Jade Amorim 11/02/2012Sangue e GeloLeia esta e outras resenhas no blog: www.jadeamorim.com.br
Sangue e Gelo faz parte dos poucos livros que podem ser lidos de diversas maneiras sem que o leitor se confunda.
Fazendo uma brincadeira simples e iniciando a leitura a partir do sexto capitulo, lendo apenas os de números par, você acaba fazendo uma viagem no tempo para o ano de 1854 e presencia o estranho caso de amor entre o tenente Copley e a enfermeira Eleanor Ames.
De classes sociais diferentes, Eleanor poderia ser a Cinderela da história se não fossem dois motivos: Primeiro que o tenente não é nenhum príncipe. Ao contrario, é um belo fanfarrão, adepto à jogatina, bancado pelo pai que até chegou ao extremo de comprar sua patente no Exército. Já o segundo motivo é que logo após poucos encontros o mesmo fora convocado para a Guerra da Crimeia.
Confesso que pouco sabia dessa parte da História, guerras nunca foram exatamente meu conteúdo preferido e, ter explicito todos horrores dessa época, me deixaram chocada e ao mesmo tempo fascinada.
Como pupila de Florence Nightingale, cujo poucos sabem, mas é a pioneira da enfermagem e a "mulher da lamparina" citada no juramento dos enfermeiros, Eleanor também acaba na guerra e muitas situações chocantes, como amputações sem anestesia, são exposta.
A segunda parte remete aos dias atuais, onde o protagonista e fotojornalista Michael Wilde se encontrava num estado lamentável - motivo que só é descoberto lá pela metade da história - quando fora convidado a passar seis meses numa base na Antártica para expor como é a vida dos militares e cientista que vivem por lá.
Neste aspecto da história fiquei encabulada, afinal, a Antártica é um lugar absurdamente inóspito o que poderia ter de história ali?
Acreditem, muita, muita coisa. As curiosidades apresentadas, o modo de vida dos que trabalhavam lá, tudo é muito interessante e curioso. Apenas o aprendizado já compensava toda a leitura. Contudo, para a minha total alegria, Robert Masello não se contentava com isso.
No momento em que ambas as histórias juntam, os acontecimentos passam a ser frenéticos. Mortos começam a aparecer e à caçada e pesquisas se intensificam. Tudo isso misturado a mais curiosidades, pois quando você acha que aprendeu tudo, tem mais um pouco.
A carga romântica de todo livro fica com Eleanor e Copley. Ou melhor, quase toda, mas não conto para não estragar uma das melhores partes da história.
Leia os dois últimos parágrafos no blog:
http://www.jadeamorim.com.br/2012/01/resenha-sangue-e-gelo.html