Não-coisas

Não-coisas Han B.C.
Byung-Chul Han




Resenhas - Não coisas


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Caio380 13/02/2023

Coração aquecido
Um livro que fala sobre as coisas que deixam o coração quente. Falar sobre coisas, é falar de um mundo com sentido. As coisas acompanham os seres humanos. São parte da vida. Por outro lado, as não-coisas, não criam empatia. São acumuladas é não aquecem.
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romulorocha 09/10/2023

Não-coisas, de Byung-chu han
Gênero: Filosofia
País: Coréia do Sul
Ano: 2022 / 172 páginas
Editora: Vozes

Em Não-coisas o filósofo sul coreano, Byung-Chu Han, propõe uma discussão e atualização do conceito de ?coisa? e ?coisificação? proposto por Heidegger em ?Ser e o tempo?. De acordo com a filosofia heideggeriana, as coisas são importantes para a formação e consciência do ser, elas têm o potencial de materializar as nossas existências. Estudioso do autor expoente do existencialismo, Byung-Chu defende a tese de que os infômatos (dispositivos associados à informação), embora tenham uma aparência de coisas, na verdade são ?não-coisas? e assim sendo, o contato cada vez mais intenso com estas não-coisas acabam por gerar vazios existenciais nas pessoas. Para isto o autor descreve vários exemplos de ?não-coisas? os quais somos expostos diariamente, como os smartphones, as selfies, a inteligência artificial e as tecnologias de informação e de ?relacionamento?, discutindo como estas não-coisas têm contribuído para o adoecimento ou emprobecimento existencial das pessoas.

Embora seja um livro filosófico, acho que um dos grandes diferenciais de Byung-chu Han é sua escrita acessível e atual. Indico demais a leitura deste livro!

?O desaparecimento do outro é precisamente a razão ontológica pela qual o smartphone nos torna solitários?.

?A selfie é o rosto exposto sem aura [?] Selfies não enlutam?.

?A depressão não significa nada além de um aumento patológico da pobreza no mundo. Uma das razões para sua propagação é a digitalização. As infosferas intensificam nosso egocentrismo. Submetemos tudo às nossas necessidades. Somente um renascimento do outro poderia nos libertar da pobreza de mundo?.

Para Não-coisas, 10/10.

#resenhasdoromulo
#literaturasulcoreana
#asnaocoisas
#byungchuhan
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Ramon98 18/10/2023

Da tangibilidade à mera representação das coisas
Em "Não-coisas", Byung-Chul Han demonstra que está ocorrendo uma perda de sensibilidade em relação ao mundo material. O autor argumenta que a ascensão do digital e do virtual está nos distanciando das coisas tangíveis, transformando-as em meras representações. Essa mudança afeta não só objetos e utensílios, mas também nossos vínculos humanos. Han, alega que a busca por novidades constantes enfraquece laços duradouros entre pessoas e coisas. O valor passa a residir mais na imagem e no marketing do que na realidade concreta das coisas.

Paralelamente, construímos uma autoimagem destacada nas redes sociais, como que vendendo uma representação nossa, descolada da realidade material de nossas vidas. Uma caricatura do que somos de fato. Diante disso, Han defende a necessidade de "re-materializar" e "re-romantizar" o mundo, resgatando o contato direto e a experiência sensível com a matéria. Seria preciso superar a visão instrumental promovida pela tecnologia, recolocando as coisas tangíveis no centro da existência.

Um bom exemplo que Han coloca no texto é nosso apego afetivo por um bom álbum de fotos. Quem é dos anos 90 até hoje deve lembrar o quanto é "mágico" rememorar o passado de nossa história com um bom álbum de fotos de família. Você vê nele que o tempo passou porque a tinta da impressão já não é a mesma, o borrado do álbum atrapalha a visão e você fica tentando construir aquele pedaço na sua mente como um quebra-cabeça.

Experiência essa que a fotografia digital é incapaz de alcançar. Hoje quanto mais fotos tiramos em nossos smartphones mais elas se perdem nas memórias artificiais de nossos aparelhos.
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melmelmelmel 19/04/2024

Não sei nem como começar a descrever a infinidade de sentimentos que esse livro me fez passar, foi uma leitura carregada de muitos pensamentos e com certeza vai mudar um pouco da minha relação com o mundo.

Em Não-Coisas, Byung-Chul Han fala muito sobre como a sociedade vem se afastando cada vez mais de nós mesmos, sobre a extinção de objetos que antes carregavam significados e sua substituição por novas tecnologias (ou não-coisas). Estas não carregam significado algum e não apresentam a nós nenhum tipo de oposição, vem com a proposta de se moldarem aos nossos desejos e apenas servir, criando uma ilusão de liberdade.

Essa perda das coisas, como dito pelo próprio autor, representa muito da perda da nossa identidade como indivíduos, as memórias que antes eram carregadas por esses pequenos objetos aos quais atribuímos significados não mais existem, tudo é informação e uma informação passageira, que não deixa marca alguma. As memórias, a arte, o pensamento, as coisas, vamos cedendo o espaço de cada um desses itens em troca de mais informação, de mais estímulos, não-coisas cada vez mais efêmeras.

Essa leitura me fez pensar muito sobre como nós perdemos grande parte do que nos faz humanos, a rotina corrida, as redes sociais, as distrações nos afastam de momentos silenciosos, momentos onde poderiamos apenas pensar e criar novas coisas. Temos menos tempo, menos conexões reais, menos objetos afetivos, deixamos menos marcas no mundo, cada dia nossa existência se torna mais fraca no mundo.
brito71 19/04/2024minha estante
já li este umas 5 vezes, sempre volto pra ele em momentos conturbados ??? bch = terapia grátis (se vc piratear kjjjjmmk)




livrosmortificados 16/11/2023

O mais divino silêncio
O capitulo que eu mais gostei no livro foi o "Silencio", o mundo contemporâneo está cada vez mais silencioso. Silêncio no ambiente, mas em nossa mente não.
O smartphone nos impede do verdadeiro silêncio. O silêncio induz o pensar, e os indivíduos pensarem é inutil para o Capital.

"Todo o meu ser cai em silêncio e escuta quando a suave onda do ar brinca ao redor do meu peito. Perdido no amplo azul, muitas vezes olho para o éter e para o mar sagrado, e sinto como se um espírito familiar abrisse seus braços para mim, como se a dor da solidão estivesse se dissolvendo na vida da divindade. Ser um com tudo é a vida da divindade, é o céu do ser humano. Ser um com tudo o que vive, retornar em bem-aventurança ao todo da natureza é o cume dos pensamentos e alegrias, é a altura da montanha sagrada, o lugar de descanso eterno?. Não conhecemos mais aquele silêncio sagrado que nos eleva à vida da divindade, ao céu do ser humano"
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Ianara 09/05/2023

Reflexivo.
Leitura bastante reflexiva sobre o mundo digital. Ainda vou refletir mais sobre pois será tema de discussão em uma aula, mas mesmo entendendo a importância de se pensar sobre os temas, não concordo com tudo que foi colocado.
? Detalhe: o autor criticando os ebooks e eu lendo o ebook dele pela Biblion ?. Não consigo ver os livros digitais de maneira tão negativa. Acho que são uma forma de trazer a leitura para a realidade de quem não tem dinheiro pra tantos livros físicos e apoio completamente projetos como esse da biblioteca online gratuita de SP. Poderia citar várias outras vantagens, então não fui convencida.
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_maricobucci_ 24/03/2023

Para um livro tão pequeno, é impressionante como ele, por vezes, tende a ser prolixo. No entanto, vejo isso mais como uma escolha estilística do autor. Em ?Não-coisas?, Byung Chul Han tece sua argumentação por meio de imagens e metáforas. A princípio, me pareceu um tanto pretensioso, mas acabei gostando de ler filosofia a partir de um ponto de vista que não fosse tão racional.
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Lary Silva 01/05/2023

Não-coisas Me siga no insta: @lary_publi para mais.
Bem, eu amo livros que dão um "bum" na minha cabeça, então estou muito feliz com a leitura. Como ele fala da nossa presença digital, que gera uma ausência no mundo real e a solidão, ao mesmo tempo que romantiza a existência das coisas físicas e os laços sentimentais me fez pensar muito sobre a vida no geral. E com um olhar um pouco publicitário para alguns trechos me fez pensar ainda na questão ética. Enfim, leitura excelente, lerei mais Chul-Han.


site: https://www.instagram.com/lary_publi/
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Kelly tirelli 31/12/2023

Não-coisas
Byung Chul Han faz toda uma análise filosófica sobre as coisas e não-coisas, trazendo outros filósofos como referência (Ex: Heidegger). Ele discursa sobre a diferença da posse e da vivência; sobre o impacto dos smartphones; selfies; inteligência artificial; o silêncio; e sobre um achado na sua vida (o jukebox). Um livro denso para quem assim como eu não é acostumada a ler o autor.
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mmonyeiro 30/01/2024

Essa leitura veio no momento certo e na hora certa,um bom começo para as leituras de 2024.
Quero indicar para todos os meus amigos conhecidos e familiares
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Lulu 10/05/2024

Hoje em dia não usamos as coisas, nós consumimos as coisas.
Han é fantástico. Suas reflexões são incríveis. Acabou sendo ótimo ler esse depois de Infocracia. Um complementa o outro.
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Laisinhaa_aa 09/02/2024

Não coisas
Esse autor é tão bom q naratonei 4 livros dele em pouquíssimo tempo. Me diz refletor um pouco e desacelerar do modo automático que nossa sociedade informativa me coloca....

Com toda certeza lerei mais dele!
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eurenato 31/12/2023

Demorar-se nas coisas
Tudo o que estabiliza a vida humana demanda dedicação de tempo prolongada. Fidelidade, compromisso, vínculo. Não saber acomodar o tempo das redes com o tempo da vida provoca certa desintegração das arquiteturas estabilizadoras que viemos utilizando. Mergulhamo-nos nas não-coisas.
..
Ao mesmo tempo que somos convocados ao agir no mundo, à conexão tátil, ao sorver do relacionar-se com o outro de forma legítima, tantas demandas esbarram na limitação própria dos nossos corpos esgotados. A gente é o que a gente consegue ser. Muitas falhas e faltas se acumulam. Nas reviravoltas do mundo da vida, tudo parece lento demais, insuficiente.
..
Estar presente é se colocar vulnerável perante o outro. A escuta legítima é ferida aberta, não há como sair ileso. Portanto, demorar-se no outro é um contrassenso da cultura do consumo. A lição que aqui se convida é de que a urgência da vida não é a da aceleração produtiva, mas a da pausa de contemplar sua preciosidade lenta.
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I.Moon_ 12/01/2024

Maravilhoso
O livro me conquistou desde o primeiro capítulo! A escrita é muito boa e eu adorei como os assuntos são abordados e explicados.
Achei lindo quando ele citou "O pequeno príncipe" ??
Enrolei um mês pra concluir a leitura porque eu simplesmente não queria terminar o livro! Não vejo a hora de ler mais coisas do autor. Recomendo muito!
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idatedorian 24/01/2024

A ferida é a abertura, a escuta para o outro.
Uma leitura muito interessante. Não estou habituada a ler livros do gênero mas devo dizer que foi uma experiência incrível.
Ao longo de cada capítulo o autor vai expondo seus pensamentos de forma dinâmica, fazendo alusões e citando filósofos para reforçar seu ponto de vista.
Em geral foi uma leitura muito boa. Aprendi muita coisa e refleti sobre muitos pontos importantes.
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