto igualmente contemplada kkkkkk estou em 60% e não entendo o hype desse livro. O tempo todo os seres são chamados de ?homens? e ?ele?, o que a própria autora admite que pode ter sido um erro. Mas fora isso, eu esperava que a ambissexualidade dos indivíduos influenciasse na política, religião e etc, e essa relação não acontece. O livro é basicamente gente andando de um lado pro outro.




Matheus.Andrade 26/06/2020

Úrsula K. Le Guin deixou um legado para a ficção científica, e eu não poderia demorar nem mais um segundo pra ler a sua obra mais famosa. Em A mão esquerda da escuridão, Le Grin usou questões de gênero e assuntos antropológicos para construir uma história refinada, um universo que se tornou muito influente dentro do gênero.
Pouco tempo atrás eu li Orador dos Mortos e fiquei impressionado com as ideias da história. O que mais me surpreendeu, agora, foi perceber que a base principal deste livro já havia sido criada, na verdade, por Úrsula Le Grin. E o principal ponto que ela antecipara foi a ideia de uma confederação intergalática que regula as relações comerciais e diplomáticas entre os diversos mundos que os humanos colonizaram.
A mão esquerda da escuridão recebeu a alcunha de "ficção científica feminista" porque fala de uma missão diplomática de um homem em um mundo com população andrógina, onde simplesmente não existe a lógica patriarcal da Terra e nem a separação por gêneros. As pessoas do planeta Inverno não sabem o que é mulher e homem.
A jornada árdua dos protagonistas em meio às intrigas dos governos e ao clima implacável do planeta Inverno se confunde com a escrita densa de Le Guin. Uma história pra lá de complexa, que só se tornou possível pelo profundo conhecimento de geologia, astronomia, mecânica - uma ficção científica das mais bem elaboradas.
Essa complexidade não prejudica a imersão na história, por isso não se acanhe. Vá ler, que vai ser sucesso!
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Mialle @mialleverso 22/12/2021

Quando comecei este livro, li o começo dele umas três vezes antes de desistir de entender os vários nomes que são jogados na cara do leitor. Então fui lendo e aí foi passando o estranhamento, ainda tinha um monte de nome complicado de entender o que significavam, mas os personagens iam movimentando a história e os nomes ficavam em segundo plano.

A Mão Esquerda da Escuridão é sobre um emissário de uma aliança interplanetária que vai até o planeta Inverno (ou Gethen) para convencer os líderes de lá a se juntarem a tal aliança, mas acontece que lá não é um lugar tão convencional para o emissário.

Um planeta novo e costumes novos, mas um dos principais pontos de Inverno (além do frio e da neve) é que seu povo não tem gênero. Não existe masculino e feminino.

Ursula trabalha um livro incrível sobre como é uma sociedade que não é afetada por papéis impostos a gêneros, não é um lugar utópico, mas claramente é bem diferente do que o emissário estaria acostumado num mundo tão dividido entre homens e mulheres e seus lugares.

Não foi meu livro favorito e nem foi o mais fácil de ler dela, muita descrição de neve, frio e gelo e outras coisas. O protagonista não é uma pessoa carismática e foi um livro um pouco cansativo, mas no final valeu muito a pena.
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