Apátrida

Apátrida Ana Paula Bergamasco




Resenhas - Apátrida


141 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Tami 11/07/2012

Apaixonante
Desde o momento em que me apaixonei pelo "A vida em tons de cinza", quis ler mais livros sobre a Segunda Guerra. Quando vi que Apátrida estava viajando através do Skoob, não perdi tempo e me inscrevi para receber esse livro de que tanto falam bem. E agora, depois de lê-lo, me junto às centenas de pessoas que o elogiam. Então, hoje teremos mais uma resenha enorme.

A narrativa é feita por Irena, personagem principal do livro. O prólogo inicia com ela dando uma entrevista sobre o período da guerra, e no primeiro capítulo ela começa a contar sua história. Inicia com ela ainda pequena, contando sobre sua família e casa. Esse início pré-guerra achei um pouco devagar, mas essa ambientação e apresentação dos personagens é importante para a história. Após esse trecho a narrativa (e a guerra) começaram a se desenrolar de verdade e não consegui mais largar o livro.

"_ Você é jornalista. Portanto conhece parte da história. Diga-me, em qual local do mundo há vencedores numa guerra? O conflito só existe porque houve fracasso, seja o resultado que ele tiver. Sim, minha querida, os seres humanos são os únicos a compreenderem-se por palavras. Desenvolvem retóricas, dialéticas, gramáticas, filosofia e ética. Produzem os mais diversos tipos de linguagem. Estudam à exaustão a diplomacia e veem-se incapazes de chegar a uma solução pacífica. Os medos, os anseios, a ganância, a soberba, a hybris, a riqueza ou a pobreza impedem que compreendam seus iguais. A nossa forma de "inteligência" fez com que nos transformássemos em predadores. Algozes de nós mesmos. Ainda não consigo entender o grau de loucura com que uma pessoa se reveste para, seguindo ordens de seus superiores, matar seu igual ou atentar contra a vida de alguém" (Prólogo, pág. 9)

Irena nasceu em Lublin, na Polônia, e é a mais nova de oito irmãos. É muito amiga de Jacob, um menino judeu, por quem acaba se apaixonando. Devido a diferença de religião, eles não podem ficar juntos e acabam se casando com outras pessoas. Apesar da história ter esse fundo romântico, ela é muito mais do que isso.

O livro intercala pedaços do presente e do passado e, nesse caso, foi uma boa jogada. No início acabei me confundindo um pouco, mas depois que entendi e as coisas começaram a ficar bem simples. Primeiro porque passei boa parte do livro curiosa: enquanto no "passado" Irena estava com um ou dois filhos, no presente estava com três. De quem era o último? Quem se tornou seu marido? (isso foi uma das coisas que gerou a minha "confusão" inicial). Outra parte interessante foi saber o desfecho de alguns personagens ainda "frescos" na nossa memória: em um capítulo era contado como Irena se distanciava de um personagem X e no próximo capítulo já pulava para o presente e alguém narrava o que havia acontecido com ele depois do acontecimento do passado. Uma boa ideia e que trouxe algumas surpresas para o livro.

Um assunto recorrente no livro é o preconceito. Não apenas aquele da guerra (judeus e alemães), mas preconceitos escondidos em várias situações, até alguns comuns hoje em dia, como com a religião e homossexualismo. As vezes o assunto é tratado de forma mais direta, e em outras é de forma sutil, fazendo com que julguemos precipitadamente algum personagem e depois nos jogando um balde de água fria sobre a sua realidade.

"Era a moça alemã. Ela observava-me de forma esquisita, superior. Ofereceu-me um copo de água. Eu o aceitei, mas não conseguia beber. Ela sorriu. Contou-me que ela me entendia. Ela tinha pena de mim. Sabia que a minha "raça" era inferior. Fraca. Suscetível de pena de um povo ignóbil como o judeu, os ciganos, os deficientes, os homossexuais." (pág. 130)

Tenho uma enorme dificuldade para decorar/entender a História, e esse livro me trouxe boas informações. Aprendi algumas coisas, como os conflitos contra os ciganos e as Testemunhas de Jeová. Todos os (horríveis) experimentos médicos feitos com gêmeos na guerra. Campos de concentração além de Auschwitz, como Treblinka e Chelmno. O que eram os guetos. E até a definição (e a razão) das pessoas apátridas. Talvez sejam assuntos simples e corriqueiros para algumas pessoas mas, como falei, sou péssima em história e tudo isso me foi novidade. Por isso e pela bela narrativa, esse livro aumentou ainda mais a curiosidade sobre a Segunda Guerra que o "A vida em tons de cinza" iniciou em mim.

Sobre a edição, confesso que, como falei anteriormente, estranhei a fonte utilizada. Não sei se por ser diferente da Times New Roman (mais comum nos livros) ou se era um pouco menor do que o que costumo ler (talvez os dois), mas inicialmente ficava um pouco perdida na página. Depois os olhos acabaram "acostumando" e não senti mais problemas. Percebi alguns errinhos de português, porém nada que atrapalhasse a leitura. A linguagem é um pouco mais complexa do que vi nos últimos livros que li, mas nada que dificulte a leitura. A imagem da capa, como vocês podem ver, é muito bonita e o fundo parece ser uma imagem do campo de concentração Birkenau.

É um livro lindo e tocante, que me emocionou em várias partes. Entrou para o grupo de livros queridos e que vou sair recomendando por aí. Agora, vou atrás de mais livros sobre esse assunto que cada vez me interessa mais: as guerras mundiais.

"Será que se eu precisasse naquela situação, alguém viraria as costas, como fizemos para aqueles ciganos? O que poderíamos ter feito? O quê? As respostas não surgiam e mesmo que viessem era tarde demais. Naquele dia constatamos a nossa impossibilidade para ajudar o próximo." (pág. 109)

Recomendo: para quem gosta de segunda guerra, ou quer aprender um pouco mais sobre o assunto. Quem gostou de "A vida em tons de cinza" também deve gostar desse livro (e vice-versa).

Resenha publicada em: http://gavetaabandonada.blogspot.com.br/2012/07/resenha-apatrida.html
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Wendel 21/06/2012

Em Apátrida, Bergamasco literalmente salva a pátria com uma história que poderia muito bem ter saído de nossos maiores selos editoriais, ou importada a peso de ouro por eles. Somos conduzidos para a trama através dos olhos e sentimentos de Irena, uma jovem polonesa que vivera sua mocidade lado a lado com os horrores da Segunda Guerra Mundial.

Mas não pensem vocês, que ficaremos somente naquele mar de suásticas, violência e gritaria em alemão; nada disso! Irena é real em nossas mentes desde a primeira página, e o que vemos depois nada mais é do que a vida fantástica da moça (minha heroína), independente da maldita guerra.

Por isso a obra se faz tão espetacular... A guerra invadiu a vida da doce Irena, e não o contrário. A guerra é uma intrusa, ordinária, vil, na história dessa personagem maravilhosa, que já reservou seu espaço cativo no meu coração. E que sem dúvida alguma, entrará no coração e na alma de cada leitor.
comentários(0)comente



Drika 08/06/2012

Irena é a irmã mais nova de uma família polonesa de oito irmãos. Vivia muito bem no campo em Lublin e na adolescência se apaixonou por um judeu amigo seu, Jacob, mas não puderam ficar juntos por causa da religião. Assim ela se casou com Rurik e foi morar com ele na União Soviética onde tiveram um filho, Jan. Até aqui parece que o livro é apenas uma história de amor bonitinha com um romance não concretizado e outro que deu certo. Até poderia ser se não tivessem ocorrido certos eventos, sendo o principal deles a Segunda Guerra Mundial.

Durante todo o livro temos a narração de Irena do que ela sofreu nas mãos de alemães e soviéticos intercalados com as histórias do pós-guerra. Somos levados do passado ao presente repetidas vezes, mas não fica confuso, é um capítulo para o presente e um para o passado. Isso ajudou a completar a história, por exemplo, o irmão dela, Antony, no meio do livro ele desaparece, mas no outro capítulo (capítulo do presente) ficamos sabendo o que aconteceu com ele.

Não ficamos só sabendo da história de Irena, mas também a de muitos alemães, soviéticos, judeus, poloneses, etc. que ela teve contato. No início do livro Irena diz que não sente mágoa do povo alemão, afinal, não se podem associar alemães ao nazismo, pois muitos não fizeram parte desse regime. Devemos separar o povo dos nazistas. Essa é a visão que eu tenho não só para o nazismo, mas também para o socialismo. Vale a pena refletir sobre essa visão que a autora Ana Paula Bergamasco tenta passar, principalmente com as histórias contidas nesse livro. Nem todos são bons e maus. Somos humanos e temos os dois lados dentro de nós, por isso não podemos taxar vilões e mocinhos.

Se tiverem a oportunidade de ler esse livro, leiam! Vocês com certeza não se arrependerão. Sofri com Irena e fiquei curiosa para saber fatos que ela mostrava no presente, mas que precisávamos do passado para encontrar as suas origens. Ah! E só descobrimos o porquê desse título para o livro no último capítulo. rsrs...
comentários(0)comente



LUA 02/06/2012

O livro Apátrida caiu em minhas mãos por meio do grupo Livros Viajantes do Skoob, ,então antes de começar essa resenha, gostaria de agradecer muitíssimo ao grupo e a autora Ana Paula Bergamasco pela oportunidade de ler essa obra.
Apátrida foi escrito pela autora Ana Paula Bergamasco e lançado em 2010 pela Editora Todas as Falas.
Possui 338 páginas divido em 59 capítulos que abordam o passado e presente da personagem principal Irena e suas relações. A diagramação é em papel branco com letras pequenas e a capa é feita de papel cartão em preto e branco apenas com um toque de cor - capa mole ou softcover - com badanas (orelhas). O título é gravado em letras prateadas e possui três subtítulos.
Apátrida nos traz a história da vida de Irena desde o seu nascimento em Lublin na Polônia até a publicação de sua biografia no Brasil, descrevendo toda a cena da 2ª guerra mundial começando com a invasão da Polônia pelos russos até libertação pelo exército americano.
Descrever Apátrida, sem cair no comum, é uma tarefa muito difícil, mas de toda a maneira é impossível qualquer descrição que não use as palavras lindo, emocionante.
Confesso que, quando me interessei pelo livro, a primeira coisa que me chamou a atenção foi a capa, que é de uma fotografia ímpar, e o seus subtítulos - vários destinos, uma guerra, uma paixão- logo depois, descobri que a guerra ao qual o livro se referia era a 2ª guerra mundial, um tema que, por qualquer ângulo, sempre proporciona grandes leituras. Depois vieram as resenhas positivas e a descoberta que era um livro nacional. Enlouqueci, queria ler o livro de qualquer maneira, tentei compra-lo nas grandes livrarias e descobri que ele não estava disponível, quis trocar pelo skoob e não encontrei quem o quisesse troca-lo, até que descobri que ele estava disponível no grupo Livros Viajante disponibilizado pela própria autora e administrado pelos seus membros (mais uma vez obrigada Ana Paula e Rafael pela oportunidade). Inscrevi - me na fila de espera do livro até sem esperanças, pois tinha muitas pessoas também interessadas, por um golpe de sorte, o livro veio parar em minhas mãos.
De qualquer maneira, pensava eu que Apátrida abordaria um romance entre um casal, durante a 2ª guerra mundial, e que no final o amor venceria. Ledo engano, Apátrida não é isso, não só isso, é um texto profundo e emocionante com embasamento histórico perfeito da vida de uma sobrevivente em meio aos caos causado pela disputa de poder entre nações. Um livro com uma narrativa única, que não vem sendo apresentado de forma morna até atingir o clímax, em Apátrida todo capítulo tem seu clímax, todo capítulo emociona.
Em Apátrida não há mocinhos e vilões, há uma situação, há uma luta pela vida, e essa luta é quem dita o comportamento das pessoas, tornando-as tão reais que você consegue sentir as alegrias e tristezas de Irena e de sua família, seus amigos e até de seus algozes, suas lutas e seus motivos, suas vidas.
A carga dramática do livro é intensa, prepare os lenços de papel, sem ser piegas, mas real. Peguei-me desejando que o livro acabasse, não por não gostar da história, mas achando que todo a emoção me transmitida pelas personagens fosse se extinguir finda-lo. Nesse momento, me enganei mais uma vez, ao fim do livro, continuei a sentir toda a emoção de Irena e me peguei revivendo algumas cenas. Tive uma ressaca literária, e por alguns dias não consegui me ater a nenhuma outra leitura. Hoje, mesmo passado alguns dias da leitura, enquanto escrevo essa resenha, torno a reviver cenas e sentimentos gerados pelo livro.
Para mim, Apátrida é sério candidato a best-seller, ou melhor, candidato a clássico, e tenho certeza que bem traduzido, daria um filme digno de Oscar.
Poderia eu aqui citar a passagem mais impressionante do texto, mas não consegui escolher, ,então deixo uma fala de Irena que traduza um pouco dessa minha resenha:
“A senhora há de convir que este sofrimento veio em decorrência do povo alemão. Foi ele quem produziu este fracasso e gerou essa matança . A ele deve ser atribuído o resultado, E, o que se espera, portanto, é que a senhora tenha mágoa dessas pessoas...
Quanto a sua afirmação, não tenho nada contra os alemães. Aliás, nós Poloneses poderíamos ter dissabores piores contra os Russos. Todavia, a sua conclusão foi direcionada, povo. Entendo- o como o conjunto de seres humanos, pessoas iguais a mim que por algum motivo, é considerado alemão, russo ou brasileiro. O governo desses Estados, as pessoas que os compunham e aqueles que seguiam seus ideais fizeram-me sofrer muito. As suas atitudes custaram lágrimas, sangue e dor. Contudo, muitos daqueles que compunham o povo me ajudaram. Não, meu senhor, não tenho nada contra nação alguma... ”. Prólogo, 1ª página
Essa é Irena, Apátrida, sua vida.
Recomendo o livro a todos aqueles que gostem de sentir "na pele" toda a emoção que um livro pode proporcionar e que goste de ter algumas histórias para contar.
Apátrida é o primeiro livro de Ana Paula Bergamasco, Advogada e professora, Paulista. João e maria, o segundo, em parceira com Marcos Bulzara.
Com relação, a minha saga em conseguir esse livro, descobri que ele está à venda no site da autora – www.anapaulabergamasco.blogspot.com e mesmo já o tendo lido, encomendei o meu. Apatrida figura entre a lista de meus livros favoritos e quero muito coloca-lo na estante tenho.
Luana Lima – Leitora compulsiva e apreciadora de boas histórias.
comentários(0)comente



Book Addicted 24/05/2012

bookaddicted.net
Fiquei realmente muito emocionada com a leitura. Eu achei que nunca tivesse chorado tanto em um livro quanto chorei na leitura de O Arquiteto do Esquecimento, também resenhado por mim aqui no blog, mas acho que a leitura de Apátrida superou as minhas lágrimas anteriores. A principio estranhei a grande quantidade de termos estrangeiros inseridos no decorrer do livro, mas acabei me acostumando e aprendi um bocado deles, em polonês e alemão… é tão variado e rico que fiquei encantada com o trabalho de pesquisa que deve ter sido feito para a construção desse livro: História, Geografia, Filosofia, volta e meia nos deparamos com citações de Manuel Bandeira, Fernando Pessoa e até Dante Alghieri!

O livro de fato não parece ter sido narrado por uma personagem fictícia, mas sim por uma verdadeira sobrevivente do holocausto, tamanha a veracidade com a qual o livro é escrito. Há passagens aterrorizantes e que nos fazem refletir sobre a monstruosidade vivida por aquelas pessoas. O curioso é que geralmente vemos isso como algo superado, que está morto e enterrado no passado e que não seriamos capazes de tal atrocidade. Condenamos acirradamente a conduta de tais alemães, nazistas, e de todos que participaram de alguma forma para contribuir com tais atos, mas estamos sempre julgando os outros mais severamente do que a nós mesmos. Todos os dias, nos grandes centros, nos deparamos com mendigos e pedintes nas ruas. E o que fazemos ao vermos estas pessoas em condições subumanas? Viramos o rosto, seguimos em nosso caminho, desviando o olhar e disfarçamos fazendo de conta que ali não esta um semelhante nosso, que não é nosso problema, que não é da nossa conta. As situações são assim mesmo tão diferentes uma da outra? Lá era por uma questão ideológica, mas e aqui? Que desculpas nós temos? Acredito que a proposta do livro é a de instigar uma reflexão nos leitores, a rever a motivação por trás de nossos preconceitos. (Sim, nossos preconceitos. Todos nós temos, o que vai variar é a proporção deles e como você lida com eles, se você os combate ou se os alimenta).

...

Mais em http://bookaddicted.net/apatrida-anapaulabergamasco/

Leia e comente!
comentários(0)comente



Carla 06/05/2012

(...) ao concluir a leitura, só posso dizer que a história de Irena emocionou-me profundamente desde o princípio, com uma narrativa extremamente sutil transcorrendo entre o passado e o presente fluindo de forma clara e cristalina, pungente e, ao mesmo tempo, extravasando sentimentos e emoções à flor da pele.

Já li diversos livros com temas densos como "O Caçador de Pipas", de Khaled Hosseini e outros com a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto como pano de fundo, entre eles: "A Escolha de Sofia", de William Styron; "O Diário de Anne Frank"; "O Menino do Pijama Listrado", de John Boyne; "A Menina que Roubava Livros", de Markus Zusak; mas nenhum deles me preparou para o que eu veria através de uma leitura que foi tão tocante e envolvente, apesar de relatar os horrores desse episódio que foi um estigma na História Mundial, mas que também mostrou um lado humano, de extrema sensibilidade, através da história dos amigos e familiares da sobrevivente Irena, e de diversas pessoas que cruzaram o seu caminho no decorrer da narrativa. Além disso, é um grito de alerta, para que um período como esse jamais se repita na História, como segue abaixo nas palavras do próprio editor:

(...), se nos descuidarmos, repetimos o ciclo de ódio, sem nos apercebermos do erro dos nossos atos.


- No mais, temos que conservar acesas as luzes sobre o passado, para que ele não se repita, por mais dura que seja esta recordação. (...) Mantermos em memória eterna aqueles que foram ceifados, como um holocausto vivo. Esta é a história da minha autobiografia: seres humanos maravilhosos, em suas múltiplas facetas, arrancados do palco da vida, em pleno espetáculo...


Essa é a história de duas famílias distintas, cujos caminhos se entrelaçam, onde surge uma paixão em meio à guerra, que ceifou muitas vidas, mudando vários destinos.

Nascida na Polônia, Irena viveu uma infância relativamente feliz e humilde ao lado dos pais e dos oito irmãos em um vilarejo, nas redondezas de um bosque, onde adorava brincar correndo e empoleirando-se nas árvores, porque era uma menina cheia de vida, turbulenta, voluntariosa e, às vezes, arrogante, cercada de sonhos e esperanças. Seus pais eram agricultores e realizavam pequenos consertos e trabalhos manuais, mas todos ajudavam nas tarefas diárias. Apesar de sofrerem privações, eram muito unidos.

Irena encontrou na primavera de sua vida um grande amor e amigo, que permearia a sua existência: Jacob, o menino judeu, que era filho do Dr. Yossef, o médico da região, que no passado fora um grande amigo do pai dela. Mas, por circunstâncias do destino, essa amizade foi rompida, por motivos que desconhecemos e que só no final é revelado. Garanto a vocês que é surpreendente, mas que, no decorrer da leitura, sempre suspeitei de algo, só que não irei dizer o que é, senão perde a graça. (risos). No final, minhas suspeitas estavam certas... só errei a pessoa! (risos).

Um dia, por ironias do destino, os caminhos das duas famílias acabam se cruzando novamente e com isso a amizade entre Irena e Jacob acaba estreitando os laços familiares por toda a vida. Os dois crescem sob a turbulência política e com inúmeras responsabilidades familiares, mas acabam apaixonando-se.

(...)

Essa paixão acaba desmoronando a vida de Irena, porque Jacob é terminantemente proibido de casar-se com ela devido ao choque cultural e a tradição familiar no qual foi criado. Ao descobrir, Irena fica arrasada e cai doente, quando Jacob consuma seu casamento com Ewa, uma linda jovem judia de Varsóvia, abastada e elegante, que sua família aprovava. Com o apoio e o carinho da família, Irena tenta recuperar-se e conhece Rurik, um rapaz admirável, de boa índole, altruísta e generoso, com quem acaba casando-se e indo viver na Bielorússia.

(...)

Mal sabia ela a enorme tragédia que iria assolar a sua vida, de seus familiares e amigos, além de milhares de pessoas, onde a guerra, a religião e as conturbações sociais mudariam seu destino e a empurrariam em uma avalanche de acontecimentos que a transformariam de menina simples e ingênua em uma mulher de fibra, coragem, perspicácia, lutadora e, acima de tudo, uma sobrevivente, que sofreu todos as perdas e dores, vivenciou os piores sofrimentos que um ser humano pode suportar e abdicou de seus desejos sacrificando todas as suas vontades em prol daqueles que amava!

(...) Ainda que me levassem tudo, eu continuaria um ser humano a ser respeitado e amado. (...) Todavia, não extraíram de mim as minhas origens. Eu sempre seria Irena, nascida em Lublin, numa família polonesa e feliz, (...), cheia de sonhos. E não eram leis de homens que me furtariam isto!

Pág. 332


O período em que se passa essa saga das famílias européias e o caos que gerou a Segunda Guerra Mundial, é na década de 20, 30 até o século XX.

(...)

(...): o quanto vale a minha vida? E a das demais pessoas? Poderia ser dimensionada por quais parâmetros? Um valor em dinheiro? Uma quantidade de bens? A sua origem étnica ou religiosa? A sua preferência sexual? Os seus costumes?
(...) Sim, a guerra é uma injustiça, pois arranca de muitos tudo o que eles têm, sem dar-lhes nada em troca.

Pág. 99.


(...)

Abaixo deixo um trechinho de uma carta linda que Irena escreveu durante a guerra para Jacob:

(...) Não pense que o meu coração é um barco à vela, que navega de amor em amor de acordo com o vento. Ele é mais fixo que as pirâmides do Egito. Ainda que as areias da vida tentem escondê-lo, ele permanece inabalável. Sei que está passando por muitas dificuldades. Onde está é horrível. Mas é seu dever continuar vivo. Levante-se por mim! (...) Escreva-me pacificando a minha alma e as minhas aflições. (...) Pois é melhor a certeza do não do que a agonia sufocante do talvez. (...)

Pág. 146


(...)

Adorei diversos personagens, entre eles Rurik, Jan, Andrzej. Fiquei apreensiva e chocada com o que houve com vários, a quem aprendi a admirar, especialmente com o Rurik. Aí, não me segurei mesmo! Foi demais! Haja coração!

(...)

Quero agradecer muitíssimo à autora, porque através do seu livro me trouxe momentos reflexivos com muitos ensinamentos e questionamentos! Obrigada por ter me concedido a honra de conhecer essa obra inolvidável, preferencialmente nacional, que me proporcionou uma leitura profundamente envolvente e emocionante!

A leitura foi extremamente marcante e profunda! Não há como não se emocionar do princípio ao fim. As descrições da guerra eram detalhistas demais e, em diversos momentos, cheguei às lágrimas, pois tive a sensação de estar visualizando aquela situação de tão realista que era, porque o relato é surpreendente, apesar desse ser um período atroz que assolou toda a Humanidade! Uma leitura que toca no âmago do seu ser, porque desperta-nos para as agruras do século XX e a necessidade de um diálogo mais harmonioso entre nós.

Só para concluir, esse foi o melhor livro nacional que li esse ano de 2010, que ficará marcado em minha memória para sempre e, como não podia deixar de ser, estou indicando a todos os meus amigos!

Por isso, está mais do que recomendado!

Confira esta e outras resenhas na íntegra no Sonho de Reflexão:

http://sonhodereflexao.blogspot.com/
comentários(0)comente



Gabi Lima 20/04/2012

Irena é a irmã mais nova de uma família polonesa de oito irmãos. Vivia muito bem no campo em Lublin e na adolescência se apaixonou por um judeu amigo seu, Jacob, mas não puderam ficar juntos por causa da religião. Assim ela se casou com Rurik e foi morar com ele na União Soviética onde tiveram um filho, Jan. Até aqui parece que o livro é apenas uma história de amor bonitinha com um romance não concretizado e outro que deu certo. Até poderia ser se não tivessem ocorrido certos eventos...

Quer saber o resto da resenha? Confira aqui: http://livrofilmeecia.blogspot.com.br/2012/04/resenha-apatrida.html
comentários(0)comente



Jaqueline 24/03/2012

“Arrancaram minha casa, os meus parentes e a minha própria nacionalidade. Todavia, não extraíram de mim as minhas origens. Eu sempre seria Irena, nascida em Lublin, numa família polonesa feliz, crescida durante a Segunda República, cheia de sonhos. E não eram leis de homens que me furtariam isto!” (pág. 332).

“Apátrida”, primeiro livro de Ana Paula Bergamasco, chegou às minhas mãos graças à book tour do Selo Brasileiro e em poucas páginas conseguiu conquistar um lugar em meu coração. Explico o por quê: narrando a trajetória de uma sobrevivente da Segunda Guerra Mundial com emoção e maestria técnica, a autora conseguiu aliar fatos históricos que desafiam a nossa noção de humanidade com uma história de vida comovente, de uma sensibilidade única e irresistível.

Irena, a nossa protagonista, é uma jovem nascida na Polônia. Nesta primeira parte do livro, temos a narrativa muito singela de uma infância feliz, ainda que marcada pela morte de Anna, a irmã mais velha de Irena. Ao lado de seus irmãos mais velhos e de seus pais, ela cresceu cercada de amor, sempre contando com a amizade de Jacob, um menino judeu de uma família amiga. Essa amizade, com o passar dos anos, toma a forma de um amor que não se concretiza pelos caminhos mais óbvios, mas que com abnegação e solidariedade, gera uma fagulha de vida e esperança em meio a uma guerra cruel e covarde que assola a Europa e destrói milhares de famílias.

A forma como a história do livro se apresenta, ora no presente de Irena, ora no passado, torna a leitura muito dinâmica e atraente. Ficamos envolvidos com as “pistas” que a narradora dá sobre a sua vida e sobre o que aconteceu em seu doloroso passado, querendo ler mais e mais para descobrir como de fato tudo se desenrolou - como foi a vida ao lado do carinhoso Rurik, como a pequena Bogdana ganhou feridas provocadas por ácido, como Jan conseguiu tornar-se um pianista, como Irena imigrou para o Brasil...enfim, fatos marcantes que pontuam a história e se entrelaçam em uma trama complexa, mas muito instigante.

Todo o drama da Segunda Guerra Mundial se apresenta de um modo extremamente realista – eu diria até mesmo brutal. Os abusos, os castigos, as mortes não justificadas, os experimentos científicos feitos com os prisioneiros; tudo isto está presente nas páginas deste belo livro, que me deixou emocionada em diversos momentos. As reflexões da narradora perpassam os mais diversos tópicos, sempre com muita eloquência e sensibilidade. O ponto mais forte do livro, porém, é a própria força do caráter de Irena: mesmo perdendo tudo, ela continuou em frente, trabalhando duro para sustentar seus filhos e lhes dar um pouco da alegria que foi extirpada de suas infâncias em meio ao campo de concentração e a morte de seus familiares.

É impressionante ver como até os dias de hoje o tema da Segunda Guerra consiga render tanta obras literárias interessantes, e Apátrida é um dos destaques neste filão, que nos permite sentir toda a força e riqueza ainda existentes nas milhares de vozes que foram caladas em nome de uma ideologia maligna e discriminatória como o nazismo. A aparente civilidade que as sociedades pregam cai por terra quando nos lembramos de conflitos como este. De modo geral, esta leitura foi um enorme prazer. Emoção, História, humanidade... não faltou nada neste magnífico livro. Sucesso para Ana Paula Bergamasco, e que mais livros excelentes como Apátrida cheguem às nossas estantes.



>>> Resenha também publicada no site www.up-brasil.com
comentários(0)comente



Dana 01/03/2012

Muito tocante!
Apátrida é narrado por Irena, uma polonesa que vê sua vida e seus amores passarem por toda a dor e horror que a Segunda Guerra Mundial trouxe.

Irena desde muito nova se afeiçoa de Jacob, um menino de sua idade e de uma família judia e amiga. Porém, sendo ele judeu, o amor enfrenta obstáculos e se torna impossível de ser vivido.
Doente por causa dessa tristeza, Irena mal repara no amor de Rurik, mas ele é insistente e com carinho consegue conquistá-la. Eles se casam, são felizes por algum tempo, porém, uma tragédia se abate sobre a família e, assim, começa a saga dessa jovem.

A autora é bem detalhista e no desenrolar da história vamos descobrindo mais sobre a personagem, sua história e os caminhos q ela segue. Toda a dor que imaginamos ter assolado o mundo na época monstruosa em que Hitler resolveu que criaria sua raça perfeita é relatado no livro com base histórica e, assim, muito real. É impossível não sofrer junto, chorar e ficar com muita raiva. Irena é um exemplo de força, fé e esperança.

Recomendo muito sua leitura, apesar de saber que muitos param nas primeiras páginas, devido seu começo ser um tanto lento e descritivo, além da diagramação do livro ser ruim, infelizmente. Mas, vale a pena continuar, o livro é lindo.

Livro lido por meio do grupo Livro Viajante. Obrigada à autora pela cortesia.
comentários(0)comente



Ka Wozniak 29/02/2012

Como descrever um sentimento tão extenso ao ter a oportunidade de ler um livro como Apátrida?! Já tinha tido uma base nas pesquisas e narrações de Marcos Bulzara em O Arquiteto do Esquecimento nos mostrando alguns lados da Segunda Guerra Mundial, e a Ana de uma maneira emocionante nos trouxe a narração de Irena, uma jovem polonesa que nos conta seus amores, desamores, lutas e sofrimentos antes, durante e após a Guerra, onde Hitler queria dominar os países Europeus erradicando os considerados os de raça não pura.

Leia a continuação:
http://www.5dasartes.com.br/2012/02/hint-book-28-apatrida.html
comentários(0)comente



Sheila 29/02/2012

Resenha: "Apátrida" (Ana Paula Bergamasco)
No interior da polônia, no período após a 1ª guerra mundial, vive Irena, a mais nova de 8 filhos de humildes agricultores. Toda a história é narrada por esta mulher, desde sua infância até a meia-idade, suas crenças, lutas, dissabores.

Ainda pequena, aos 4 anos de idade, é visitada pela morte quando sua irmã Anna falece. No entanto, o enterro e a despedida dolorosa e difícil de entender a uma menina tão pequena, é também o momento de encontrar a pessoa que terá papel fundamental nos próximos anos de sua vida: Jacob, um menino judeu vindo de uma família que parece ter sérios conflitos com a sua, o que é evidenciado pelo comportamento reticente de seu pai.

Mesmo assim, seu interesse pelo menino acaba suplantando estas desavenças, tornando-se este um grande amigo e, mais tarde, um grande amor. Por questões culturais e ideológicas - a família de Jacob é judia e a de Irena católica ortodoxa - acabam não ficando juntos, casando Jacob com a também judia e refinada Ewa, deixando Irena sentindo-se miserável e preterida por ser apenas uma simples camponesa.

Parece que eu contei toda a história não? Mas este é apenas o início da trama. Irena, que debatia-se pelo desencantar de suas pretensões frustradas, não sabia que algo muito pior ainda estava por vir: a eclosão da 2ª Guerra Mundial, a caça Nazista aos judeus e - o que muitos as vezes esquecem - a miséria do povo Polonês, rendido aos Alemães e levando vida tão paupérrima e miserável quanto estes, se não nas ruas de sua pátria, em campos de concentração.

Logo no início, a autora fala sobre as agruras da Guerra pela voz de sua personagem Irena - que tem no livro a publicação de suas memórias:

"Ainda não consigo entender o grau de loucura com que uma pessoa se reveste para, segundo ordens de seus superiores, matar seu igual ou atentar contra a vida de alguém, não importa o quanto este outro seja diferente. Autodefesa? Duvido. A maioria das guerras foram decididas por interesses econômicos. Então quando há o primeiro ferimento e a primeira morte não importa se de um soldado ou de um civil, as partes envolvidas se tornaram perdedoras. A vida tem um preço inestimável, imensurável. Nada justifica a sua perda. Desse modo, desconheço qualquer vencedor na segunda Grande Guerra. Todos tiveram baixas. Todos sofreram muito".

E é justamente dos sofrimentos e pesares vividos por esta mulher e seus familiares - pais, irmãos, sobrinhos e filhos - que trata a estória deste livro. Em meio aos sonhos destruídos, as lágrimas, traições e abandonos, a luta de alguns poucos por permanecerem HUMANOS apesar do status de menos que ratos infligidos pelo sistema Nazista, que além de lhes tirar a casa, afetos, dignidade, também lhes transformou em seres sem lugar: Irerna será uma Apátrida.

"- Acho que tem alguma coisa errada no meu documento. Nasci na Polônia. Meus pais e avós, por séculos, são poloneses. No passaporte, na minha nacionalidades esta escrito: Apátrida. O que quer dizer isso?

O moço suspirou irritado. Parecia uma pergunta recorrente.

- Quer dizer que a senhora, daqui para diante, não tem pátria.
Eu não entendi. Como assim não ter pátria? A gente não nasce com ela? Inquiri o senhor, já quase em lágrimas. Ele suavizou a fala, um pouco mais condescendente.

- Sinto muito. Estas são as regras".

A narrativa é bem construída e amarrada. O livro possui capítulos pequenos, e é contado alternando entre o passado e futuro de Irena - os fantasmas do pretérito e sua influência na vida presente, chegando num ponto em que os dois acabam por culminar em um só e mesmo relato. A linguagem é clara e objetiva e, por mais que tenha-me feito emocionar mais de uma vez, em nenhum momento tende ao piegas ou ao sentimentalismo.

A par de outras obras existentes que tem por pano de fundo a Segunda Guerra, Apátrida mostra-se uma narrativa surpreendente, que emociona e também nos faz pensar. Mais do que falar das agruras do passado, vem para nos ajudar a refletir sobre o presente: quais são nossos valores? Por que temos tanta dificuldade em aceitar o que é diferente? Quem somos nós para julgar o Outro em sua singularidade? Dizendo que os ricos, os magros, os heterossexuais são o "normal", não criamos estigmas que fazem sofrer milhares de pessoas?

Por mais que o regime Nazista seja um exemplo extremado de até onde vai a intolerância pelos que são considerados "diferentes", é interessante nos perguntarmos o que temos feito para que a sociedade em que vivemos seja mais justa, e as pessoas possam viver em maior equidade ... Apátrida, vem para nos mostrar, mais uma vez, o quanto a literatura Nacional vem crescendo nos últimos anos, e nos brindando com obras tanto belas como bem escritas como esta. Super recomendo!

Disponível em:http://www.dear-book.net/2012/02/resenha-apatrida-ana-paula-bergamasco.html
comentários(0)comente



Paola 22/02/2012

Intenso!
Irena, a personagem principal, nasceu na Polônia em uma família de camponeses. Seu nascimento foi um tempo depois da Primeira Guerra Mundial. Ela tinha uma família com baixos recursos, mas que vivia bem com todos a sua volta e tinham uma união invejável! Porém, desde de muito nova, Irena já enfrentava a triste dor de perder as pessoas que ama, pois perdeu duas irmãs.

Ainda com pouca idade, a menina vius-se apaixonada pelo seu amigo Jacob, judeu de família rica e que, mesmo correspondendo ao seu sentimento, resolve casar-se com outra judia, para satisfazer os desejos de seus pais e da sociedade. Com a notícia do casamento, Irena vê seu mundo desmoronar. Porém, mesmo doente de amor, a menina decide dar rumo a sua vida e tentar esquecer esse amor.

Assim, ela dá uma nova oportunidade ao amor, e ao conhecer Rurik encanta-se pelo modo como o rapaz a trata e a faz sentir-se especial. Vivendo feliz dessa forma decide casar-se com Rurik e o casal muda-se para Bielorrússia. Irena aprende a amar Rurik e apesar da falta que sente da sua família vive feliz com o esposo em outro país.

Dessa felicidade nasce Jan, um lindo menino que trás mais alegria ao lar. Um tempo depois, Irena fica grávida novamente, porém, Bogdana morre três dias após o seu nascimento. O sofrimento tem início a partir daí... Após a morte a pequena Bogdana, seu irmão Andrzej se casa com Yeva, uma oficial russa disfarçada. A oficial assume que envenenou a mãe de Rurik, e entrega ele (Rurik) e Andrzej como traidores do país, sendo ambos condenados a forca.

Em meio a fatos tão triste, Irena vê-se obrigada a retornar a Polônia junto com seu filho Jan. Porém, ao chegar em sua cidade natal depara-se com mais perdas: pais, irmãos e a sua própria liberdade. No meio da guerra passa por momentos que jamais imaginou, vê cenas que nunca pensou que veria e derrama lágrimas, várias lágrimas.

O livro é simplesmente emocionante! Já começa emocionando a todos. A história é intensa, pois é narrado em primeira pessoa. As lembranças de Irena são contadas em ricos detalhes e a emoção do momento é passado em cada página. Um livro rico, com personagens marcantes e uma escrita leve. Recomendadíssimo a todos! Parabéns a autora por escrever um livro tão intenso!
comentários(0)comente



Marcia Lopes 18/02/2012

Apátrida
Há livros que são para sempre, assim eu descrevo este livro.
O livro narra a história de Irena uma criança cheia de sonhos e perdas e mais tarde uma mulher forte e determinada.O romance e enriquecido em personagens marcantes e emocionantes.No começo da leitura fiquei um pouco confusa, pois a narrativa vai e volta do presente para o passado, porém logo você se acostuma.
O que mais me chamou a atenção nesse livro foi o fato da autora não só nos fazer relembrar dos horrores do nazismo e comunismo soviético, mas também nos colocar perante as diferenças religiosas e culturais e as violações dos direitos humanos e violência moral e psicológicas, e o que esses seres humanos submetidos a essas diferenças são capazes de fazer.Esses relatos são tão chocantes que parei por diversas vezes, para me refazere dos sentimentos causados por eles.E o ápice da emoção transborda quando Irena narra seus momentos no campo de concentração de Aushwitz,as lágrimas rolam.
Mas a história também tem paixões e um amor impossível e você vai se enternecer com eles!
Este livro além de ser uma história sobre a segunda guerra mundial é uma lição de vidae serve como um alerta.

Nota 10!







Quem comentar na resenha no blog e deixar o email nos comentarios da fan page aqui do FB do Gossinp participa de um sorteio de um kit de marcadores ! http://gossinp.blogspot.com/2012/01/resenha-apatrida-ana-paula-bergamasco.html
comentários(0)comente



141 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |