Saga de Gunnlaugr Língua-de-Serpente

Saga de Gunnlaugr Língua-de-Serpente Desconhecido




Resenhas - Saga de Gunnlaugr Língua-de-Serpente


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luan.willian00 21/03/2024

Primeira leitura de uma obra nórdica, especificamente irlandesa, apesar de ser curto o livro é um pouco complexo de ler, uma vez que o nome dos personagens são um pouco complicados, assim como as localidades. Gostei muito das notas, auxiliaram a leitura. Sobre o enredo: triângulo amoroso acompanhado de espadas.
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Gabriel Olegário 21/03/2024

Uma saga que vale a pena
Antes de me aventurar na leitura da “Saga de Gunnlaugr Língua-de-Serpente”, confesso que estava um pouco apreensivo. A distância cronológica e cultural me fazia questionar a conexão que eu teria com a obra. No entanto, fui surpreendido de maneira positiva. Uma obra com menos de 100 páginas se revelou muito imaginativa, imersiva e, eu diria até cinematográfica. Desde o início, não consegui parar de ler.

O que torna esta saga tão interessante é que seu foco na oralidade é muito evidente, reforçando sua origem em uma tradição oral. Isso contribui para uma narrativa ágil, com acontecimentos muito rápidos, sem muito espaço para respirar. Tudo o que é contado tem um propósito claro, ligado diretamente ao desenvolvimento da trama. E para mim isso foi tão eficaz que, em alguns momentos, eu podia quase ouvir o choque das espadas e o som dos passos dos personagens em batalha. Eu conseguia imaginar os trejeitos dos protagonistas. A linguagem utilizada é direta e palpável, é tudo muito vívido.

Minha imersão pode ter sido intensificada pelo fato de eu já estar familiarizado com muitos dos termos usados, graças ao meu consumo de séries sobre vikings, séries medievais e jogos como Skyrim —quando li a palavra 'jarl', lembrei na hora de uma das primeiras missões do jogo—. Essa bagagem de referências certamente enriqueceu e facilitou minha experiência de leitura.

Seguindo a sugestão do exímio tradutor, Theo de Borba Moosburger, de começar por este livro antes de me aventurar em outras sagas (como A Saga de Njáll, por exemplo), fiquei extremamente satisfeito em fazer. A estrutura e cadência da narrativa me capturaram e creio que agora esteja mais preparado para sagas mais árduas.

O livreto é recheado de poemas muito inventivos e é um deleite perceber que você entendeu a estrutura e consegue interpretar um 'kenning' antes de ler as notas de rodapé. :)

site: https://aegregora.substack.com?r=2lsoin
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KelenDZ 18/03/2024

Primeiro contato com este tipo de literatura.
Leitura um pouco difícil por conta dos nomes e palavras específicas, mas a história como um todo foi legal, e a profecia se cumpriu.
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Gisele 22/03/2024

Um conto nórdico islandês
Há tempos queira ler algo da literatura nórdica e este pequeno conto de Gunnlaugr Língua de Serpente foi uma boa introdução. A narrativa é objetiva e sucinta. Há expressões nórdicas de difícil compreensão, mas esta edição do clube de literatura clássica é repleta de notas de roda-pé explicando o significado de palavras sem tradução para o português e expressões idiomáticas.
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Everton Gonçalves 23/04/2024

A Saga de Gunnlaug Língua-de-Serpente é uma saga islandesa, composta no final do século XIII, preservada completamente em um manuscrito mais recente. Contém 25 versos de poesia escáldica atribuídos aos personagens principais. É uma importante obra tanto para a literatura islandesa como para a literatura norueguesa.
A saga relata a história de dois poetas islandeses, Gunnlaugr e Hrafn, e sua competição pelo amor de Helga. A narrativa segue então Gunnlaug, descrevendo sua ambiciosa carreira como poeta da corte de vários reis escandinavos e das ilhas britânicas. Ele inicialmente combate Hrafn em verso e apenas depois em batalha aberta.
O tema do triângulo amoroso, já é bastante conhecido nas aventuras romanescas medievais europeias, e está ambientado, em termos de saga familiar, no território islandês e nas cortes dos reis não somente nas terras escandinavas, mas também nos domínios vikings das Ilhas Britânicas e Inglaterra, a partir do final do século X e início do século XI.
A saga começa com um sonho profético sobre duas águias que lutam até a morte por um lindo cisne (a ainda não nascida Helga), prefigurando a trama amorosa. Artifícios proféticos não são infrequentes em outras sagas e mostram que não são os eventos por si mesmos que são importantes, mas sim as reações dos personagens às situações inevitáveis em que se encontram. Da mesma maneira que os eventos surgem, primeiramente em profecia e mais tarde em realidade, os dois poetas se envolvem em dois tipos de batalha: primeiro em versos e depois com arma branca. Gunnlaugr tem uma aptidão natural para entesourar elogio imortal em verso, mas pode também ser malicioso e provocativo em sua maneira de lidar com os outros. Significativamente, ele inicia sua jornada insultando o Conde Eirik na Noruega, com quem termina se reconciliando, como se já tivesse alcançado um elevado grau de autocontrole, mas nesse ínterim ele acaba prenunciando sua tragédia pessoal, quando relutantemente aceita as honrarias do Rei Ethelred, em vez de retornar à Islândia e reivindicar Helga como sua noiva.
O destino é uma presença marcante em toda parte da saga. Parece sempre existir um motivo nobre que determina o curso dos acontecimentos rumo à tragédia nos pontos da trama onde os eventos poderiam ter tomado um rumo diferente. Esta saga pertence a um grupo de histórias sobre os colonizadores islandeses em Borgarfjord, e foi provavelmente narrada e talvez mais tarde escrita por algum homem daquela região da Islândia. Escrita por volta de 1300 e preservada na íntegra em um manuscrito datado de 1300-1350, a saga oferece um interessante insight sobre as ideias e sobre a profissão de poeta da corte na “era de ouro”.
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Thais645 29/03/2024

Uma introdução
Assim é vendido esse pequenino conto. Vendido Como uma introdução para você Entender o universo da leitura nórdica.? o respeitado senhor feudal acolhe em sua casa um forasteiro que decifra um sonho na qual a beleza de sua filha matará duas pessoas. intrigado fará de tudo para que isso não aconteça, mas seria possível o homem lutar contra o seu destino.? ?
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Erich 13/04/2024

Version I read: "Saga de Gunnlaugr Língua-de-serpente" edited by Clube de Literatura Clássica, a translation by Théo de Borba Moosburger, 2024.

Sobre a tradução: difícil opinar pois sou incapaz de ler o original. Essa versão, porém, é bilíngue. Então um leitor mais interessado garante que não está perdendo nenhuma informação. De qualquer modo, achei a leitura tranquila e os pontos que eu ficava mais confuso na tradução eram explicados por notas de rodapé (em geral adaptações que o tradutor teve de fazer para lidar com palavras e conceitos que não são comuns em português).

A história é um "spoiler" em si mesma. E mesmo sabendo o que vai acontecer ainda assim é interessante ver o desenlear da história. Os aspectos que me chamaram atenção:
- A concisão da história. Existe um enredo central entorno de Helena, a bela, e no ato de acompanhar os personagens não nos perdemos disso. Apesar de não se apegar a descrições hiper detalhadas dos personagens, percebemos o caráter de cada um e não me parece que são simplesmente cascas. Eles tem conteúdo.
- Existe um leve culto ao cristianismo presente, mas por estarmos vendo um período de transição temos ainda comentários e costumes que não são pertencentes ao mundo cristão.
- Ficou bem legal acompanhar a organização social, o código de honra e o processo de viagens dos islandeses.
- Apesar de não acompanharmos diretamente a Helena, percebemos que ela não é puramente unidimensional. Ela tem desejos. A obra não entra diretamente nisso, mas breves comentários mostram que ela teria suas preferências.

Por fim, este foi um conto curtinho e que tem como utilidade (na versão que li) de dar uma introdução e motivação inicial para a leitura de sagas islandesas.
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Litchluz 14/04/2024

Saga islandesa
Minha primeira saga "viking". Antes de ler a saga de Njall, estava bem preocupado com a complexidade de um texto da Idade Média. Mas me enganei. É uma leitura bem atual, que envolve aventuras, lutas e disputas por donzelas, além de uma reviravolta final bem dramática. Recomendo ler antes as recomendações de pronúncia de algumas letras. Vai por mim, não é difícil pegar o jeito.
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