To Kill a King

To Kill a King David Gilman




Resenhas - To Kill a King


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Erick Macedo Pinto 28/03/2024

Daddy issues
Tags recomendação: ficção; ficção histórica; medieval; guerra; ação; aventura;

Thomas Blackstone e seus homens conseguiram. Tiraram o rei Don Pedro da Espanha levando-o para a proteção do príncipe da Inglaterra, que estava em Bordeaux, e novamente Thomas escapou da morte, que dessa vez tinha sido "prevista" por uma mulher com envolvimento com o "sobrenatural" e com artimanhas em favor próprio. Nem veneno parou o cavaleiro inglês.
Agora vem a segunda parte da missão que é, com a ajuda do exército do príncipe, levar o rei Don Pedro de volta para a Espanha para que ele ocupe o seu trono de direito e, apesar de sua má reputação, aja como um aliado dos ingleses e não ameace as costas das Aquitânia (ao contrário do que faz o seu meio irmão, que foi coroado rei em sua ausência e é aliado dos franceses).
Paralelo à isso, temos novamente o aparecimento de Henry Blackstone na história. Como estava sendo constantemente ameaçado e sofrendo tentativas de assassinato, seu pai mandou-o para a Inglaterra, na cidade de Oxford, para que pudesse aperfeiçoar seus estudos lá e, quem sabe, vir à tornar-se um advogado. Mas, apesar de muito inteligente, Henry demonstra mais interesse em se relacionar com mulheres, beber em tabernas e praticar com a espada junto com seu guardião, fazendo o mínimo esforço para atingir seus objetivos acadêmicos.
Enquanto Blackstone e o exército inglês enfrentam o espanhol contando com a ajuda de nobres franceses, notícias sobre a batalha chegam na cidade de Oxford, onde Henry vive usando o sobrenome de sua mãe para passar despercebido. A informação desencontrada, pela metade, de que Blackstone estava preso e que seu estandarte foi visto caindo durante a batalha, além da falta de confirmação de que o inglês de fato tenha sobrevivido ao combate fazem com que Henry tome uma atitude intempestiva. Ele revela sua real identidade (escondida até de seu guardião) e resolve largar tudo na Inglaterra e partir em busca de mais informações sobre o seu pai, de quem ele sempre quis estar ao lado e fazer parte das batalhas travadas.
Daí surge uma jornada que vai alternando pontos de vista em cada parte do livro. Ora a ação sob o prisma de Thomas, ora sob os os olhos de Henry. Enfrentando alguns desafios, o filho vai tendo mais informações sobre o paradeiro e o estado real de seu pai após mais uma grande batalha vencida pelos ingleses, com o rei Don Pedro sendo alçado novamente ao trono, e o pai, sem saber inicialmente sobre as intenções e a aventura do filho, encontra e se apaixona por uma mulher dura e determinada, que o fará lembrada de sua esposa assassinada. Blackstone fará o que for possível para protegê-la e levá-la em segurança aos domínios de sua família na França, mesmo ela estando teoricamente em lados opostos na guerra envolvendo os Reis espanhóis. Mas os dois nutrindo além um carinho um pelo outro, a raiva em comum pelo rei Don Pedro (é Sancha quem tenta assassinar o rei Don Pedro e é salva por Blackstone, que já tinha tentado matar o rei francês).
Na trajetória de Henry, ele esbarra com homens que acabam se unindo a ele, outros que demonstram respeito pelas atitudes mas também, numa tentativa de salvar a própria pele, o filho de Blackstone se envolve com um bando perigoso e uma morte faz com que o jovem é perigoso líder do bando busque vingança. A coroa francesa é envolvida na trama é uma caçada é montada com o objetivo de atingir, de alguma forma, Thomas e tirá-lo de um futuro combate entre franceses e ingleses, pois seu filho estaria sob domínio dos seus inimigos.
Este é um livro que não tem um plot muito bom. Mas a alternância de pontos de vista foi interessante. Algumas situações foram forçadas e, novamente, um Blackstone sempre aparece com uma aura especial que faz com que ele sempre acerte e consiga escapar dos perigos. A justificativa para a inclusão da coroa francesa foi forçada, assim como a justificativa para Thomas proteger Sancha (poderia ser uma vontade do príncipe, mas certamente existem tarefas melhores para o Mestre de Guerra da Inglaterra).
No mais, é um livro que fecha as pontas soltas deixadas pelo último, onde já se imaginava que Blackstone teria que lidar com questões familiares. Mas ficou tudo muito raso e sem sentido (como a busca de Henry pelo pai).
A aventura terá uma continuação, mas o autor perde uma oportunidade de tirar Blackstone de cena e passar o protagonismo para Henry. Mesmo com tudo o que aconteceu, os acontecimentos no final do livro deixam claro que Henry vai voltar ao que era e que novamente Blackstone escapa para iniciar uma nova aventura.
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