Budapeste

Budapeste Chico Buarque




Resenhas - Budapeste


302 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Jim do Pango 03/10/2010

A pesquisa, a verve e o gênio
Fui dar em Budapeste graças a um pouso imprevisto em O Leite Derramado. Havia sido bastante rigoroso na seleção das próximas leituras, pois o meu relacionamento com os livros começa muito antes do abrir da primeira página, mas eis que o último dos quatro romances do Chico Buarque me chegou às mãos e foi lido com energia.

Os poucos dias (os livros do Chico parecem ter esse defeito em comum: são curtos demais) que passei na companhia de O Leito Derramado foram suficientes para que eu decidisse que deveria ler os outros romances. Comecei por Budapeste e agora já lamento profundamente que só restem mais dois.

Budapeste é um raro encontro do conhecimento, da pesquisa e do gênio. Consta que Chico Buarque jamais esteve na Hungria antes de escrever o livro e que suas personagens e os nomes das ruas foram escolhidos em homenagem à seleção húngara de 1954, que encantou o mundo liderada por Ferenc Puskas. Não obstante, as descrições da capital magiar são precisas e não perdem a cor nem mesmo quando comparadas com as descrições do Rio de Janeiro, cidade tão familiar ao autor, que também compõe o cenário do livro.

O protagonista é um escritor anônimo, um “ghost-writer”: escritor fantasma que é comumente definido como o profissional especializado em prestar serviços de redação de textos àqueles porventura destituídos de tempo ou carentes de verve. Ou ambos.

De alguma forma o idioma magiar escolhe José Costa lhe representando, senão como uma obsessão, ao menos como um desafio. Ao mesmo tempo a narrativa em português é marcada por construções precisas próprias da pena de Chico Buarque. O autor demonstra sua inventividade criando idas e vindas na narrativa em sutilezas permitidas apenas a quem possui grande intimidade com a língua portuguesa. Em alguns pontos as trocas constantes de cenário e de disposição do protagonista me remeteram à “Construção”, a bela canção em que o Chico ousou: brincou com o português como se fosse fácil.

José Costa é o protagonista coadjuvante. É ele quem escreve, mas são outros que assinam. O tema mil vezes sutil, desperta, de pronto, a simpatia por José Costa, porquanto, em certa medida, todos nós vivemos a preparar um palco onde outros irão brilhar. É comum outras pessoas receberem os louros por um trabalho duro que nós realizamos e, por isso, o leitor julga saber como se sente José Costa quando outros assinam e se apropriam de sua esmerada produção literária.

O Duro é que o tal José parece não possuir a menor vaidade. Desta forma, à medida que as páginas foram avançando a simpatia inicial foi dando lugar a certa repulsa por esse anti-herói, que sempre toma as piores decisões possíveis e age atabalhoadamente em todas as situações.

Ele, José, naturalmente, vai dar em Budapeste, terra de um conhecido autor anônimo, se é que isso é possível. Em verdade, deveria dizer que Budapeste é terra de uma famosa obra de um escritor anônimo, porém os húngaros acreditaram que deveriam erigir uma estátua para o desconhecido escritor de “Gesta Hungarorum”, um importante tratado da história ancestral do país. Assim, os húngaros tornaram conhecido o escritor anônimo. Lá, em Budapeste, José se torna Zsoze Kósta e conhecendo Kriska começa a esquecer a Wanda.

Não sei se foi pela confusão mental, se foi pelas idas e vindas do Rio a Budapeste, mas o José Costa, “Mutatis mutandis”, me pareceu tão infeliz e tão perdido quanto o Eulálio D’Assumpção de O Leite Derramado. A Wanda é que pareceu não ser nenhuma Matilde e o quem leu os dois livros vai saber exatamente do que eu estou falando.

Por ora, dificilmente alguém me demoverá de uma conclusão: Budapeste é um romance sobre a palavra. A incursão no hermético idioma magiar nada mais é senão uma ode à língua portuguesa. E quanto mais o Zsoze Kósta se aprimora em húngaro, mais ele aprecia dizer coisas como marimbondo, pão de açúcar e adstringência.

Como nem tudo são flores, do meio para o fim Budapeste por pouco não emudece. A apatia e o declínio moral do protagonista parecem ser oferecer ao contágio. Com tudo na balança, cheguei a pensar que apenas um truque de mágica, um desfecho brilhante tirado da cartola poderia salvar a reputação do livro apesar de toda a pesquisa, apesar de todo o talento, apesar de a toda verve de Chico Buarque.

Então, eis que surge o gênio do escritor e confesso que, estupefato, ainda estou refletindo sobre os acontecimentos do fim do livro. Em português me faltam as palavras certas para descrever. Certamente elas devem existir em um idioma qualquer: em húngaro, porque não? Infelizmente, não aprendi tão bem o húngaro quando o Zsoze Kósta. Tampouco posso contar com os trabalhos do José Costa para escrever em meu lugar.

Com isso, tudo que posso dizer é que tive um feliz encontro com Budapeste.
Dr. Lestat 14/02/2011minha estante
Eu também gostei muito de Budapeste, comecei a ler esse livro por puro tédio, falta do que fazer, mas ja nas primeiras paginas ele me fisgou, ai foram vários dias sem conseguir parar de ler, o modo como Chico escreve é sobrenatural, te faz ficar confuso, mas ao mesmo tempo te faz gostar daquilo,
afirmo sem medo de errar que assim como Saramago, Chico também criou um modo unico de escrita, como você ja disse Carteaux, ele brinca com o portugues como se fosse facil, não só nos livros como também em suas musicas, construção(citada por você), Seus lhe pague, calice, geni e o Zeppelin, só pra citar algumas.
Concordo em genero, numero, grau e assino em baixo quando você diz que o unico defeito dos livros dele é que todos são curtos demais.
Genial suas resenhas. Parabéns.


Daniel 08/08/2013minha estante
Eu também comecei este livro meio por acaso, enquanto esperava por um outro chegar pelo correio. Até então não tinha lido nada do Chico, e tinha este livro aqui em casa, acho que ganhei num aniversário, já há muito tempo. Lembro que da primeira vez que tentei ler não consegui, não fui "fisgado" e acabei largando, coisa que raramente faço. Navegando pelo skoob encontrei "Budapeste" entre os favoritos de alguns leitores com gosto literário semelhante ao meu. Resolvi dar outra chance ao Chico, rs. E valeu a pena, achei ótimo, de verdade. Isso prova mais uma vez que o problema pode ser (e quase sempre é) o leitor, não o livro.


Yuri 05/12/2013minha estante
Esse foi o primeiro livro de Chico Buarque que li, peguei-o na biblioteca da minha escola porque já ouvira falar dele no cursinho, pela professora de literatura mais querido, confesso que antes de o ler achei que não iria gostar muito e para minha enorme e prazerosa surpresa, eu o amei profundamente. Deveras, Chico Buarque faz jus ao nome de sua família - os intelectuais Buarque de Hollanda - o livro é tecido numa precisão harmônica de frases e palavras que só mesmo um gênio estaria apto a fazê-lo. Encantei-me com Budapeste, e não sosseguei enquanto não o devorei por completo. Hoje, se já era fã de Chico como o artista e compositor que ele é, sou muito mais fã de sua escrita fantástica, e estou à procura de outros títulos seus, meu próximo alvo é Estorvo.


Vinicius.Villela 28/02/2020minha estante
Rapaz... eu até ia escrever uma resenha desse livro, mas agora até corei com o pensamento depois de ler a sua. Excelente.


Raquel.Burrini 08/07/2020minha estante
Tenho esse livro para vender !!


Maíra 12/09/2020minha estante
Atenção, esse site! Como eu posso favoritar uma resenha, assinar embaixo (com o perdão do "trocadilho" considerando o contexto do livro), e até mesmo afixar a resenha na minha página pessoal para reler todas as vezes que quiser de forma muito rápida e fluida sentir novamente as sensações do livro? Poxa, seu Jim do Pango, parabéns pela escrita, pela sensibilidade, pelo raciocínio e pela generosidade em compartilhar tudo isso conosco. Gostei muito mesmo da sua resenha. Li o livro há muitos anos e pude revivê-lo nos poucos minutos em que li seu texto!


Felipe.Mello 23/07/2021minha estante
Ótima resenha!!! Estou lendo ?Budapeste?nesse momento e me identifico muito com você! Principalmente porque comecei a ler Chico Buarque por meio de ?Leite derramado?!


Thiara 17/08/2022minha estante
Excelente livro, excelente resenha!




@LuanLuan7 15/05/2021

O que foi isso?
Essa é uma daquelas obras em que a narrativa supera os personagens.
Trata-se aa historia de José Costa, que escreve livros/discursos/etc. em nome de outros autores.
A escrita em primeira pessoa, feita por um ?eu? atormentado, faz com que não seja possível distinguir quais são os sentimentos dos demais personagens.
A narrativa está sempre centrada em José Costa e em sua obsessão, quase sexual, pelo idioma húngaro.
O egoísmo do narrador chega a ser incomodo, mas a escrita inusitada deixa tudo mais ameno.
Sobre a escrita, há parágrafos longos, com as falas dos personagens no meio do texto, destacadas por sinal de dois pontos, virgulas ou, simplesmente, pelo nome do falante (ex.: e Kriska, então respondeu...). Tal característica deixa a leitura bastante fluida. As falas são ditas em meio a narração dos fatos e isso resulta em algo bastante agradável de ler.

Com um fim inesperado, confesso, fiquei sem entender quem foi, afinal, que escreveu o livro hahaha. Essa dúvida deve ter sido proposital.
comentários(0)comente



joaoggur 26/11/2023

E agora, José?
Fui dar em Budapeste em um sebo perto de minha casa; a prosa de Chico Buarque sempre me atraiu. Sempre fui fã de carteirinha de suas musicas, que as considero muito mais como poesias do que como canções.

Já há algum tempo tenho me aventurado em seus romances, - ?O Irmao Alemão?, ?Leite Derramado?, ?Essa Gente?, - e admito que, mesmo achando sua escrita extremamente original e única (o autor apresenta uma exímia habilidade em criar conflitos oriundos de um grande e incólume nada, quase que em um estilo kafkiano), não consigo me afeiçoar com a prosa do autor (mesmo tendo gostado de ?Anos de Chumbo e outros contos?).

Em Budapeste, acompanhamos a história de José Costa (que posteriormente seria chamado de Zsose Kosta), um ghost-writer que, abandonando sua família medíocre e seu sócio insubordinado, decide se aventurar pelo país Húngaro.

Gosto de protagonistas ?perdidos?, que passam jornadas tentando se encontrar na história na qual estao inseridos; é o exemplo deste livro (e, talvez, uma das poucas vezes que Chico conseguiu tal proeza). Ao vermos José sendo boicotado por todos em sua volta, adquirimos certa simpatia pelo tal (até nos momentos que ele é um pé no saco, que, convenhamos, abundam em toda a obra). A trama, em si, não é de se encher os olhos; e sim como o protagonista lida com ela (é o ponto alto da escrita). Mas, nas partes maçantes, (posso destacar todas as passagens de tempo que, sem demarcação, dificultam a leitura), o ímpeto de se continuar a leitura não se dá pela afeição que temos ao personagem, mas sim pela curiosidade de como o tal resolverá a trama.

Budapeste é o mais puro suco da prosa de Chico Buarque. Bom para iniciar no autor. Recomendo.
comentários(0)comente



Everton Vidal 25/10/2022

Terceiro romance de Chico Buarque (Fazenda Modelo, de 1975, não conta pois é uma novela alegórica). Narra em primeira pessoa a história do ghost writer José da Costa, que ao fazer uma parada emergencial em Budapeste fica fascinado pelo idioma húngaro. A trama se constrói sobre duplicidades: Dois idiomas, duas culturas, dois amores, duas cidades, dois nomes… e um fluxo constante entre realidade e autoria onde o livro termina sendo personagem e a protagonista o próprio autor.

Em comparação com os anteriores, é um livro menos fragmentado e mais bem-humorado (numa forma de humor bastante sutil) que, embora mantenha o estilo de enredo "intricado" que caracteriza o autor, é mais fácil de ler do que, por exemplo, "Estorvo" (para quem não está acostumado). No âmago da trama está a linguagem como construção e construtora de realidades e do próprio indivíduo.

Não é um livro chato, vale a pena ler.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Isa Laviola 25/08/2021

Que surpresa boa
Tive que ler esse livro para a faculdade, torci o nariz no começo (principalmente pela escrita que parece ter uma certa influência de Saramago), mas continuei e o livro me conquistou com o decorrer das páginas.
A história e o protagonista são diferentes de tudo que já li. Ele é um ghostwriter que se muda para Budapeste para aprender húngaro (tem como ser mais diferente que isso?).
Indico muito essa leitura!
comentários(0)comente



Luan 19/01/2022

Esse é meu primeiro contato com a prosa de Chico Buarque. Diante disso, eu realmente não sei o que dizer sobre esse livro, porque ainda estou digerindo algumas partes e, principalmente, o final. Assim, só me resta dizer que esse é um romance intrincado, cheio de personagens duplos, bem como cheio de jogos psicológicos, revelando ao leitor uma língua e uma cidade desconhecidas ou pouco lembradas por nós brasileiros; ambas são tão personagens como os indivíduos que vem e vão nessa narrativa. A escrita de Chico é lisa, direta, de parágrafos longos, sem muitas conotações e labiríntica, isso pode cansar no início, mas na metade do livro torna-se um ímã. Dessa forma, esse romance fica martelando, como o idioma magiar que encanta e fascina o personagem principal e, assim como ele, podemos ficar perplexos, encantados, sem entender nada ou, até mesmo, podemos voltar para apreendermos outras significações.
Leonhard 20/01/2022minha estante
Uau! Que resenha bonita. Você escreve bem demais! Parabéns e obrigado.


Luan 20/01/2022minha estante
Obrigado ^^




Lucas1429 18/09/2023

Conexão-dialética
Romance-linguagem que mostra a união letrista de Chico além música.

A narrativa, confundida com o ser narrado, depura as variáveis da língua. A língua idiomática da escrita do protagonista José Costa, carioca nato, na função ghost writer de uma pequena agência literária; lexical, do caótico ambiente familiar; anatômico, de um amor surgido numa ponte aérea ocidental (e acidental).

Neste equívoco turístico, aporta em Budapeste e de olho à cultura da Hungria peremptória e à paisagem arquitetônica amarelada, Costa, agora aka, Zsoze Kósta, dá às mãos para uma nativa apaixonada e à sua própria trajetória reinventada.

Ainda brasileiro, Kósta assunta se tornar magiare (o húngaro para o húngaro), na poética da prosa buarquiana: o inevitável da vida.

Chico, então, tece um roteiro deslumbrado, de situações de vai-e-vem que nos causa o aprazível: o amor das palavras. Falar e amar. Eu também terminei deslumbrado.
Alysson43 20/09/2023minha estante
Parece incrível!




Camila Sander 28/12/2022

Grotesco
Não há palavra melhor para descrever este livro.
Um narrador completamente desprezível - digno de Dostoiévski - nos guia por sua vida inconsequente e dependente de mulheres.
Chico fez um grande trabalho, a escrita é leve, divertida e muito cativante, mas José Costa torna a leitura difícil.
comentários(0)comente



Danily 08/01/2022

Budapeste
Nunca vi um uso de palavras tão bonito quanto neste livro. É um livro que te transporta diversas vezes de Budapeste ao Rio de Janeiro de uma maneira em que tu chega a acreditar que conhece cada centímetro do que José Costa narra.
comentários(0)comente



lucio marques 14/10/2009

Chico Buarque tem o hábito de munir-se de scotchs, e mais scotchs, sumir de circulação por alguns dias e de repente lança umas coisas assim no prelo.
Sua Budapeste é um delírio etilico, um coma alcoolico. Escreveu sobre uma cidade quenem conhecia e começa seus disparates avisando que Budapeste é amarela! talvez pensando que o Danúbio teria a cor de cocô de nenem feito a capa de seu livro...Um livro pra se ler umas poucas páginas e se destina-lo a ser papel higienico de bebado.
Budapeste não merecia tamanho despreparo, ser tratada com tanta presunção etilica, o filme então é um outro fiasco...Mas um bom lobby no meio artistico dá vida até a diarréias mentais asim. Conheçam Budapeste, a cidade, e nunca leiam esse livro, ou abandonai-o, feito eu fiz. Vamos todos á Budapeste, a cidade fazer passeata contra esse livro, que se ele assinasse como ghost writer ao menos nos pouparia de aponta-lo como sendo o autor desss bilis literária.
Lima Neto 17/10/2009minha estante
muito boa, apesar de "ácida", essa sua resenha. não tive a oportunidade de ler "Budapeste", nem tenho curiosidade para enfrentar o livro. para mim, já abstou a leitura de "Leite Derramado". Chico Buarque é um alguém a quem todos respeitamos, por sua história, pelo seu talento musical, principalmente. mas apesar dele ser muito badalado pela crítica e público no tocante a literatura, acredito que essa fama se deve muito mais ao seu "talento musical" do que pelo literário, de seus romances.


MARÍLIA FABIANE 23/03/2011minha estante
"Budapeste" é uma obra de arte. E afirmo isso com a segurança de quem desenvolve pesquisa acadêmica nessa área.


Nycole 25/01/2012minha estante
Se você continuasse a leitura, veria que o narrador até "se retrata" a esse respeito, dizendo que, ao contrário do que pensava, Budapeste não é amarela, e sim cinzenta :)


Rodrigo Matos 18/02/2012minha estante
Uma resenha literária tão ácida de um livro que foi abandonado não merece ser ao menos comentada com o devido respeito. Releia, termine e opine com clareza e sem a devida ignorância.


Carlos Marques 01/08/2012minha estante
Uma pessoa que não terminou o livro, critica porque o autor descreveu uma cidade que nunca visitou. O livro não é sobre Budapeste, apesar de ter esse título. É sobre a paixão pela palavra, pelas línguas, pela comunicação. E o pior (muito pior, a meu ver) é esse Lima Neto dizer que a resenha é muito boa quando ele "não teve a oportunidade de ler" o livro.

Budapeste tem problemas, admito. Não é o melhor do mundo, mas é ousado, poético e bem escrito. Muito melhor que a maior parte da literatura contemporânea.

Mas claro, isso só pode ser percebido por aqueles que leram. Afinal, não é para isso que servem os livros?


Nathália Farias 10/12/2012minha estante
O livro é fantástico. É daquele tipo de livro que você tem vontade de ler do começo ao fim, de um gole só! Para mim foi dolorosa a separação quando cheguei ao fim, porque é no fim que o livro começa. Fico triste por você, que mesmo não tendo lido o livro, formou uma opinião tão ruim.


Samara 09/01/2013minha estante
Hmm

Um escritor falando mal de outro escritor...

isso tá me soando despeita rs




Dudu 14/11/2021

No início, o estilo da escrita provoca certa irritação por se apresentar confusa.
Não há diferença entre as falas e os pensamentos do personagem principal, o que me levou a ficar em dúvida em vários momentos se a cena era real ou imaginada.

Mas calma, jovem Padawan, há um motivo para quase tudo nesse livro.

É uma história de tese e antítese.
Permeada por várias dicotomias, entre elas o binômio realidade/imaginação.
Ao longo da obra, isso vai se tornando mais evidente e a obra começa a fazer mais sentido.

É uma trama em que a forma se mostra quase mais preemente do que a história em sim.
Apresenta uma escrita e ideia muito inteligentes, apesar da história deixar a desejar em alguns momentos.

Experiência interessante!
comentários(0)comente



Erika 20/10/2009

Grata surpresa!
Em minha última viagem, Budapeste estava disponível na biblioteca do hotel.
Que grata surpresa! Peguei-o sem grandes expectativas, mais por curiosidade e... Chico Buarque surpreendeu-me, levou-me a fazer uma deliciosa meta-viagem! :D

O livro conta a história de José Costa, um ghost writer subitamente fascinado pelo idioma húngaro, e seu turbulento conflito interior com os lugares, os sons, as pessoas, os idiomas, seu trabalho...
Seu coração vive entre idas e vindas: Rio – Budapeste – Rio...

Em vários momentos, pareceu-me que o autor simplesmente "brincava" com as palavras, simples assim: uma após a outra fluindo naturalmente numa torrente inevitavelmente poética.
Uma história fragmentada, encantadora, diferente, cheia sonoridade e com um final inesperadamente agradável.

E é claro que fiquei com vontade de passear por Budapeste, às margens do Danúbio, sem nada falar, apenas atenta ao som tão peculiar da língua magiar.
comentários(0)comente

Maíra 20/10/2009minha estante
Sua resenha me deixou com bastante vontade de ler o livro. :) Já acho o Chico um gênio então imagino que seja realmente bom. Lerei! :D




302 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR